A Vrio aposta na "subscription fatigue" para o crescimento do serviço DirecTV Go no Brasil. Para Gustavo Fonseca, vice-presidente do segmento OTT da Vrio, empresa responsável pela DirecTV e Sky na América Latina, o consumidor está cansando do excesso de assinaturas. "O cliente lá na ponta, com milhões de outras preocupações, busca um agregador que tenha tudo do que ele gosta", disse o executivo no Streaming Brasil 2021, realizado por TELA VIVA e TELETIME nestas segunda e terça, 26 e 27.
A plataforma de streaming funciona como uma operação tradicional de TV por assinatura, mudando apenas a tecnologia de distribuição. Os conteúdos estão todos agregados dentro da plataforma, incluindo os conteúdos sob demanda de players que contam com serviços próprios OTT, como Telecine, com o Telecine Play; HBO, com o HBO Go; e canais Globo, com o Globoplay.
Segundo ele, o serviço lançado no fim do ano passado no Brasil, e que já chega a 8 países da América Latina, procura unir o hábito de consumo linear do consumidor à onda do streaming. O DirecTV Go está no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru e Uruguai. Ao mesmo tempo, se beneficia da crescente penetração do serviço de banda larga no país, sobretudo o serviço através dos Internet Service Providers, os ISPs, que, na sua maioria, ainda não contam com um combo com TV por assinatura. São cerca de 36 milhões contratos de banda larga no Brasil.
Regional vs. local
Fonseca conta que a empresa optou ter uma plataforma tecnológica panregional, pela escalabilidade, deixando para atender as peculiaridades dos países através do conteúdo. "Temos que escolher e agregar os conteúdos que são mais relevantes para o assinante no final. Nenhuma plataforma vai ter tudo", diz.
Segundo ele, no lado hispânico da região, a DirecTV Go conta com dois canais próprios, sendo um de esportes. "Há determinados conteúdos fora do Brasil que podem fazer sentido aqui. Vamos trazendo aos poucos, em parceria com a Sky", conta. Sobre a possibilidade de produzir conteúdos exclusivos localmente, diz que não há planos de produção em escala. "No futuro, quem sabe".
Fonte: Teletime News de 26 de abril de 2021, por Fernando Lauterjung.
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