Fechaduras inteligentes, termostatos inteligentes, carros inteligentes - provavelmente você já ouviu alguns desses termos ultimamente, e você vai ouvi-los ainda mais como o passar do tempo. Mas o que são essas coisas exatamente - e que os torna tão inteligente?
Estes dispositivos são todos parte de uma categoria emergente chamada Internet das Coisas, ou IoT - "Internet of Things". Em seu nível muito básico, IoT refere-se à conexão de objetos do cotidiano para a Internet e dessa rede mundial para outros objetos, com o objetivo de fornecer a seus usuários, aplicações mais inteligentes bem como experiências mais eficientes.
Estes dispositivos são todos parte de uma categoria emergente chamada Internet das Coisas, ou IoT - "Internet of Things". Em seu nível muito básico, IoT refere-se à conexão de objetos do cotidiano para a Internet e dessa rede mundial para outros objetos, com o objetivo de fornecer a seus usuários, aplicações mais inteligentes bem como experiências mais eficientes.
Mas como acontece com qualquer nova tecnologia, a Internet das coisas ainda pode parecer meio confusa e intimidante para o consumidor médio, especialmente com tantos debates girando em torno da padronização, segurança e privacidade. Já foi compilada uma relação de perguntas mais frequentes sobre a Internet das Coisas para melhor explicar como ela funciona, como estes produtos estão sendo usados no mundo real e algumas das questões e desafios enfrentados pelos envolvidos no seu desenvolvimento.
A casa inteligente foi um grande tópico na CES - "Customer Eletronics Show, que ocorreu em janeiro deste ano em Las Vegas.
Mas afinal o que exatamente é a Internet das Coisas?
Walt Mossberg, pessoa bastante envolvida neste tema, deu uma visão geral e bastante sucinta da Internet das coisas, quando a descreveu assim: "O conceito que se encontra por trás de tudo isso é que toda uma constelação de objetos inanimados já estão sendo projetados considerando um "built-in", com conectividade sem fio, de modo que possam ser monitorados, controlados e ligados através da Internet a partir de um aplicativo móvel ".
Os tipos de objetos abrangem uma vasta gama de categorias, desde controles ("wearables") para lâmpadas, controladores para eletrodomésticos (como a máquina de café, máquina de lavar roupa, e até mesmo o seu carro) - ou seja, toda e qualquer coisa dependendo apenas da imaginação.
Os tipos de objetos abrangem uma vasta gama de categorias, desde controles ("wearables") para lâmpadas, controladores para eletrodomésticos (como a máquina de café, máquina de lavar roupa, e até mesmo o seu carro) - ou seja, toda e qualquer coisa dependendo apenas da imaginação.
A Internet das coisas também já está sendo considerada e aplicada a mercados verticais, como a indústria médica para cuidados de saúde e para os sistemas de transporte. Onde já existem dispositivos que facilitam a nossa rotina de vida.
Muitas coisas já estão sendo utilizadas em países mais desenvolvidos, dentre as quais temos por exemplo um termostato inteligente. Este termostato, conectado na rede Wi-Fi permite ajustar a temperatura de aparelhos de forma remota, através de um dispositivo móvel, e tem por característica o aprendizado de padrões de comportamento para criar uma agenda e utilizá-la de conforme a necessidade do uso das temperaturas, definidas pelo usuário.
O valor prático é a potencialidade de se poder economizar dinheiro em sua conta de luz pois ele é capaz de ligar remotamente o seu aparelho condicionador de ar, monitorá-lo e administrá-lo de acordo com sua programação, a qual pode ser vista como um aprendizado, evitando por exemplo que no caso de esquecimento por parte do usuário, de desligá-lo ao sair de casa, a inteligência do próprio dispositivo evitará que o aparelho fique o dia todo ligado.
Há também o fator de conveniência, quando ele também aprenderá e saberá que o usuário gosta de baixar a temperatura antes de ir para a cama, e pode automaticamente fazer isso por ele em um horário definido.
Conceitualmente vemos que a categoria dos dispositivos IoT está se expandindo rapidamente e os produtos se tornam cada vez mais sofisticados, podendo-se imaginar um cenário em que o seu dispositivo detecta que você caiu no sono e, em seguida, desliga automaticamente o televisor e as luzes.
