sábado, 27 de setembro de 2014

Preocupações estratégicas das teles atrasam desenvolvimento de MVNOs no Brasil

Ainda existem poucas operadoras móveis virtuais (MVNO, na sigla em inglês) no Brasil. Além da alta carga tributária, apontada por especialistas em evento na semana passada, outro obstáculo para que esse mercado decole no País é o fato de as grandes operadoras estarem mais ocupadas com outras questões de ordem estratégica. Esta é a opinião de Saulo Bonizzato, novo líder da área de telecomunicações da Accenture para a América Latina.
 
A Telefônica está tratando da compra da GVT; a Claro, organizando a fusão entre as empresas do grupo América Móvil no Brasil; a Oi, cuidando da fusão com a Portugal Telecom; a TIM, lidando com boatos constantes de que seria vendida; e a Nextel, enfrentando sérios problemas de dívidas de sua controladora. Isso sem falar no leilão de 700 MHz para redes de quarta geração (4G), cuja entrega de envelopes acontece nesta terça-feira, 23. Neste cenário, fica complicado dedicar um time para o desenvolvimento de parcerias com MVNOs, explica Bonizzato. "A criação de MVNOs requer investimento e parcerias estratégicas. No momento, todas as teles têm algum fantasma pendente na cabeça", comenta o executivo.
 
Ele acredita que uma vez resolvidas essas questões aparecerão novas operadoras virtuais no Brasil. Mas ressalta que faltam projetos com abordagem mais bem definida, que agreguem valor tanto para a operadora dona da rede quanto para o cliente final. "Se encontrado o nicho certo, a operadora dona da rede economiza em aquisição de cliente, que fica com a MVNO", diz. Ele cita como exemplo de sucesso a TracFone, do mexicano Carlos Slim, nos EUA: trata-se de uma operadora móvel virtual com planos pré-pagos destinada ao público hispânico que vive naquele país.
 
Gestão
Bonizzato assumiu recentemente o cargo de líder de telecom para América Latina da Accenture. Ele é o primeiro brasileiro a cuidar dessa função na empresa. Sua atuação engloba as operadoras de telefonia e todo o resto da cadeia de telecomunicações. Antes desse posto, o executivo comandara as contas da Telefônica, da TIM, da América Móvil e da DirecTV.
 
Fonte: Teletime News de 23 de setembro de 2014.

Pequeno provedor instala fibra em cidade com 9 mil habitantes

Fibra ótica já deixou de ser tecnologia disponível apenas nas grandes operadoras há um bom tempo, mas os pequenos provedores agora começam a fibrar cidades tão pequenas quanto a mineira Ipuiuna, de apenas 9 mil habitantes.
 
Quem realizou o feito foi a empresa Nowtech, pequeno provedor de banda larga da região. O investimento foi de R$ 150 mil em uma rede fiber-to-the-home (FTTH) que passa por 1.024 casas da cidade. "A gente fez uma coisa muito ousada", afirma o presidente da Nowtech, Marcelo Couto.
 
Segundo ele, o equipamento tem capacidade para atender 8 mil clientes, o que seria superior à população urbana de Ipuiuna, de aproximadamente 6 mil moradores. A necessidade de se investir em tecnologia de ponta não é exclusiva das grandes empresas e estar na vanguarda tecnológica passa a ser estratégia de sobrevivência também dos pequenos provedores. "As empresas que não investirem em novas tecnologias, a tendência é se unirem para ficarem maiores", diz ele, que também é diretor de comunicação e marketing da Abrint.
 
Depois de Ipuiuna, o próximo passo é fibrar mais duas cidades de atuação da empresa: Caldas, de 13 mil habitantes, e Santa Rita de Caldas, de 9 mil habitantes. "No total o investimento vai chegar a R$ 600 mil com quatro mil homes-passed. E estou sendo um pouco mais agressivo, vamos chegar a 70% das cidades cobertas", explica ele. Para 2015, a expectativa é instalar fibra em Ibituruna de Minas, completando assim toda a área de atuação da companhia.
 
