sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Brasil só desenvolve indústria de IoT se adotar padrões abertos

Ao participar do Rio Info 2015, José Vidal Bellinetti, do Fórum Brasileiro da Internet das Coisas, que a conexão das coisas chegou para ficar, mas não dá para minimizar o impacto dessas transformações. "Internet das Coisas é um grupo novo de produtos. Não é uma coisa que se coloca inteligência e comunicação apenas. É um novo produto que surge", explica.


Entre os pontos críticos para o fomento da Internet das Coisas, está a interoperabilidade - há muitos consórcios disputando esse modelo. "Aqui no Brasil precisamos trabalhar com padrões abertos para o desenvolvimento de uma indústria local", diz.

A segurança também preocupa, mas Bellinetti diz que a possibilidade dos dispositivos serem hackeados é muito efetiva. Mas isso não é o problema. "Temos que criar medidas que evitem essa quebra de segurança. Internet das Coisas é uma inovação. E inovar exige resolver problemas. Não se pode colocar barreiras", pondera. 


O especialista também adverte: as coisas precisam se comunicar e para isso precisam frequência, para evitar congestionamentos. "Isso não está sendo muito discutido".

Fonte: Convergência Digital de 17 de setembro de 2015, por Carmem Lucia Nery e Pedro Costa 

Propostas para novo modelo de concessão saem em 120 dias, afirma Martinhão

O Ministério das Comunicações deve formalizar nos próximos dias a criação de um grupo de trabalho para propor alterações ao atual modelo de concessão de telecomunicações, no prazo máximo de 120 dias. Segundo o secretário de Telecomunicações, Maximiliano Martinhão, a expectativa é de que até o final deste ano as opções e os instrumentos necessários deverão ser apresentados ao ministro Ricardo Berzoini.
O grupo será composto apenas por técnicos do Minicom e da Anatel e deverá aproveitar os debates realizados até agora. Martinhão disse que, ao longo da discussão, serão promovidas consultas e audiências públicas para ouvir a sociedade, além de convites a empresários do setor e academia para auxiliar no debate. Outros órgãos do governo podem ser convidados, mas em princípio a discussão não se mistura com outras iniciativas similares em curso em outros órgãos do governo, como Fazenda e Planejamento, que também estudam formas de "destravar" os investimentos em telecomunicações por meio de reformas regulatórias.
Para Martinhão, que participou nesta terça-feira, 22, de evento organizado pela Momento Editorial que discutiu o modelo  concessão, as mudanças propostas devem envolver o Congresso Nacional, seja para alterar a Lei Geral de Telecomunicações (LGT) ou para validar as normas infralegais para alteração do modelo, a depender da opção que será adotada. A decisão final, imagina Martinhão, ocorrerá durante o primeiro semestre de 2016.
Martinhão ressaltou que o grupo de trabalho não tratará da revisão dos contratos de concessão, que deverá estar decidida até, no máximo, março de 2016. "A proposta de alteração do PGMU [Plano Geral de Metas de Universalização] é tarefa unicamente da Anatel", afirmou. Este noticiário apurou que o Minicom espera receber ainda em outubro a minuta de alteração do PGMU para começar a sua análise, já que a alteração depende de decreto. Vale lembrar que o conselho consultivo da Anatel também precisa, obrigatoriamente, avaliar o novo PGMU. Há dúvidas se a Anatel fará uma nova consulta pública com a proposta consolidada ou não, já que a consulta realizada até aqui sobre a revisão dos contratos foi principiológica, mas não sobre um texto consolidado.
Licença única
Em debates anteriores, a Anatel já havia deixado transparecer a tendência de adotar uma licença única para a prestação de todos os serviços, inclusive para telefonia fixa. Mas outras modelagens também estão em estudo, como o uso de modelos híbridos; rede de transporte em regime público e a rede de acesso em regime privado. Martinhão acredita que as alterações propostas devem levar em consideração que a LGT foi um modelo vitorioso e precisa ser substituída por uma norma de igual valor. A LGT não pode ser alterada por Medida Provisória.
O modelo também deve trazer propostas de alterações para o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), em um ambiente sem regime público. "A mudança é urgente e é uma das formas para destravar investimentos do setor", disse.
O senador Walter Pinheiro (PT-BA), por sua vez, disse que apesar de antiga, a LGT não serviu de empecilho para que outros serviços fossem regulados pela Anatel. Para ele, qualquer mudança deve ser precedida de um entendimento sobre o que se quer mudar e onde se pretende chegar. Ele discorda da alteração apenas para resolver as polêmicas sobre bens reversíveis.

Fonte: Teletime News de 22 de setembro de 2015, por Lucia Berbert.

