Em parceria com os fornecedores Alcatel-Lucent, Cisco, Ericsson, Nokia, Qualcomm e Samsung, a operadora norte-americana Verizon anunciou nesta terça, 8, a intenção de começar a testar a tecnologia 5G já em 2016. As empresas estabeleceram em agosto grupos de trabalho para "garantir um ritmo agressivo na inovação" e prometem iniciar os testes de campo nesse prazo, mas não divulgaram exatamente a data ou mais detalhes do projeto.
Ambientes abertos que abrigarão equipamentos de teste com a rede de quinta geração estão sendo criados em centros de inovação da Verizon nos Estados Unidos – um em Massachusetts e outro em San Francisco. A operadora pretende criar ambientes colaborativos, assim como fez com o 4G.
A promessa das empresas é de que o 5G tenha throughput cerca de 50 vezes maior do que o LTE, além de latência menor (de dígito único) e habilidade de lidar com mais dispositivos conectados para a Internet das Coisas (IoT). Para isso, a tecnologia vai demandar não apenas muito mais espectro, sobretudo em frequências altas, mas também arquiteturas com redes heterogêneas (HetNets) e a convivência com as próprias gerações anteriores de rede móvel. Não há nenhum padrão definido pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) para a quinta geração ainda.
5G fixo
Também nesta terça, a Nokia Networks anunciou sua primeira solução "pronta para o 5G" para última milha na banda larga fixa em rede móvel. Tratam-se de hotspots que ligariam o backhaul de fibra às casas com "pelo menos 1 Gbps" de throughput para cada domicílio. O equipamento utiliza o padrão de múltiplas entradas e saídas (MIMO) de "alta ordem" e um novo protocolo de camada.
A interface aérea escolhida é de espectro abaixo de 6 GHz para facilitar a penetração, mas a fornecedora não detalhou se planeja utilizar banda licenciada nem exatamente qual faixa deve adotar. De qualquer forma, garante que a solução poderá ser atualizável uma vez que se definam quais os padrões finais para o 5G. Os testes de campo começarão em 2016, com disponibilidade comercial em 2017.
Fonte: Teletime News de 8 de setembro de 2015, por Bruno do Amaral.
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