sábado, 14 de fevereiro de 2015

Segundo o ‘pai da internet’, é melhor você começar a imprimir suas fotos favoritas

O vice-presidente do Google e co-criador da web, Vint Cerf, declarou em um evento que está preocupado com as imagens e documentos que hoje estão salvos apenas em formato digital. O motivo? Ele acredita que esses arquivos possam ser perdidos em algum momento da história, à medida que hardware e software se tornem obsoletos.
“Formatos antigos de documentos que criamos ou apresentações podem não ser compatíveis com a última versão de um software porque a compatibilidade retroativa não é sempre confiável”, disse Cerf à BBC durante um encontro da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
Para se ter ideia do tamanho do problema que Cerf vislumbra, o executivo declarou que teme que as gerações futuras possam não ter nenhum registro do século XXI, o que levaria a humanidade a uma “Idade das Trevas Digital”.
“O que pode acontecer com o tempo é que mesmo que acumulemos vastos arquivos de conteúdo digital. nós não saberemos do que se trata”, afirmou.
Cerf tem uma proposta para resolver o problema: a criação de um museu na nuvem que preserve digitalmente as características de cada software e hardware, para que mesmo que uma tecnologia se torne obsoleta, seus arquivos ainda possam ser acessados.
O conceito foi batizado de “pergaminho digital” e a ideia está sendo desenvolvida pelo pesquisador Mahadev Satyanarayanan, da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA.
Enquanto essa questão não é resolvida, pode ser melhor você começar a imprimir suas fotos e arquivos mais importantes.
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo - 13 de fevereiro de 2015. LINK

GVT é primeira tele a usar mediação da Anatel e Aneel para poste a R$ 3,19

A vigência formal da resolução da Anatel e Aneel sobre aluguel de postes do setor elétrico pelas teles começa em abril, mas na prática as agências já acertaram um procedimento expresso para os pedidos de mediação a partir das empresas de um ou outro setor. E saiu para os postes da Celg usados pela GVT o primeiro ajuste para R$ 3,19.
“Nos preparamos para os casos mais comuns que envolverem teles e elétricas e padronizamos as decisões nas questões de preço e ocupação dos postes. Usamos o valor de referência em um pedido da GVT sobre a Celg, feito ainda antes da resolução conjunta. Não temos nenhum pedido novo”, revela o superintendente de Competição da Anatel, Carlos Baigorri.
A comissão de resolução de conflitos trata de acordos de compartilhamento de infraestrutura e também envolve a Agência Nacional do Petróleo. Mas a dinâmica é de que a empresa descontente acione a agência respectiva. Assim, queixas das teles vão para a Anatel, das elétricas para a Aneel. A ANP só seria chamada para um eventual desempate. A padronização busca evitar essa situação.
A resolução de Aneel e Anatel é fruto de uma longa negociação até o valor de R$ 3,19. Nominalmente “de referência”, é para onde vão convergir os contratos entre as empresas. Não por menos, a padronização é para que pedidos sobre preço sejam carimbados em R$ 3,19. Nas queixas sobre a ocupação, valem normas da ABNT – há uma para áreas rurais, outra para urbanas.
Uma decisão importante já pactuada entre as duas agências foi o entendimento de que os R$ 3,19 já incluem os impostos no preço pelo aluguel mensal de cada ponto de fixação nos postes. Por outro lado, a tentativa de agilizar os eventuais pedidos de resolução de conflitos esbarra em exigências processuais, o que leva a uma tramitação mínima de um mês, no melhor dos casos.
Diretamente interessados, médios e pequenos provedores de acesso à Internet reclamam.  “Não estamos satisfeitos com a resolução, porque ela não atendeu a realidade do setor. Exigimos tratamento isonômico. Não ficou claro que o preço deve ser o mesmo para qualquer competidor”, queixou-se nesta quarta, 11/2, o presidente da Abrint, Basilio Perez, ao Conselho Consultivo da Anatel.
Segundo ele, ao buscar tratativas as empresas ainda ouvem que precisam esperar a vigência formal da resolução conjunta. Isso complica adiantar os pedidos à comissão de resolução de conflitos, porque o processo exige a comprovação de que houve uma tentativa de negociação malsucedida para que a mediação seja iniciada.
“Há medo de retaliação por parte das empresas elétricas, especialmente sob alegações técnicas. Não há prazo para que seja aprovado um projeto de ocupação dos postes. E sabemos que ainda há tratamento diferenciado, com gente pagando R$ 15 e outros pagando R$ 1”, diz Fabiano Vergani, ele também provedor de acesso e representante da sociedade civil no Conselho Consultivo da Anatel.
Fonte: Convergência Digital de 11 de fevereiro de 2015, por LUIS OSWALDO GROSSMANN.