"Day after" da reforma: cenários para o futuro Minicom

Não será surpresa nenhuma a saída de Ricardo Berzoini do Ministério das Comunicações nos próximos dias, possivelmente para assumir a Secretaria Geral da Presidência ou algum outro posto que lhe permita fazer a coordenação política da presidenta Dilma Rousseff diretamente no Planalto, coisa que já vem fazendo na prática, mesmo sem cargo para isso. Essa hipótese é pública, ainda que não formalmente definida. A questão é o que virá depois para o Ministério das Comunicações. Por enquanto, não há muita informação concreta, mas o quadro não é alentador, mesmo fazendo-se apenas uma análise de cenários em cima das hipóteses que têm sido mais citadas.
É fato que desde que Dilma assumiu a presidência, em 2011, o Minicom ganhou status junto ao governo, passando a ser ocupado por quadros importantes do PT, com acesso privilegiado ao Planalto. Foi assim com Paulo Bernardo e mais ainda com Ricardo Berzoini. Ambos com perfil conciliador, atentos aos pleitos empresariais, razoavelmente permeáveis aos movimentos sociais (a depender da própria relação do governo com esses movimentos), procuraram manter uma gestão técnica das questões da pasta, sem dar espaço para maiores interferências políticas. Ambos os ministros que Dilma escalou até aqui para o Minicom ficaram, por outro lado, igualmente distantes das pautas históricas do próprio PT em relação à regulação da mídia, aparentemente por orientação, ou por falta de comando, da própria presidenta. Mas é inegável que o Minicom ganhou status político, independência do Congresso e formulou políticas setoriais efetivas, o que não aconteceu no governo Lula. Agora, tudo isso pode mudar.
Cenários
Não se sabe o que será do Ministério das Comunicações com uma eventual saída de Berzoini. Fala-se em uma fusão com a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) para acomodar Edinho Silva. É uma hipótese que já circulou no começo do segundo mandato de Dilma, não foi adiante e possivelmente representaria um retrocesso nas relações políticas com os grupos de comunicação, que teriam de um lado um regulador, e de outro um gestor de verbas publicitárias estatais. Sem falar no fato de que a Secom faz comunicação governamental, e não regula o mercado de comunicações. São duas coisas que só têm a palavra "comunicação" em comum.
Analisou-se uma aproximação do Minicom com o Ministério da Cultura, onde também há sinergias, mas a pauta da Cultura parece ser muito ampla para um ministério dividido. Há também boatos sobre a volta de um Ministério de Infraestrutura que poderia ter Transportes e Comunicações. Ao que tudo indica, isso nunca entrou de fato em análise. Os boatos, portanto, seriam apenas um recall do modelo analógico da década de 90, em que estradas e cabos de telefone estavam mais ou menos em uma mesma dimensão. Hoje, a única coisa em comum entre as duas áreas é que ocupam o mesmo prédio na Esplanada. Não faria nenhum sentido.
Fala-se com cada vez mais insistência em uma fusão do Minicom com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Essa hipótese passa, na verdade, pelo futuro do atual ministro da Casa Civil Aloízio Mercadante, que todos os partidos da base aliada, do PT ao PMDB, querem ver fora do Planalto, menos a própria Dilma. Para sair, Mercadante precisaria "cair para cima", com um ministério turbinado. MCTI e Minicom nunca estiveram juntos em sua história, mas quem já estudou o assunto vê sinergias importantes, sobretudo na área da economia digital. Trata-se de um tema que, comenta-se no governo, tem despertado muito interesse de Mercadante nos últimos meses. Se a hipótese prosperar, o setor teria um ministro de peso em uma pasta ainda mais forte, mas ganharia um interlocutor conhecido por ter muitas certezas e pouca disposição para ouvir. Ressalte-se adicionalmente que para que essa fusão inédita MCTI/Minicom aconteça, não só Dilma teria que tirar seu braço-direito do Planalto como teria que ser abortado outro plano que vem sendo muito comentado: uma fusão do MCTI com o Ministério da Educação, outro super-ministério que poderia abrigar o atual ministro da Casa Civil.
Sem PT
O que virá,  se virá e como virá, só Dilma sabe. Qualquer coisa além disso é palpite. Mas um palpite mais ou menos seguro é que, saindo Berzoini e Mercadante ficando onde está, o Ministério das Comunicações não deve mais ficar com o PT. De um lado porque Dilma não mostra disposição nenhuma de levar adiante qualquer projeto de regulação das comunicações e a promessa de campanha do Banda Larga para Todos depende agora da área econômica. Sendo um programa fortemente dependente de desonerações, e sendo esta uma palavra proibida no governo, as chances de ir adiante são mínimas no cenário atual. Além disso, o ministério é um bom balcão político, por conta das outorgas de radiodifusão e da máquina (e orçamento) dos Correios. O governo precisa de todas as moedas que tiver para segurar a base.
Se for esse o cenário, no colo de quem cairia o Minicom? O PMDB poderia retomar o espaço que teve no governo Lula, com Eunício Oliveira e Hélio Costa, hipótese que também agrada algumas empresas do mercado de radiodifusão, mas parece não ser a prioridade do próprio PMDB. Mas outros partidos/bancadas, ligadas a outros grupos radiodifusores/evangélicos, também têm interesse, estando o PRB no primeiro lugar da fila. Se isso acontecer, pode-se esperar mais ou menos o que se tinha até 2011: pouco protagonismo do ministério em questões setoriais, maior influência política e permeabilidade a demandas parlamentares.
Berzoini fez algo enquanto esteve à frente da pasta que seu antecessor, Paulo Bernardo, não havia feito: liberou o próprio setor a conversar com outras áreas do governo, como o Planejamento e a Fazenda, sobre questões tão amplas quanto políticas tributárias e modelo de concessão. Isso é bom porque coloca quem tem o poder que realmente conta nesse momento (o do dinheiro) no centro das decisões, o que pode dar peso a algumas iniciativas, como a reforma do modelo atual. O lado ruim é que tanto o Planejamento quanto a Fazenda não têm as comunicações no centro de suas prioridades e nem dispõem de bagagem técnica para discutir questões muito específicas. Mas, na hipótese de o Minicom perder envergadura, é bom ter essas pontes com outros órgãos.
Para a radiodifusão, uma mudança de ministro terá um efeito positivo. Não que não se tenha Berzoini em boa conta entre as emissoras de rádio e TV, mas o ex-deputado Emiliano José na Secretaria de Comunicação Eletrônica foi um nome difícil para as empresas de mídia aceitarem, por sua forte vinculação à militância pela democratização das comunicações. Ainda que, na prática, não tenha sido autorizado a fazer nada.
Nessa análise de cenários, as alternativas para o Minicom não parecem muito empolgantes. Uma saída para tentar blindar o Ministério das Comunicações dos efeitos colaterais de uma eventual reforma seria uma boa reestruturação interna, prévia, revisando as secretarias e funções do Minicom, estabelecendo melhor os projetos prioritários. Não é garantia de nada, já que quem chegar poderá mexer no que quiser, mas pelo menos chegará com um roteiro parcialmente escrito. A reforma, se é que o governo terá força para bancá-la, deveria idealmente pensar em fortalecer o Ministério das Comunicações em uma realidade cada vez mais digital, com um projeto efetivo não só de massificação de redes e conteúdos condizentes com essa nova realidade, mas de tornar esse debate o centro de políticas econômicas, sociais e de reestruturação do próprio Estado. No contexto atual, é improvável que isso aconteça, mas o sonho é livre.

Fonte:Teletime News de 22 de setembro de 2015, por Samuel Possebon.

Abinee recorre a Aldo Rebelo pela volta da Lei do Bem

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aldo Rebelo, realizou audiência com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humbert Barbato, nesta terça, 22, em Brasília, para discutir o fim da desoneração para tablets, computadores e smartphones, a Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005). Na reunião, que contou ainda com o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgílio Almeida, a entidade demonstrou preocupação com a MP 690, que propõe o fim da isenção do PIS/Cofins desses aparelhos.
O argumento é que o consequente aumento dos preços dos dispositivos de informática provocará uma redução no consumo e, assim, diminuição na arrecadação. Em comunicado, a associação diz ainda que a medida provocará um "crescimento do mercado cinza destes produtos". A entidade prometeu encaminhar documento que comprova o cálculo com as perdas para o governo. A Abinee afirmou que o ministro "recebeu muito bem as colocações" e ficou de encaminhar o documento à presidenta Dilma Rousseff.
Logo após o anúncio da decisão do governo de rever a desoneração, no final de agosto, a Abinee já se manifestara com duras críticas. A entidade diz que, antes do enquadramento na Lei do Bem, os dois impostos aumentavam os custos dos produtos em 9,25%. Afirma também que, depois de adotadas as medidas de redução de impostos para a produção, os preços dos tablets chegaram cair em torno de 36%.

Fonte: teletime News de 22 de setembro de 2015, por Bruno do Amaral.

Senado examina PL que altera funcionamento das agências reguladoras

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado examina nesta quarta-feira, 23, o projeto da Lei Geral das Agências Reguladoras (PLS) 52/2013. A proposta, que faz parte da chamada Agenda Brasil criada pelo Senado, estabelece regras relativas à gestão, organização e mecanismos de controle social das agências reguladoras federais, incluindo Anatel e Ancine, e promove ainda ajustes nas leis específicas de criação de cada uma delas.
A proposta do senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE) reproduz, em grande medida, o conteúdo do Projeto de Lei da Câmara 3.337/2004, editado para aumentar o controle das agências reguladoras pelos ministérios a que são vinculadas. O projeto foi arquivado a pedido da presidente Dilma Rousseff em 2013, após quase dez anos sendo analisado pelos deputados.
Há no texto, entre outros pontos, um dispositivo para que as agências custeiem o acompanhamento de matérias em tramitação pelos órgãos de defesa do consumidor por meio da contratação de especialistas e pagamento de despesas. A proposta exige a apresentação anual de uma prestação de contas ao Congresso por parte das agências e a celebração dos chamados contratos de gestão, que devem trazer metas, mecanismos, fontes de custeio e resultados das ações regulatórias e fiscalizatórias das autarquias. O projeto também prevê uma série de dispositivos para vincular a atuação das agências reguladoras aos órgãos de defesa da concorrência.
O relator na CCJ, senador Walter Pinheiro (PT-BA), promoveu uma série de mudanças no projeto. Segundo Pinheiro, a proposta tem objetivo de afastar uma das principais distorções no modelo vigente, "que é o exercício de competências de governo pelas agências reguladoras, como a absorção da atividade de formulação de políticas públicas e do poder de outorgar e conceder serviços públicos".
Uma das emendas apresentadas pelo senador prevê que os presidentes das agências compareçam, anualmente, ao Congresso para prestar contas da atuação das agências em seus respectivos mercados regulados. Para o senador, a proposta vai aperfeiçoar a ação regulatória.

