quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O governo já acordou para o seu papel na recuperação da Oi?

Está chegando o momento em que o governo terá que manifestar formalmente uma posição sobre a Oi, ou pelo menos algo além do "estamos acompanhando". A empresa, que na semana passada já entregou à Justiça do Rio de Janeiro um pedido para uma mediação envolvendo Anatel, AGU e TCU, tem boa parte do sucesso ou fracasso de sua recuperação judicial vinculado a esse posicionamento. Além dos R$ 13 bilhões em multas da Anatel e da AGU, há ainda R$ 3,3 bilhões do BNDES, que é o único credor (e acionista) da operadora com garantias reais, e mais outros R$ 6,5 bilhões com bancos públicos, sem garantias. Ao todo, o governo tem cerca de um terço da dívida da Oi em recuperação judicial. Isso sem falar nas dívidas com os fundos de pensão, que não são estatais mas que são supervisionados pelo governo, e lembrando sempre da importância sistêmica da Oi para o funcionamento do setor de telecomunicações e atendimento de uma parcela significativa da população.
Mas mesmo que a Justiça acate o pleito da operadora e determine o processo de mediação, nada obrigará o governo a fazer um acordo sobre as dívidas. Esse é o entendimento até aqui da AGU e do TCU, conforme apurou esse noticiário, e a Anatel vem por tabela. O problema é que não fazer nada pode inviabilizar a recuperação da empresa, ou colocar o governo na complicada tarefa de  ter que votar em uma assembleia de credores contra o plano de recuperação.
O governo demorou a se mexer em relação a esse emaranhado de interesses que tem, direta ou indiretamente, na crise da Oi. Fora o acompanhamento regular que a Anatel e o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) fazem do processo de recuperação, não se via nenhum esforço de coordenar os interesses das outras áreas. Mas ao que tudo indica existem algumas primeiras movimentações nesse sentido e já há a expectativa de uma primeira reunião dos diferentes órgãos envolvidos para coordenar o discurso e as ações. Não se sabe ainda, contudo, se será possível conciliar os interesses para algum posicionamento comum.

Fonte: Teletime News de 28 de setembro de 2016, por Samuel Possebon.

Claro totaliza 31 cidades no Rio de Janeiro com LTE

A Claro anunciou a ampliação da rede LTE no Estado do Rio de Janeiro. A companhia disponibilizou a tecnologia nos municípios de Araruama, Carmo, Macuco e Sumidoro. Além dessas quatro, a operadora oferece a 4G em 31 cidades no Estado: Angra dos Reis, Barra Mansa, Belford Roxo, Búzios, Cabo Frio, Campos, Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, Macaé, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paraty, Petrópolis, Queimados, Resende, Rio das Ostras, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti, Teresópolis e Volta Redonda. A empresa utiliza a frequência de 2,5 GHz nessas cidades fluminenses, mas já começa testes com LTE-Advanced utilizando a faixa de 700 MHz em Rio Verde (GO), única cidade onde está comercialmente disponível após o desligamento da TV analógica.

Fonte: Teletime News de 28 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Ministros são classificados como "vilões" por organização que monitora uso de dados pessoais

O governo brasileiro recebeu da organização internacional Access Now, que observa o uso de dados pessoais, uma crítica em relação à transparência de dados. Os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Justiça, Alexandre de Moraes, foram apontados como os "vilões" no ranking anual de "Heroes and Villains.", baseados nos "Princípios Internacionais de Aplicação de Direitos Humanos à Vigilância das Comunicações" (ou "13 Princípios"), elaborado pela organização. Eles foram criticados na área de transparência por "administrarem medidas de segurança invasivas nas Olimpíadas do Rio de forma pouco transparente". Segundo a entidade, o uso de tecnologia de vigilância de massa com a prerrogativa de segurança de megaeventos foi incorporada de forma "provavelmente definitiva" pelas autoridades policias e ainda há pouca informação sobre a sua futura utilização, como um balão equipado com câmeras de vigilância. A lista completa pode ser acessada aqui.
Mas o Brasil também ganhou menção positiva. Na categoria de "necessidade", contra as práticas de vigilância do Estado, o "herói" foi a Coalizão Direitos na Rede, que reúne ativistas e organizações da sociedade civil em defesa dos direitos humanos no uso da Internet no Brasil, por "trabalhar para lutar contra leis propostas por autoridades brasileiras que amplamente enfraquecem proteções legais no Marco Civil". A Coalizão foi lançada em julho deste ano e foi motivada por questões como franquias na banda larga fixa e composição do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
Dia internacional de acesso aberto
A lista de heróis e vilões da Access Now acontece no dia da publicação do relatório "Diretrizes para políticas de desenvolvimento e promoção do acesso aberto", da Unesco. Embora focado em pesquisas científicas, o documento será apresentado na quarta-feira, 28, quando será celebrado o Dia Internacional do Acesso Aberto à Informação pela Unesco e pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). O relatório completo da Unesco pode ser lido aqui (em PDF).

Fonte: Teletime News de 27 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Administradoras da recuperação judicial da Oi encontram deterioração na posição de endividamento