Anatel vai mudar regulamento de interconexão

A Superintendência de Competição da Anatel já tem um grupo debruçado sobre a revisão do regulamento geral de interconexão, tendo como foco o combate a fraudes e a redução de obrigações que prejudicam pequenas operadoras ou negócios de nicho, como as MVNOs.
“No caso das fraudes, precisamos atacar problemas como a impossibilidade de alguém ser ‘desligado’ mesmo com sinais claros de fraude – o que na verdade incentiva as irregularidades. O difícil é encontrar um equilíbrio porque também não se pode permitir que as empresas saiam desligando quem quiserem”, diz o superintendente Carlos Baigorri.
As tentativas de fraude são rotineiras. Por exemplo, uma empresa A que contratou interconexão – em geral das grandes operadoras – cobra por ligações inexistentes, como apresentar um mesmo telefone que teria usado milhares de minutos em chamadas para disque-sexo em um mesmo dia.
Quando o caso chega à Anatel – normalmente via arbitragem de acordos de interconexão – a agência consegue caducar uma licença, mas não elimina o problema. “Usa um novo CNPJ, paga R$ 900 por uma licença de operação e começa tudo de novo”, diz Baigorri.
Segundo ele, a ideia é também flexibilizar certas obrigações, notadamente nas exigências de interconexões múltiplas para diversas áreas de registro e em modalidades distintas – longa distancia nacional, internacional, etc. Obrigações que acabam não sendo utilizadas.
“Empresas de nicho, como uma MVNO que, por exemplo, queira atuar apenas na cidade de São Paulo, acabam obrigadas a manter 70, 100 interconexões diferentes. E vai usar só 5% dessa infraestrutura. “Vamos reduzir o engessamento, deixando mais flexível para que isso não se reflita no custo”, explica o superintendente.
Fonte: Convergência Digital de 11 de fevereiro de 2015, por LUIS OSWALDO GROSSMANN.

Concorrência acirrada deixa pouco espaço para MVNOs

Desde 2010 o Brasil abriu espaço para as ‘operadoras virtuais’, empresas que prestam serviços de telecomunicações a partir do “aluguel” de redes de outras prestadoras. Até aqui, há meia dúzia das chamadas MVNOs atuando no país. Número que, para o superintendente de Competição da Anatel, Carlos Baigorri, só surpreende quem não atenta para características do mercado brasileiro.
“Não vejo no mercado brasileiro, onde tem competição forte entre quatro operadoras, espaço para MVNO em pré-pago, por exemplo. As margens do setor já são pequenas. Não vai conseguir competir em preço em cima da rede de outro”, avalia Baigorri, que tratou do tema nesta quarta, 11/2, em reunião do Conselho Consultivo da Anatel.
“É uma atuação de nicho, mas vejo muita dificuldade na identificação desses nichos de mercado. Tanto que vários acordos foram anunciados que não conseguiram deslanchar. Na prática exige que se identifique algum segmento onde as grandes operadoras não atendem bem”, acredita.
Ele cita operações como da Vodafone, que tem uma operação específica em M2M. “Pegou um nicho de mercado que as grandes empresas não tem condições de explorar adequadamente. A Porto Seguro, por exemplo, tem uma proposta de valor de atendimento diferenciado, ela faz bundle com outros serviços, dá descontos”, enumera o superintendente.
No debate no Conselho Consultivo, foi lembrado que quando da elaboração do regulamento das operadoras virtuais, chegou a ser cogitada a obrigação de oferta de acordos de MVNO pelas maiores do setor. “Teve uma discussão se MVNO deveria ser oferta obrigatória a quem tem poder de mercado, mas não vejo como isso seria bom. A relação entre MVNO e MNO é uma simbiose onde uma agrega valor a outra, se obriga um a aceitar isso, tira essa simbiose.”
Fonte: Convergência Digital de 11 de fevereiro de 2015, por LUIS OSWALDO GROSSMANN.