Postes
A principal dificuldade da companhia no projeto de fibra nas três cidades é o uso dos postes. A negociação com a concessionária da região, a Cemig, explica Couto, é longa e complicada. O projeto vai e volta para ser ajustado várias vezes, afirma ele. "Estou amarrado em relação à Cemig, mas até março do ano que vem essas redes devem estar operacionais", estima.
 
Além do tempo que se gasta para lançar a rede, o uso dos postes também se traduz em um custo significativo para a companhia, de cerca de R$ 8 mil mensais. "Estou prevendo três anos para recuperar o investimento. Existe uma margem de risco razoável, mas a gente está apostando nisso porque conhece o mercado", afirma.
 
Fonte: Teletime News de 24 de setembro de 2014.

Telefonica/Vivo seleciona empresa ISPM para soluções de gerenciamento em Águas de São Pedro - SP

Inaugurado em abril deste ano, o projeto de Cidade Digital da Telefônica/Vivo no município paulista de Águas de São Pedro tem como um dos parceiros a empresa de soluções de gerenciamento de qualidade de serviços digitais, a ISPM. Segundo comunicou a fornecedora nesta quarta, 24, a operadora está utilizando o suporte técnico e manutenção de mais de 400 equipamentos remotos utilizados pelas equipes de saúde e educação da cidade, além de ser responsável por gestão de níveis de serviço por meio de monitoramento de usabilidade e conectividade com a plataforma NetVision.
 
A ISPM fará avaliação do nível de uso dos equipamentos, além da gestão proativa de problemas com monitoramento em tempo real. A gestão da conectividade faz a averiguação da qualidade de rede e do sinal Wi-Fi, acompanhando nível de serviço e gestão, antecipando problemas. A equipe da empresa também prestará atendimento online para suporte técnico remoto.
 
O projeto em Águas de São Pedro é uma parceria público-privada (PPP) com investimento de R$ 2 milhões por parte da Telefônica. A operadora está implantando rede de fibra para a conexão fixa nas residências e para backhaul das antenas 4G. Outros fornecedores foram a Huawei, com equipamentos e armários, e a Ericsson, para a solução de iluminação pública inteligente
 
Fonte: Teletime News de 24 de setembro de 2014..
 
 

Web chega à marca de 1 bilhão de sites

O que começou há 25 anos nos subúrbios de Genebra alcançou este mês uma marca reveladora de sua popularidade: a teia mundial, ou World Wide Web, ou www já reúne 1 bilhão de sites. “Nas contas do internetlivestats.com, recentemente passamos de um bilhão de websites...”, tuitou o ‘pai da criança’, Tim Berners-Lee, na terça, 16/9.
 
Berners-Lee trabalhava no então Conselho Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN, em francês) e lá apresentou em 1989 a primeira proposta de um sistema de distribuição de informações baseado no uso de hipertexto, inicialmente batizado ‘Mesh’. O primeiro site (info.cern.ch) ele criou em agosto de 1991.
 
O conteúdo original pode ser acessado em info.cern.ch. A teia começou por descrever-se como uma ampla área hipermídia de recuperação de informações com objetivo de dar acesso universal a um grande universo de documentos. Os sinais são de que teve sucesso.
 
Segundo o internetlivestats.com, “recentemente excedemos 1 bilhão de websites, uma marca que, de acordo com nossas estimativas, foi alcançada em setembro de 2014. Dadas as flutuações mensais na conta de websites inativos, a marca de 1 bilhão precisa ser confirmada nos meses adiante”.
 
Há sites que são removidos. E há uma imensa parcela deles inativos, algo da ordem de 75%, três em cada quatro. Uma projeção apurada é feita a partir da comparação de páginas de cada hotsname no mesmo endereço IP, contando-se apenas os sites com conteúdo único.
 