Como administradoras da recuperação judicial da Oi, a consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) e o escritório de advocacia Wald divulgaram nesta segunda-feira, 26, relatório executivo sobre o processo que mostra "deterioração" da dívida. Os comentários são a respeito do período do pedido de recuperação, em 20 de junho, e as últimas informações trimestrais publicadas, datadas de 30 de junho. O documento pode ser lido na íntegra clicando aqui.
O relatório, que é uma análise preliminar, identifica que "é possível observar a deterioração da posição de endividamento, tanto financeiro (empréstimos e financiamentos) quanto operacional (contas a pagar) e nos aspectos litigiosos (valores a pagar de natureza jurídica e retenções a título de depósito judicial) e regulatórios (multas administrativas)". Ressalta ainda o impacto de "questões de mercado" no negócio, como redução de receitas em alguns serviços, e "aumento desproporcional de alguns custos e investimentos obrigatórios para manutenção e expansão da rede consumindo caixa operacional gerado".
Dívida
Segundo a lista de credores divulgada pela Oi, são pelo menos 68 mil credores individuais, para uma dívida total estimada em mais de R$65 bilhões. Mas as entidades ressaltam que ainda há trabalho de validação e depuração dessa lista, então os números e valores podem ser alterados. São R$ 1,105 bilhão (2% do total) para dívidas trabalhistas, (abaixo dos R$ 1,65 bilhão apresentados em junho à Justiça do Rio de Janeiro), R$ 3,327 bilhões para credores com garantia real (5%), R$ 60,5 bilhões para quirografários (93%) e R$ 184 milhões para pequenas e micro-empresas (menos de 1%). As administradoras ressaltam que há um "trabalho em andamento" para a compreensão sobre a "consistência da base de credores" e avaliação dos critérios adotados pela administração para inclusão ou não de credores e para o cálculo dos respectivos valores na lista.
Dos credores trabalhistas, há mais de 5 mil processos que acumulam uma dívida de R$ 483 milhões, além de honorários advocatícios (R$ 88 milhões), fundos de pensão (R$ 534 milhões) e fornecedores advogados (R$ 1 milhão). Do valor total de credores com garantia real, há apenas o BNDES. Já na classe de quirografários, a com maiores valores, há R$ 46,105 bilhões a pagar para 19 credores financeiros. Além disso, há uma dívida de R$ 11,092 bilhões com a Anatel – em junho, o valor era de R$ 10,6 bilhões em multas administrativas com a agência. O restante consiste em jurídico, com 43,4 mil processos cíveis (R$ 1,373 bilhão) e 14,2 mil demais processos (R$ 355 milhões); 746 fornecedores terceiros (R$ 1,366 bilhão) e 78 intercompanhias (R$ 238 milhões); e 37 honorários advocatícios (R$ 4 milhões). Já na classe de pequenas empresas, há R$ 113 milhões com 1,9 mil processos cíveis, R$ 8 milhões com demais processos (60 no total) e R$ 63 milhões para 1,1 mil fornecedores.
As administradoras observaram na composição da lista de quirografários uma série de saldos classificados como "intercompanhias" e que não foram inclusos na petição inicial, mas estão relacionados à dívida de outras empresas do Grupo Oi fora da recuperação judicial. Seriam R$ 461 milhões em saldo líquido de passivo interomcpanhias. Encontrou ainda um valor de R$ 44,5 bilhões intragrupo – ou seja, entre as próprias recuperandas. A PwC e o Wald solicitaram à administração do grupo a "abertura detalhada e explicações sobre todos os valores em aberto" nos dois casos, mas nada havia sido entregue até a conclusão do relatório.
Faltam informações
Não foram os únicos dados incompletos. As administradoras afirmam que ainda não receberam todas as informações solicitadas à Oi e ao grupo de subsidiárias em recuperação judicial, o que "limitou o aprofundamento da análise de variações em alguns dos saldos patrimoniais e dos resultados mais recentes", além de "a análise e validação em detalhes da lista de credores produzida pela administração das recuperandas". Entre as informações contábeis apresentadas com "limitações", está a dificuldade em identificar com clareza os saldos de operações mantidas entre as sete recuperandas. Ressalta que a falta de mais dados pode "afetar valores da dívida total e do número real de credores".
Ressalta também que no relatório trimestral referente a 30 de junho, a companhia não incorporou a mais-valia no acervo líquido, o que acabou por não trazer impacto da amortização da mais-valia líquido dos efeitos tributários no prejuízo apresentado. A Oi apresentou consulta técnica à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a política contábil adotada e isso ainda está sob análise.
As administradoras declaram ter "especial preocupação" em relação às ações judiciais em curso contra as empresas da Oi em recuperação judicial por conta do volume e efeitos que poderiam gerar ao processo. Assim, tem procurado viabilizar mediação de classe para agilizar soluções.
Análise segmentada
Considerando a Oi S.A,  PwC e o Wald encontraram redução no saldo de caixa de cerca de R$ 3,8 bilhões. Nas reduções relativas ao fundo de pensão e despesas antecipadas, disseram novamente não ter recebido esclarecimentos da Oi.
Segundo o documento, o processo de recuperação judicial reflete um vencimento antecipado de instrumentos financeiros derivativos e, por isso, assim como na dívida, o ajuizamento do pedido de recuperação judicial é um "gatilho" para a reclassificação desses instrumentos vigentes em 30 de junho de longo prazo para curto prazo. Identifica ainda que, durante o trimestre, houve "forte redução do portfólio de derivativos contratados pela Oi" em função de "expectativa da renegociação de dívida e potencial pedido de RJ". Houve ainda aumento de R$ 10 milhões referente ao parcelamento de taxas de habilitação e um aumento de cerca de R$ 67 milhões por valores de terceiros (co-billing).
Além das informações das subsidiárias operacionais na recuperação judicial do grupo, o relatório aborda também as não operacionais: Portugal Telecom Internacional Finance, Oi Brasil Holdings Coöperatief e COPART 4 e COPART 5.

Fonte: Teletime News de 27 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

Empresas comemoram flexibilização de regras

A flexibilização de algumas regras e procedimentos regulatórios anunciada nesta sexta, 23, pela Anatel, durante o Congresso Latino-americano de Satélites, foi comemorada pelo setor de satélites. Para o presidente do Sindisat, entidade patronal que representa as operadoras do setor, Luiz Otávio Prates, as medidas vêm no sentido de tornar o mercado de satélites mais competitivo e as regras mais isonômicas em relação a outros serviços de telecomunicações.
Para Lincoln Oliveira, diretor geral da StarOne, a simplificação é sempre uma virtude e abre espaço e novas oportunidades.
Jurandir Pitsch, vice-presidente de marketing da SES para a América Latina, lembra que as regras atuais, sobretudo a exigência de licitação para a outorga de posições orbitais brasileiras, cria uma demora no processo e fez com que o País perdesse muitas posições importantes para outros países. Para ele, a mudança de regra não deve trazer nenhuma mudança mais significativa no quadro competitivo, mas tornará o processo de planejamento e tomada de decisões das empresas mais ágil, o que é positivo.
Para Márcio Brasil, diretor comercial da Intelsat, a barreira de entrada da licitação é sempre algo que pesa contra o consumidor. "O que pode diminuir uma barreira é sempre bom. Mais competição é sempre bom. Eu agradeço como cidadão que a Anatel esteja com esse pensamento, e isso deveria ser levado a outras áreas do governo", disse.
Barreira argentina
Para Mauro Wajnberg, diretor geral da Telesat no Brasil, as medidas são extremamente positivas. Ele, contudo, sugere que a Anatel avalie a possibilidade de que o prazo de contagem da licença se dê quando o satélite entrar em órbita ou em operação, pois hoje como existe um período de 3 a 4 anos para ele ser fabricado e lançado, acaba havendo um descasamento entre a licença e a vida útil do satélite. Ele também chama a atenção do governo para que intervenha junto ao governo da Argentina para que aquele  país passe a respeitar os acordos de reciprocidade e landing-rights existentes dede 2001 e que estão sendo, segundo ele, sistematicamente ignorados pelo governo argentino.

Fonte: Teletime News de 24 de setembro de 2016, por Samuel Possebon.

Telesat planeja constelação de satélites para competir com mercado de fibra

A Telesat é mais uma empresa que está apostando no conceito de constelações de satélites de órbita baixa (LEO). A empresa promete para 2021 uma rede de 72 satélites com órbita polar, a cerca de 800 km de altitude, que proverá serviços de banda larga com velocidades e latência equivalentes às de soluções de fibra. Segundo Michael Schwartz, Senior VP de desenvolvimento da Telesat, que participou nesta quinta, 22, do Congresso Latinoamericano de Satélites, a comunicação por redes de satélite de órbita baixa da Telesat terá como vantagem única a possibilidade de ser feita ponto a ponto, sem passar por estações em terra. Isso porque os satélites serão mais sofisticados do que outros projetos semelhantes, já tendo capacidade de roteamento IP e comunicação direta entre eles . Além dos 72 satélites em órbita polar, a Telesat pretende colocar mais 10 satélites em órbita inclinada, o que permitirá a cobertura de todos os pontos do planeta com a mesma capacidade. Quando estiver completa, a constelação deve ter cerca de 200 satélites, em contraste com os cerca de 720 satélites da OneWeb, que planeja uma infraestrutura similar. O Objetivo desse tipo de serviço, diz Schwartz, é oferecer custos competitivos com as redes de  fibra, mas com maior segurança, confiabilidade e disponibilidade global.