Anatel seleciona nome para comitê da UIT

A Anatel abriu o processo de seleção para o cargo de membro do Comitê Assessor Independente de Administração (Independent Management Advisory Committee, ou IMAC) da União Internacional de Telecomunicações (UIT).  O Brasil, como estado-membro da UIT, poderá enviar o nome de um candidato para exercer a função durante quatro anos, prorrogáveis por mais quatro, a partir de 1º de janeiro de 2016.

O objetivo do IMAC, como órgão subsidiário do Conselho da UIT, é assistir o Conselho e o Secretário-Geral no cumprimento das suas responsabilidades de governança, incluindo a garantia da eficácia da UIT em seus sistemas de controle interno, gestão de riscos e processos de governança. O IMAC deve ajudar a reforçar as funções de prestação de contas e de governança da organização. 

O cargo é de alto nível nas áreas de controladoria, administração e contabilidade. A preferência é para concorrentes da iniciativa privada. Os interessados poderão entrar em contato com a Assessoria Internacional da Anatel ou enviar seu currículo para a AIN@anatel.gov.br.  Para mais informações sobre o processo de seleção na página da UIT.

Fonte: Teletime News de 9 de fevereiro de 2015.

Vivo fornecerá conectividade para projeto de smart grid da Eletrobras


Consórcio formado por Siemens, Telemont e Itron para fornecer smart grid para o Programa Energia + da Eletrobras escolheu como operadora a Telefônica/Vivo, segundo informou a empresa nesta sexta-feira, 13. O consórcio assinou nesta semana um contrato para fornecer medidores inteligentes e desenvolver a infraestrutura de comunicação, além de implantar um centro de gerenciamento da medição. O projeto deverá atender seis estados do Norte e Nordeste, regiões que contam com 22% e 10% de "perdas não técnicas" (ou seja, as ligações clandestinas - ou "gatos"), os maiores índices no País segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).



Financiado pelo Banco Mundial, o programa visa melhorar o desempenho de seis distribuidoras da Eletrobras nos estados do Amazonas, Alagoas, Acre, Piauí, Rondônia e Roraima.

A Telefônica conectará pela rede 3G os medidores de média tensão, parte dos medidores de baixa tensão e concentradores. Além da rede móvel WCDMA para a comunicação máquina-a-máquina (M2M), a operadora levará os dados de todos os medidores ao centro de medição em Brasília, que será conectado aos centros regionais dos seis estados.

Fonte: Teletime News de 13 de fevereiro de 2015.

Serviço global de TV por assinatura cresceu 5% em 2014, com destaque para o IPTV

O mercado mundial de TV por assinatura deve ter crescido 5% em 2014, superando 924,4 milhões de assinantes, calcula a ABI Research. O IPTV deve ser o líder em crescimento, crescendo 14% no ano, seguido pela plataforma de TV por satélite em 7%. As taxas de crescimento de cabo e plataformas de TV terrestre devem crescer apenas 3%, aponta a empresa de pesquisas.

O crescimento global do cabo é impulsionado pelos mercados da América Latina e Ásia-Pacífico que, juntos, devem adicionar mais de 13 milhões de assinantes em 2014, enquanto o mercado de TV a cabo na América do Norte deve diminuir cerca de 1% em 2014.

No terceiro trimestre de 2014, as principais operadoras de TV a cabo da América do Norte perderam mais de 400 mil assinantes do serviço, embora estas empresas estejam se saindo bem em banda larga. A ABI aponta os serviços de streaming de vídeo como o Netflix e TiVo como alternativas mais atraentes para os clientes de TV por assinatura.

