A decisão do Gired (Grupo de Implantação da Digitalização da TV) sobre o modelo de caixinha a ser distribuída a integrantes do Bolsa Família, prevista para sair nesta quarta-feira, 29, ficou para o dia 15 de maio. A explicação é de que faltou tempo para uma análise mais profunda dos dados recebidos pelos fornecedores. Porém, a insistência do governo em exigir a interatividade plena dos conversores, inclusive com canal de retorno, pesou, admitiram alguns participantes da reunião.
Segundo o presidente do grupo, conselheiro Rodrigo Zerbone, o tempo a mais servirá para a busca de consenso, uma vez que todas as decisões têm saído dessa forma. Mas, caso não se chegue a um denominador comum, a decisão será do governo. Teles e radiodifusores resistem a uma caixinha completa em função do custo, que ainda não foi divulgado.
Zerbone disse que, mesmo para a escolha do conversor com Ginga C e canal de retorno, como defende o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, há espaço para opção por especificações técnicas que podem baratear ou encarecer o produto. Um exemplo é o nível de memória a ser agregado ao equipamento e outras conexões, como WiFi e bluetooth.
Em função do grande número de caixinhas necessárias – 14 milhões – esse é um dos itens de maior impacto no orçamento de R$ 3,6 bilhões destinados para a limpeza da faixa de 700 MHz. Porém, o custo poderá ser reduzido ao longo dos quatro anos previstos para a digitalização total. Isto porque, no levantamento já realizado, entre 2016 e 2017 serão necessários apenas dois milhões de conversores. Em 2018, esse número salta para 12 milhões. "Nesse período, teremos espaço para reavaliar o modelo escolhido, adequando-o às necessidades constatadas na prática", disse Zerbone.
Antenas e filtros
Na reunião de hoje do Gired ficaram definidas as especificações técnicas de filtros para mitigação e das antenas internas e externas em UHF e VHF. O Gired não informou os preços pedidos pelos fabricantes.
Fonte: Teletime News de 29 de abril de 2015.
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