Fonte: Teletime News de 22 de setembro de 2016, por Samuel Possebon.

SES lança solução de conectividade de baixo custo com balão

A operadora de satélites SES lançou nesta quinta, 22, solução de vigilância e comunicação portátil, o Tactical Persistent Surveillance (TPS), destinada a governos. A plataforma modular usa tecnologia aerostática inflável (lighter-than-air, ou LTA), que abriga sensores eletro-óticos (E/O) e outros equipamentos de comunicações. Ou seja: é uma espécie de balão, capaz de subir até 300 m de altura. Com ele, é possível transmissão de vídeo e dados via satélite para um centro de monitoramento e controle utilizando antenas Flyway de banda Ku.
Segundo a SES, trata-se de uma solução de baixo custo para equipes de segurança e defesa militar, além de resposta de emergência para "detectar, localizar, caracterizar, identificar e rastrear pessoas, objetos e ameaças potenciais até 5 quilômetros de distância". O projeto modular TPS pode incorporar ainda tecnologia de múltiplas entradas e saídas (MIMO) e fornecer rede móvel com conectividade 3G, LTE ou WiMAX em até 30 milhas (48,3 km) de um sensor E/O em áreas sem infraestrutura de rede.

Fonte: Teletime News de 22 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

Câmara do DF aprova lei que permite torres próximas a escolas

A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou um projeto de lei que altera a legislação distrital e permite a instalação de torres de telecomunicações nas proximidades de escolas e unidades imobiliárias. O lei precisa agora ser sancionada pelo governador Rodrigo Rollemberg. Se isso acontecer, cai a Lei 3.446/04, que vinha sustentando a pressão do Ministério Público sobre o governo local para que removesse a infraestrutura instalada. As empresas alegavam que a mudança de local da infraestrutura seria impossível, pois não haveria local tecnicamente viável para uma ERB e que atendesse a todos os requisitos da legislação. Alegavam também que a lei era inconstitucional (há um recurso tramitando há mais de 10 anos no Supremo) e abusiva, pois estava baseada em premissas técnicas equivocadas acerca do eventual risco à saúde oferecido pela radiação não-ionizante das ERBs. Mesmo assim, algumas antenas chegaram a ser derrubadas e as empresas continuavam a ser oficiadas sobre a necessidade de remoção da infraestrutura.

Fonte: Teletime News de 21 de setembro de 2016, por Samuel Possebon.

Anatel amplia para 16 as "redes nacionais" obrigatórias no DTH

A Anatel atualizou lista de redes de TV aberta que são caracterizadas como redes nacionais e, portanto, precisam obrigatoriamente ser levadas pelas operadoras de TV por assinatura na modalidade de DTH caso optem por fazer o carregamento de pelo menos uma dessas redes. A lista original, estabelecida em 2012, tinha 14 redes, que atendiam aos critérios de ter cobertura em toda as regiões e mais de 60% de cobertura populacional.
A novidade foi a inclusão dos sinais da TV Cultura e da TVCI, do Paraná. Outras apenas mudaram de nome, como a antiga Mix TV, que agora é Rede RBI, ou a antiga MTV da Abril, que agora é Ideal TV (ainda oficialmente sob o controle da Abril Radiodifusão S/A).
As redes nacionais de carregamento obrigatório, conforme o Despacho da Superintendência de Planejamento e Regulamentação da agência de 19 de setembro de 2016, agora são:
  • Ideal TV (Abril)
  • Rede RBI (Cable Link)
  • TV Aparecida (Fundação Nossa Senhora)
  • Rede Canção Nova
  • TV Cultura (Fundação Padre Anchieta)
  • Globo
  • Band
  • Rede CNT
  • Record
  • Record News (Rede Mulher)
  • SBT
  • Rede Brasil (Sistema Pantanal)
  • RIT (Cidade Modelo)
  • Rede Vida
  • Rede TV!
  • TVCI
Histórico
A publicação dessa lista tem um objetivo apenas: evitar que as operadoras de Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) que operam via satélite privilegiem uma ou outra emissora nacional em detrimento dos demais.
Isso poderia acontecer porque, pela Lei 12.485/2011, as operadoras de SeAC que operam nacionalmente (caso das operadoras via satélite) teriam que levar todos os mais de 500 sinais de geradoras disponíveis no Brasil. Mas isso é tecnicamente inviável, e as operadoras de TV paga via satélite costumam pedir dispensa dessa obrigação, como prevê a própria lei. Mas o Regulamento do SeAC diz que, em caso de dispensa do carregamento pleno, a operadora que optar por levar apenas o sinal de uma rede de TV aberta  será obrigada a levar o sinal de outras redes que atendam aos mesmos critérios (cobertura em todas as Regiões e mais de 60% de cobertura populacional). Cabe à Anatel estabelecer essa listagem, e é isso que foi feito agora. O mesmo despacho publicado nesta quarta, 21, prevê ainda que a lista será atualizada em até 3 anos.
Polêmica
Por trás dessa metodologia adotada pela Anatel no Regulamento do SeAC está uma outra grande polêmica: algumas emissoras de TV aberta solicitaram à agência que encontre uma forma de dar tratamento isonômico para o caso das operadoras de TV paga que optam por levar sinais locais de geradoras de TV aberta. São, principalmente, sinais das afiliadas da TV Globo, que são distribuídas pelas operadoras de TV paga que operam com a tecnologia DTH (via satélite). Estas operadoras não dão o mesmo tratamento (de carregamento do sinal local) para outras emissoras de TV aberta.
Para contornar esse problema, a solução que a Anatel tem estudado é a instalação compulsória, pela operadora de TV paga, de uma caixa híbrida, que permita a recepção dos sinais de TV aberta e os sinais de TV paga. O problema é que as operadoras de TV por assinatura via satélite alegam que o custo dessa obrigação seria proibitivo e que, na prática, a agência estaria obrigando as operadoras de DTH a facilitarem a recepção dos sinais de TV digital terrestre. O assunto passou por consulta pública no primeiro semestre e agora falta o conselho da Anatel apresentar a solução final.

Fonte: Teletime News de 21 de setembro de 2016, por Samuel Possebon.

