Os ativos da operadora de satélites de baixa órbita (LEO) OneWeb, que recentemente entrou com pedido de recuperação judicial (Chapter 11), são alvo de uma disputa entre britânicos, indianos e canadenses. Neste último caso, a Telesat, controlada pelo grupo Loral Space & Communications, teria entrado por último na disputa, segundo a imprensa internacional. Oficialmente, a companhia não emitiu nenhum comunicado ao mercado a respeito disso.
O interesse da Telesat seria compartilhado também pela Thales Alenia Space, além da fabricante Airbus, que detinha metade da fábrica da OneWeb na Flórida, Estados Unidos. O rumor é que a Comissão Europeia apoiasse o lance francês por meio da Telesat, incluindo também a Eutelsat.
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Além da Telesat, a indiana Barthi Telecom (pela subsidiária Bharti Airtel, do bilionário Sunil Mittal) estaria na disputa como investidor chave do consórcio com o governo do Reino Unido. Desde 2015, a Barthi já detinha participação na OneWeb, além de empresas como Virgin Group, Qualcomm, Airbus e Hughes. A indiana contava com os direitos de cobertura da OneWeb na Índia, Bangladesh, Sri Lanka e no continente africano.
O interesse é na constelação de 68 satélites já lançada, de um total planejado de 648. Os artefatos se posicionam a 1.200 km de altitude. Antes da falência, a Airbus e a OneWeb estavam fabricando dois satélites por dia na Flórida.
O leilão dos ativos da OneWeb está programado para acontecer na quinta-feira, 2, em Nova York. A empresa entrou com pedido de RJ após não conseguir o financiamento de US$ 2 bilhões da principal acionista, a japonesa Softbank, já sob impacto da pandemia do coronavírus, em março.
LEO no alvo
A Telesat já tinha testes com satélites LEO com a Telefónica. Em junho, anunciaram um projeto para investigar a viabilidade de utilizar a constelação para serviços de backhaul de celular. Os testes incluíram streaming de vídeo em HD, teleconferência e conexões de VPN. As duas empresas têm parcerias de conectividade.
Segundo o site Advanced Television, a Telesat inicialmente tinha plano de 117 satélites LEO em órbita, o que teria sido expandido para 298. Finalmente, em maio, a operadora pediu à reguladora FCC licença para 1.671 satélites do tipo.
Fonte: Teletime News de 1º de julho de 2020, por Bruno do Amaral.
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