Fonte: Redação da Converge Telecom, em 21 de setembro de 2015.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Seminário sobre Internet das Coisas - IOT Fórum

O IOT Fórum, realizou em 22 de setembro de 2015, mais um seminário sobre Internet das Coisas - IoT, onde foram tratados diversos temas a respeito das inovações tecnológicas e seus reflexos na sociedade a partir das possibilidades de uso das conexões entre os mais diversos dispositivos com os quais estamos habituados a utilizar de forma individualizada. Ou seja, um automóvel, da forma como é utilizado atualmente é apenas uma forma de nos auxiliar nos deslocamentos, mas após a sua conexão com outros dispositivos, através de uma rede IoT, poderá nos permitir novas experiências, até então não conhecidas. As montadoras já estão em estágio avançado e realizando testes em seus modelos, permitindo que os mesmos consigam conversar entre sí, passando informações ao condutor que facilitem suas tomadas de decisão, por exemplo, frear em casos de emergências; sem falar, no óbvio, que é a condução sem a intervenção humana, principalmente nas necessidades de buscar vagas em estacionamento e estacionar, etc...
Sob a coordenação de Gabriel Marão e Roberto T. Matsubayashi, diversos convidados apresentaram suas visões a respeito, e mostraram os dispositivos mais utilizados atualmente e suas funções na sociedade de hoje, as necessidades de redes de conectividade, bem como a fabricação de chips que serão muito utilizados nessa nova família de equipamentos que permitirão as mais diferentes formas de atuação.
Os consultores Wagner Heibel, da 4Grid e André Santos, da Flex,alertaram sobre as necessidades e preocupações que a sociedade deverá estar preparada nessa nova forma de se relacionar e conviver com tais serviços, pois os recursos são escassos e a tecnologias atualmente disponíveis deverão ser readequadas para suportar tamanha demanda de tráfego de dados, sendo necessário um planejamento muito refinado e com a utilização de equipamentos de última geração que otimizem o consumo de energia.
Quanto ao desenvolvimento de novos componentes, o representante da CEITEC, Marcelo Lubaszewski, mostrou a capacidade de sua empresa na produção de novos chips e módulos de serviços que já consideram as necessidades do segmento na construção de novos dispositivos a serem conectados na rede IoT. Observou que sua empresa já vem trabalhando em parceria com empresas "start up's" na criação de alguns componentes que serão utilizados nesses novos e inovadores serviços.
Também estiveram presentes, mostrando as principais preocupações do governo, Rodrigo Pedrosa do BNDES e Ricardo Gonzaga Martins de Araújo da Agencia Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior - MDIC, que em consonância com as políticas de ciência, tecnologia, inovação e comércio exterior e apresentaram as responsabilidades de cada um desses órgãos, lembrando que a sociedade pode e deve buscar recursos junto aos governos, nas 3 esferas,seja de ordem financeira, regulatória e de política social. Sendo ressaltado que, especialmente, nos casos de internet das coisas - IoT, a busca maior é junto aos municípios, onde se faz mais presente as necessidades dos usuários.
Na plateia se encontravam membros da comunidade usuária de internet, fabricantes de equipamentos e empresas de consultoria que ao final debateram com os apresentadores, colocando suas impressões e registrando suas principais necessidades.
Outros fóruns serão realizados pelo IoT Fórum em datas a serem divulgadas no site www.iotbrasil.com.br.




KIALO Consultoria e Engenharia Ltda., por Francisco Carlos de Araujo


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

ISPs veem com cautela fim da exigência de outorga

Os pequenos provedores (ISPs) não veem com entusiasmo o fim da licença para prestar serviço de banda larga, proposta da Anatel que está em consulta pública. A preocupação desses operadores é com o uso indevido do espectro não-licenciado que, na opinião deles, pode se agravar com a nova possível regra.
Em palestra no 2º Seminário de Gestão de Espectro nesta sexta-feira, 18, o consultor Edmundo Matarazzo disse que a frequência de 5 GHz se mostra poluída em consequência de uso de equipamentos com potência acima da permitida e pela utilização de aplicações em banda diferente da que está destinada. Ele afirmou que os pequenos provedores defendem uma coordenação maior do uso dessa faixa e a dispensa de outorga dificultará a identificação de usuários. "Nesse sentido, o não licenciamento é um complicador", ressaltou.
Para Antônio Neger, da Neger Tecnologia e Sistemas, a criação de um cadastro de usuários poderia superar essa dificuldade, mas acredita que esse sistema deve ser mantido pelas entidades de classe do setor, já que os usuários dessa faixa receiam o contato com a Anatel. Matarazzo informou que os fabricantes dos equipamentos se comprometem a auxiliar na formação dessa listagem, podendo até vincular a extensão das garantias do equipamento à adesão ao cadastro.
O superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da agência, Vitor Menezes, disse que a existência desse cadastro, que está inclusive previsto na proposta da norma em consulta pública, é essencial para se ter um mínimo conhecimento desse segmento. Ele acredita que uma fiscalização de caráter educativo pode levar o usuário a se cadastrar na Anatel.
Outro ponto levantado por Matarazzo é de que a proposta da norma está sendo entendida como uma permissão para que usuários finais compartilhem Wi-Fi. Segundo ele, levantamento realizado aponta que 14% dos domicílios atendidos por Wi-Fi já compartilham a rede com vizinhos. Ele defendeu ainda a ampliação de espectro não licenciado no futuro.
Leilão
Os pequenos provedores não criticaram a proposta de leilão de sobras, que deve acontecer em novembro com foco nesses usuários, mas sugerem que a Anatel crie outra forma de acesso a espectro licenciado por esses operadores. O argumento deles é de que o preço da frequência e a necessidade de licenciar estações elevem demasiadamente o custo da prestação do serviço, tornando-o inviável. A sugestão é de criação de uma outorga light, que possa ser solicitada a qualquer tempo.
Os pequenos provedores também querem a possibilidade de compartilhar espectro licenciado. Eles pediram que a Anatel regulamente essa possibilidade.

Fonte: Teletime News de 18 de setembro de 2015, por Lucia Berbert.

Anatel concederá licença de SCM em 2 dias

A Anatel lança no início do próximo ano um sistema eletrônico de pedido de outorga para os serviços de comunicação multimídia (SCM) e limitado privado (SLP). O objetivo é reduzir de 110 para 2 dias o prazo para a concessão de licença, como anunciou nesta sexta-feira, 18, o superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da agência, Vitor Menezes, durante o 2º Seminário de Gestão de Espectro.
Segundo Menezes, o processo poderá ser feito praticamente todo pela Internet, com a exceção de dois ou três documentos que o solicitante precisará apresentar em papel em qualquer unidade da Anatel. Ele disse que a maior dificuldade para concluir o processo atualmente se dá em função do grande número de documentos que é solicitado e da dificuldade dos solicitantes em atender as certidões exigidas.
Para o representante da Neger Tecnologia e Sistemas, Antônio Neger, o sistema eletrônico é bem-vindo, mas afirmou que é preciso rever a documentação exigida pela agência, que cria muitas dificuldades para os pequenos provedores. Ele disse que, atualmente, os ISPs utilizam os serviços de terceiros para solicitar licenças, o que dificulta a apresentação da documentação pedida.