Avianca Brasil recebe autorização da Anac para fornecer conectividade de bordo

Após obter aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a instalação de equipamentos em junho, a Avianca Brasil foi autorizada pela Anac na segunda-feira, 19, a utilizar conexão via satélite para oferecer conectividade de bordo. A companhia anunciou formalmente nesta quarta, 21, já disponibilizar o serviço em uma aeronave. Nos primeiros três meses, a conexão será gratuita: nesse período, a companhia aérea fará pesquisas de satisfação junto aos clientes. A modificação nas aeronaves será feita de forma gradual, com a conclusão prevista apenas para dezembro de 2017.
A fornecedora escolhida é a Global Eagle Entertainment (GEE) – a seleção foi anunciada em agosto, embora ela já forneça serviços de conectividade à Avianca desde junho de 2015. A GEE utilizará "certos ativos" da recém-adquirida Emerging Markets Communications (EMC), incluindo banda já obtida na região e a tecnologia Speednet, que "melhora a velocidade de navegação". A empresa conta com frota de satélites de banda Ku de alto throughput (HTS). Vale lembrar que em abril, a GEE e a operadora de satélites SES anunciaram parceria para oferecer comunicação embarcada para passageiros em aviões na Índia, Ásia Central, Oriente Médio e América do Norte. Ao todo, a Global Eagle acumula operações com 12 satélites da operadora.
A Avianca Brasil divulgou um vídeo mostrando a instalação do equipamento no avião, no qual mostra que é necessário desmontar boa parte da cabine. O projeto foi iniciado em dezembro de 2014, e a companhia afirma ser a primeira companhia a oferecer o serviço na América do Sul. A Gol anunciou em agosto também estar aguardando aprovação da Anac para começar a operar seu próprio serviço de conectividade de bordo (em parceria com a Gogo).
Evento
Nesta semana, nos dias 22 e 23 de setembro, no Rio de Janeiro, acontece mais uma edição do Congresso Latino-americano de Satélites, e o tema de comunicações embarcadas voltará à agenda. O evento terá ainda a presença de palestrantes internacionais, da FCC e discussões sobre novos modelos de negócio para a indústria de satélite no Brasil, entre outros temas. Mais informações pelo site do evento.

Fonte: Teletime News de 21 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

Comissão Europeia apresenta novo rascunho de regras de fim de roaming na região

Aprovada em junho do ano passado, a medida para acabar com o roaming na União Europeia passou por uma revisão nas regras para evitar abusos por parte de usuários. Membros do colegiado da Comissão Europeia anunciaram nesta quarta, 21, o rascunho das novas regras, que deverão entrar em vigor em 15 de junho de 2017. O acordado foi não impor limites em termos de tempo ou volume impostos aos consumidores quando viajando para outros países na região, mas as operadoras terão mecanismos para se proteger das práticas abusivas. A proposta final do colegiado da Comissão será adotada em 15 de dezembro, após contribuições do corpo de reguladores de comunicações europeu Berec, estados-membros e de partes interessadas.
As novas regras utilizarão o "princípio de residência ou conexões estáveis" que os consumidores possam ter, como a presença "frequente e substancial" em outro estado-membro, por exemplo. Conexões estáveis são pessoas que viajam constantemente a trabalho, expatriados que estão frequentemente visitando seu país natal ou estudantes em intercâmbio. Assim, essas pessoas também poderão utilizar o benefício do roaming gratuito, em vez de precisar ter um SIMcard em cada país. Por isso a Comissão decidiu não impor uma regra de volume ou tempo de uso.
Para proteger as operadoras de abusos, será instaurado também um novo mecanismo baseado em comparação de tráfego doméstico insignificante com o tráfego em roaming. Também permitirá o critério de inatividade longa do SIMcard "mais [utilizado], se não exclusivamente, enquanto está em roaming". A operadora ainda terá acesso a algum tipo de banco de dados de usuários, uma vez que a Comissão Europeia propõe cruzar informações de "acessos e uso sequencial de múltiplos SIMcards pelo mesmo consumidor enquanto em roaming".
Caso a operadora encontre essas práticas, primeiro deverá alertar os usuários. Depois, poderá cobrar "pequenas sobretaxas" com valor proposto pela Comissão de no máximo 0,04 euro por minuto de chamada; 0,01 euro por SMS e 0.0085 euro por megabyte utilizado. No caso de desacordo, a tele deverá proporcionar procedimentos de recurso. Se persistir a disputa, a autoridade reguladora nacional mediará.
As empresas também poderão se proteger de compras em massa de SIMcards para revenda e uso permanente fora do país original. Nesses casos, a operadora poderá tomar "medidas imediatas e proporcionais enquanto informa o regulador nacional". Também como medida de salvaguardar as teles, a Comissão propõe que elas possam se preparar em caso de algum mercado aumentar preços ou colocar efeitos negativos (por exemplo, ficar mais barato para o residente contratar plano de operadora de outro país). Para tanto, elas poderão praticar as mesmas sobretaxas estipuladas, mas terão que provar que a prática dos usuários esteja colocando o modelo de cobrança doméstica em risco.

Fonte: Teletime News de 21 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

Google começa a disponibilizar o Allo, aposta contra WhatsApp, Snapchat e iMessage

O Google começou nesta quarta-feira, 21, a disponibilizar o aplicativo de mensagens Allo para Android e iOS, com previsão de lançamento mundial "nos próximos dias" – no Brasil ele ainda não pode ser baixado. Anunciado em maio, o app visa rivalizar não apenas com o WhatsApp e Snapchat, mas também com a recente reformulação do iMessage no iOS 10. Para tanto, traz recursos inteligentes como sugestões de resposta baseadas no comportamento do usuário, stickers (figurinhas), personalização de fotos com desenhos, variação no tamanho da fonte do texto, conversas em modo anônimo e recurso de chatbot.
Este último, batizado de Google Assistant, responde a questões e sugere resultados de busca dentro da conversa ou pode ser acionado diretamente – por exemplo, o usuário pode pedir para que o Assistant mostre horários do voo marcado (buscando informações disponíveis no Gmail ou no Calendário). O assistente virtual pode ainda responder questões ou dar notícias sobre clima, tráfego ou esportes.
Assim como o WhatsApp, o Allo oferece criptografia fim-a-fim com padrões como Transport Layer Security (TLS), sucessor do protocolo SSL. O Google afirma que no modo anônimo há "recursos adicionais de privacidade como notificações discretas e expiração de mensagens". Na prática, ele funciona como aplicativos que deletam conteúdo após certo tempo, como o Snapchat e o Telegram. O aplicativo permite ainda enviar mensagens como SMS (para quem não possui o Allo).
Embora ainda não seja possível baixar o Allo no Brasil, a Google Play Store permite um pré-registro para obter notificação de quando o aplicativo estiver disponível. Ao tentar baixar na App Store da Apple, há apenas um aviso de que o item ainda não está disponível na loja brasileira.
Evento
O assunto de chatbots será tema do Bots Experience Day, seminário que acontecerá no dia 5 de outubro dentro do 9º Forum Mobile+, e que contará com uma série de palestras de empresas que produzem chatbots ou oferecem plataformas para a construção de tais para terceiros. O evento é organizado por Mobile Time e produzido pela Converge Comunicações. As inscrições podem ser feitas no site do evento ou pelos telefones 0800-77-15-028 e 11-3138-4619 (entre 10h e 18h).

Fonte: Teletime News de 21 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

Kassab descarta tributação específica para serviços OTT

O ministro de Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovações, Gilberto Kassab, disse que não existe nenhum plano, por parte do governo, de estabelecer uma política de tributação específica para as aplicações de Internet como forma de criar isonomia competitiva com os serviços tradicionais de telecomunicações. Segundo ele, o objetivo é "dar para todos os envolvidos com o mundo das telecomunicações condições de trabalho que permitam enfrentar em condições de igualdade com a concorrência, que é sempre muito saudável". Segundo ele, o consumidor que tem acesso a um serviço gratuito pode ficar tranquilo, mas ele disse aos empreendedores e empresários de telecomunicações que também fiquem tranquilos. "Estamos sensíveis a esta questão. Reduzir tributos nesse momento não é adequado, seria um sonho, mas temos uma convicção de que esse assunto precisa ser estudado para encontrar uma solução".