Muitas coisas já estão sendo utilizadas em países mais desenvolvidos, dentre as quais temos por exemplo um termostato inteligente. Este termostato, conectado na rede Wi-Fi permite ajustar a temperatura de aparelhos de forma remota, através de um dispositivo móvel, e tem por característica o aprendizado de padrões de comportamento para criar uma agenda e utilizá-la de conforme a necessidade do uso das temperaturas, definidas pelo usuário.
O valor prático é a potencialidade de se poder economizar dinheiro em sua conta de luz pois ele é capaz de ligar remotamente o seu aparelho condicionador de ar, monitorá-lo e administrá-lo de acordo com sua programação, a qual pode ser vista como um aprendizado, evitando por exemplo que no caso de esquecimento por parte do usuário, de desligá-lo ao sair de casa, a inteligência do próprio dispositivo evitará que o aparelho fique o dia todo ligado.
Há também o fator de conveniência, quando ele também aprenderá e saberá que o usuário gosta de baixar a temperatura antes de ir para a cama, e pode automaticamente fazer isso por ele em um horário definido.
Conceitualmente vemos que a categoria dos dispositivos IoT está se expandindo rapidamente e os produtos se tornam cada vez mais sofisticados, podendo-se imaginar um cenário em que o seu dispositivo detecta que você caiu no sono e, em seguida, desliga automaticamente o televisor e as luzes.
Em inteligência embarcada podemos nos aproveitar de facilidades instaladas nos veículo que ajudará o motorista, antes de pegar a estrada a receber informações de toda a agenda diária e automaticamente fornecer a melhor rota para o seu itinerário, ou mesmo enviar uma nota para as partes interessadas, que encontra-se atrasado pelos mais variados problemas .
Em uma escala mais ampla, a IoT também está sendo usado em cidades para monitorar coisas como o número de vagas disponíveis de estacionamento, a qualidade do ar e da água, e também do tráfego de automóveis.
E esse conceito já pode ser utilizado a partir de diversas tecnologias e plataformas, dentre elas, as mais diversas variações de utilização de frequências de rádios sem fio que permitem que esses dispositivos possam se conectar à Internet e também uns aos outros. Estes incluem padrões conhecidos, como Wi-Fi, Bluetooth, NFC e RFID, e alguns que a grande maioria ainda nem ouviu falar, como ZigBee, Z-Wave e 6LoWPAN, etc.
Além desses dispositivos temos uma categoria mais conhecida, como os tradicionais sensores presença através de movimento, fechaduras sensoriais ou lâmpadas com acendimento automático, os quais estão sendo aproveitados e utilizados conjuntamente pois somados a uma pitada de inteligência, permitem que diferentes dispositivos possam ser ligados uns aos outros gerando maior eficiência.
Com a criação das redes em nuvens, existem os serviços que nelas estão associados, permitindo a coleta e análise de dados para que as pessoas possam ver o que está acontecendo e agir a partir das informações apresentadas em seus aplicativos móveis.
O que as empresas já estão fazendo em IoT?
Neste ponto, a questão é que as grandes empresas não podem estão trabalhando diretamente em produtos IoT. Grandes nomes como Samsung, LG, Apple, Google, Lowe e Philips estão todos trabalhando em dispositivos conectados, diferentemente de muitas empresas e startups menores que já desenvolvem dispositivos com o conceito e padronizações IoT. O grupo de pesquisa Gartner prevê que 4,9 bilhões de dispositivos conectados estarão em uso este ano, e o número chegará a 25 bilhões até 2020.
Então, podem todos os dispositivos da Internet das coisas poderão falar uns com os outros?
Este é o lugar onde as coisas ficam um pouco mais complicadas. Com tantas empresas trabalhando em diferentes produtos, tecnologias e plataformas, tornando todos esses dispositivos interconectados e se comunicando uns com os outros não é pouca coisa - a compatibilidade global provavelmente não irá acontecer com facilidade.