Fonte: Convergência Digital de 19 de setembro de 2014, por Luis Osvaldo Grossmann
 

Para gestores de TI, nuvem corporativa é muito cara no Brasil

A segurança segue sendo o grande entrave para o uso dos serviços de computação em nuvem, mas o custo alto das aplicações corporativas também pesa no ritmo de adoção no Brasil, revela estudo global da BT. O levantamento mostra que 70% de todos os entrevistados – e 76% dos brasileiros – já adotam soluções de armazenamento na nuvem e aplicações web em seus negócios, mas a confiança deles na segurança da nuvem nunca foi tão baixa. Apesar disso, 50% dos entrevistados (53% no Brasil) declararam adotar os serviços de nuvem criados para o mercado de massa e não aqueles projetados especificamente para o setor corporativo.

Para três quartos dos profissionais que tomam decisões na área de TI (76% globalmente, contra 78% no Brasil) a segurança é a principal preocupação quanto à utilização de serviços baseados em nuvem. Globalmente, metade dos entrevistados (49%, contra 60% no Brasil) disseram estar "muito ou extremamente preocupados” com relação à segurança desses serviços – um índice 10% superior ao da pesquisa realizada em 2012.

Quanto a preferir as soluções de nuvem voltadas ao consumidor àquelas criadas para as empresas, 48% dos entrevistados (62% no Brasil) revelaram a impressão de que serviços e aplicações baseadas em nuvem para o mercado corporativo são muito caras. E 44% deles (50% no Brasil) acreditam que as aplicações e os serviços de nuvem para o mercado de massa são tão eficazes quanto aqueles projetados especificamente para os usuários corporativos.

Para mais da metade (54%) dos tomadores de decisão de TI – contra 42% no Brasil – confiar em fornecedores também é uma preocupação. No total, 41% dos ouvidos pelo estudo têm a impressão de que todos os serviços de nuvem são naturalmente inseguros (comparação com 60% no Brasil). E 26% dos entrevistados em nível mundial (contra 37% no Brasil) disseram já haver experimentado um incidente de violação de dados em que o provedor de serviços de nuvem foi parcialmente culpado.

"A pesquisa revela um paradoxo interessante: de um lado, os tomadores de decisão estão preocupados com as consequências do uso de serviços públicos de nuvem para a segurança; entretanto, suas decisões de compra parecem estar decisivamente influenciadas pela percepção de custos no curto prazo", diz Javier Semerene, vice- presidente da BT Global Services para a América Latina.
O estudo foi concluído pela Vanson Bourne para a BT em julho de 2014. Foram realizadas entrevistas com mais de 640 tomadores de decisão de TI de médias e grandes organizações (com mais de mil colaboradores) em 11 países/regiões – África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Hong Kong, Oriente Médio, Reino Unido e Cingapura –, abrangendo áreas como finanças, varejo e entidades governamentais.

*Com informações da BT

Fonte: Convergência Digital de 25 de setembro de 2014 por Ana Paula Lobo


sábado, 20 de setembro de 2014

Computador com Internet é luxo equivalente a ter carro no Brasil - PNAD

O Brasil é um sucesso na rede mundial, campeão em tempo de acesso, em compartilhamentos e ‘likes’ nas redes sociais, considerado um país que adora traquitanas. Mas para metade dos brasileiros a Internet segue distante, como indica a nova Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios do IBGE, divulgada nesta quinta, 18/9: em 2013, os internautas eram 50,1% da população.
 
“No Brasil, aproximadamente 86,7 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade acessaram a Internet no período de referência da pesquisa em 2013, um crescimento de 2,9% em relação ao ano anterior. De 2012 para 2013, a proporção percentual de internautas passou de 49,2% para 50,1% do total da população residente. Mais da metade dos internautas tinham de 10 a 29 anos de idade (52,6%).”
 
A PNAD diz ainda que dos 65 milhões de domicílios do país, 32,2 milhões (49,5%) possuíam microcomputador (eram 46,4% em 2012). Desses, 28 milhões de lares contavam com acesso à Internet – ou 43,1% do total, acima dos 40,3% estimados no ano anterior. De certa forma, banda larga parece ser um luxo ainda equivalente a possuir automóvel no país, visto que a mesma pesquisa diz haver carros em 43,6% dos domicílios.
 