Fonte: Teletime News de 20 de setembro de 2016, por Samuel Possebon.

Banda larga móvel na América Latina chegará a 450 milhões de acessos em 2020

Até 2020, base de banda larga móvel na América Latina crescerá 50% e chegará a 450 milhões, de acordo com estudo da associação global de operadoras móveis GSMA divulgado nesta terça-feira, 20. A penetração de smartphones também aumentará: ao final de 2015, eram metade da base total (cerca de 150 milhões), mas a previsão é de que sejam adicionados 262 milhões no período, totalizando mais de 400 milhões, graças à queda de preços e aumento na variedade de terminais de preços médios. Da mesma forma, isso se refletirá no aumento da cobertura 4G, que sairá dos atuais 60% para 80% da população latino-americana. O estudo completo pode ser obtido aqui.
Considerando todas as tecnologias de acessos móveis, o total na região subirá de 414 milhões no final de 2015 para 524 milhões ao final da década, fazendo com que o mercado seja o segundo aumento mais rápido no mundo, atrás apenas da África Subsaariana. A penetração saltará de 65% para 78%, embora ainda haja grande diferença entre regiões como Cuba (28%) e países como Argentina, Chile e Uruguai (acima de 90%).
Dados econômicos
O uso de tecnologias e serviços móveis na América Latina gerou US$ 255 bilhões em "valor econômico" segundo a GSMA, o que equivale a 5% do PIB da região. A previsão é de que esse montante chegue a US$ 315 bilhões em 2020, ou 5,5% do PIB. Ao final do ano passado, o ecossistema móvel gerou 1,9 milhão de empregos e contribuiu com US$ 40 bilhões por meio de tributos para o setor público. Esse valor não considera quase US$ 450 milhões em receitas com espectro obtidas pelos governos. A entidade afirma que o investimento total das operadoras móveis será de mais de US$ 76 bilhões em Capex entre este ano e 2020.
A GSMA destaca que o aumento no acesso estimulará o crescimento econômico, inovação e inclusão digital. Diz ainda que é necessário que a indústria móvel e governos trabalhem em conjunto para "derrubar as barreiras que representam um obstáculo à inclusão digital nas áreas de cobertura de rede". Na visão da associação, o próximo desafio é a modernização de marcos regulatórios para facilitar o investimento.

Fonte: Teletime News de 20 de setembro de 2016, por Bruno Amaral.

TIM fecha acordo com Intelsat para substituir todo o backhaul via satélite

Para melhorar a cobertura em regiões carentes de infraestrutura física, a TIM e a Intelsat fecharam nesta terça, 20, acordo plurianual para uso do satélite Intelsat 29e para backhaul da rede 3G e 4G da tele. Em essência, a intenção é substituir em dois anos toda a infraestrutura legada de satélite em banda C da TIM pela nova cobertura de banda Ku com feixes direcionados do novo artefato da Intelsat. Segundo contou a este noticiário o diretor de wholesale da TIM, Marcelo Duarte, o acordo permite triplicar a capacidade atual, mas "mantendo o mesmo patamar de custo que tínhamos antigamente".
Duarte explica que a Intelsat foi escolhida por já ter parceria com a TIM e por contar com solução "conhecida no mercado" para a infraestrutura da rede móvel. "Era o maior provedor legado, então a gente aprovou o acordo para substituir o parque completo com menor custo possível", explica, destacando que serão mais de 4 mil sites atendidos. O processo começará ainda este ano com a instalação de um novo HUB em Guaratiba (RJ), mas que eventualmente terá abrangência de todas as localidades no território nacional onde não há infraestrutura terrestre – ou seja, em regiões rurais e locais onde a operadora tem obrigações de cobertura.
A ideia é justamente substituir a infraestrutura satelital "ineficiente", que só permitia à operadora fornecer serviço 2G ou, no máximo, dados em EDGE. "Hoje, por necessidade de custo, só temos (oferta de) voz. Com essa nova (infra), com forma mais eficiente, vou atender com dados e voz também".
O Intelsat 29e foi lançado em janeiro e está na posição orbital 130º Leste. Ele foi fabricado pela Boeing e é o primeiro da operadora satelital com tecnologia  Epic NG de feixes amplos (wide beams) e direcionados (spot beams) com reutilização de frequência, o que promete alto desempenho em banda C e Ku. A empresa lançará mais dois novos satélites com a tecnologia em 2017, ambos cobrindo território brasileiro e que deverão também servir como infraestrutura de backhaul para a TIM.
Outros parceiros
A parceria com a Intelsat não deverá ser a única. A TIM estava em discussões no início do ano com a operadora dos Emirados Árabes Unidos, Yahsat, conversa que ainda continua. A diferença é que a empresa pretende usar uma solução especializada para banda larga no varejo, mas que ainda precisa ser homologada para garantir que atenda às metas de qualidade do serviço móvel da Anatel. "Estamos conversando com a Yahsat, ela ainda está lançando o satélite dela, e a gente está testando a estrutura que hoje é em banda Ka para a gente avaliar se será compatível ou não com a aplicação de backhaul móvel", declara Marcelo Duarte. "Se funcionar, será interessante para a gente no futuro", completa. O satélite será o satélite Al Yah 3, que deverá ser lançado em janeiro de 2017 à posição orbital 20°W. Ele terá 27 beams para cobrir 95% da população brasileira com a banda Ka.
Vale lembrar que a banda Ka é mais suscetível a variações climáticas do que a banda Ku, mas tem mais capacidade e menor latência. Duarte explica que esse é um dos pontos que está seno investigando para verificar a viabilidade da solução. De qualquer forma, o diretor da TIM avisa: "Fechamos o primeiro acordo, estamos em homologação com a Yahsat e estamos abertos a novos parceiros".

Fonte: Teletime News de 20 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

BNDES e MCTIC definem consórcio formado por McKinsey e CPqD para desenvolver plano de IoT

Das 29 propostas para a contratação da consultoria que vai desenhar o plano de ação nacional para Internet das Coisas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) selecionaram, nesta terça-feira,20,  um consórcio formado pela consultoria internacional McKinsey & Company, a Fundação  CPqD, de Campinas,   no interior de São Paulo, e o escritório Pereira Neto|Macedo Advogados, que mantém sedes em São Paulo e Brasília.
O plano para Internet das Coisas terá validade de 2017 a 2022. O levantamento vai fazer um estudo completo do mercado, mas terá recursos para uma implantação imediata, com o objetivo de remover as principais barreiras para implantação de IoT.
A íntegra do comunicado
Chamada Pública BNDES/FEP Prospecção nº 01/2016 – Internet das Coisas (Internet-of-Things – IoT)
Comunicado n.º 17, de 20 de setembro de 2016
Assunto: Conclusão da seleção de Consulta Prévia Conforme previsto no Item 7 da Chamada Pública, o Grupo de Trabalho concluiu a pré-avaliação das Consultas Prévias prevista na 1ª Etapa – Recebimento das Consultas Prévias e Seleção, submetendo ao Comitê de Enquadramento, Crédito e Mercado de Capitais – CEC do BNDES a proposta de seleção, de acordo com os critérios constantes do item 10 da Chamada Pública.
Foi selecionada e enquadrada a Consulta Prévia do consórcio formado por: • McKinsey & Company • Fundação  CPqD • Pereira Neto|Macedo Advogados
A Secretaria do Comitê de Enquadramento, Crédito e Mercado de Capitais entrará em contato com o referido consórcio para informá-lo dos próximos passos e procedimentos. O BNDES agradece a participação de todos os proponentes.

