A Oi voltou a queimar mais caixa em fevereiro, segundo relatório financeiro mensal divulgado na noite da quinta-feira, 15, pelo Escritório de Advocacia Arnoldo Wald, administrador judicial da operadora.
A geração de caixa operacional líquida voltou a ser negativa, encerrando o mês com R$ 970 milhões. Foi uma redução de R$ 452 milhões em comparação com janeiro. A saída de caixa foi de R$ 450 milhões, por conta de pagamento de juros semestrais de bonds qualificados conforme o plano da recuperação judicial.
Com isso, o saldo final do caixa financeiro teve redução de R$ 1,407 bilhão, encerrando fevereiro com R$ 1,852 bilhão. Segundo a Oi, isso está relacionado a pagamentos no âmbito da RJ, além da saída de caixa dos juros de bonds.Oi tem geração de caixa negativa de R$ 517 milhões em janeiro
"A administração afirma ainda que esta queda no saldo final do caixa financeiro não compromete a execução do plano estratégico de aceleração dos investimentos, principalmente em fibra óptica", diz o relatório. A Oi ainda lembrou que em março recebeu o valor total de R$ 1,112 bilhão pela venda da UPI de Torres para a Highline, o que certamente deverá ajudar a compensar essa redução do saldo final de caixa.
Variações
Os investimentos foram de R$ 274 milhões, R$ 17 milhões a menos do que em janeiro. Vale notar que a Oi Móvel teve investimento reduzido em R$ 58 milhões, totalizando R$ 56 milhões, enquanto a Telemar mostrou aumento de R$ 54 milhões, total de R$ 167 milhões.
A companhia aumentou os recebimentos em R$ 137 milhões, totalizando R$ 1,969 bilhão. A companhia teve redução em serviços de rede (R$ 22 milhões) e em dealers (R$ 51 milhões). Segundo a Oi, a variação negativa foi por conta de fevereiro ter um dia útil a menos.
Já a rubrica pagamentos avançou R$ 572 milhões, com um total de R$ 2,665 bilhões. Duas razões foram aumento de pagamento a fornecedores de materiais e serviços de manutenção, e por conta da pagamentos de depósitos judiciais, contingências e mediação/fornecedores.
Fonte: Teletime News de 16 de abril de 2021, por Bruno do Amaral.
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