Uma das alternativas encontrada pelos operadores para reduzir o churn é oferecer serviços integrados com o Netflix, bem como o desenvolvimento de soluções próprias de TV everywhere.

Alta definição
Os canais HD e o serviços de PVR avançados e conteúdo premium, como o conteúdo esporte contribuem para aumentar a ARPU. A base de assinantes HD em todo o mundo está crescendo em todas as plataformas de televisão por assinatura. Cerca de 57% do total de assinantes de televisão por assinatura será de assinantes HD em 2019.
A ABI Research prevê que o mercado global de televisão por assinatura vai gerar US $ 324 bilhões em receitas de serviços em 2019.

Fonte: Teletime News de 13 de fevereiro de 2015.

MJ prorroga debate sobre Marco Civil da Internet e Dados Pessoais até 30 de abril

A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça estendeu o prazo do debate público sobre a regulamentação do Marco Civil da Internet e do anteprojeto de lei de Proteção de Dados Pessoais para até 30 de abril. “Prorrogamos por entender que devemos assegurar o maior número de participação possível”, afirmou a secretária Juliana Pereira.

O Ministério da Justiça propõe debate sobre pontos do Marco Civil que foram tratados de forma genérica ou que dependem de regulamentação. São eles as exceções da neutralidade de rede (princípio que garante que dados que circulam na rede sejam tratados sem distinção por conteúdo, origem, destino ou serviço), a guarda de registros de conexão (de responsabilidade das operadoras) e registros de aplicações (coletados por sites, serviços, redes sociais e aplicativos móveis), privacidade na rede e outros temas passíveis de regulamentação.

O anteprojeto do marco legal de proteção de dados no Brasil é baseado no consentimento e no uso legítimo desses dados, ferramentas para o exercício de direitos e padrões mínimos de segurança e privacidade para o cidadão.

A proposta visa permitir que o cidadão tenha controle sobre como suas informações pessoais são utilizadas, seja por empresa como pelo governo. Ele tem ainda o objetivo de estabelecer princípios como o da finalidade específica (o dado não pode ser usado para finalidades desconhecidas ao cidadão e que justificaram sua coleta), transparência (o cidadão tem direito de conhecer quais dados estão sendo tratados e de que forma) e segurança e responsabilidade (a legislação deverá prever eventual reparação ao usuário).

O texto trata também de questões como os direitos do cidadão, vazamento de dados, dados sensíveis, princípios de proteção de dados, o consentimento do titular, comunicação, interconexão e uso compartilhado de dados pessoais, transferência internacional de dados, responsabilidade dos agentes de tratamento, segurança e sigilo de dados, boas práticas e sanções administrativas.

Atualmente, mais de 100 países já possuem leis gerais de proteção de dados pessoais. Veja aqui como participar dos debates.

Font: Teletime News de 13 de fevereiro de 2015.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Vivo oferece kit de desenvolvimento para wearables na Campus Party

O kit de Internet das Coisas (IoT) fornecido pela Telefônica/Vivo para desenvolvedores foi atualizado na Campus Party deste ano. Mas agora, a operadora fornecerá também uma nova plataforma voltada para o desenvolvimento de dispositivos vestíveis (wearables). "A gente desenvolveu um dispositivo que tem capacidade de acelerômetro, mede a temperatura e a luminosidade e tem um LED também", declara o diretor de inovação da Telefônica, Pablo Larrieux, durante coletiva de imprensa da companhia nesta terça-feira, 3.

O kit conta com conectividade por meio de protocolo de baixa energia Bluetooth LE para se ligar a computadores ou smartphones. Além disso, ele tem botões e entradas para expansões. "As experiências são muito hackeadas e gostamos disso." O dispositivo não possui tela, mas os comandos e funções podem ser acessados por meio de um aplicativo para celular.