Fonte: Teletime News 20 de setembro de 2016, pela Redação Converge

Vivo habilita wifi calling para celulares Samsung

O serviço de Wi-Fi calling da Vivo agora está disponível para seus assinantes com smartphones da Samsung – ou, mais especificamente, para os donos dos modelos Galaxy S6, S6 Edge, S7 e S7 Edge. Com Wi-Fi calling, esses usuários podem realizar chamadas e enviar mensagens de texto usando seu número telefônico e o discador padrão do seu aparelho quando estiverem conectados a uma rede Wi-Fi, mesmo que não haja cobertura da Vivo no local. Isso já era possível para quem baixasse o aplicativo Tu Go, da Telefônica. A diferença é que nesses modelos da Samsung não há necessidade de instalar esse app: basta configurar o aparelho para aceitar chamadas por Wi-Fi, tornando a experiência mais transparente e simples para o usuário. O Wi-Fi calling da Vivo está disponível desde março para usuários com iPhones a partir do modelo 5c. As chamadas e mensagens enviadas por Wi-Fi calling são cobradas normalmente do plano do assinante.

Fonte: Mobile Time de 19 de setembro de 2016.

Anatel e Inatel fecham parceria para oferecer curso para 5G em São Paulo

A Anatel e o Centro de Referência em Radiocomunicações (CRR) do Inatel fecharam parceria para oferecer curso gratuito de treinamento em redes 5G em São Paulo. Com duração de oito horas, o curso deve abordar as tecnologias que serão utilizadas na próxima geração de redes móveis. Serão quatro turmas, com 60 vagas em cada oportunidade, e 40 servidores da agência reguladora serão capacitados – a ideia é trabalhar o perfil técnico dos funcionários. O curso será oferecido das 8h às 12h e das 13h às 17h nos dias 22 de setembro, 20 de outubro, 17 de novembro e 15 de dezembro. As inscrições podem ser feitas no site do Inatel.

Fonte: Teletime News de 19 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

Presidente da Abrint: PL 3.453 prejudica a competição

Com apoio amplo e aberto do governo, o PL 3.453/2015, de autoria do deputado Daniel Vilela (PMDB-GO) e que propõe a mudança nos regimes de concessão de telefonia fixa, caminha a passos largos para aprovação no Congresso. Na visão do presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Erich Rodrigues, o projeto de lei "está andando bem rápido para a média", e isso pode não resolver todos os problemas, trazendo desequilíbrios no mercado. "O PL é muito a cara da Oi", declarou Rodrigues a este noticiário, referindo-se à situação atual de recuperação judicial da operadora. "Um deputado falou que o PL é feito de encomenda para a Oi, e eu não vou discordar dele, não tenho subsídios para dizer que não foi feita (assim); mas é uma lei que destrava coisas que estão prejudicando a Oi."
Entre essas coisas está, naturalmente, a solução para a questão dos bens reversíveis, item que já consta como recurso no plano de recuperação judicial apresentado pelo conselho de administração da operadora. Rodrigues acredita que deveria ter havido maior discussão a respeito, embora reconheça do nó que seria separar a infraestrutura de telefonia fixa da que foi usada na banda larga após investimentos pelas teles. Contudo, ele reclama que a mudança do regime de concessão para autorização pode causar problemas de competição. "A gente não tem nada contra, mas se dentro disso tira as obrigações (com telefonia fixa), que estavam no passivo da empresa como a Oi, e permite que se entregue em forma de obrigação de atender determinadas áreas (com banda larga), aí passa a ser ativo e, então, desequilibra o espaço", argumenta.
Preocupa também o presidente da Abrint a possibilidade de impor as obrigações de universalização de banda larga baseada em mapa desatualizado com locais onde já há oferta efetuada por ISPs. "Se levo fibra para Bebedouro, em São Paulo, o provedor (local) já puxou (para a rede de acesso), então dizer que a Telefônica vai levar para áreas que já tem banda larga não é vantagem nenhuma para a população. Tinha que ter um sistema muito mais rápido de atualização do que é a infraestrutura", declara.
Ele cita como exemplo a estatística usada até 2015 pelo governo de que o País teria 48% de municípios com backhaul em fibra – porém, segundo levantamento da própria associação, a quantidade de cidades atendidas já seria de 54%. Rodrigues afirma que a Abrint está contratando empresa para fazer novo levantamento atualizado, e que acredita que esse patamar de cobertura já está em 56%. "Se chegar a 70% com rede de fibra, já é 95% da população do País, que era a meta do governo", ressalta, citando o programa Brasil Inteligente, ainda do governo Dilma Rousseff. A entidade já entregou o levantamento atual para a Anatel e para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
O presidente da associação mostra preocupação ainda com emendas ao PL 3.453. "Estão mexendo em pilares da Lei Geral de Telecomunicações e isso é preocupante", afirma. "Não somos contra (o projeto de lei), só estamos muito atentos que deputados e a população em geral vejam a forma disso, porque, à princípio, é bom para a população, mas no final pode não ser", opina.
Rodrigues não desconsidera todas as emendas, contudo. Ele cita o mercado secundário de espectro, sugerido pelo deputado Laercio Oliveira (SD-ES) em emenda e que permite a transferência da autorização de uso de radiofrequências entre prestadoras, que dependerá de anuência da Anatel. A agência poderá estabelecer condicionamentos de caráter concorrencial para sua aprovação, como a limitação de quantidade de espectro. "Vemos de forma positiva, o corpo técnico da Anatel tem funcionado e organizado isso. Como não está claro que vai burocratizar demais, vemos de forma positiva", avalia.

Fonte: Teletime News de 16 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

Operadora de tráfego Eletronet fecha capital

Por meio de fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta, 16, a Eletronet informou ao mercado que deferiu o pedido de cancelamento de registro na bolsa. Desta forma, a empresa passa a ter o capital fechado. A companhia conta com um backbone de 16 mil km de fibra, a maioria em cabos OPGW, em especial ligando as regiões Sul e Sudeste ao Centro-Oeste e a todas as capitais do Nordeste.
A Eletronet foi criada em 1999 para administrar a rede de fibras óticas das subsidiárias da Eletrobrás. Pouco depois de criada, o governo federal leiloou 51% das ações ao grupo AES. Os 49% ficaram com as subsidiárias elétricas, reunidas na atual Eletropar, que à época se chamava Lightpar. Em 2002, a Eletropar assumiu o controle da Eletronet, por falta de cumprimento do plano de investimentos pela AES.
O endividamento da companhia e as perspectivas de mercado levaram a Lightpar a pedir a autofalência da Eletronet em 2003. No ano seguinte, a AES decidiu sair da companhia, vendendo sua participação integral a Contem Canada, que, em 2006, acaba vendendo metade de sua participação (cerca de 25%) à offshore Star Overseas, do empresário Nelson Santos, por R$ 1.

