O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, confirmou que deverá deixar a pasta em breve. Em entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura nesta segunda-feira, 5, ele não se declarou abertamente como candidato nas próximas eleições (e nem negou), mas disse que já se prepara para entregar o ministério. "Devo estar deixando o cargo agora", declarou ele, sem confirmar também alguma indicação de substituto. O atual ministro teria até abril para entregar o Ministério caso deseje realmente concorrer a um novo cargo nas eleições deste ano.
Ao falar sobre a saída da ex-secretaria de outorgas da Secretaria Nacional de Radiodifusão, a advogada Vanda Nogueira (substituída por Moisés Queiróz Moreira), Kassab negou que ela tenha sido exonerada por suspeita de irregularidades nas assinaturas de autorizações de RTV. E ao fazer isso, voltou a confirmar a própria saída do Ministério. "Ela saiu porque eu estou saindo do ministério, ela deixou claro isso comigo e é uma pessoa séria e honrada", afirmou.
Kassab disse que os atuais índices de rejeição em pesquisas eleitorais não o impediriam de se lançar candidato, e afirma ter sido "um bom ministro" no MCTIC. "Nós fizemos muita coisa no campo da ciência, regulamentamos o novo marco legal. No campo das comunicações, teve a migração das rádios AM para FM, o desligamento da TV analógica, tudo isso foi na nossa gestão".
Perguntado se haveria algo que gostaria de ter feito algo a mais à frente da pasta, o ministro citou o programa Internet para Todos. "Estamos assinando os primeiros contratos agora, mas ainda faltará centenas de municípios."
Correios
Por outro lado, Gilberto Kassab disse que "o maior problema de nosso ministério são os Correios". Afirmou, contudo, que a questão teria sido herdada das gestões anteriores, chamando-as de "caóticas" ao deixar uma dívida de R$ 2 bilhões. E agora, o momento é de recuperação. "O primeiro propósito é recuperar a empresa, tentar saneá-la, para depois definir o que será privatizado, o que não vai, se vai manter a empresa pública ainda", afirmou.
Fonte: Teletime News de 6 de março de 2018, por Bruno do Amaral.
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