Já o kit para desenvolvimento de Internet das Coisas ganhou um reforço. Além do equipamento com processadores Raspberry Pi e Arduino (e com conectividade 4G), há uma segunda caixa que serve como novo módulo de conectividade, com Wi-Fi, Bluetooth e o padrão 6LowPan, um protocolo aberto para interoperabilidade de equipamentos e que está sendo usado pela Eletropaulo em seu projeto de smart grid em Barueri.

Larrieux explicou ainda que a parceria da operadora com o Centro Universitário da FEI (antiga Faculdade de Engenharia Industrial), continua. O centro de pesquisas voltado para IoT e inaugurado em outubro em São Bernardo do Campo já está com as instalações prontas. "Já temos todo o set-up físico, já tem coordenador, doutorado e alunos. São duas áreas de pesquisa: decidimos interligar IoT com área de tecnologia; e a segunda linha é de segurança da informação dentro da Internet das Coisas", declara.

Desafio feminino
Também nesta terça foi lançada uma disputa voltada às mulheres desenvolvedoras, o Technovation Programaê! 2015, parceria entre a Fundação Telefônica Vivo e a Fundação Lemann. A iniciativa terá como objetivo estimular jovens do sexo feminino a criarem aplicativos para solucionar problemas sociais. "O número de mulheres trabalhando com tecnologia ainda é muito pequeno", ressalta a presidente da Fundação Telefônica, Gabriella Bighetti.
Além disso, ela explica, "apenas 30% dos campuseiros realmente programam, e, no Brasil, 70% dos jovens têm intenção de empreender. O Programaê! tem essa missão (de atender à demanda)". As vencedoras irão participar de um pitch internacional, no Vale do Silício, para concorrer a um prêmio de US$ 10 mil em financiamento para o projeto.

Fonte: Teletime News de 3 de fevereiro de 2015.

Iniciativa global publica primeiro padrão de interoperabilidade para Internet das Coisas

A iniciativa global de padronização para comunicação máquina-a-máquina (M2M) e Internet das Coisas (IoT), conhecida como oneM2M, lançou nesta quarta-feira, 4, a primeira versão de seu padrão internacional. O release 1 contou com a participação de mais de 200 membros de companhias de todo o mundo no desenvolvimento de suas dez especificações, que cobrem requerimentos, arquitetura, especificações de API, soluções de segurança e mapeamento de protocolos comuns na indústria como CoAP, MQTT e HTTP. A ideia é fundamentar as aplicações para que conversem entre si. 

Em comunicado, a iniciativa diz que a plataforma permite o transporte de várias tecnologias, como Wi-Fi, acesso fixo e celular, reduzindo a complexidade para o desenvolvimento de aplicações M2M e diminuindo Capex e Opex da parte dos provedores de serviços. Agora, a oneM2M trabalhará para aperfeiçoar o padrão, tornando a interoperabilidade mais fácil. A entidade publicou em seu site a lista de documentos técnicos a respeito do release 1.

Fonte: Teletime News de 4 de fevereiro de 2015.

Anatel aprova Plano Estratégico até 2024, com ênfase em ampliação dos acessos e sustentabilidade


O conselho diretor da Anatel aprovou nesta quinta-feira, 5, o Plano Estratégico da agência para o prazo de 2015 a 2024, que reúne um conjunto de ações para atingir os principais objetivos do setor. Entre eles, a promoção da ampliação do acesso e uso aos serviços, com qualidade de preços adequados. Para gerenciar o plano, foi criado o Grupo de Implantação e Acompanhamento do plano (Giape) e foi decidido pela necessidade de contratar um consultoria especializada em gestão estratégica.  O conselheiro Igor de Freitas, que coordenou a elaboração do plano, foi designado para comandar o novo grupo.


Além a ampliação dos acessos, o plano estabelece mais três objetivos estratégicos: estimular a competição e a sustentabilidade do setor; promoção da satisfação do consumidor e promover a disseminação dos dados e informações setoriais. Para alcançar esses objetivos, foi estabelecida uma série de ações, que exigirão adequações e simplificações dos regulamentos existentes.