Fonte: Teletime News de 18 de setembro de 2015, por Lucia Berbert.

Anatel estuda regulamentação de uso de frequências por drones

A Anatel criou um grupo de trabalho para estabelecer normas para o uso de drones no Brasil. Segundo a Coordenadora de Regulamentação das Condições de Uso de Radiofrequências da agência, Adriana Mendes, a intenção não é regular as condições de voo desses equipamentos, que é de competência da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), mas sim o uso de frequências.
Adriana disse que a ideia é buscar a informações sobre as frequências utilizadas por outros países, que já regulamentaram os drones. Ela argumenta que a padronização é importante, uma vez que esses equipamentos têm capacidade de ultrapassar fronteiras.
proposta de regulamentação dos drones está em consulta pública na Anac até o dia 3 de outubro. A norma tem como premissas viabilizar as operações, desde que a segurança das pessoas possa ser preservada, minimizar ônus administrativos e burocracia, tendo em vista que as regras estarão estabelecidas de acordo com o nível de complexidade e risco envolvido nas operações, e permitir evolução do regulamento conforme o desenvolvimento do setor.

Fonte: Teletime News de 18 de setembro de 2015, por Lucia Berbert.

Ericsson lança recurso de chamadas Wi-Fi multidispositivo

A Ericsson atualizou sua solução de chamadas por Wi-Fi com um novo recurso multidispositivo, permitindo às operadoras a expansão da cobertura do serviço de voz a aparelhos sem conexão à rede móvel, como tablets e computadores pessoais. A solução funciona de forma semelhante ao recurso de integração entre o iOS e o Mac OS/X da Apple, que permite que o usuário atenda chamadas pelo computador ou iPad quando eles estão na mesma rede Wi-Fi do iPhone. A diferença é que a solução da fornecedora sueca não requer que os aparelhos estejam na mesma rede.
A ideia da Ericsson é que, podendo optar por receber a chamada via acesso Wi-Fi, o consumidor não precise "ser forçado a se valer de serviços de voz over-the-top". Além disso, justifica que o recurso fica integrado de forma nativa nos aparelhos que suportam a tecnologia, o que facilita o uso. A ferramenta permite ainda chamadas simultâneas em vários dispositivos e transferência de chamadas em andamento entre aparelhos. A companhia espera que as primeiras operadoras habilitem a solução ainda neste ano.

Fonte: Teletime News de 18 de setembro de 2015, po Bruno do Amaral.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Teles querem incentivos para atravessar a crise

O presidente executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy, esteve nesta quarta-feira, 16, com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, para apresentar reivindicações das empresas do setor com o objetivo de manter ou até aumentar investimentos. Os pedidos vão desde a redução de exigências da Anatel em regulamentos, aumento da isenção para comunicação entre máquinas (M2M) e prorrogação do regime especial de tributação para construção de redes, o REPNBL.
Levy disse que entregou ao ministro a Carta de Brasília, documento apresentado no 59º Painel Telebrasil, realizado no início deste mês. Ele afirmou que irá mais vezes ao Ministério, para detalhar as reivindicações para a área técnica. "A intenção é manter um contado constante com o Planejamento e a Fazenda, para mostrar as peculiaridades do setor", disse.
A investida dos empresários tem dado certo. Foi suficiente para pelo menos adiar a intenção inicial de atualizar o Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações), que resultaria em uma alta de 189%.
Nas reivindicações atual, as teles querem reduzir custos para transformar essas economias em investimentos. Entre as propostas de alívio regulatório, as concessionárias pedem que o tempo de reparo de orelhões passe de oito horas para 12 horas e que o prazo para instalação de telefone fixo suba de sete para 10 dias. "As mudanças nesses indicadores não afetam o serviço e podem ser até temporárias, de forma a fazer a travessia da crise", disse Levy.

Fonte: Teletime News de 16 de setembro de 2015, por Lucia Berbert.

Aníbal Diniz defende Internet em regime público e reuso de frequência em sabatina no Senado

Com um voto contra, a Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou, nesta quarta-feira, 16, a indicação do ex-senador Aníbal Diniz para o Conselho Diretor da Anatel. Ao final da sabatina, o indicado defendeu a prestação do serviço de banda larga em regime público, até que seja alcançada a universalização do acesso.
Na sabatina, Diniz disse que as reclamações das operadoras contra o WhatsApp não têm fundamento. Ele entende que as queixas fazem parte da disputa estabelecida entre as teles e as empresas over-the-top (OTTs), mas que o uso de aplicativos que facilitam a vida das pessoas já é pago pelos consumidores quando contratam um plano de dados.
Diniz defendeu a criação de uma agenda pública para debater bens reversíveis, licença única para serviços, implantação definitiva da Análise de Impacto Regulatório (AIR), que avalia os benefícios e os custos das normas a serem aprovadas, e reuso das frequências adquiridas pelas operadoras, mas que estão sendo desperdiçadas em áreas de pouca atratividade econômica. Para ele, o consumidor deve estar no centro da atuação da Anatel.
O ex-senador defendeu a revisão dos indicadores de qualidade dos serviços, que são muito técnicos. "Os serviços de telecom são os mais reclamados, mesmo com novas exigências de qualidade impostas pela Anatel", disse. Ele entende que as metas atuais não refletem os anseios dos usuários, nem medem a qualidade percebida por eles.
Os senadores cobraram o trabalho do novo conselheiro em prol da melhoria dos serviços de telecomunicações na região Norte, que ele representou no Senado, e da participação maior das empresas de pequeno porte no mercado. Eles acreditam que o empenho do ex-senador será suficiente para superar a falta de maior conhecimento técnico que tem do setor. Para o senador Walter Pinheiro (PT-BA), o foco deve ser o cumprimento efetivo da LGT (Lei Geral de Telecomunicações), norma que considera atual, antes de propor novos regulamentos.
A votação do nome de Aníbal Diniz no Plenário do Senado pode acontecer ainda nesta quarta-feira à noite. A comissão aprovou o pedido de urgência para acelerar a tramitação. Na comissão, o ex-senador recebeu 22 votos favoráveis e só um contra.
Nova sabatina
Na reunião de hoje da Comissão de Infraestrutura também foi lido o parecer do senador Elmano Ferrer (PTB-PI), da indicação do advogado Otávio Luiz Rodrigues Júnior para a vaga de Marcelo Bechara na direção da agência. Foi concedida vista coletiva da matéria e a sabatina do indicado deve acontecer na próxima semana.

Fonte: Teletime News de 16 de setembro de 2015, por Lucia Berbert.

Sky LTE chega a mais dois municípios mineiros

A partir da quinta-feira, 17, a Sky passará a operar com sua banda larga em TDD-LTE na faixa de 2,5 GHz em mais duas cidades de Minas Gerais. Agora, além de cobrir os municípios de Belo Horizonte, Uberaba, Betim, Contagem, Ibirité, Sabará, Santa Luzia e Juiz de Fora, a operadora venderá seu produto também em Vespasiano e Ribeirão das Neves. Como ocorre em outras localidades, a empresa avisa que a implantação da rede é realizada em etapas para garantir a entrega do serviço. A disponibilidade de cobertura pode ser consultada informando o CEP no site da companhia.

Fonte: Teletime News de 16 de setemebro de 2015, por Bruno do Amaral.