Quase tão popular quanto os televisores, os telefones estão em 92,7% dos domicílios do Brasil e seguem crescendo, notadamente os celulares. O número daqueles que só tem linhas fixas (1,8 milhão, ou 2,7% do total) caiu, de novo. Já “o número de domicílios com acesso apenas à telefonia móvel celular apresentou crescimento de 1,8 milhão de unidades, aumentando de 51,4% do total em 2012 para 53,1% em 2013”.
 
Ainda de acordo com a PNAD, 130,8 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham telefone móvel celular para uso pessoal em 2013, um crescimento de 6,3 milhões em relação ao ano anterior. O percentual dos que possuíam o aparelho aumentou de 72,8% em 2012 para 75,5% em 2013 no total da população de 10 anos ou mais
 
Fonte: Convergência Digital de 18 de setembro de 2014, por Luís Osvaldo Grossmann.

Anatel pode rever regras do PGMC para empresas sem Poder de Mercado Significativo

A Claro pediu à Anatel que reconsidere o tratamento no Plano Geral de Metas e Competição (PGMC) dado a operadoras sem poder de mercado significativo (PMS), mas com maior projeção, como a Nextel. A ideia é que a agência permita uma alteração no cálculo da proporção do Bill & Keep de 80% a 20%, por exemplo, para empresas que não sejam PMS, mas também que não sejam pequenas. Relator do PGMC, o conselheiro Marcelo Bechara pediu vistas.

A solicitação foi analisada pelo conselho diretor da agência nesta quinta, 18, e o relator Igor Vilas Boas de Freitas considerou que "a preocupação exposta pela Claro não tem pertinência" por considerar que estudos da Anatel não encontraram possibilidade de haver prejuízo da remuneração para a operadora oferecendo rede abaixo do custo. Ele argumenta ainda que o regulamento do Serviço Móvel Pessoal (SMP) não dá condição para que a Nextel faça jus à oferta de referência de roaming, já que tem outorga nacional. Em acordos de roaming, as empresas precisam prestar serviço nas mesmas condições da outra parte, desde que tecnicamente compatível.

Freitas afastou o pedido da Claro, mas afirma, entretanto, que seria "conveniente e oportuno" a elaboração de um estudo da área técnica para considerar alterar ou suprir a norma, alegando que atualmente as regras poderiam prejudicar acordos de roaming com uma nova prestadora sem PMS e desestimular investimentos em redes. A justificativa é que, desde que o PGMC foi aprovado, a Anatel tem recebido pedidos de anuência prévia para acordos de compartilhamento e de exploração industrial, como no caso da própria Nextel com a Vivo. "O estudo terá a oportunidade de rever o conjunto de incentivos da regulamentação e tratar do meio de exploração industrial", disse.

Fonte: Teletime News de 18 de setembro de 2014.

Após concordata, NII deixará de ser listada na Nasdaq

A bolsa eletrônica norte-americana Nasdaq notificou na última terça-feira, 16, a NII Holdings da intenção de retirar os papéis da companhia da listagem do mercado de ações, intenção baseada no anúncio de pedido de recuperação judicial (Chapter 11) emitido no dia anterior e em "preocupações de interesse público". Para proteger o valor restante da empresa e dos acionistas, a NII já comunicou que não vai recorrer e deixará de ter suas ações negociadas.

De acordo com formulário enviado na quinta, 18, à Securities and Exchange Comission (SEC), essas apreensões incluíam participação residual de valores mobiliários existentes e "preocupação sobre a habilidade da companhia de sustentar a conformidade com todos os requerimentos para continuar listada no mercado de ações da Nasdaq, incluindo em particular a Regra de Listagem 5450(a)(1), que requer um preço mínimo de US$ 1 por ação".

A menos que a NII fizesse uma requisição formal de apelação, a oferta das ações da companhia será suspensa no próximo dia 25 de setembro, com o envio do Form 25-NSE em sequência para remover a empresa da listagem da Nasdaq. Para o lado da NII, não há interesse em recorrer, já que qualquer plano de reestruturação implantado após o procedimento de concordata resultaria na perda de liquidez, juros e direito de aquisição das ações, que seriam cancelados sem considerações. "Se isso fosse ocorrer, todo o valor de investimentos de ações comuns da companhia será perdido. Por essa razão, a companhia não pretende tomar nenhuma ação futura para apelar da decisão do staff (da Nasdaq)".