Entre as primeiras ações do Giape está o estabelecimento do plano operacional da agência para 2015 e o cronograma das ações da Anatel para este ano, que deverá ser aprovado até abril. O grupo será composto pelos superintendentes da agência.

Fonte: Teletime News de 5 de fevereiro de 2015.

Pequenos provedores de Internet poderão funcionar sem licença


A Anatel pode abolir a necessidade de outorga para pequenos provedores de internet, que empregam meios confinados e equipamentos de radiocomunicação de radiação restrita na exploração do serviço. Como consequência, essas operadoras estariam desobrigadas a obterem licenças para funcionamento de estação.


Esta é uma das novidades que deve ser incluída na proposta do novo Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação Restrita, em estudo na agência. A medida é vista como estímulo para a plena concretização de políticas inclusivas e a universalização do acesso às tecnologias de informação e comunicação.

Outra inovação importante é a inclusão de faixas de radiofrequência UWB (do inglês, Ultra Wide Band), além de medidas para reduzir o “fardo regulatório”. A proposta deverá ser concluída em março, conforme prevê o relator, conselheiro Rodrigo Zerbone, e, depois de apreciada no conselho diretor da agência, levada à consulta pública.

Fonte: Teletime News de 6 de fevereiro de 2015.

Vivo é questionada sobre serviço de localização de usuários

O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, deu prazo de 10 dias para que a Vivo preste esclarecimento sobre a eventual implementação do serviço Smart Steps e quais as garantias e salvaguardas dos direitos do consumidor que foram ou estão sendo implementadas no sistema.
De acordo com o DPDC, a preocupação é especialmente relevante no momento em que se discute, em debate público na internet, os princípios e regras que vão reger a utilização de dados pessoais no Brasil.

A Vivo anunciou no fim de 2012 que estava prestes a lançar um serviço que, a partir dos dados referentes à localização dos seus clientes da rede de celular, forneceria a terceiros relatórios sobre a afluência de pedestres em determinadas zonas e ruas. Esta informação pode ser útil para fins mercadológicos, de planejamento urbano e tantos outros.  O Smart Steps foi desenvolvido em parceria com o instituto de pesquisa de mercado alemão GfK.

Segundo a Senacom, dados sobre a localização de consumidores do serviço de celular da empresa seriam utilizados sem aviso prévio e sem que lhes fosse dada a opção de não ter os seus dados recolhidos - isto é, sem o seu conhecimento ou autorização. “Esta situação agrava-se pelo fato dos dados em questão serem dados de localização - dados que podem afetar não somente a privacidade do consumidor, mas também sua própria segurança pessoal e liberdade”, diz o órgão.

Em 2012, questionado sobre a aplicação pela Senacon, a prestadora disse que estaria providenciando mudanças no sistema e que teria suspendido o seu projeto de implementação, além disso, afirmou que as informações coletadas pelo sistema são consolidadas e não individuais dos usuários. A Senacon informou que, na Alemanha, ante os questionamentos da sociedade e de órgãos públicos, a implementação do sistema foi descontinuada. No Reino Unido, o sistema aparentemente entrou em operação. A assessoria da Vivo informou que a operadora prestará todas as informações solicitadas pelo DPDC.

Fonte: Teletime News de 6 de fevereiro de 2015.

Projeto WiFi Livre pode expandir para mais 30 localidades, mas presida vencer desafios atuais

Com 112 praças, oito a menos do previsto para 2014, a Prefeitura de São Paulo reconhece que o projeto Wi-Fi Livre SP está atrasado, mas alega que a iniciativa está amadurecendo e pode ser expandida, ainda que precise resolver problemas para garantir a qualidade do serviço previsto no contrato. De acordo com o coordenador de conectividade e convergência digital da Secretaria Municipal de Serviços da Prefeitura, João Cassino, o próximo passo é fechar a marca de 120 localidades e garantir a qualidade de serviço (SLA), para, em seguida, começar uma segunda etapa. "Está próximo, o esforço ficou concentrado na entrega, mas São Paulo tem mais de 5 mil praças", disse ele durante palestra na Campus Party 2015 nesta sexta-feira, 6, na capital paulista.