TV de segunda categoria

A TV digital aberta já se tornou um produto de segunda categoria, pelo menos do ponto de vista tecnológico. Essa mesma TV digital que ainda luta para começar a ser implementada na maior parte das cidades brasileiras e que, com muita sorte, substituirá a TV analógica nos grandes centros em 2018, está velha.
Para sustentar essa afirmação farei duas coisas que não costumo fazer como jornalista: contar uma história pessoal e cravar uma previsão. A previsão está atrelada ao meu ponto inicial: a TV aberta perdeu o bonde da evolução, não deve se recuperar e vai sobreviver (se sobreviver) como um produto inferior entre as opções de entrega de conteúdo. A história pessoal eu uso para ilustrar essa provocação.
Há 20 anos, em 1995, eu fazia a minha primeira cobertura de um grande evento internacional. Minha estreia foi na NAB, em Las Vegas, naquela época, e até hoje, o maior evento de televisão aberta do mundo. Naquela ocasião, em um café da manhã no Hotel Bally's, entrevistei Fernando Bittencourt, que comandava a engenharia da TV Globo. Foi a primeira vez que ouvi falar em TV digital. Ele me explicou o que era a alta definição, o que era a multiprogramação, como seria possível fazer a transição tecnológica e que aquele era o passaporte para a TV aberta ter uma vantagem sobre a TV paga. Nos EUA, já se discutia como seria o desligamento da TV analógica. Bittencourt me chamava a atenção para o fato de que era necessário começar a discutir a transição para a TV digital no Brasil. Passaram-se 14 anos e em 2008, finalmente, a TV digital se tornou uma realidade, mesmo que ainda hoje falte um longuíssimo caminho a ser percorrido até que todos os municípios tenham seus sinais digitais em operação e, mais ainda, até que o sinal analógico possa ser desligado. E muita gente duvida que, no Brasil, um dia será (eu, inclusive).
Este ano volto a um grande evento tradicional da TV aberta, depois de duas décadas. Vim à IBC, em Amsterdã, o maior evento de TV europeu. Um evento em que um dos focos é, indiscutivelmente, a ultra alta-definição, ou UHD. Para minha surpresa, um evento que falou muito de televisão, de conteúdo, de IP, e bem menos de radiodifusão do que eu esperava. Nesse encontro, voltei a conversar com Fernando Bittencourt sobre o tema TV digital, mas agora com foco nesse novo momento. Ele não está mais na Globo, de onde se aposentou há cerca de um ano, mas sua opinião é bastante respeitada. Ele me disse (e disse isso também publicamente, em um dos painéis da IBC 2015, representando a SET – Sociedade de Engenharia de Televisão), que a chance para que a TV aberta chegue a esse novo mundo depende necessariamente de espectro. E para ter esse espectro, o modelo de TV aberta precisa mudar no Brasil, passando a abrigar talvez apenas algumas poucas emissoras, que com mais espectro terão um produto tecnologicamente competitivo para brigar com outras formas de entregar conteúdo.
Existe uma diferença grande entre o cenário que Bittencourt me narrou em 1995 e o cenário que pode ser visto em 2015. Duas décadas atrás, a TV de alta definição era uma promessa distante, tanto para a TV paga quanto para a TV aberta, que eram as duas únicas formas, fora o cinema, de exibir conteúdos audiovisuais. Tanto o cabo quanto a radiodifusão eram analógicos, e ambos saiam do mesmo ponto de largada.
Hoje, a UHD já existe (ainda que alguns aspectos ainda careçam de padronização). Com um cartão de crédito com um limite um pouco maior, é possível comprar uma TV 4K nas Casas Bahia. Por R$ 19,90 ao mês mais uma banda larga razoável, é possível assinar a Netflix, que tem uma boa quantidade de conteúdos em UHD. Os celulares high-end já filmam e exibem imagens em 4K. A Globo já filma algumas de suas novelas em ultra alta-definição. Tudo isso e muito mais: imagens em HDR, HFR, WSG, HEVC, 8K (e outras siglas que em essência significam imagens melhores) já existe e, como mostrou a IBC, é o presente e o futuro de todas as plataformas de distribuição de conteúdos de vídeo, da Internet ao cinema, passando pelos canais pagos, pelos celulares e pelos óculos de realidade virtual. Só não é realidade nas transmissões da TV aberta, e talvez nunca venha a ser.
A razão é simples: para ter isso tudo é preciso espectro. E por mais que se admita que com a evolução nas tecnologias de compressão tudo isso poderá ser feito no mesmo canal de 6 MHz que as TVs abertas têm hoje, ainda assim será preciso espectro para migrar de uma tecnologia para outra, período em que ambas precisam coexistir. E esse espectro é coisa cada vez mais rara, ainda mais em tempos de banda larga móvel e Internet das Coisas.
Voltemos à reflexão de Bittencourt (a de 2015). Suponhamos que houvesse no Brasil só três ou quatro emissoras de radiodifusão por cidade (em alguns casos há 25). Aí sim seria possível discutir uma migração da TV aberta para o UHD. Seria então necessário começar a discutir a padronização, definir o modelo etc., coisa que, como dissemos, tomou 14 anos para acontecer com a primeira geração da TV digital, que ainda engatinha no Brasil. E nessa primeira etapa ninguém precisou ser despejado do espectro. Imagine-se que o critério para escolher as três ou quatro emissoras sobreviventes e que terão acesso ao paraíso seja relevância, ou audiência, ou tamanho econômico, ou interesse público. Qualquer que seja o critério, o custo político de despejar o resto dos canais, mesmo os "teletapetes" ou "teleigrejas" que ninguém nem sabe que existem, será gigantesco, senão inviável. A não ser que a seleção (econômica) natural faça esse papel antes (o que eu também duvido).
A outra alternativa é assumir que a TV aberta de fato será um produto tecnologicamente de segunda categoria, fadado a servir apenas àqueles que efetivamente não tenham acesso a nenhuma das formas de consumir conteúdos em UHD. É um outro caminho possível, lembrando que qualidade de imagem não é tudo, e que o mais importante talvez sejam bons roteiros, boas histórias e bom conteúdo. Nada disso é um problema efetivo hoje, é só uma constatação. Mas como 20 anos passam muito rápido, não custa começar a falar já.

Fonte: Teletime News de 15 de setembro de 2015, por Samuel Possebon.

TIM decreta a morte do "efeito comunidade"