Fonte: Teletime News de 16 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

Serviços de telecom mostram queda de 3,3% em 12 meses, diz IBGE

Segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira, 16, em julho o volume dos serviços de telecomunicações mostraram queda anual de 3,3%. A redução mensal desse mercado foi de 2,5%. Já os serviços de tecnologia da informação mostraram aumento de 0,6% em relação a julho de 2015, e de 5% comparado ao mês anterior.
Não foi o bastante, entretanto, para impedir a queda dos serviços de TIC, que somam os dois setores: 2,5% no ano e 1% no mês. Já os indicadores dos serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias mostraram queda de 2,9% em 12 meses e de 5,1% comparado a junho. Assim, no conjunto, os serviços de informação e comunicação caíram 2,5% em relação ao mesmo mês em 2015. Comparado a junho, o setor caiu 1,5%.
De maneira geral, em julho o setor de serviços cresceu 0,7% em comparação a junho, mas houve retração de 4,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2016 e dos últimos 12 meses, a queda foi de 4,8% e 4,9%, respectivamente.

Fonte: Teletime News de 16 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

CCTCI da Câmara aprova projeto que assegura celebração de TACs entre teles e Anatel

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça, 13, o PL 3.434/2015, que altera a Lei Geral de Telecomunicações abrindo expressamente a possibilidade de celebração de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) entre Anatel e empresas. A proposta, na verdade, coloca o TAC como um recurso quase compulsório para a reparação de qualquer conduta considerada irregular que possa gerar multa ou advertência (não se aplica no caso de sanções de caducidade, suspensão temporária ou declaração de inidoneidade).
O projeto é de autoria do ex-senador Vital do Rego (hoje ministro do TCU, órgão que está acompanhando de perto os TACs entre Anatel e Teles) já foi aprovado no Senado e agora foi relatado pelo deputado Fábio Sousa (PSDB/GO). Pelo texto aprovado, o compromisso de ajustar conduta irregular poderá ser proposto, a qualquer tempo, pela prestadora, e não serão serão imputados compromissos adicionais à prestadora que se propuser a firmar o TAC enquanto a conduta irregular ainda estiver em apuração. O relator retirou o dispositivo do projeto que exigia das empresas o pagamento de 10% da multa, se houvesse, para a celebração do TAC. O projeto prevê ainda a anistia de processos administrativos que tenham como mesmo objeto infrações já corrigidas por meio de TACs. O projeto segue em regime prioritário, vai agora à CCJ e é conclusivo nas comissões, ou seja, não depende do plenário.

Fonte: Teletime News de 13 de setembro de 2016, por Samuel Possebon.

Comissão aprova projeto que prevê reserva de espectro e desconto no Fistel para operadoras pequenas e médias

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça, 13, o PL 2.490/2015, que altera a Lei Geral de Telecomunicações e determina que no plano de atribuição, distribuição e destinação de radiofreqüências a Anatel preveja, "nas localidades menos populosas, faixas exclusivas de radiofrequência para a prestação de serviços móveis de interesse coletivo por prestadoras de pequeno e médio porte, com o objetivo de massificar o acesso a esses serviços em áreas de baixa atratividade econômica e/ou de atendimento precário de serviços de telecomunicações".
O projeto, de autoria do deputado Veneziano Vital do Rego (PMDB/PB), altera ainda a Lei do Fistel e estabelece que as taxas aplicáveis às estações base e repetidoras do Serviço Móvel Pessoal serão reduzidas em 90% (noventa por cento) para as prestadoras de pequeno e médio porte. Segundo a proposta, caberá à Anatel regulamentar o que são operadoras de pequeno e médio porte. O projeto tem tramitação ordinária e agora segue para a Comissão de Finanças e Tributação.

Fonte: teletime News de 13 de setembro de 2016, por Samuel Possebon.

Relatório pela aprovação de Quadros para a Anatel é lido na comissão

Foi lido na Comissão de Infraestrutura do Senado nesta terça, 13, o parecer do senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA) pela aprovação do nome do ex-ministro Juarez Quadros para a presidência da Anatel. Ribeiro destacou o currículo de Quadros e a sua capacitação técnica para a função, e recomendou a aprovação do nome. O relatório entra agora em vista coletiva para a comissão, mas a data da sabatina ainda é incerta. A primeira proposta era realizar na próxima semana, dia 21, mas o Congresso deve estar em recesso branco por conta das eleições municipais. A data provável, mas ainda bastante incerta, é 4 de outubro, logo após o primeiro turno.

Fonte: teletime news de 13 de setembro de 2016, por Samuel Possebon.

Celular é o principal aparelho para acessar a Internet no Brasil

O crescimento da base de acessos de banda larga móvel já indicava, mas agora a pesquisa TIC Domicílios 2015 confirma: o principal dispositivo para acessar a Internet no País é o celular. O estudo, realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do NIC.br e CGI.br, mostra que do total de usuários conectados (58% da população brasileira com 10 anos ou mais) no ano passado, 89% utilizam o smartphone para acesso e 65% pelo computador (desktop, notebook ou tablet). Em 2014, 80% diziam se conectar com computador e 76% com celular. Os dados podem ser conferidos clicando aqui.
É importante ressaltar, porém, que a metodologia do Cetic.br apenas pergunta se o usuário acessou a Internet ou não nos últimos três meses. Conforme explica o coordenador da TIC Domicílios, Winston Oyadomari, a pesquisa segue padrões internacionais, mas há uma mudança na percepção do acesso por conta de aplicativos como WhatsApp, Facebook e Twitter. "A gente está passando por um momento em que a Internet é cada vez mais invisível; hoje é uma realidade de experiência de uso social do celular, (a pessoa) usa a Internet talvez até sem saber", diz. Segundo ele, a metodologia para captar esse uso está sendo discutida "não apenas no Brasil", mas ainda não há algo conclusivo.
Desigualdade 
Conforme a pesquisa TIC Domicílios, em 2015 pouco mais de um terço (35%) dos usuários de Internet acessaram a rede apenas pelo celular, enquanto em 2014 essa proporção era de 19%. Essa tendência de o smartphone ser o único aparelho conectado ocorre mais nas classes C (44%) e DE (65%) e nas áreas rurais (56%), bem como nas regiões Norte (55%) e Nordeste (43%). Segundo Oyadomari, há uma coerência na relação dessa desigualdade com a de acessibilidade de banda larga. "Os indivíduos mais dependentes de uso de celular são os que mais têm carência de banda larga nos domicílios", ressalta. Confira no gráfico abaixo.

Com o aumento do uso do celular para acessar a Internet, também houve avanço na conexão Wi-Fi para economizar na franquia de dados móveis. Tanto que a utilização do Wi-Fi na "casa de outra pessoa (família, amigos)" cresceu de 2014 para 2015: de 30% para 56%. Oyadomari explica que antes, a conexão era mais associada a computadores e, por isso, não era tão forte. Ainda assim, o acesso do Wi-Fi continua a ser maior na própria residência, ficando praticamente estável (90% no ano passado, contra 89% em 2014). No trabalho, o uso aumentou de 33% para 38% no período.