Os papéis da controladora da Nextel Brasil estão cada vez mais em queda livre na bolsa norte-americana, com valor oscilando entre US$ 0,066 e US$ 0,125 durante a semana. Às 13h30 desta sexta-feira, 19, as ações da empresa estavam em queda de 22,95%.

Fonte: Teletime News de 19 de setembro de 2014

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Receita aperta o cerco às compras irregulares via Internet

A Receita Federal está desenvolvendo um sistema informatizado com os Correios para fechar o cerco às importações irregulares de produtos por meio da internet. O sistema vai coletar dados das remessas postais e depois transformá-los em informações que permitirão à Receita traçar estratégias de fiscalização.

“Pegaremos os dados e processaremos utilizando inteligência e gestão de risco, sistema aplicado em todos os processos da Receita. A base de informações dos Correios ainda não é muito colaborativa, precisaremos de recursos, como scanners”, informou Ernani Argolo Checcucci Filho, subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita. Ele disse também que não haverá mudança na legislação.

Dados da Receita mostram que, em 2012, houve 14,4 milhões de remessas postais internacionais, que podem ou não corresponder a solicitação de produtos. No ano seguinte, as remessas passaram para 20,8 milhões, ou seja um aumento de aproximadamente 44%. "O projeto está em fase de desenvolvimento. Depende do Serpro [Serviço Federal de Processamento de Dados] e dos Correios: a previsão é que seja concluído no fim do ano. A Organização Mundial das Aduanas já tem há anos parceria com a UPU [União Postal Universal]. Nós nos espelhamos na experiência de êxito que existia lá”, disse.

O novo sistema permitirá ainda que o cidadão, ao comprar um produto, possa fazer a autoregularização e pagar os impostos antecipadamente. O princípio tributário é dar oportunidade da regularização: se a pessoa não se regularizar poderá receber multas e taxações. As remessas estão centralizadas no Paraná, em São Paulo e no Rio de Janeiro: não foi definido se é preciso ampliar os serviços nesses locais ou se será necessário utilizar outras cidades que possam funcionar como centros de remessa.

A maioria das encomendas vem de avião. Encomendas até US$ 50 (de pessoa física para pessoa física) não geram tributação. Pessoas jurídicas não têm isenção de tributos. Recentemente, alguns contribuintes pessoas jurídicas entraram na Justiça e ganharam, em primeira instância, a possibilidade de fazer importações de produtos nesse valor com isenção.
Checcucci contesta os argumentos dos que acionaram a Justiça. Disse que a legislação visa a regular o mercado e proteger a indústria nacional. A tributação vem sendo aplicada desde 1999. Ele informou também que não existe uma preocupação exclusiva com a China. “A China evidentemente tem uma indústria competitiva. Mas a preocupação do Estado brasileiro não é só com eles, é com o crescimento do comércio mundial online”, ressaltou.
 
Fonte: Convergência Digital de 04 de setembro de 2014.

Anatel edita sumula para esclarecimento de ritos processuais

O conselho diretor da Anatel editou uma súmula que visa esclarecer o rito processual dos pedidos de revisão das decisões da agência. Trata-se de um direito que a empresa multada tem de pedir revisão dessa conclusão face a fatos novos que acontecerem após a decisão final.

O novo regimento interno da agência trouxe uma dúvida sobre qual autoridade seria competente para o julgamento desses pedidos: aquela que aplicou a multa ou a última autoridade que julgou o processo, ainda que em grau recursal.

Embora a procuradoria da agência tenha se posicionado a favor da primeira tese, o conselheiro Rodrigo Zerbone, acompanhado pelos seus pares, optou pela segunda. “O principal argumento aqui seria o princípio da hierarquia, já que a gente poderia ter uma decisão do conselho diretor entendendo que aquela multa foi adequada e depois poderia ter um gerente ou superintendente revendo aquela decisão”, explicou ele.