A estratégia da TIM de destinar 65% do Capex em infraestrutura (móvel e da Live TIM) tem um objetivo claro: aumentar a capacidade de acesso. Parte da observação de uma tendência muito mais acentuada do que o esperado no mix de receitas de voz para dados. A previsão da prevalência dos dados, que antes era pra 2017, agora foi reajustada para 2016. A justificativa é que a situação macroeconômica do País leva os usuários a "concentrar mais os gastos", enquanto os cortes na taxa de interconexão (VU-M) acabaram não influenciando tanto, já que preferem a utilização de serviços de mensagens over-the-top (OTT) em vez de um segundo SIMcard. Ou seja, está decretada a morte do "efeito comunidade".
"Todo mundo achou que, com as quedas na VU-M, seria um maior tráfego off-net com o passar dos anos. Mas o que aconteceu foi que, com smartphones, já observamos o fim dessas comunidades quase da noite por dia", afirmou o presidente da TIM, Rodrigo Abreu, durante conferência com investidores em Nova York nesta terça, 15. Os grandes responsáveis por isso são o aumento na adoção do 4G e a mudança no padrão de comportamento com dados. "Não é só navegação, é para comunicação, e então vimos a necessidade de estar sempre conectado em dados, mesmo em pré-pago", disse. Na estimativa da TIM, 90% dos smartphones no Brasil tem WhatsApp, sem contar outros aplicativos semelhantes como Facebook Messenger, Viber e Skype.
Para direcionar essa mudança para os dados, o foco da TIM está na base pós-paga. A tele já afirma ter obtido 32% de market share em adições líquidas em pós ao final de 2014, tendência que afirma ter aumentado durante o primeiro semestre de 2015. Além disso, o CEO da operadora aponta para uma estabilização do mercado móvel brasileiro após redução na base total, conforme demonstrou este noticiário. "Isso significa que os brasileiros estão usando menos? Não, mas que estamos reduzindo o fenômeno de múltiplos SIMcards", afirma.
A empresa não quer em aumento de base, mas em um melhor mix para o pós-pago. O plano Liberty Top (com franquia de 6 GB e mensalidade de R$ 139) foi responsável por 50% do total de adições líquidas em pós-pagos em agosto. Das migrações entre pós, 80% foram para esse plano, enquanto 20% ainda foram de downgrade de planos.
A companhia conta com ferramentas de Big Data para analisar o comportamento do cliente, sobretudo em relação ao pré-pago. A TIM contava em julho com 60,3 milhões de acessos dessa modalidade. No período, houve 719 mil desconexões, enquanto em junho já tivera 836 mil desligamentos."Se olhar a base pré-paga, uma grande parte em número de assinantes representa muito pouco de nossa receita, então mesmo se você reduzir a base, o impacto vai ser pouco", diz Abreu. "A diferença agora é que temos concentração de gastos, então tem que escolher que cliente você vai querer, porque não dá para concentrar esforços em 1% de sua base de receita, mas focar no que dá 15% de sua base de receita."
Outro ponto de estratégia da empresa é o atendimento. Abreu explica que a experiência do consumidor "não tem sido tão boa em qualquer operadora no Brasil", então a melhoria seria um quesito de diferenciação. "Infelizmente éramos assim, e queremos mudar isso para a experiência do consumidor", confessa.
4G
O forte investimento em capacidade, seja com aumento na quantidade de fibra até o site, seja com compartilhamento de espectro e refarming em 1,8 GHz, se deve à tendência de aumento de consumo. Segundo a TIM, o tráfego 4G nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba cresceu 2,7 vezes de janeiro a julho e agora representam cerca de 20% do tráfego total nessas localidades. Ainda assim, a base total de assinantes LTE só representa 8% do total (para efeito de comparação, 60% são 3G).
Segundo Rodrigo Abreu, o fim da desoneração dos smartphones pode não influenciar tanto. Ele afirma que a TIM é a operadora que mais vende esses aparelhos no País (sendo responsável por metade das vendas dentre as teles), e que, para contrabalancear o fim do benefício, há uma "grande redução nos preços do mundo". Tanto é que ele ressalta a oferta de celulares com LTE na casa dos R$ 550. Atualmente, entre 40% e 45% do total de smartphones vendidos são 4G, e a expectativa da empresa é que esse mix chegue a 50% até o final do ano.

Fonte: teletime News de 15 de setembro de 2015, por Bruno do Amaral.

Uso da internet pelo celular cresce no país, mas desigualdade no acesso continua grande

O uso da Internet por meio de telefones celulares aumentou significativamente no Brasil, mas a disparidade de acesso à rede mundial entre classes sociais e entre áreas urbanas e rurais e as regiões Norte e Nordeste e o restante do país continua grande, de acordo com a décima pesquisa TIC Domicílios 2014 divulgada nesta terça-feira, 15, e realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação sob os auspícios da Unesco (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
De acordo com o levantamento, 47% dos brasileiros com dez anos ou mais usaram telefones celulares para acessar a Internet no ano passado, o que representa, em números absolutos, 81,5 milhões de pessoas, ou seja, mais que o triplo do verificado nos últimos três anos — em 2011, essa proporção era de 15%.
Embora o uso da internet pelo celular tenha crescido em todas as classes sociais, a TIC Domicílios 2014 constatou que persiste a desigualdade no acesso no país, tendo em vista os patamares mais reduzidos verificados nas áreas rurais e nas regiões Norte e Nordeste.
O estudo foi realizado em mais de 19 mil domicílios brasileiros, entre outubro de 2014 e março deste ano, e tem o objetivo de medir o uso das tecnologias da informação e da comunicação nos domicílios, o acesso individual a computadores e à internet, atividades desenvolvidas na rede, entre outros indicadores.
Uso da rede pelo celular
A pesquisa investigou, pela primeira vez, os dispositivos utilizados para acessar a internet, constatando a preferência pelo celular (76%) — o aparelho foi mais citado do que o computador de mesa (54%), notebook (46%) e tablet (22%). Além disso, 84% dos usuários de internet pelo celular afirmaram acessá-la todos os dias ou quase todos os dias.
A TIC Domicílios 2014 verificou que houve uma estabilidade na proporção de domicílios que possuem computador (50%). Já os equipamentos portáteis (laptops e notebooks) registraram crescimento: 60% das residências com computador possuem notebooks, enquanto os tablets estão presentes, em 33% dos domicílios.
Pela primeira vez também, a pesquisa mediu a disponibilidade de redes sem fio Wi-Fi nos domicílios e constatou que 66% das moradias com acesso à internet dispõem desse tipo de rede.
"Percebe-se um cenário de múltiplos dispositivos tecnológicos convivendo no dia a dia do cidadão, o que indica uma tendência à portabilidade e à mobilidade. Esta combinação traz implicações para as atividades e para a frequência de uso da internet pelo cidadão e, possivelmente, contribui para que os dispositivos sejam cada vez mais utilizados de forma individual", analisa Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.
Desigualdades no acesso domiciliar
A proporção de domicílios com acesso à internet em 2014 é de 50%, o que corresponde a 32,3 milhões de domicílios em números absolutos. As desigualdades por classe social e área persistem: na classe A, a proporção de domicílios com acesso à internet é de 98%; na classe B, 82%; na classe C, 48%; e entre as classes D e E, 14%. Nas áreas urbanas, a proporção de domicílios com acesso à Internet é de 54%, enquanto nas áreas rurais é de 22%.
Em 2014, as conexões residenciais realizadas por telefone celular foram incorporadas ao conceito de acesso domiciliar a internet, conforme recomendação internacional, o que contribui para explicar o crescimento de sete pontos percentuais neste indicador.
"Mesmo com o crescimento da internet móvel, o Brasil ainda encontra desafios para a universalização do acesso à rede mundial no domicílio. A série histórica da TIC Domicílios tem mostrado a permanência da desigualdade no acesso, fato que precisa ser observado em sua complexidade pelos gestores públicos para a reversão deste quadro", afirma Barbosa.

Atividades mais comuns
A pesquisa TIC Domicílios 2014 mostra ainda que o percentual de brasileiros de dez anos ou mais que são usuários de internet chegou a 55%, o que corresponde a 94,2 milhões de usuários.
A atividade mais realizada pelos usuários nos três meses anteriores à pesquisa é o envio de mensagens instantâneas, a exemplo de chat do Facebook, Skype ou WhatsApp (83% dos usuários de Internet). A TIC Domicílios 2014 também aponta que a participação em redes sociais figura entre as ações mais citadas, com 76%. Já assistir filmes ou vídeos é comum a 58% dos usuários brasileiros.

