Pequenos e médios provedores de internet que atuam no Brasil deverão investir até R$ 3 bilhões em redes de fibra óptica somente neste ano. O valor é o triplo do investido no ano passado, que ficou em cerca de R$ 1 bilhão. O impulso vai ser dado pela inclusão da fibra óptica no Finame, uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltada para a aquisição de máquinas e equipamentos nacionais. A medida deve melhorar a qualidade da internet nas cidades do interior do país. De acordo com o diretor de Banda Larga do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra, os pequenos e médios provedores de internet devem ser os mais beneficiados. Eles atuam em localidades menos atrativas para as grandes empresas e estão substituindo a tecnologia de rádio e investindo em fibra óptica, que é mais moderna e durável. "O usuário que reside no interior vai ter acesso a uma infraestrutura do mesmo porte da que se tem nos grandes centros", pontua. O financiamento da fibra óptica e melhores condições de pagamento eram antigas reivindicações dos provedores. A tecnologia representa cerca de 20% do valor final de um projeto para levar banda larga até as residências. Segundo Artur Coimbra, houve todo um esforço do ministério para que essa tecnologia passasse a ser financiada pelo banco. "Por orientação do ministro Paulo Bernardo, que encabeçou essa proposta, nós fizemos reuniões técnicas com o BNDES, que constatou a viabilidade de inclusão da fibra óptica no Finame", destaca. Condições Financiamentos contratados por meio do Finame têm taxa de juros anuais de 4% para produtos com tecnologia nacional e 4,5% para produtos com tecnologia importada e Processo Produtivo Básico (PPB) - produção nacional. Financiamentos para produtos com tecnologia nacional podem ser quitados em até 96 meses; para produtos com tecnologia importada, o prazo é de 60 meses. O Finame é um tipo de financiamento, por intermédio de instituições financeiras credenciadas, para produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados no BNDES.
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No segundo semestre de 2013, a atividade
econômica global se fortaleceu, mas o quadro de desempenhos heterogêneos entre
os países continuou, com as economias maduras consolidando a perspectiva de
retomada do crescimento e os países emergentes sendo afetados pelas incertezas
associadas ao início da retirada dos estímulos de política monetária nos Estados
Unidos.
Mesmo diante do cenário de redução na liquidez
global, manteve-se a avaliação de baixo risco de liquidez e de elevada
resiliência do sistema bancário brasileiro. A solvência do sistema permanece em
patamar elevado e os resultados dos testes de estresse concluem pela adequada
capacidade de suportar efeitos de choques decorrentes de cenários adversos,
inclusive aqueles de extrema deterioração das condições macroeconômicas.
O crescimento do crédito doméstico mais
moderado, que havia sido observado no primeiro semestre, manteve-se no segundo.
Continua a tendência de aumento de participação na carteira de crédito de
modalidades que apresentam menor inadimplência, principalmente financiamento
imobiliário e crédito consignado.
Pressionado pela redução no ritmo de
crescimento do resultado com crédito, mas favorecido pela contenção de despesas
administrativas, pela ampliação da venda de serviços e por eventos não
recorrentes, o lucro líquido do sistema avançou levemente.
Por fim, o Sistema de Pagamentos Brasileiro
funcionou de forma eficiente e segura no segundo semestre de 2013. Nos sistemas
de transferência de fundos, a liquidez intradia agregada disponível continuou
acima das necessidades das instituições financeiras participantes, o que garante
liquidações com tranquilidade, sobretudo no que diz respeito ao Sistema de
Transferência de Reservas, o sistema de transferência de grandes valores do BC.
Fonte: site do BC