Dados pessoais, fotos e publicações que expõem o estilo de vida do usuário de redes sociais são importantes armas para fraudadores prepararem seus golpes. É o que ensina a Serasa Experian, que registrou em julho 174 mil tentativas de fraude de identidade, o que significa uma tentativa de delito a cada 15,4 segundos no País.
Em relação a junho de 2015, quando o indicador apontou 157,7 mil tentativas de fraude, houve alta de 10,4%. Em relação a julho de 2014, houve queda de 3,7%. No acumulado do ano de 2015 foram registradas 1,1 milhão de tentativas de fraude, ligeira queda de 0,1% na comparação com o mesmo período de 2014.
De acordo com economistas da Serasa Experian, se, por um lado, os fraudadores estão cada vez mais criativos em encontrar novas formas de aplicar seus golpes, por outro, a recessão econômica e a queda dos níveis de confiança têm afastado os consumidores do mercado, gerando menos alvos potenciais à atuação dos fraudadores. Desta forma, acaba se produzindo uma relativa estabilidade do número de tentativas de fraudes no acumulado deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
Em julho de 2015, telefonia (compra de celular para obtenção de endereço para abertura de contas e crediários) respondeu por 74.433 registros, totalizando 42,7% do total de tentativas de fraude realizadas, aumento em relação aos 35,5% registrados pelo setor no mesmo período de 2014. Já o setor de serviços – que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza, pacotes turísticos etc.) – teve 51.435 registros, o equivalente a 29,5% do total. No mesmo período no ano passado, este setor respondeu por 31,4% das ocorrências. O setor bancário foi o terceiro do ranking em julho/15, com 33.655 tentativas, 19,3% do total. Em julho de 2014, o setor respondeu por 24% dos casos.
Especialistas da Serasa destacam que a fraude de identidade – em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos – pode ser facilitada quando o usuário de redes sociais expõe demasiadas informações pessoais ou deixa de tomar cuidados básicos ao acessar suas páginas.
Utilizar redes Wi-Fi não confiáveis, clicar em qualquer link sugerido sem desconfiar da procedência ou usar senhas demasiadamente óbvias, como datas de aniversário, nomes de bichinhos de estimação ou de pessoas da família, são alguns dos erros mais comuns, dizem. "Muitas vezes, a vaidade de exibir pertences, lugares visitados e o próprio estilo de vida se transformam em um relatório que o golpista necessita para planejar o delito", alerta o, superintendente do SerasaConsumidor, Julio Leandro.
Fonte: Teletime News de 11 de setembro de 2015, por Lucia Berbert.
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