Fonte: Da redação da Teletime News, em 15 de setembro de 2015.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

FIESP promove workshop sobre a política de instalação de antenas em São Paulo

A FIESP promoveu em 17 de setembro de 2015, um workshop, para tratar da instalação de ANTENAS para telecomunicações. Sob a mediação do Engenheiro Hélcio Binelli, o encontro contou com representantes da indústria, dos poderes executivo e legislativo e de associações representativas do mercado de telecomunicações, além de uma platéia diversificada, que atentamente participou sobre a antiga questão que diz respeito as dificuldades de instalação de antenas de telefonia móvel em todo o estado de São Paulo.

O workshop teve a presença do vereador Mário Covas Neto, parlamentar da Câmara Municipal de São Paulo, que explanou a atual condição de um projeto de lei que atualmente se encontra aguardando votação sobre a regularização dessas antenas no município de São Paulo. Os presentes conseguiram convencer o vereador para que tente agilizar junto a mesa diretora para que o projeto tenha sua votação agendada pelo presidente da casa.

Representando o Ministério das Comunicações, esteve presente o  Diretor do departamento de Infraestrutura para Inclusão Digital do Minicom, Eng.º Américo Tristão Bernardes, o qual observou que o ministério vem envidando esforços no sentido de sensibilizar toda a indústria e principalmente os administradores municipais, sobre a importância de encontrar-se uma forma ágil de instalação de meios que permitam a ativação das comunicações em geral, mas em especial, a comunicação de dados, focando, primordialmente os dispositivos móveis.

Os presentes comentaram que tal preocupação é por demais relevante, uma vez que a tecnologia está avançando rapidamente e se não houver urgentes providências, os serviços ficarão ainda mais comprometidos.
Workshop Lei das Antenas Fiesp
Fotografia: Arquivo FIESP
Fonte: Kialo Consultoria e Engenharia, por Francisco Carlos de Araujo.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Rezende diz que Anatel se pronunciará sobre serviço de voz do WhatsApp em breve

O presidente da Anatel, João Rezende, voltou a dizer nesta segunda-feira, 14, que o uso do WhatsApp não é ilegal, e que a agência irá se pronunciar sobre a questão em breve. "Temos que analisar se a utilização do número é concorrente", afirmou.
As operadoras móveis reclamam que o serviço de voz do aplicativo usa o número público, sem pagar nada por isso. "A Anatel vai dar seu posicionamento no momento certo. Mas toda vez que acessa dados ou voz, o indivíduo está pagando à operadora, há um custo para o usuário quando acessa esse serviço",ressaltou Rezende, ao participar de audiência pública no Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional.
Para Rezende, o uso de aplicativos é um fato e também é discutida em outros países a questão de como fazer a tributação das empresas over-the-top (OTTs). "A equalização tributária não depende de regulação econômica" afirmou.

Fonte: Teletime News de 14 de setembro de 2015, por Lucia Berbert.

Taiwan terá a primeira rede comercial com G.fast

A operadora Chunghwa Telecom será a primeira a instalar uma infraestrutura de rede comercial com a tecnologia G.fast, que utiliza a arquitetura de fibra até o ponto de distribuição (FTTdp) e segue a transmissão dos últimos metros por xDSL sobre as redes de cobre legadas, conseguindo chegar a uma velocidade teórica de 1 Gbps.
A expectativa é de que a rede esteja operando comercialmente até o fim deste ano, com oferta de velocidades de 100 Mbps a 1 Gbps. Os testes de G.fast na Chungwa Telecom conseguiram transferências com velocidades próximas de 1 Gbps. A ideia é combinar a tecnologia de G.fast ao footprint de fibra ótica até residências e empresas (fiber-to-the-premises – FTTP), em GPON. A meta da operadora é oferecer acesso em banda ultra-larga a "dezenas de milhares de residências em Taiwan nos próximos dois anos", e atender ao plano de banda larga daquele país para levar acessos em alta velocidade a áreas rurais.
A tele taiwanesa utilizará a tecnologia da Alcatel-Lucent (ALU), que tem apostado alto no desenvolvimento de equipamentos e em testes conjuntos com operadores de todo o mundo. Ainda no ano passado, a ALU anunciou que estava trabalhando na evolução do G.fast para conseguir velocidades na casa dos 10 Gbps sobre linhas de cobre.

Fonte: Teletime News de 14 de setembro de 2015, por Leticia Cordeiro.

Internet forçará a TV paga a rever pacotes, diz especialista

O dilema dos operadores de TV por assinatura diante do avanço dos modelos de distribuição de conteúdos pela Internet (OTTs) não é apenas aderir à nova realidade, mas o impacto que esses novos modelos terão no comportamento do assinante. E um dos aspectos apontados durante os debates da IBC 2015 (que acontece esta semana, em Amsterdã) é que haverá uma forte pressão sobre o modelo de empacotamento das operações de TV paga tradicionais.
O diretor da empresa de pesquisa IHS, Tom Morrod, lembra que em essência a disputa entre OTTs e operadores de TV paga é pelo quanto o usuário está disposto a pagar por conteúdo. "Hoje Netflix e Amazon gastam em conteúdo quase a mesma coisa que grandes programadoras como a Discovery. É um conteúdo com a mesma qualidade, só que desempacotado. É claro que haverá uma pressão sobre o operador", diz ele. "Muitos operadores de pay TV estão fazendo a mesma coisa: desempacotando e vendendo OTT. E além das operadoras, os próprios programadores estão cortando o intermediário. A questão é: são apenas experimentos ou é uma mudança inevitável?", pergunta o analista.
Para ele, a necessidade de desenvolvimento de ferramentas de personalização de conteúdos, análise de dados e publicidade programática para manter a TV competitiva com os modelos pela Internet é que faz com que a mudança seja definitiva. "Acho que as coisas não vão mudar tão dramaticamente, mas em dez anos teremos uma mudança significativa na forma como o dinheiro flui, certamente". Arnd Benninghoff, CEO da MTGx (uma provedora de conteúdos OTT sueca), diz que em alguns países escandinavos a queda na audiência da TV tradicional por parte do público com menos de 35 anos já é de mais de 8% ao ano. As redes de conteúdo para plataformas como YouTube (MCN, ou Multichannel Content Networks) já são mais relevantes do que muitos canais pagos tradicionais, e o mercado publicitário tem preferido anunciar diretamente para esse público do que nos canais pagos.
Na visão de Andrew Ferrone, VP de TV paga da Roku (fabricante de set-tops conectados e agregadora de conteúdos), o novo modelo OTT elimina o custo de se ampliar a quantidade de conteúdos. "Não é preciso satélite, nem mais espectro nem mais banda, basta armazenar o conteúdo e deixá-lo disponível", diz ele. "Um usuário médio do Roku Box assiste a 50 horas por mês ou mais de TV não-linear. Isso significa que todo o mercado de entretenimento e consumo de vídeo está crescendo, e isso é positivo".
Gary Woolf, diretor da all3media, uma produtora de conteúdos da Discovery e da Liberty, ressalta a questão dos modelos de remuneração dos conteúdos. "Todo o mundo quer conteúdo de alta qualidade e é isso o que precisamos fornecer, mas o modelo de remuneração está ameaçado e alguém precisa pagar essa conta", diz ele, lembrando que, mesmo no modelo tradicional, com as necessidades de corte de custos, as operadoras pagam às programadoras taxas de licenciamento cada vez menores e, da mesma forma, as programadoras pagam pouco aos produtores.

Fonte: Teletime News de 11 de setembro de 2015, por Samuel Possebon.

