segunda-feira, 24 de abril de 2017

Resistências do governo à MP da Oi estariam equacionadas; medida deve ser publicada nos próximos dias

Segundo apurou este noticiário, estão praticamente desfeitas as principais resistências dentro dos diferentes ministérios à edição da Medida Provisória que assegurará a renegociação das dívidas da Oi com a AGU que já estão judicializadas (cerca de R$ 7 bilhões) e abrir a possibilidade de intervenção em toda a empresa (e não apenas na concessionária). A expectativa é que essa MP saia na próxima semana, segundo apurou este noticiário. E é certo que a MP não virá acompanhada de nenhuma intervenção na empresa, pelo menos por enquanto.
O entendimento junto à Anatel e o governo é que a MP é essencial para catalisar o processo de recuperação judicial e também de capitalização da empresa, seja na forma de aumento de capital, seja na entrada de um parceiro estratégico. O ponto central para que isso aconteça é a segurança de que a dívida com o governo será equacionada. A possibilidade de intervenção ficaria apenas como um plano B caso a solução de mercado não venha.
Mas existe a convicção dentro do governo de que a Oi já passou do ponto de que poderá se resolver sua situação apenas com a renegociação da dívida. A empresa já teria chegado em um ponto em que suas necessidades de investimento para voltar a ser competitiva superam a sua capacidade de geração de caixa, por isso precisa de dinheiro novo, e não apenas um ajuste na dívida.
Este noticiário apurou que a Anatel efetivamente não vê um processo de degradação dos indicadores de qualidade da Oi que justifique a intervenção. Ao contrário, após o processo de recuperação judicial, os números têm apresentado melhoras. Mas a Oi é ainda a operadora que tem os piores indicadores entre as concorrentes na maior parte dos quesitos, o que significa que o esforço necessário para manter a empresa competitiva no mercado é maior do que é para as demais teles. E a tendência é que essa distância aumente enquanto a empresa vive o processo de recuperação.

Fonte: Teletime News de 20 de abril de 2017, por Samuel Possebon.

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