Assim, a súmula ficou com a seguinte redação: “a competência para revisão de processo, prevista no artigo 90 do Regimento Interno, cabe à autoridade que proferiu a última decisão no respectivo Pado”. O papel das áreas técnicas será tão somente instruir os pedidos para a decisão do conselho diretor.


Fonte: Teletime News de 04 de setebro de 2014.

Anatel estuda criar operadoras virtuais em outros serviços além das operadoras móveis

A área de regulamentação da Anatel estuda como adaptar o modelo bem estruturado de operadoras móveis virtuais (MVNO) para outros serviços, como banda larga fixa, via satélite e até mesmo TV por assinatura. A informação é do vice-presidente e conselheiro da agência, Jarbas Valente, que participou nesta sexta, 5, de painel do Congresso Latino-Americano de Satélites, promovido pela Converge Comunicações no Rio de Janeiro.
"Já temos um processo de revenda bem estruturado de serviço móvel com operadoras virtuais, nos modelos de autorizada e credenciada. E acho que esse modelo tem de se estender para todos os outros serviços, inclusive o SCM (banda larga), o SeAC (TV paga) e que operadores de satélites tenham parceiros de revenda de serviços também (no modelo de operadora virtual)", revela Valente. "Estamos planejando como facilitar o mundo da banda larga, porque não é mais a telefonia fixa que precisa ser universalizada, mas a banda larga", argumenta.
 
Ao ampliar o conceito de MVNO para outros serviços, o que a agência espera é impulsionar o mercado, legalizando a situação de muitos revendedores de serviços e simplificando a prestação de serviços distribuídas pelo País.
 
Para o senador Aníbal Diniz (PT-AC), o Programa Nacional de Banda Larga pode ser o caminho para universalizar a Internet. "O programa ainda tem falhas, mas é o momento político de apresentar propostas, lembrando sempre que é preciso que os participantes do setor considerem os aspectos tecnológicos e os sociais", disse o senador, que também participou do painel.
 
Regulação mínima
Os presidentes da Abrasat e do SindiSat, entidades que representam o setor de satélites, respectivamente, Manoel Almeida e Luis Octávio Prates, ressaltaram durante o painel que é preciso melhorar os métodos de outorgas de estações satelitais e os custos associados ao licenciamento.
 
"A banda Ka dará acesso, se não universal, ao menos massificado aos meios de comunicação e à banda larga", defende Almeida. "Estamos falando de atendimento final ao consumidor, milhões de antenas, e o licenciamento em bloco não vai atender à dinâmica dessa nova banda que se propõe a massificar a banda larga", alerta Prates.
Outra sugestão da Abrasat é que a Anatel garanta alguns incentivos para o operador satelital interessado em desenvolver uma nova banda em uma posição satelital como forma de promover a inovação, "mas tudo dentro da lei, claro", enfatiza Almeida.
O vice-presidente da Anatel garantiu, por sua vez, que a ideia da agência é realmente desregulamentar o processo de outorgas. "Queremos regulação mínima, só pra fazer o setor funcionar. Estamos estudando não necessariamente uma licença única, mas uma licença mais convergente. E quanto a pesquisas e investimentos em uma nova banda, podemos bater papo com o setor e amarrar isso junto do ponto de vista legal. Estamos abertos a conversar", afirmou.
 
Além disso, a simplificação do processo de licenciamento de terminais de banda larga do Serviço de Comunicação Multimídia deve vir com um plano de numeração única que a Anatel está desenvolvendo para estações de banda larga, nos moldes do que acontece com a telefonia móvel.
 
Fonte: Teletime News de 05 de setembro de 2014.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

M2M: Teles têm de mudar para aumentar receita

Entre 2015 e 2019, a receita total do mercado mundial de comunicação máquina-a-máquina (M2M) pode chegar a um total de US$ 252 bilhões entre 2015 e 2019, projeta a consultoria Ovum. A empresa projeta um crescimento de 162% no total de conexões, que nos próximos cinco anos vão chegar a 530 milhões, a maioria (200 milhões) na Ásia e Oceania, seguida pela Europa e Américas.