Franquias e Wi-Fi
O gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, ressalta também a distribuição por classe social quando a conexão é feita somente pelo celular. Conforme pode-se notar na tabela, a média brasileira é de 87% para conexão Wi-Fi (contra 74% em 2014), contra 72% pelo 3G ou 4G. Mas somente na classe A há uma equivalência entre os dois tipos (94% para rede móvel e 93% para Wi-Fi), enquanto nas demais há prevalência do Wi-Fi. "Tem a ver também com o pós-pago, que é a minoria das assinaturas das operadoras", declara. Segundo dados da Anatel, ao final de 2015, o pós-pago era 28,42% do total da base brasileira de 257,8 milhões de acessos na época.

Fonte: Teletime News de 13 de setembro de 2016, por Bruno do Amaral.

TCU vota esta semana auditoria sobre acompanhamento da Anatel nos serviços móveis

Está na pauta do plenário do Tribunal de Contas da União desta quarta, 14, a votação do processo que analisa a atuação da Anatel no acompanhamento da qualidade da telefonia móvel no Brasil. O processo decorre de auditoria realizada a partir de 2015 e que analisou diversos aspectos: de indicadores de qualidade exigidos pela agência ao Índice de Desempenho de Atendimento das empresas (IDA), passando pela atuação da Entidade Aferidora de Qualidade (EAQ) na banda larga móvel, pela questão das franquias nos planos de oferta de banda larga móvel e pela cautelar de 2012 que suspendeu as vendas de chips de algumas das principais operadoras (TIM, Claro e Oi), com o subsequente Plano de Melhoria de Qualidade. Até mesmo a aplicação do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor (RGC) é analisada. O relatório técnico que embasa a auditoria parte da constatação de piora nos indicadores e do crescente volume de reclamações contra as operadoras móveis e faz duras críticas à agência, como tem se tornado comum nesse tipo de auditoria do TCU. Para os técnicos do tribunal, deficiências na fiscalização da agência podem estar contribuindo para a degradação da qualidade dos serviços e desconhecimento do consumidor em relação a seus direitos.
O relatório técnico da secretaria de fiscalização do TCU traz uma série de recomendações e determinações, que poderão ou não ser acolhidas pelo ministro relator, Bruno Dantas. A Anatel apresentou respostas ao TCU na semana passada, segundo apurou este noticiário, mas não se sabe se elas serão suficientes para reverter a tendência de mais um duro acórdão contra a agência. As recomendações são as seguintes:
* Recomenda que a Anatel amplie a fiscalização sobre os planos de oferta para assegurar que o consumidor tenha todos os detalhes sobre os planos constatados;
* Há uma parte especial dedicada a criticar a inação da Anatel em relação ao acompanhamento das franquias de dados das operadoras móveis, e no fim a área técnica do TCU recomenda que a agência acompanhe de maneira tempestiva, e com ciência e concordância do conselho diretor, as alterações contratuais realizadas pelas operadoras que envolvam a relação de consumo entre usuários e as empresas.
* A análise do TCU critica a forma como a Anatel divulga os indicadores de qualidade e os critérios utilizados, e até mesmo a forma como o aplicativo da agência apresenta os dados, indicadores e mapas de cobertura é criticada.
* Há críticas à forma como a Anatel conduziu a avaliação da percepção de qualidade dos serviços nos últimos anos e determina que seja elaborado um plano de acompanhamento periódico, com espaçamento menor das pesquisas.
* O TCU pede um plano em 90 dias para resolver os problemas recorrentes de cobrança, hoje os mais comuns registrados pela agência, e ao mesmo tempo pede a reavaliação da quantidade de indicadores e o escopo das informações solicitadas. O TCU quer saber se os indicadores não estão extrapolando a regulamentação. O TCU constatou ainda deficiências na coleta de dados e cálculos dos indicadores.
* O órgão de controle recomenda metas de qualidade segmentadas do serviço móvel, considerando a realidade das regiões monitoradas, sobretudo porque algumas metas partem de parâmetros que envolvem tecnologias com desempenhos diferentes, como 2G e 3G.
* O relatório aponta fragilidades e critica os critérios de aferição de qualidade da Entidade Aferidora de Qualidade (EAQ) sobre a banda larga móvel, critica a falta de acompanhamento da Anatel sobre o trabalho da entidade e recomenda uma fiscalização mais efetiva sobre a EAQ.
* O relatório critica a falta de critérios e a pouca efetividade do IDA, o Índice de Desempenho no Atendimento, e sugere que ele passe por uma revisão com readequação dos critérios.
* O parecer critica severamente o comportamento da Anatel em relação à cautelar que suspendeu as vendas de novas linhas pelas operadoras móveis em 2012. Critica os critérios utilizados pela agência, a pouca efetividade e o fato de que uma operadora foi deixada de fora. Por isso, propõe que a Anatel regulamente o instrumento de cautelar e as condições de aplicação do recurso para "mitigar o uso de medidas cautelares baseadas em critérios inadequados".
* O TCU aponta pouca efetividade do Plano de Melhoria de Qualidade subsequente à cautelar de 2012 e de sua fiscalização, que conseguiu apenas 50% das metas alcançadas. Para o TCU, há uma possível inadequação na forma como a Anatel acompanha e incentiva a qualidade do SMP.
* O TCU recomenda que, caso a agência celebre Termos de Ajustamento de Conduta ou termos de compromisso, que a Anatel avalie a conveniência e oportunidade de realizar internamente um planejamento dos esforços de acompanhamento tempestivo das obrigações previstas.
* O órgão de controle constatou que depois da suspensão de vendas, a agência declarou cumprido parcialmente o Plano de Melhorias de Qualidade (cerca de 50% dos compromissos), mas sem dar transparência ou formalizar os documentos sobre quais aspectos foram cumpridos nem quantificou o grau de descumprimento de cada operadora. A Anatel, segundo o TCU, poderia ter suspendido de novo as vendas, pois isso estava previsto inicialmente. Mas, ao contrário, estabeleceu novas metas não previstas, gerando instabilidade de critérios. O TCU pede providências.
* Os técnicos do órgão de controle pedem um estudo, em até 90 dias, para avaliar a adequação e atualidade dos parâmetro mínimo de cobertura do serviço de telefonia móvel definido pela agência e exigido das operadoras, levando em consideração as variáveis que podem impactar a satisfação dos consumidores, como densidade populacional, regiões de maior relevância para o município e possíveis pontos estratégicos. Segundo o TCU, há editais que estabeleceram o percentual mínimo de 50% da área urbana, outros que estabeleceram 80% e outros, como o de 700 MHz, que não trazem nenhuma obrigação.
* Por fim, o tribunal de contas pede a exclusão do Manual Técnico do RGC de qualquer interpretação que tenha resultado em alteração do significado ou abrangência do texto vigente do regulamento. Segundo o TCU, o grupo formado pelas empresas e Anatel que escreveu o manual extrapolou o texto da regulamentação.

Fonte: Teletime news de 12 de setembro de 2016, por Samuel Possebon.