quarta-feira, 8 de julho de 2020

Brasil alcança 100 mil antenas, mas conta com 4 mil pedidos em espera

O Brasil atingiu durante o mês de maio a marca de 100 mil estações radiobase (ERBs, ou simplesmente antenas) de celular instaladas no País. Mesmo com avanço, o SindiTelebrasil alerta que o ritmo do licenciamento de antenas pelas prefeituras precisa ser acelerado, sobretudo em grandes cidades, onde cerca de 4 mil pedidos aguardam aprovação.

Em 12 meses até maio de 2019, 5.612 antenas tiveram o licenciamento aprovado no País, em alta de 6% na base de ERBs. Já no acumulado de 2020, 2.758 antenas foram instaladas até o quinto mês do ano. "Instalar antenas no Brasil, mesmo tendo investimentos disponíveis para tal, não é tarefa fácil. Há no País mais de 300 leis municipais que dificultam e muitas vezes impedem a instalação dessa infraestrutura", pontuou o presidente executivo do SindiTelebrasil, Marcos Ferrari.

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De acordo com a entidade, os mais de 4 mil pedidos de instalação de antenas apresentados pelas operadoras e que aguardam licenciamento pelas prefeituras representam cerca de R$ 2 bilhões em investimentos represados. "O número de antenas, apesar do avanço expressivo, ainda está muito aquém da necessidade de cobertura no País para promover uma maior inclusão digital", comentou Ferrari.

A cidade de Porto Alegre foi citada pelo SindiTelebrasil (que representa as principais operadoras do setor) como exemplo de modernização das regras para instalação; recentemente, a capital gaúcha implantou licenciamento de antenas 100% digital. Já em outras metrópoles, o licenciamento leva até dois anos para sair. Este é o caso de São Paulo, onde uma discussão sobre a atualização da lei municipal se arrasta há anos. 

Empresas

De acordo com dados da consultoria Teleco, das 100.054 antenas ativas em maio, 27.708 mil são utilizadas pela Vivo, que teria liderança na área. Em seguida aparecem TIM (24.858), Claro (20.631), Oi (18.820), Nextel (7.272; a empresa faz parte da Claro), Algar (715) e Sercomtel (50).

Fonte: Teletime News de 2 de julho de 2020, por Henrique Julião.

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