A Claro
ficou com o Lote 1, aquele que é o mais distante da radiodifusão e,
teoricamente, seria o melhor dos lotes nacionais, por R$ 1.947.244.417,70
bilhão, ou 1% a mais que o preço mínimo. O Lote 2 foi arrematado pela TIM
também por R$ 1,947 bilhão. Nesses dois lotes não houve repique das segundas e
terceiras propostas para superar a primeira. Depois, com a Claro e TIM já
contempladas com um lote nacional cada, a Telefônica/Vivo, pelo preço mínimo de
R$ 1.927.964.770, ficou com o Lote 3.
Além do
preço da outorga, Claro, Vivo e TIM desembolsarão R$ 903,9 milhões cada uma
para custear as atividades da Entidade Administradora da Digitalização (EAD),
que vai deslocar os canais de radiodifusão, adquirir set-top box para os
beneficiários do Bolsa Família e mitigar as interferências.
Como já
era esperado, a Algar arrematou o Lote 5, que abrange os 87 municípios da sua
área de atuação. A surpresa é que a companhia ofereceu R$ 7 mil a mais para o
lote, que dificilmente teria alguma disputa. O preço pago pela Algar foi de R$
29.567.738. Além do preço da outorga, a Algar deverá pagar R$ 13,8 milhões para
custear as atividades da EAD.
O Lote
4, que também é nacional sem as áreas da Sercomtel e CTBC, não foi colocado à
venda porque as três empresas presentes na disputa já haviam adquiridos os
blocos nacionais de 10 MHz + 10 MHz e estavam, portanto, no limite do cap de
frequência da primeira rodada do leilão.
Na
segunda rodada, o Lote 4 foi dividido em dois blocos de 5 MHz + 5 MHz e o cap,
elevado para 20 MHz + 20 MHz, o que possibilitaria a compra dos dois blocos de
5 MHz por uma empresa que houvesse adquirido um bloco nacional. Entretanto,
nenhuma das três empresas nacionais teve apetite para adquirir mais frequência.
Arrecadação
A
arrecadação do governo com o leilão foi de R$ 5,8 bilhões, mas é preciso
descontar do valor arrecadado cerca de R$ 887 milhões referentes à indenização
relativa ao Lote 4, não licitado. Assim chegarão aos cofres do Tesouro cerca de
R$ 4,9 bilhões. Esse valor poderá ser acrescido ainda em até R$ 423 milhões
caso Vivo, TIM e Claro optem por usar qualquer faixa de frequência para cumprir
as metas de editais anteriores. Vale lembrar que a previsão do governo era
arrecadar R$ 8 bilhões.
No
passado, a Claro chegou a solicitar à Anatel que pudesse usar a faixa de 1,8
GHz para cumprir as metas de 2,5 GHz, o que foi negado pela agência. É
possível, portanto, que a empresa faça essa opção agora. As empresas deverão
informar se farão essa opção no momento da assinatura dos termos de uso da
faixa
Fonte: Mobile Time de 30 de setembro de 2014, por Helton Posseti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário