terça-feira, 24 de novembro de 2020

Anatel estuda possibilidades do mercado secundário, mas setor aponta riscos

A Anatel está estudando diferentes modelos para colocar o mercado secundário de espectro na prática. A possibilidade de transferência parcial da capacidade, ou de segmentar por localidade, está em análise na agência. Mas, a depender de como se configure essa possibilidade de modelo, o setor menciona riscos a serem considerados, como a participação de especuladores no mercado ou de ineficiência por falta de incentivos para investimento, como foi debatido nesta segunda-feira, 23, no 34º Seminário Internacional ABDTIC 2020.

A própria Lei Geral de Telecomunicações já permitia a transferência de autorização do uso de espectro, desde que junto fosse transferida a autorização de serviço também. O gerente de regulamentação substituto da Anatel, Marcos Vinicius da Cruz, diz que, na prática, a Lei 13.879/2019, o novo modelo do setor, permite a viabilidade por desvincular essas duas autorizações. Assim, é possível transferir apenas o direito de uso do espectro. 

Cruz diz que a Anatel começou a avaliar o mecanismo que permite essa transferência. Uma possibilidade é a de transferência parcial: se uma operadora tem 20 MHz em uma faixa, poderia separar 5 MHz, desde que as características de uso e canalização mínima estivessem de acordo com as regras da agência. 

Outro ponto levantado pelo gerente substituto é a de transferência regional. O argumento é que isso poderia ser aplicado para uma negociação com empresa de SLP por município para uma empresa que explore extração de minérios, por exemplo, favorecendo usos mais pontuais da faixa. "Está se discutindo que talvez seja viável sim, até porque se transfere onde o espectro já não está sendo usado", declara.

Riscos

Na visão da diretora regulatória da Claro, Monique Barros, há que se considerar riscos desse modelo. Ela argumenta que "especuladores, empresas ou investidores" com intuito de adquirir espectro apenas para movimentação nesse mercado. "Quando o objetivo do País é investimento e criação de infraestrutura, é difícil balancear isso, mas é um cuidado que precisa existir. Tem de ser um processo realmente muito cuidadoso", afirma. Ela sugere a possibilidade de autorregulação também para endereçar isso.

Porém, há riscos de que a iniciativa em si acabe não sendo tão efetiva. O senior consultant da Nera Economic Consulting, Hector Lopez Carbajal, apresentou um estudo da empresa que mostra que há uma ligação direta entre o mercado secundário e a possibilidade de renovações de licenças. E, por isso, é necessário atenção. Ele explica que acaba se tendo falta de incentivos para investimentos e infraestrutura. E que, se por um lado o Brasil está implementando medidas para permitir isso, outros países também fizeram a mesma coisa, com diferentes níveis de sucesso.

A própria renovação sucessiva da licença tem riscos, como a de reduzir a competição. "Há o potencial de criar monopólios que usam o espectro para controlar o mercado", afirma Carbajal, citando casos como dos Estados Unidos e Canadá, onde o preço de renovação "essencialmente para sempre" é o mero custo administrativo. "Se o Brasil ficar perto do modelo americano, terá que ter um mercado secundário muito forte."

A visão da associação global do mercado móvel, GSMA, é que o mercado secundário é diferente do modelo de negócios de faixas no atacado. Mas acredita que no potencial da alternativa. "A gente entende que o Brasil está dentro desse caminho, e que é possível. É uma oportunidade em países onde há certo tipo de sustentabilidade de competição, declara o spectrum policy manager da entidade, Luiz Felippe Zoghbi. Ele também defende que as condições sejam negociados entre as partes, como o cumprimento de eventuais obrigações vinculadas ao espectro.

Fonte: Teletime News de 23 de novembro de 2020, por Bruno do Amaral.

Regras para operadores de redes neutras precisam ser ajustadas, aponta Phoenix Tower

A pandemia ocasionada pelo Coronavírus mostrou que a ampliação de infraestrutura de telecomunicações é urgente e necessária. Nesse sentido, é preciso afinar algumas mudanças regulatórias, como garantir melhores condições para as empresas que ofertam infraestruturas "neutras" que servem de suporte para os serviços de telecomunicações. Na visão de Luciene Pandolfo, VP Executiva e general counsel da Phoenix Tower Brasil, hoje o Brasil está em um grande desafio de criar um ambiente regulatório para as telecomunicações e em especial para as operadoras de redes neutras.

Ela cita que é preciso rever algumas regras, como a necessidade de se exigir uma licença de serviço de comunicação multimídia para operadores de redes de infraestrutura neutra. "Um operador neutro precisa hoje de uma licença de SCM para servir de suporte para infraestrutura de rede de telecomunicações? Isso não faz sentido, porque isso é para quem presta o serviço. Uma infraestrutura neutra não presta serviço", disse a executiva no segundo dia do Seminário ABDTIC 2020.

Postes

Uso de postes é um outro assunto que ainda precisa ser melhor afinado para a ampliação de infraestrutura de telecomunicações. Pandolfo reconhece ser muito bem-vinda a regulamentação da Lei das Antenas sobre o silêncio positivo, mas lembra que não existe o mesmo mecanismo para os postes. "E aí, ficamos refém dos contratos com as elétricas e do tempo de resposta delas", disse.

Fábio Casotti, Gerente de Monitoramento de Relações entre as Prestadoras da Anatel, disse que está no horizonte da agência uma consulta pública para garantir novas bases comuns entre o setor de energia e o de telecomunicações e que a proposta de revisão de uso comum de infraestrutura está nas mãos do conselheiro Moisés Moreira.

Outro problema vinculado ao uso dos postes é a modicidade tarifária, ou seja, a reversão das receitas dos postes para as tarifas de energia. "A modicidade tarifária é um entrave, ela não incentiva os investidores e o consumidor final não percebe esses benefícios", disse Panfoldo. Na Consulta Pública 65, a Phoenix Tower Brasil defendeu o fim desse modelo de cobrança, dizendo que ela não pode mais pesar sobre o mercado.

O que fez o Executivo

Otto Solino, do Ministério das Comunicações, apresentou algumas ações que o Poder Executivo tem feito garantir mais celeridade e menos barreiras para a implantação de infraestrutura.

O Decreto que regulamenta da Lei Geral das Antenas, além do silêncio positivo, prevê a possibilidade de se cavar apenas uma vez (dig once), que traz um aproveitamento das obras em rodovias, metrôs e trens urbanos, de energia, de dutos de gás e óleo e de saneamento básico para implantar infraestrutura de telecomunicações. "Essa regra vale para obras federais ou para obras de outros entes federados que possuem até 50% de recursos oriundos do governo federal", apontou o representante do MCom.

"A dig once é uma recomendação da UIT desde 2012 e já é praticada em alguns países como EUA, na Europa e está em implantação na África", diz Solino. Ele mostra que a prática otimiza recursos e pode reduzir em até 20% os custos de implantação de rede.

Otto também destacou as regras apontadas para o direito de passagem. Na sua opinião, qualquer iniciativa que onere o direito de passagem pode inviabilizar os investimentos em redes de fibra ótica, especialmente em áreas fora dos grandes centros urbanos. Por isso, ele acredita que a ADI 6.428 pode não ser exitosa.

"O próximo passo é regulamentar as normas técnicas de edificações. Queremos atualizar as normas, prevendo por exemplo, fibra ótica ao invés do par de cobre para atender uma unidade habitacional", finalizou.

Fonte: Teletime News de 23 de novembro de 2020, por Marcos Urupá.

MCTI cria Comitê de Governança Digital

Para adequar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) à estratégia digital do governo, o órgão instituiu um Comitê de Governança Digital (CGD). A Portaria 4.075/2020, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 23, atribui ao Comitê um papel estratégico e deliberativo sobre os assuntos relativos à implementação das ações de governo digital e ao uso de recursos de tecnologia da informação e comunicação.

Dentre as atribuições prevista para o colegiado estão:
promover a integração entre as estratégias organizacionais e as estratégias de TIC;
monitorar e avaliar a gestão de TIC do MCTI;
propor o alinhamento entre as ações de TIC, as estratégias de negócio do MCTI e a Estratégia de Governo Digital (EGD) do Governo Federal.
definir prioridades na formulação e execução de planos, projetos e investimentos em TIC para o MCTI; e
deliberar, amparado nas recomendações do Comitê de Segurança da Informação do MCTI, sobre os assuntos relativos à Política Nacional de Segurança da Informação (PNSI).

Ordinariamente, o CGD se reunirá três vezes ao ano, mediante convocação do Presidente do CGD, sendo preferencialmente uma reunião em cada um dos três quadrimestres do ano e extraordinariamente, por convocação do Presidente do CGD ou por solicitação da maioria absoluta dos representantes, mediante correspondência oficial.
Composição

A Portaria diz que o Comitê de Governança Digital do MCTI será composto:
pelo titular do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI);
pelo encarregado do tratamento de dados pessoais, nos termos do disposto na LGPD; e
por um representante das seguintes unidades do MCTI: Secretaria Executiva (SEXEC), que o presidirá; Secretaria de Articulação e Promoção da Ciência (SEAPC); Secretaria de Estruturas Financeiras e de Projetos (SEFIP); Secretaria de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF); e Secretaria de Empreendedorismo e Inovação (SEMPI).

É permitida a participação dos suplentes nas reuniões, mas somente terão direito a voto quando estiverem na qualidade de substituto do representante titular. As decisões do CGD serão tomadas por votação realizada em processo nominal e aberto, e aprovadas pela maioria dos presentes.

Fonte: Teletime News de 23 de novembro de 2020, por Marcos Urupá.

Senado aprova uso dos recursos do Fust para investimentos em Internet

O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira, 19, o PL 172/2020, que prevê a liberação dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para ampliação de infraestrutura de acesso à Internet. O texto agora segue para sanção presidencial.

Pelo texto aprovado, os cerca de R$ 22 bilhões poderão ser investidos em programas, projetos e atividades governamentais voltados a ampliar o acesso a serviços de telecomunicações prestados em regime público ou privado. Esses investimentos serão feitos prioritariamente nas regiões de zona rural ou urbana com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O PL 172 contou com o apoio do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br) e originalmente foi apresentado pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP), em 2007.

Além disso, fica também autorizado o uso dos recursos para dotar todas as escolas públicas brasileiras, em especial as situadas fora da zona urbana, com acesso à banda larga, em "velocidades adequadas", até 2024. Prevê ainda a possibilidade de uso de no mínimo de 18% dos recursos em projetos de educação desenvolvidos para os estabelecimentos públicos de ensino, tais como manutenção de conectividade instalada e aplicações de EAD.

Os projetos e programas que utilizarão os recursos do Fust poderão ser aplicados nas modalidades de apoio não reembolsável, limitado a 50% das receitas no exercício.

Conselho Gestor

O texto que seguirá para sanção presidencial prevê a criação de um conselho gestor para o Fundo, com o intuito de garantir agilidade na implementação das políticas públicas voltadas à ampliação da infraestrutura e à expansão dos serviços.

O senador Diego Tavares (PP-PB), relator da matéria, mostra no seu relatório que dos três fundos setoriais existentes hoje no setor de telecomunicações – o Fust, o Fundo de Fiscalização dos Serviços de Telecomunicações (Fistel) e o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) –, apenas o último conta com um conselho gestor, sendo o mais bem sucedido na utilização de seus recursos. "Em 2019, o Funttel executou R$ 317 milhões dos R$ 504 milhões autorizados no orçamento, ou seja 62,7%. Como já demonstrado, a execução dos recursos do Fust para a universalização do serviço de telefonia fixa é, desde sua criação, de apenas 0,002%", diz Tavares.

Ao Conselho Gestor do Fust, caberá elaborar e submeter, anualmente, ao Ministério das Comunicações a proposta orçamentária do Fust, para inclusão no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). O Conselho também terá a tarefa de aprovar os projetos de investimentos em infraestrutura de telecomunicações na modalidade não reembolsável.

O Conselho Gestor que administrará oo Fundo será composto por:
Um representante do Ministério das Comunicações, a quem caberá presidi-lo;
Um representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações;
Um representante do Ministério da Economia;
Um representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
Um representante do Ministério da Educação;
Um representante do Ministério da Saúde;
Um representante da Anatel;
Dois representantes das prestadoras de serviços de telecomunicações, dos quais um represente as prestadoras de pequeno porte; e
Três representantes da sociedade civil.

O Conselho ficará vinculado ao Ministério das Comunicações.

Fonte: Teletime News de 19 de novembro de 2020, por Marcos Urupá.

Fust: um erro de 20 anos

Parece inacreditável, mas apenas nesta quinta-feira, 19 de novembro de 2020, o Brasil saiu da era da telefonia fixa analógica e entrou na era digital. Pelo menos do ponto de vista do que deveria ser o principal instrumento de políticas públicas, o Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações, o Fust. Levamos exatamente 20 anos, três meses e dois dias para corrigir uma das maiores barbeiragens legislativas já cometidas no setor, o que, aliado ao fundamentalismo burocrático e à falta de vontade política dos diversos governos que vieram desde então, criou uma aberração de R$ 22 bilhões de recursos que poderiam ter ajudado a corrigir um pouco as disparidades que ainda existem no acesso à conectividade. Sem dúvida, um retrato do que é a burocracia no Brasil.

O Senado aprovou neste dia 19 de novembro de 2020 o PL 172/2020, a primeira mudança significativa na Lei do Fust, sancionada em 17 de agosto de 2000. Na verdade, houve uma outra pequena alteração em 2019, de natureza tributária. Mas, no mérito, o que aconteceu nesta quinta, 19, foi de fato histórico, e abre a possibilidade para que finalmente os recursos recolhidos do setor de telecomunicações possam ser reinvestidos em políticas de expansão e uso dos diferentes serviços. Qualquer um dos serviços, e não apenas STFC.

Mas por que isso não acontecia antes? por conta do emprego da palavra "universalização", que para fins legais só se aplica a serviços prestados em regime público. A lei original do Fust repetiu e reforçou o equívoco da Lei Geral de Telecomunicações ao dizer que o Fust só poderia ser utilizado a "cobrir a parcela de custo exclusivamente atribuível ao cumprimento das obrigações de universalização de serviços de telecomunicações". Como o único serviço prestado em regime pública era, e ainda é, a telefonia fixa, só as concessionárias de telefonia fixa poderiam, por esta leitura, executar as políticas públicas com recursos do fundo. Diante desta terminologia adotada, e ainda que a sua lei original fale muitas vezes, e claramente, no uso para "serviços de redes digitais de informação", e que a expansão do acesso à Internet também seja claramente um dos objetivos da lei original, conforme sua exposição de motivos, o Fust nunca foi utilizado. A confusão entre o que seria serviço público e o que seria serviço privado, e as consequências do enquadramento de um lado ou do outro, travaram por duas décadas qualquer iniciativa de destravar o uso dos recursos.

A terminologia infeliz foi uma das causas. Mas também pesou a vontade política. Já em 2003 se pensava em uma alternativa de serviço público de acesso à Internet, algo que ficou em discussão por anos e foi inclusive minutado em consulta pública pela Anatel (chamava-se Serviço de Comunicação Digital, ou SCD), mas nunca se viabilizou por conta das obrigações de continuidade, reversibilidade de rede e controle tarifários exigidos na Lei Geral de Telecomunicações. As empresas não queria saber de encarar uma outra concessão de telecomunicações, e o governo não conseguiu adotar uma solução que passasse por um serviço privado.

De qualquer forma, o projeto original que alteraria a redação da Lei do Fust, apresentado em 2007 pelo então senador Aloízio Mercadante, ficou tramitando por 13 anos no Congresso sem ser aprovado. Alguém certamente não queria que os recursos arrecadados fossem gastos.

A mudança na Lei do Fust, que agora poderá ser aplicado em "políticas governamentais de telecomunicações", é uma notícia extremamente significativa, mas é apenas um tardio primeiro passo. Caberá agora ao conselho gestor do Fust definir os projetos e brigar para que haja previsão no orçamento para os recursos. O valor arrecadado até hoje, de mais de R$ 22 bilhões, é significativo, mas muita gente acredita que este saldo está fora do alcance de qualquer execução, e que mais simples será trabalhar com um orçamento anual restrito à arrecadação no ano. Equalizar esta questão será uma missão para o Ministério das Comunicações e do conselho, mas finalmente existe a perspectiva de que políticas públicas setoriais possam os recursos setoriais arrecadados para este fim.

O importante é que filigranas burocráticas e falta de vontade política, precisamente as razões que fizeram com que o Fust passasse duas décadas no limbo, não signifiquem mais duas décadas para que os projetos saiam do papel.

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Em tempo, também deve ser comemorada a aprovação de isenção de fundos e contribuições setoriais sobre aplicações de IoT. Fica agora a expectativa de que em 2021 o Congresso possa fazer os ajustes necessários ao Fistel para a nova realidade dos serviços de banda larga via satélite, e reforme a Lei do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), que perdeu completamente o sentido e precisa urgentemente ser revista.

Fonte: Teletime News de 19 de novembro de 2020, por Samuel Possebon.

Segue para sanção presidencial desoneração de dispositivos de IoT

A desoneração de dispositivos de Internet da Coisas (IoT) e máquina-a-máquina (M2M) foi aprovada pelo Senado Federal nesta quinta-feira, 19. Estes equipamentos ficam agora sem a tributação de Condecine, CFRP e Fistel. De autoria do deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), o PL 6.649/2019 no Senado foi relatado pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF). O texto aprovado agora segue para sanção presidencial.

Segundo Izalci Lucas, cada dispositivo conectado, por mais simples que seja é considerado, pela atual legislação vigente, como uma estação de telecomunicações e, por isso, são taxadas assim. "Entretanto, exatamente pela simplicidade dos dispositivos M2M, a tendência é de que, em cada residência, haja diversos desses equipamentos: dezenas, talvez centenas deles. Por essa razão, manter o atual modelo de tributação para os sistemas M2M torna-se extremamente oneroso e inviabiliza o desenvolvimento dessa tecnologia", diz Lucas no seu relatório.

Sobre a desoneração de Condecine destes dispositivos, Izalci Lucas lembra que a incidência da contribuição tem como fato gerador a prestação de serviços que se utilizem de meios que possam, efetiva ou potencialmente, distribuir conteúdos audiovisuais, conforme previsto na legislação. "Ocorre que os dispositivos M2M não são capazes de distribuir conteúdo audiovisual. Logo, não se configura o fato gerador para a cobrança da Condecine, não sendo possível se alegar eventual perda de arrecadação", aponta o senador.

O não pagamento de Fistel por esses dispositivos se faz necessário porque historicamente, apenas cerca de 10% da arrecadação das taxas de fiscalização das telecomunicações tem sido efetivamente aplicada em sua finalidade específica, lembra Izalci. "O restante, cerca de 90%, transformou-se em fonte para pagamento do serviço da dívida ou foi redirecionada para outras aplicações. Assim, há indiscutível superávit arrecadatório", defende o senador do DF.

Sem licenciamento prévio

Outro ponto que o projeto de lei aprovado pelo Senado nesta quinta-feira também garante é a não exigência de licenciamento prévio para o funcionamento desses dispositivos. "O cadastro com finalidade técnica para dispositivos M2M, contudo, não se mostra necessário, pois essas estações utilizam frequências e serviços de telecomunicações existentes, para os quais o órgão regulador já expediu regulamentação. Nesse sentido, não é necessária autorização prévia para o seu funcionamento", diz Izalci.

O senador finaliza o relatório dizendo que a Internet das Coisas deverá ser ainda mais impactante para a economia do que foi a introdução da telefonia móvel celular, "que transformou a maneira como as pessoas se comunicam diariamente. É preferível que sigamos na linha sugerida pelo PL no 6.459, de 2019, que, ao instrumentalizar o crescimento da produtividade e do próprio produto nacional, propõe uma solução efetiva para a questão tributária e técnica".

Fonte:Teletime News de 19 de novembro de 2020, por Marcos Urupá.

Um ano depois vender a Highline, Pátria agora quer o mercado wireless

O ex-controlador da Highline Brasil, o Pátria Investimentos, criou uma provedora de soluções de infraestrutura wireless no País. Batizada de Winity, a empresa tem foco em ativos de rede celular, sistemas de cobertura indoor e "novas tecnologias de conectividade móvel". Para tanto, a companhia pretende investir mais de R$ 3 bilhões "nos próximos anos".

O capital vem do montante de R$ 10 bilhões recentemente captados do Fundo Pátria Infraestrutura IV, que a empresa alega ser o maior fundo do setor para a América Latina. A ideia é capturar a demanda por expansão de infraestrutura de suporte à implantação de tecnologia 4G e 5G e por consumo de dados.

No comunicado divulgado nesta quinta-feira, 19, a companhia não informou, contudo, como será essa estratégia: se por meio de infraestrutura passiva, como torres, ou se há intenção de entrar no atacado com aquisição de espectro. Mas é um retorno ao foco em telecomunicações para o Pátria. A empresa controlava a Highline (que ainda consta como se fosse um ativo no site da investidora) com a joint-venture com o Grupo Promon, a P2 Brasil. Recentemente, houve uma tendência de saída: o Pátria detinha um portfólio de torres, que foi vendido para a SBA em 2017, antes que a própria Highline fosse vendida para a Digital Colony em 2019. 

Segundo apuração do jornal Valor Econômico nesta quinta-feira, a Winity já estaria nascendo com um contrato de torres com a TIM. TELETIME procurou tanto a operadora quanto o Pátria, mas, até o fechamento desta matéria, não foi possível confirmar a informação ou entender a estratégia por trás do anúncio.

Sinergias

Quem vai comandar a Winity é Sergio Bekeierman, que foi diretor do braço de infraestrutura do Pátria e teve passagem pela Highline e pela Vogel Telecom. Esta última é uma operadora voltada ao mercado de atacado controlada pelo Pátria, que tem ainda entre os ativos de infraestrutura no Brasil a plataforma de data centers ODATA (também com atuação na Colômbia e no México). 

Porém, cada uma dessas empresas tem um "dono" diferente: no caso da Winity, é o Fundo Pátria Infraestrutura IV. Já a Vogel Telecom, seria do Fundo 2, e a ODATA, do Fundo 3. Por conta disso, não necessariamente haveria sinergias entre essas empresas.

O Pátria, por sua vez, tem parceria com o poderoso grupo de investimentos norte-americano Blackstone. 

Contexto

"Enxergamos um alto potencial de crescimento para o setor nos próximos anos em razão do cenário de transformação digital e, particularmente, com o desenvolvimento da tecnologia 5G, que demandará das empresas a capacidade de desenvolver novas soluções de infraestrutura wireless", declarou no comunicado o sócio do Pátria, Felipe Pinto.

O anúncio do grupo de investimentos acontece em um momento em que há uma discussão de alterações regulatórias para modificar as regras do mercado de atacado no Brasil. A Lei das Antenas foi regulamentada recentemente por decreto com a inclusão do silêncio positivo e direito de passagem. Por sua vez, a Anatel encerrou nesta semana consulta pública na qual propõe a regulação das redes neutras, incluindo com possibilidade de redes móveis.

Além disso, o mercado secundário de espectro foi incluso no decreto que regulamentou o novo modelo de telecomunicações, a Lei nº 13.879/2019. O próprio leilão do 5G (e a demanda de adensamento de sites) e perspectivas de um mercado em consolidação com a venda da Oi Móvel poderiam também motivar o Pátria a voltar a esse mercado.

Fonte: Teletime News de 19 de novembro de 2020, por Bruno do Amaral.

Anatel precisa de 'caminho limpo' para evitar judicialização com banda C, diz Baigorri

A posição do governo brasileiro em relação à cibersegurança trará impacto no leilão de 5G da Anatel. O conselheiro Carlos Baigorri, que foi recentemente escolhido relator da proposta, afirmou que as definições de segurança a respeito da presença ou impedimento da Huawei e outros fornecedores chineses deverão afetar o certame. E, ao falar da banda C e a faixa de 3,5 GHz para o certame, afirmou que a agência precisa seguir um "caminho limpo" para evitar judicialização. 

"Nós na Anatel temos que discutir com todos os stakeholders para achar um caminho limpo pelo qual a gente possa seguir. Se tentar seguir um caminho que não seja limpo, vamos assumir riscos e pode ser que o edital do leilão de 5G acabe sendo travado em qualquer tribunal no Brasil", declarou Baigorri durante live The Latam Telecom Agenda: Innovation & Connectivity, da Berkley Global Society (BGS), nesta quarta-feira, 19.

Vale lembrar que a proposta da área técnica para a minuta do edital do leilão é, conforme antecipou este noticiário, a de efetuar a migração dos serviços de banda C para a banda Ku, liberando assim o espectro de 3,5 GHz sem a necessidade de lidar com possíveis problemas de interferência. É, no entanto, um caminho considerado mais caro pelas teles.

Segurança

Baigorri ressaltou ainda o que o governo Jair Bolsonaro tem reiterado: a decisão sobre a Huawei cabe à presidência da República. "Estamos esperando a discussão, e essa decisão é algo que claramente vai afetar todo o modelo do leilão de 5G", afirmou. Ele também afirmou que a instrução normativa de cibersegurança do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também é algo "que temos que levar em consideração", com a perspectiva de segurança nacional. 

Projetos

Carlos Baigorri confirmou a informação dada pelo superintendente Nilo Pasquali mais cedo, em outro evento online, que a Anatel está trabalhando em dois projetos relacionados à regulamentação de segurança: um de certificação de equipamentos e outro de políticas de infraestrutura crítica. "Ambos estão para ter as propostas finais aprovadas", afirmou.

Fonte: Teletime News de 18 de novembro de 2020, por Bruno do Amaral.

Artur Coimbra é oficializado como titular da Secretaria de Telecomunicações do Minicom

Artur Coimbra foi oficializado como secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações nesta quarta-feira, 18. Coimbra já atuava como titular da área desde a nomeação de Vitor Menezes para a secretaria-executiva do ministério. Antes, Artur foi diretor de Banda Larga e do Departamento de Aprimoramento do Ambiente de Investimentos em Telecomunicações da pasta.

Junto com a nomeação de Artur Coimbra para a Setel, também foi publicada na Portaria a exoneração de Miriam Wimmer do cargo de diretora do Departamento de Políticas para Telecomunicações e Acompanhamento Regulatório do Minicom.

Após ter sido sabatinada pela Comissão de Infraestrutura do Senado, Wimmer foi nomeada diretora da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) no começo de novembro.

Fonte: Teletime News de 18 de novembro de 2020, por Marcos Urupá.

Proposta de fórum de segurança para operadoras está no conselho da Anatel

A área técnica da Anatel já encaminhou ao conselho uma proposta para tratar do tema de cibersegurança. Contudo, a questão não é apenas para tratar de conceitos básicos de segurança, mas a da criação de um fórum de cooperação para as prestadoras grandes e pequenas trocarem experiências e melhores práticas. Segundo o superintendente de Planejamento e Regulamentação da Anatel, Nilo Pasquali, o projeto deve ser apreciado em breve. "Esperamos que até o final do ano possamos ter o escopo da regulação setorial nessa temática", disse ele durante evento e-Fórum 5G mmWave nesta quarta-feira, 18.

Pasquali não citou diretamente a questão da proibição ou não da Huawei no 5G, mas mencionou que o projeto de segurança "ganhou aspectos maiores" por conta de "discussões muito grandes em relação a isso". São dois projetos: um que trata de requisitos mínimos de nível de segurança em equipamentos em certificação, e um envolvendo o processo de prestação de serviço. 

"O que estamos discutindo tem muito mais a ver com a criação de um ambiente cooperativo das prestadoras do que obrigações e requisitos", afirma, citando ainda "níveis de recomendações e protocolos mínimos". A ideia é criar um fórum que agregue as operadoras para disseminação de melhores práticas, criando um ambiente de troca de informações e de incidentes.

O entendimento da Anatel é que já há algum tipo de cooperação entre as grandes operadoras, mas o mesmo não acontece com os pequenos provedores. "Hoje acontece de forma mais desagregada. O objetivo é dar uma coordenação melhor." Até porque, justifica Pasquali, a segurança precisa ser um tema mais abrangente. "Não adianta ter muita segurança nas grandes, e isso ser frágil nas menores."
Certificação

Em outro evento, o conselheiro da agência Carlos Baigorri explicou que o regulamento para certificações de equipamentos resolve a necessidade de se considerar a segurança no processo de homologação. "Até hoje não tínhamos nenhuma regulação do tipo", declarou, confirmando que há a expectativa de aprovação "nos próximos meses". 

Outro projeto mencionado pelo conselheiro é o Regulamento de Segurança Cibernética e Comunicações de Emergência. Segundo o Baigorri, o foco não é só em fornecedores, mas também em provedores e nas políticas de segurança para a infraestrutura crítica.

Fonte: Teletime News de 18 de novembro de 2020, por Bruno do Amaral.

Consulta traz apoio à ideia de sandbox regulatório

Uma das novidades colocadas pela Anatel na Consulta Pública 65, encerrada esta semana e que serviu para a tomada de subsídios para atualização regulatória, é a ideia de criar o modelo de "sandbox" no Brasil. Trata-se de um conceito regulatório moderno que permite a reguladores e atores de mercado testar soluções regulatórias e modelos de negócio inovadores com regras mais flexíveis e temporárias, permitindo um ambiente de maior liberdade de relações entre setor público, privado e consumidores.

A ideia recebeu apoio de diferentes entidades que comentaram. Chama a atenção por exemplo a manifestação favorável a este modelo de inovação regulatória por parte dos radiodifusores. Abert, SET e Globo fizeram contribuições na mesma linha, lembrando que ainda que a CP 45 tenha como foco regulação de telecomunicações, o modelo de sandbox seria bem-vindo para a radiodifusão, que tem regulamentação específica mas que, conforme as entidades, também passa pelo imperativo de uma modernização em seus modelos de negócio e regras setoriais. Os radiodifusores só pedem que haja cuidado para questões de interferência e solicitam a coordenação destes "laboratórios regulatórios" com o Ministério Das Comunicações, que regula o setor de rádio e TV.

Fomento

No entendimento da Camara-e.net, a Anatel deveria permitir um regime de sandbox regulatório não apenas para "conter intervenções ex-ante apressadas e descalibradas, mas também como medida de fomento para o desenvolvimento de novas tecnologias e modelos de negócio". 

A abordagem colaborativa e a participação da comunidade são bem-vindas, afirma a entidade, assim como incentivos para investimento em negócios inovadores, como incentivos fiscais, meios de financiamento e garantias de segurança jurídica. Mas argumento que precisa ter flexibilidade para eventuais correções de projetos. A duração do projeto poderia ser ampliada de dois anos no total (12 meses prorrogáveis por igual período) para quatro anos.

De acordo com a representante de empresas digitais, a Anatel deve estudar a criação de feriado regulatório após o vencimento do sandbox para dar um período de exclusividade para o desenvolvedor do projeto; estipular taxas e encargos a serem aplicados ao término do sandbox para evitar surpresas; edição de atos administrativos necessários à implantação do projeto sem óbices regulatórios após o término do prazo; e definição clara sobre possibilidades e restrições aplicáveis a investidores e desenvolvedores de projetos após o término do projeto para possibilidade de alienar, desinvestir ou transferir.

Fonte: Teltime News de 18 de novembro de 2020, por Samuel Possebon e Bruno do Amaral.

LGPD é a garantia da entrada do Brasil na economia digital

Em sua primeira participação em eventos como diretora da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), Miriam Wimmer manifestou entendimento que a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é de suma importância para garantir a entrada do Brasil na economia digital global.

Wimmer aponta que a LGPD se torna chave para o Brasil porque o comercio internacional se pauta pelas formas de como os países estão seguindo parâmetros internacionais de proteção de dados. "Antes da LGPD, o Marco Civil da Internet (MCI) trazia apenas um elemento para o tratamento de dados. Além disso, a LGPD nos aproxima da União Europeia e de países da América do Sul, como a Argentina", disse Wimmer no primeiro dia do 34º Seminário Internacional da ABDTIC nesta segunda-feira, 16.

Além disso, aponta a diretora da ANPD, o empenho do Brasil em ingressar na OCDE é outro elemento que ajuda também a uma visão de que a lei de proteção de dados brasileira não restringe o comercio internacional, porque um dos aspectos analisados pela entidade é justamente como os países tratam seus dados, e isso envolve a criação de legislações que garantam tais aspectos.

"De fato a LGPD institui uma sistemática moderna de proteção de dados. Ela traz uma tentativa de trazer um regime corregulatório, a partir da lógica de construção de accountability e, ao mesmo tempo que protege os dados dos indivíduos, também reconhece que esses dados são insumos para negócios", aponta Miriam.

Transferência internacional de dados

Miriam Wimmer reconhece que é preciso tratar do tema de transferência internacional de proteção de dados urgentemente. "Estamos em fase de reestruturação da ANPD. Mas já estamos em processo de engajamento com os inúmeros stakeholders do assunto e com diversos órgãos de governo", declarou.

Sobre o artigo da Lei Geral de Proteção de Dados que trata do assunto, a diretora da ANPD apontou que é importante ter uma interpretação dele que permita a transferência de dados de forma segura e com segurança jurídica para todos os interessados.

Fonte: Teletime News de 16 de novembro de 2020, por Marcos Urupá.

Criação da "super agência" será prioridade do Ministério das Comunicações em 2021

O Secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra, afirmou que a criação da "super agência" será uma das prioridades para o ministério no próximo ano. A recomendação de uma agência reguladora que abarque um modelo convergente de regulação foi da OCDE, em relatório divulgado no final de outubro.

Segundo Coimbra, a equipe do ministério está estudando o documento apresentado pela OCDE e uma série de conversas com diversos órgãos do governo já foram iniciadas. A ideia é mapear o prazo e condições para saber quando essa agência pode ser criada. Artur lembrou que esse modelo de agência que regula serviços convergentes é comum em muitos países. "A criação desta super agência será uma prioridade nossa em 2021 e com certeza exigirá uma reestruturação profunda na administração pública", afirmou o secretário de telecomunicações em evento organizado pelo site Tele.Síntese nesta sexta-feira, 13.

Discussão sobre a TV paga

Coimbra também disse que grupo criado recentemente para discutir a TV paga adota como referência as orientações da OCDE. "Isso não significa que vamos adotá-las imediatamente. Mas o que o grupo vai fazer é um mapeamento de questões para depois tomar alguma medida", disse.

A criação do grupo de trabalho destinada a elaborar estudos e uma proposta de atualização do marco jurídico do Serviço de Acesso Condicionado, ou simplesmente TV por assinatura, regido pela Lei do SeAC (Lei 12.485/2011) aconteceu na última quarta-feira, 11, por meio de Portaria do Ministério das Comunicações.

A coordenação do GT será da Secretaria de Telecomunicações e terá ainda representantes das secretarias executiva e de radiodifusão do ministério, assim como da área jurídica. A Anatel também foi incluída no grupo, mas a Ancine, vinculada à secretaria especial de cultura, não é citada na portaria. Ele já havia esclarecido a este noticiário, na ocasião da publicação da portaria, que a Ancine não foi citada no documento porque não são mais permitidos grupos interministeriais criados por portaria, mas a agência do audiovisual será convidada a participar das discussões. O prazo para a apresentação da conclusão dos trabalhos é de 90 dias.

Fonte: Teletime News de 13 de novembro de 2020, por Marcos Urupá.

Oi espera fechar negociação de dívida de R$ 13,9 bi com Anatel ainda em 2020

A Oi espera fechar ainda este ano a negociação com a dívida com a Anatel e a Advocacia-Geral da União (AGU). Na assembleia geral de credores (AGC) em setembro, foi decidido que o montante de R$ 13,9 bilhões com a agência seria equacionado na forma da Lei nº 13.988/2020, que ofereceu melhores condições para a empresa. E agora, esse processo está em fase final.

"Estamos bem avançados no processo", declarou o presidente da Oi, Rodrigo Abreu, em teleconferência de resultados financeiros do terceiro trimestre nesta sexta-feira, 13. "A expectativa é de assinar muito em breve, e seguir com as demais negociações. Já discutimos com a AGU, a Anatel e o ministro [das Comunicações, Fábio Faria], e acreditamos que não terá nenhum problema; esperamos que seja assinado neste ano."

PL 4.458

Mas há uma outra possibilidade de melhora de condições, caso a atualização da Lei das Falências, o PL 4.458/2020, seja aprovado. O projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados (como PL 6.229/2005) em agosto e atualmente está no Plenário do Senado, onde estão sendo discutidas emendas.

Rodrigo Abreu comenta que um novo relatório do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) apontou alguns pontos a serem revisados, mas que "todo mundo acredita que é importante aprovar este ano, pois a pandemia fez crescer a quantidade de companhias em recuperação". De acordo com a Agência Senado, o relator afirmou que deve apresentar o texto na próxima semana.

Abreu coloca que o PL é positivo também para a Oi, ainda que a expectativa da empresa seja de encerrar a Recuperação Judicial em outubro de 2021. "Ele traz a possibilidade de migrar nossa transação existente com a Anatel para condições mais favoráveis. Os créditos da Anatel saíram do PL 13.988 com 84 meses. Com a nova condição, se for possível, vamos aumentar o desconto para 70% do valor total, e aumentar o prazo de pagamento para 124 meses."

Fonte: Teletime News de 13 de novembro de 2020, por Bruno do Amaral.

Venda da Oi Móvel permitirá acelerar mais investimento para fibra

Com a venda da unidade móvel (potencialmente para o consórcio Claro, TIM e Vivo) em dezembro, a Oi deverá poder passar a concentrar ainda mais os investimentos em fibra. No terceiro trimestre, a companhia já dedicou 69% do Capex de R$ 2,005 bilhões para esse tipo de infraestrutura, mas ainda é necessário considerar a operação móvel, que continua representando 13% do montante.

Contudo, durante teleconferência de resultados financeiros nesta sexta-feira, 13, o presidente da Oi, Rodrigo Abreu, disse que a estratégia poderá se adequar uma vez que a venda da Oi Móvel vire realidade. "Se tudo seguir certo na Móvel, no ano seguinte será diferente. Claro que continuaremos a investir [na Móvel] porque precisamos ter performance, mas não vamos ficar preocupados com investimentos de longo prazo. E isso vai permitir migrar mais do Capex para a fibra", declarou. 

Abreu destaca que a alocação dos investimentos já tem sido maior para a fibra a cada ano, e é natural que isso seja dedicado para uma preparação para a separação industrial da InfraCo em 2021. O mix do Capex para os nove meses de 2020 já foi de 72% para a fibra, contra 52% em todo o ano de 2019.

A Oi já configura internamente a destinação do Capex como se a unidade fosse independente. A ideia é que a companhia tenha um processo mais rápido na venda desse ativo, que resultará em 51% (ou seja, o controle) da unidade de fibra. A expectativa continua sendo a conclusão para o primeiro trimestre de 2021, embora a operadora ainda não tenha revelado quando começará a receber propostas vinculantes. Em entrevista à Agência Estado na quinta-feira, Abreu afirmou que espera receber essas ofertas no início do ano que vem. 
Eficiência

Rodrigo Abreu afirma ainda que a companhia têm procurado promover a melhora da eficiência desses investimentos atuais. "Comparado com 2019, já reduzimos significativamente os preços em instalação, OTNs e equipamentos. Isso permite avançar a implantação de fibra sem aumentar o Capex. E obviamente temos ganhos importantes de escala não só na implantação como um todo, mas também de base mesmo que temos", declara. 
5G

A empresa continua a afirmar ter interesse no leilão de 5G, sobretudo para uso de acesso fixo-móvel (FWA). Ao comentar a minuta do edital do encaminhada ao conselho da Anatel, conforme antecipado por TELETIME na quinta-feira, Abreu confirmou que ainda considera a participação. "Acreditamos que a abordagem do 5G é muito clara", afirmou. Ele voltou a destacar o potencial de utilizar o FWA para atender em locais onde o adensamento da fibra como última milha pode ter impeditivos maiores.

Fonte: Teletime News de 13 de novembro de 2020, por Bruno do Amaral.

Baigorri será o relator do edital de 5G

O conselheiro Carlos Baigorri será o relator do edital do leilão de 5G, que chegou esta semana ao conselho da Anatel. O sorteio foi realizado nesta quinta, 12. Será o primeiro processo de grande complexidade a ser relatado por Baigorri desde que assumiu definitivamente sua cadeira no conselho. Conforme antecipou este noticiário, o edital de 5G tem várias questões complexas ainda a serem decididas pelo conselho. Uma delas é se a agência adotará o modelo de mitigação das interferências do 5G na faixa de 3,5 GHz nas recepções de satélite, como querem as teles por conta dos custos menores, ou se adotará uma abordagem mais agressiva, indicando a migração dos serviços de banda C no satélite para a banda Ku, como propuseram os radiodifusores.

Outra decisão importante que ainda caberá ao conselho é como as operadoras de satélite serão indenizadas pela perda da faixa de 3,625 GHz a 3,700 GHz. A indicação da área técnica é que apenas os custos operacionais referentes à limpeza desta faixa sejam ressarcidos, e apenas para operadores de satélite com posições brasileiras. E há, é claro, a definição dos custos e contrapartidas exigidas dos vencedores do edital, questão central que ainda depende da análise do TCU, que fará esta análise assim que a Anatel concluir o texto definitivo. A expectativa é que o conselho diretor possa deliberar sobre o assunto ainda este ano ou no máximo em janeiro, mesmo que em convocação extraordinária, mas isso agora depende de como Baigorri conduzirá a sua relatoria.

Fonte: Teletime News de 12 de novembro de 2020, por Samuel Possebon.

Oposição quer que Itamaraty explique ação que pode banir Huawei do 5G

O deputado José Guimarães (PT-CE) apresentou nesta quarta-feira, 11, o Requerimento de Informações (RIC) 1.474/2020, em que solicita do Ministro das Relações Exteriores mais detalhes sobre a manifestação de apoio à iniciativa "Clean Network" do governo dos Estados Unidos na quarta-feira. A iniciativa americana visa banir a Huawei do fornecimento de equipamentos 5G para diversos países.

O parlamentar levanta preocupações sobre a disputa geopolítica que está acontecendo em torno da implementação do 5G no Brasil. "Aparentemente a iniciativa [Clean Network] visa a garantir a segurança das redes e a privacidade dos cidadãos, o que é um certo consenso numa sociedade que se diz democrática. Entretanto, sabe-se que em torno da Internet 5G se esconde uma disputa geopolítica entre Estados Unidos e China de grandes proporções", diz o parlamentar no requerimento.

Guimarães diz que é notório que a gigante chinesa Huawei detém a tecnologia do 5G, e que mesmo os EUA por anos investindo na evolução do 3G e 4G, aparentemente ainda não possuem o mesmo domínio da 5G que os orientais.

"Portanto, a iniciativa 'Clean Network', apesar de ter a aparente finalidade de 'segurança de informação', pode esconder o grande interesse dos Estados Unidos de impedir que países como o Brasil adquiram a tecnologia chinesa antes que os americanos estejam prontos para uma concorrência à altura", aponta o parlamentar.

Perguntas ao MRE

No requerimento, José Guimarães coloca uma série de perguntas ao Itamaraty. Vale notar, contudo, que algumas das questões inferem em uma direta participação da Huawei no leilão de 5G, mas quem participa do certame são apenas as operadoras, e não as fornecedoras. Contudo, a decisão de um eventual bloqueio à chinesa poderia estar atrelada à tecnologia, caso o governo edite uma norma específica a respeito.

O parlamentar quer saber do Ministério das Relações Exteriores:
Em que consiste a política "Clean Network" a que o governo brasileiro adere?
Qual é o alcance e finalidade desta iniciativa?
Quais outros países estão apoiando esta política?
A iniciativa visa a segurança da informação e privacidade dos cidadãos em relação a todas empresas, independentemente de sua proveniência, ou apenas às chinesas?
A adesão do Brasil considera interesses nacionais ou apenas se soma aos interesses geopolíticos dos EUA nessa disputa pelo 5G?
Quais os interesses brasileiros que foram primordialmente levados em consideração para participação do Brasil na "Clean Network"?
A adesão do Brasil a "Clean Network" poderá ter como consequência a exclusão da chinesa Huawei do leilão de 5G que o Brasil promoverá em 2021?
Considerando a exclusão das empresas chinesas do futuro leilão brasileiro, quais as alternativas que restam para o país nesta modalidade tecnológica?
Os Estados Unidos possuem a tecnologia da 5G? Qual será o impacto do apoio do Brasil a "Clean Network" com a relação bilateral do país com a China?

Fonte: Teletime News de 12 de novembro de 2020, por Marcos Urupá.

Edital de 5G chega ao conselho da Anatel

O edital de 5G chegou ao conselho diretor da Anatel esta semana. Há algumas mudanças importantes em relação ao texto colocado em consulta pública no começo do ano, como a divisão do espectro de 3,5 GHz, considerado o mais importante do leilão, em cinco blocos de 80 MHz, como já havia sido revelado pela Anatel. Mas as principais polêmicas do edital, agora definitivo, estão mesmo relacionadas ao setor de satélites. Tudo indica que a área técnica da Anatel não contemplou as principais reivindicações do setor, e caberá agora ao conselho arbitrar algumas questões mais críticas, como as regras de indenização para as operadoras de satélite que operam na banda C. 

Segundo apurou TELETIME, a possibilidade de que o edital seja pautado ainda este ano (as duas próximas reuniões serão dias 26 de novembro e 17 de dezembro) ou no começo de janeiro, em convocação extraordinária, existe e o esforço é nesse sentido, mas tudo dependerá do ritmo que o relator definir. Mas existe um entendimento preliminar entre os conselheiros de que os pontos mais críticos serão trabalhados "a dez mãos", para evitar alongar o processo e permitir uma aprovação unânime antes do texto final do edital ir ao TCU (que ainda terá até 150 dias para analisá-lo).

Confira algumas mudanças importantes em relação à consulta pública, se prevalecer o que foi sugerido pela área técnica e pela área jurídica da agência após as contribuições:
A agência deverá especificar que na faixa de 3,5 GHz deverão ser ativados serviços com tecnologia 5G. Pode parecer óbvio, já que o leilão é notadamente pensado no 5G, mas isso não estava explícito na consulta pública. Assim, em todas as cidades uma parte das frequências de 3,5 GHz deverá obrigatoriamente ser ativada com tecnologia 5G .
As obrigações de construção de rede podem ser flexibilizadas mediante aprovação prévia da Anatel, caso se constate algum tipo de dificuldade específica. As operadoras poderão também optar por começar a implantação dos serviços em cidades que tenham seguido as diretrizes da Lei das Antenas, mas todas as cidades precisarão ser atendidas em algum momento.
Foi mantida a regra de valoração, ou seja, o valor econômico das outorgas deverá ser revertido em investimentos de infraestrutura, assegurando a abordagem não arrecadatória do leilão. O que não quer dizer que o custo será baixo.
Os lotes regionais não foram fragmentados por estado ou áreas de numeração, ao contrário do que pediram algumas contribuições de provedores de pequeno porte. A tendência é sue sejam seguidas, aproximadamente, as divisões regionais do Brasil, como uma fragmentação maior apenas no Sudeste.

Fonte: Teletime News de 11 de novembro de 2020, por Samuel Possebon.

ANPD ainda precisa do conselho consultivo, mas critério de seleção é controverso

Alguns especialistas apontam que o método de escolha de parte dos membros do Conselho Nacional de Proteção de Dados (CNPD), órgão consultivo e de participação da sociedade que integra a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), não foi a melhor maneira de garantir diversidade e representatividade no colegiado.

Pelo Decreto publicado em agosto, a escolha dos representantes da sociedade civil; instituições científicas; confederações sindicais representativas das categorias econômicas do setor produtivo; das entidades representativas do setor empresarial da área de tratamento de dados pessoais e das entidades representativas do setor laboral será feita mediante uma listra tríplice elaborada pela diretoria da ANPD, que recentemente nomeada. A lista tríplice será montada a partir das indicações enviadas para o conselho diretor.

Segundo Fabrício Mota, indicado pelo Senado ao Conselho Consultivo da ANPD, o método não foi apropriado. "Devemos ficar de olho de como se procederá a escolha desses representantes do Conselho Consultivo. Não foi adequado atribuir ao Conselho Diretor a tarefa de montar essa lista", disse o especialista em live organizada pela Coalizão Direitos na Rede (CDR) na tarde desta quarta-feira, 11.

Outro aspecto levantado por Mota é a quantidade de vagas para o setor público. "Ao todo, temos 10 vagas destinadas para representantes do setor público. Acho muita coisa", disse.

Danilo Doneda, outro especialista indicado para representar a Câmara dos Deputados no CNPD, diz que a escolha dos membros da sociedade civil pelo Conselho Diretor da ANPD denota um grau de burocratização e facilita para que eventuais tendências sejam aplicadas nessa escolha. Além disso, Doneda destaca que conselho pode ser facilmente ser dirigido pela Casa Civil, já que a prerrogativa de exercer a sua presidência é deste órgão.

Melhor aproveitamento

Outro aspecto levantado pelos especialistas é sobre o papel do Conselho Consultivo. "Tenho certeza de que ele será muito qualificado. Não tenho dúvidas de que teremos representações de alto grau de conhecimento da área", aponta Fabricio Mota, que ressalta, contudo, que a LGPD não atribui grandes responsabilidades ao colegiado. Ainda assim, ele acredita que o conselho será de suma importância para a proteção de dados no Brasil. Já Doneda lembrou que o CNPD é um órgão representativo da sociedade. "O Conselho Diretor não precisa representar ninguém. Se o CNPD for utilizado com sabedoria, pode ajudar a encaminhar uma série de demandas vindas da sociedade", finalizou.

Em setembro, a Coalizão Direitos na Rede emitiu uma nota em que mostra os problemas existentes no método de escolha dos representantes do CNPD e no Decreto 10.474/2020, que apresenta a estruturação da ANPD.

Fonte: Teletime News de 11 de novembro de 2020, por Marcos Urupá.

Ministério das Comunicações cria grupo para rever marco legal da TV por assinatura

O Ministério das Comunicações criou nesta quarta, 11, um grupo de trabalho destinado a elaborar estudos e uma proposta de atualização do marco jurídico do Serviço de Acesso Condicionado, ou simplesmente TV por assinatura, regido pela Lei do SeAC (Lei 12.485/2011). O grupo, criado pela Portaria 1.277/2020, deverá apresentar proposta de atualização do marco jurídico-regulatório referente aos mercados de produção, programação, empacotamento e distribuição de conteúdo audiovisual com base nas recomendações feitas pela OCDE. A entidade apresentou na semana passada seu relatório referente ao mercado de telecomunicações e radiodifusão e indicou a necessidade de reforma na legislação do SeAC assim como a unificação da atividade regulatória, hoje dividida entre Ancine e Anatel.

O grupo de trabalho criado será coordenado pela secretaria de telecomunicações do Ministério das Comunicações e terá ainda representantes das secretarias executiva e de radiodifusão do ministério, assim como da área jurídica. A Anatel também foi incluída no grupo, mas a Ancine, vinculada à secretaria especial de cultura, não é citada na portaria. O prazo para a apresentação da conclusão dos trabalhos é de 90 dias. 
Ancine convidada

Segundo informa Artur Coimbra, secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, a Ancine ou a secretaria de cultura não integram o grupo de trabalho apenas por uma questão burocrática: não é mais possível criar GTs interministeriais apenas por portaria. Contudo, segundo Coimbra, os órgãos, que regulam o mercado de produção e programação, serão sim convidados a participar das discussões.

Fonte: Teletime News de 11 de novembro de 2020, por Samuel Possebon.

Amapá: cerca de 30% da rede móvel está desligada por falta de energia

Cerca de 30% das antenas celulares no Amapá estão fora de operação em razão da falta de energia no estado. A proporção varia de 20% a 35%, dependendo da operadora, informa o superintendente de controle de obrigações da Anatel, Gustavo Borges, em conversa com Mobile Time. A situação já foi pior: logo nos primeiros dias de blackout, mais de 70% das ERBs ficaram sem funcionar.

O impacto sobre a população está sendo minimizado por uma série de medidas tomadas pelo setor de telecom, principalmente a abertura do roaming gratuito entre as redes móveis, permitindo que os usuários realizem chamadas por qualquer operadora quando o sinal da sua não estiver disponível. Borges recorda que a mesma solução foi adotada em Brumadinho/MG, quando do rompimento da barragem da Vale.

São poucas as antenas que contam com geradores de energia, chamados de "grupo motor gerador (GMG)". Estes geralmente estão instalados nas antenas consideradas prioritárias, seja pela localização ou pelo volume de tráfego. Os geradores são alimentados principalmente com diesel e estão sendo recorrentemente abastecidos pelas operadoras neste período de falta de eletricidade no Amapá.

Além disso, todas as ERBs são dotadas de baterias, que conseguem segurar a operação por algo entre seis e oito horas. Na medida do possível, as teles estão trabalhando na recarga e na troca dessas baterias na rede do Amapá para mantê-la em funcionamento.

"Quando cai a luz por por poucas horas, em qualquer lugar, o celular continua funcionando porque as baterias sustentam a operação da rede. Mas quando se trata de uma interrupção de 24 horas ou mais, não tem bateria que aguente. E não é possível manter um GMG em todas as antenas porque seria caro demais", explica Borges.

Ele destaca que a Anatel participa do comitê local que gerencia a crise e conseguiu com que o abastecimento de diesel para os geradores de energia das redes de telecom fosse considerado prioritário no estado. Há também um pleito da Anatel para que a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) não inclua as operadoras de telecom no rodízio de energia recém-implementado agora que a distribuição de eletricidade começa a voltar em alguns municípios.

"A Anatel tem procedimentos para a gestão de risco de infraestruturas críticas. Sabemos as estações em cada estado, de cada operadora e para cada serviço. Fazemos um trabalho de prevenção, mas eventualmente acontecem emergências, para as quais temos um protocolo de reação. Abrimos um gabinete de crise para a Anatel coordenar um esforço junto com as operadoras", descreve o superintendente do órgão regulador.

Poucas reclamações até agora

A Anatel informa que não houve nenhum pico de reclamações diárias sobre serviços de telefonia móvel no Amapá na primeira semana de novembro. Ao contrário, considerando o período de 1 a 7 de novembro houve uma queda na quantidade de queixas em comparação com a média semanal desde setembro.

A superintendente de relações com os consumidores da Anatel, Elisa Leonel, pondera, contudo, que o número de reclamações talvez não seja um bom termômetro da situação. "As pessoas estão com problemas muito graves e talvez nem tenham meios para reclamar e exercer direitos nesse momento", comenta.

Extensão da rede

Existem 285 ERBs no Amapá, das quais 202 estão concentradas na capital, Macapá, e 41, no município de Santana, em sua região metropolitana, de acordo com dados do Teleco.

Fonte: Teletime News de 11 de novembro de 2020, por Fernando Paiva.