As operadoras ficarão com US$ 25 bilhões do total de receitas do M2M, enquanto a maior parte (quase 50%) da receita global dessa previsão estaria nas mãos de empresas de integração. Isso porque as teles ainda estão voltadas para a conectividade. Para a Ovum,hoje, a receita das operadoras é obtida com gerenciamento de conectividade (43%) e transporte de dados em rede (36%).

No levantamento, a Ovum sustenta que para as teles, a alternativa para ampliar a receita será investir em frentes como a "capacidade para agregar grandes quantidades de dados em volta dos clientes", citando gerenciamento de dispositivo e aplicação como novo foco nesse mercado. Sugere ainda a adoção de novos modelos, entre eles, a terceirização da especialização em M2M, incluindo a disponibilização de serviços fim a fim para além de suas próprias necessidades na cadeia de fornecimento.
 
Fonte: Convergência Digital de 3 de setembro de 2014.

Anatel vai cortar em 60% a planta de orelhões no Brasil

Como repete a cada cinco anos, na hora da revisão dos contratos de concessão da telefonia fixa e das obrigações a ela associadas, a Anatel vai mais uma vez promover um corte substantivo na quantidade de telefones públicos disponíveis no país. A proposta da agência é eliminar 461,3 mil dos 763 mil orelhões – ou 60% deles.
 
A decisão da agência é baseada em dados fornecidos pelas próprias concessionárias que indicam ser cada vez menor o interesse nos telefones públicos. Ou ainda, que o uso dos celulares torna os orelhões quase supérfluos. “81% dos telefones públicos realizam até quatro chamadas por dia”, resume a gerente geral de universalização da Anatel, Karla Crossara.
 
Ao realizar nesta quarta, 3/9, uma audiência pública sobre essas e outras mudanças nas obrigações das concessionárias, a Anatel sustentou a necessidade da nova redução na planta. Mas também clarificou um dado importante: em média, os orelhões são utilizados por quatro minutos por dia, ou 120 minutos por mês.
 
Pode parecer pouco realmente, mas o que nem agência, nem empresas mencionam é que essa é praticamente a mesma utilização média do principal suspeito pelo desinteresse nos telefones públicos. Também em média, cada aparelho celular em uso no país funciona por 128 minutos por mês, segundo dados da consultoria Teleco.
 
As teles reclamam do custo de manter uma imensa planta de aparelhos – segundo o sindicato nacional das empresas, esse gasto chega a duas vezes e meia das receitas com orelhões. E isso ajuda a entender onde está o nó efetivo da questão dos telefones públicos. “Há uma expressiva queda nas receitas, que chegou a 90% até 2012”, diz a gerente de universalização da agência.
 
O peso dessa conta talvez ajude a entender um problema complicado na questão dos telefones públicos. Na audiência pública desta quarta, um consumidor da Bahia questionou, ao fazer suas contas sobre o ‘baixo’ uso dos orelhões, “se a Anatel levou em consideração que um número expressivo de telefones públicos está inoperante”. A resposta, quase intuitiva, foi não.
 
A questão não é secundária. Em um levantamento feito em 2011, a Anatel identificou que praticamente metade dos orelhões do país não funcionava – ou até mais do que isso a depender da região. Somente 44% deles em Alagoas, 46% na Paraíba, 51% no Maranhão e 61% em estados como Paraná e Santa Catarina, para citar alguns casos.
 
A agência sustenta que pressionou as concessionárias e a situação melhorou – mas vale lembrar que dificuldades com as mesmas empresas em alcançarem as metas levou à decisão – em agosto de 2012 – de que elas deveriam oferecer ligações gratuitas. Não deixou de ser um resultado inusitado, visto que as chamadas seriam grátis, desde que se encontrasse um orelhão funcionando.
 
Os dados sugerem que o problema não é necessariamente o ‘baixo’ uso – visto que os 120 minutos de uso mensal estão alinhados com o que acontece com os celulares. A dor é mesmo no lucro. Um minuto ao celular custa por volta de R$ 0,14. O mesmo minuto em uma chamada feita de um orelhão sai por menos da metade, ou R$ 0,06.
 
Fonte: Convergência Digital de 3 de setembro de 2014, reportagem de Luís Osvaldo Grossmann.