No segundo semestre de 2013, a atividade econômica global se fortaleceu, mas o quadro de desempenhos heterogêneos entre os países continuou, com as economias maduras consolidando a perspectiva de retomada do crescimento e os países emergentes sendo afetados pelas incertezas associadas ao início da retirada dos estímulos de política monetária nos Estados Unidos.
Mesmo diante do cenário de redução na liquidez global, manteve-se a avaliação de baixo risco de liquidez e de elevada resiliência do sistema bancário brasileiro. A solvência do sistema permanece em patamar elevado e os resultados dos testes de estresse concluem pela adequada capacidade de suportar efeitos de choques decorrentes de cenários adversos, inclusive aqueles de extrema deterioração das condições macroeconômicas.
O crescimento do crédito doméstico mais moderado, que havia sido observado no primeiro semestre, manteve-se no segundo. Continua a tendência de aumento de participação na carteira de crédito de modalidades que apresentam menor inadimplência, principalmente financiamento imobiliário e crédito consignado.
Pressionado pela redução no ritmo de crescimento do resultado com crédito, mas favorecido pela contenção de despesas administrativas, pela ampliação da venda de serviços e por eventos não recorrentes, o lucro líquido do sistema avançou levemente.
Por fim, o Sistema de Pagamentos Brasileiro funcionou de forma eficiente e segura no segundo semestre de 2013. Nos sistemas de transferência de fundos, a liquidez intradia agregada disponível continuou acima das necessidades das instituições financeiras participantes, o que garante liquidações com tranquilidade, sobretudo no que diz respeito ao Sistema de Transferência de Reservas, o sistema de transferência de grandes valores do BC.
 
Fonte: site do BC