Ericsson, Intel e Nokia querem usar 4G para IoT

As fornecedoras Ericsson, Intel e Nokia anunciaram na última sexta-feira, 11, um apoio conjunto para a adoção da tecnologia de banda estreita para o LTE (NB-LTE, na sigla em inglês) para a Internet das Coisas (IoT). As empresas deverão trabalhar juntas para o desenvolvimento e comercialização de produtos com esse tipo de acesso, considerado por elas mais adequado para IoT por conta do baixo custo de implantação, facilidade de uso e eficiência energética.
Os chipsets ficarão com a Intel, que planeja começar a fabricar os componentes no começo de 2016. Por sua vez, Ericsson e Nokia se encarregarão de fazer as atualizações nas redes LTE para suportar o NB-LTE na comunicação máquina-a-máquina (M2M).

Fonte: Teletime News de 11 de setembro de 2015, por Bruno do Amaral.

Redes sociais facilitam ações de fraudadores, diz Serasa

Dados pessoais, fotos e publicações que expõem o estilo de vida do usuário de redes sociais são importantes armas para fraudadores prepararem seus golpes. É o que ensina a Serasa Experian, que registrou em julho 174 mil tentativas de fraude de identidade, o que significa uma tentativa de delito a cada 15,4 segundos no País.
Em relação a junho de 2015, quando o indicador apontou 157,7 mil tentativas de fraude, houve alta de 10,4%. Em relação a julho de 2014, houve queda de 3,7%. No acumulado do ano de 2015 foram registradas 1,1 milhão de tentativas de fraude, ligeira queda de 0,1% na comparação com o mesmo período de 2014.
De acordo com economistas da Serasa Experian, se, por um lado, os fraudadores estão cada vez mais criativos em encontrar novas formas de aplicar seus golpes, por outro, a recessão econômica e a queda dos níveis de confiança têm afastado os consumidores do mercado, gerando menos alvos potenciais à atuação dos fraudadores. Desta forma, acaba se produzindo uma relativa estabilidade do número de tentativas de fraudes no acumulado deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
Em julho de 2015, telefonia (compra de celular para obtenção de endereço para abertura de contas e crediários) respondeu por 74.433 registros, totalizando 42,7% do total de tentativas de fraude realizadas, aumento em relação aos 35,5% registrados pelo setor no mesmo período de 2014. Já o setor de serviços – que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza, pacotes turísticos etc.) – teve 51.435 registros, o equivalente a 29,5% do total. No mesmo período no ano passado, este setor respondeu por 31,4% das ocorrências. O setor bancário foi o terceiro do ranking em julho/15, com 33.655 tentativas, 19,3% do total. Em julho de 2014, o setor respondeu por 24% dos casos.
Especialistas da Serasa destacam que a fraude de identidade – em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos – pode ser facilitada quando o usuário de redes sociais expõe demasiadas informações pessoais ou deixa de tomar cuidados básicos ao acessar suas páginas.
Utilizar redes Wi-Fi não confiáveis, clicar em qualquer link sugerido sem desconfiar da procedência ou usar senhas demasiadamente óbvias, como datas de aniversário, nomes de bichinhos de estimação ou de pessoas da família, são alguns dos erros mais comuns, dizem. "Muitas vezes, a vaidade de exibir pertences, lugares visitados e o próprio estilo de vida se transformam em um relatório que o golpista necessita para planejar o delito", alerta o, superintendente do SerasaConsumidor, Julio Leandro.

Fonte: Teletime News de 11 de setembro de 2015, por Lucia Berbert.

Câmara aprova incidência de ISS sobre receita da Netflix

A Câmara dos Deputados aprovou, na última quinta-feira, 10, projeto de lei complementar do Senado que, entre outras providências, prevê a incidência do Imposto Sobre Serviços (ISS), cobrado pelas prefeituras e Distrito Federal, para disponibilização de áudios, vídeo, imagens e texto pela Internet, com exceção de jornais e das prestadoras de Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), que pagam ICMS. Ou seja, deve tributar a Netflix.
O texto aprovado hoje não inclui os destaques, que somente serão votados na semana que vem. Segundo o relator da matéria no Plenário da Câmara, deputado Walter Ihoshi (PSD-SP), o projeto vai estabelecer uma base mínima de 2% do ISS e acabar com a guerra fiscal. "Também temos de atualizar a lista dos novos serviços que não constam na lista atual e, sobretudo, os serviços de Internet como a Netflix, que não é tributada", defendeu.
De acordo com o texto, o imposto não poderá ser objeto de isenções, incentivos e benefícios tributários ou financeiros, inclusive de redução da base de cálculo ou de crédito presumido. A efetividade do projeto no caso dos serviços de Internet ainda precisa ser comprovada, avaliam especialistas.

Fonte: Teletime News de 10 de setembro de 2015, por Lucia Berbert.

Novas regras do regulamento do consumidor entram em vigor

As novas regras relativas ao atendimento de combos, ao atendimento unificado presencial e aos estabelecimentos das prestadoras, previstas no Regulamento Geral do Consumidor (RGC) da Anatel passaram a valer a partir de quinta-feira, 10. Agora, o atendimento de ofertas conjuntas (combos) deverá ocorrer em um canal comum para todos os serviços prestados no pacote contratado pelo consumidor e o atendimento pessoal deve estar apto a atender todos os serviços e modalidades prestados pelo grupo dentro da microrregião. O tempo de espera não poderá passar de 30 minutos e será controlado com a entrega de senhas.
Além disso, as concessionárias da telefonia fixa deverão disponibilizar em todos os municípios brasileiros, na Área de Prestação que não tenha atendimento presencial, ao menos um local de atendimento que possibilite ao consumidor o registro e encaminhamento de suas demandas junto à prestadora.
O RGC também estabelece às prestadoras de telecomunicações a obrigação de disponibilizar atendimento a todos os consumidores que se dirigirem aos estabelecimentos associados à marca da operadora. Em quiosques de shoppings, por exemplo, o atendimento pode ser por meio de terminais eletrônicos ou por meio do registro de protocolo de atendimento.
Caso as regras estabelecidas sejam descumpridas, as operadoras poderão ser multadas em valores que podem chegar até R$ 50 milhões. Todas as prestadoras de serviços de telecomunicações terão que se adequar. No entanto, as de pequeno porte, com no máximo 50 mil assinantes, têm regras mais flexíveis.
A Anatel criou um Grupo de Implantação para monitorar de forma preventiva, junto às operadoras, as providências necessárias para que as novas regras sejam implantadas nos prazos previstos e de forma adequada.
Em março de 2016, entram em vigor as duas últimas regras do RGC: a implantação do campo "Mensagens importantes" no documento de cobrança e a que determina que o consumidor deverá ser avisado quando seu consumo se aproximar da franquia contratada (este último não será aplicado às prestadoras de pequeno porte). Essa última deveria entrar em vigor agora, mas foi prorrogada a pedido da Telefônica, que alegou dificuldades técnicas para a aplicação imediata.

Fonte: Teletime News de 10 de setembro de 2015, por Lucia Berbert.

LTE da Sky chega à terceira cidade em Sergipe

A cidade sergipana de São Cristóvão é a terceira no estado nordestino a receber a banda larga da Sky, segundo informou a empresa nesta quinta-feira, 10. Como a instalação acontece em etapas para "garantir a entrega do serviço com qualidade", é necessário conferir se o CEP já está sendo atendido. Em 2013, a conexão por meio de TD-LTE em 2,5 GHz da operadora já chegara a Aracaju e, em abril deste ano, ao município de Nossa Senhora do Socorro. De acordo com a Sky, o serviço já atende a mais de 200 mil assinantes em mais de cem cidades no País.

Fonte: Teletime News de 10 de setembro de 2015, por Bruno do Amaral.