Na terça-feira, 3, o secretário municipal de serviços, Simão Pedro, afirmou que há a intenção de lançar um novo edital para dobrar a quantidade de localidades atendidas com o Wi-Fi Livre em 2016. Mas, antes de uma nova licitação, há outras possibilidades para ampliação. "O contrato que temos com a Prodam (empresa de tecnologia da informação e comunicação do município de São Paulo) permite um aditamento de até 125% do valor, ou seja, dá para crescer mais umas 30 localidades nesse contrato", diz Cassino. O projeto atual, com duas empresas prestando serviço - a WCS (lotes 1 e 2, correspondentes à zona Leste e Centro) e a ZIVA Tecnologia (lotes 3 e 4 – zonas Norte, Oeste e Sul) -, tem um custo total de R$ 27,501 milhões, que a administração destaca ser abaixo do orçamento inicial, que era de R$ 75 milhões.

Outra possibilidade é a de parceria com a iniciativa privada. O coordenador da secretaria explica que, por conta das restrições da Lei Cidade Limpa, empresas têm dificuldade de colocar publicidade em ambiente urbano. A proposta é permitir que as companhias banquem o projeto de fornecer conectividade em troca de espaço publicitário (ou seja, banners) nos dispositivos de quem utiliza o Wi-Fi. "Mas a forma jurídica ainda está sendo visto. Estamos tendo interesse de empresários, mas ainda estamos fechando", destaca.  Vale lembrar que no edital do projeto está destacada a proibição de guarda de informações dos usuários, bem como a garantia do anonimato (ou seja, não é preciso fazer cadastro para utilizar o serviço).

Dificuldades

Para o projeto atual, a prefeitura alega que falta acertar os últimos detalhes com as prestadoras de serviço para chegar ao nível de serviço (SLA) desejado. "A gente não se interessa pelo tamanho do link, mas pelo serviço para o usuário", declara o diretor de infraestrutura e tecnologia da Prodam, Marcelo de Andrade e Pimenta. Ele alega que a escala da iniciativa fez com que houvesse mais dificuldades do que o esperado.  "Houve inexperiência do fornecedor, nunca tínhamos feito um projeto desse tamanho, então teve atraso, deveríamos ter terminado o projeto em agosto", justifica. Além da falta de experiência, ele cita problemas como autorizações muito burocráticas; falta de mão de obra, material e pontos de energia; mudança de tecnologia/fornecedor; dependência de importação; irradiação ou ruído no sinal não previstos; e necessidade de adaptações.

Pimenta diz que está conversando com as empresas contratadas para determinar as melhorias, mas há a possibilidade de haver punição por não estarem cumprindo o contrato conforme previsto no edital. "Elas assinaram contrato com a Prodam, e se não cumprir, teremos que sancionar. A gente teria que ter disponibilidade (na cobertura do Wi-Fi) de 96%, mas hoje temos média de 93%, estamos quase chegando", afirma.


Aviso para não haver roubo


Entre os imprevistos ocorridos durante o período de um ano, estão queda de árvores, corte de energia, problemas com o monitoramento ("não há eficiência no cruzamento de informações" de três ferramentas distintas) e de vandalismo. Este último seria motivado por criminosos em busca de cobre. A solução indicada pela empresa é prosaica: "identificar os dutos nos locais, informando da existência apenas de fibra ótica sem valor comercial".

Além disso, a Prodam reclama que o equipamento Simet Box, que avalia a qualidade da conexão nos locais, "não suporta ambiente outdoor, mesmo acondicionado em rack". O problema é que ele não consegue funcionar em temperaturas acima de 40ºC. A empresa estuda substituir o equipamento por um que suporte raios ultravioleta e temperaturas até 75ºC. "O custo da aquisição está sendo negociado para as contratadas absorverem", e o protótipo do aparelho está em fase de instalação e homologação pelo NIC.br, segundo a empresa.

Fonte: Teletime News de 6 de fevereiro de 2015.