Vários grupos estão trabalhando para criar um padrão aberto que permita a interoperabilidade entre os vários produtos. Entre eles estão o AllSeen Alliance, cujos membros incluem Qualcomm, LG, Microsoft, Panasonic e Sony; e o Consórcio Interconnect Open, que tem o apoio da Intel, Cisco, GE, Samsung e HP.
Embora seus objetivos finais sejam o mesmo, existem algumas diferenças a serem superados. Por exemplo, a OIC (Open Interconnection Consortium) diz que o AllSeen Aliança não está fazendo o suficiente nas áreas de segurança e de proteção da propriedade intelectual. O AllSeen Alliance diz que estas questões não têm sido um problema para os seus mais de 110 membros.
Ainda não está claro como os acordos e normas vão evoluir, porém, como já aconteceu em situações tecnológicas anteriores, alguma coisa sempre se joga fora e vamos acabar com 3-4 padrões diferentes, em vez de um único vencedor (considerando sempre os atuais iOS e Android).
Nesse meio tempo, uma maneira de permitir que consumidores contornem o problema pode ser pela obtenção de um hub que suporta múltiplas tecnologias sem fio, como a oferecida pelo SmartThings.
Estes produtos e seus dispositivos sempre coletam uma grande quantidade de dados. Como tratar os aspectos ligados a segurança e privacidade?
As várias quantidades de dados coletados por dispositivos domésticos inteligentes, carros e wearables conectados têm por consequência o risco potencial que dados pessoais caiam nas mãos erradas. O aumento do número de pontos de acesso também representa um risco de segurança.
A Comissão Federal de Comércio - FTC expressou preocupações, e recomendou que as empresas tomarem várias precauções para proteger seus clientes. A FTC, no entanto, não tem a autoridade para fazer cumprir regulamentos sobre dispositivos da Internet das coisas, por isso ainda não está claro como muitas empresas vão acatar o seu parecer.
Finalmente, a idéia de IoT tem sido discutida por todos a alguns anos, mas podemos considerar que está apenas começando a entrar no ambiente do consumidor, e ainda tem muito que amadurecer. Já existem bons produtos, mas se quisermos nos adiantar e passarmos a utilizá-los agora, como com qualquer outra tecnologia, é recomendável pesquisar muito, adquirir o produto de uma empresa confiável, e certificar-se que a solução está realmente resolvendo o seu problema. Afinal de contas, certificar-se que os filhos estão seguros no caminho da escola para casa é uma coisa, e cozinhar uma carne assada através do controle a distância da panela elétrica é outra.
Material publicado por Re/Code News de 15 de janeiro de 2015, escrita por Bonnie Cha.
Texto adaptado por: FRANCISCO CARLOS DE ARAUJO
http://recode.net/2015/01/15/a-beginners-guide-to-understanding-the-internet-of-things/
Em uma escala mais ampla, a IoT também está sendo usado em cidades para monitorar coisas como o número de vagas disponíveis de estacionamento, a qualidade do ar e da água, e também do tráfego de automóveis.
E esse conceito já pode ser utilizado a partir de diversas tecnologias e plataformas, dentre elas, as mais diversas variações de utilização de frequências de rádios sem fio que permitem que esses dispositivos possam se conectar à Internet e também uns aos outros. Estes incluem padrões conhecidos, como Wi-Fi, Bluetooth, NFC e RFID, e alguns que a grande maioria ainda nem ouviu falar, como ZigBee, Z-Wave e 6LoWPAN, etc.
Além desses dispositivos temos uma categoria mais conhecida, como os tradicionais sensores presença através de movimento, fechaduras sensoriais ou lâmpadas com acendimento automático, os quais estão sendo aproveitados e utilizados conjuntamente pois somados a uma pitada de inteligência, permitem que diferentes dispositivos possam ser ligados uns aos outros gerando maior eficiência.
Com a criação das redes em nuvens, existem os serviços que nelas estão associados, permitindo a coleta e análise de dados para que as pessoas possam ver o que está acontecendo e agir a partir das informações apresentadas em seus aplicativos móveis.
O que as empresas já estão fazendo em IoT?
Neste ponto, a questão é que as grandes empresas não podem estão trabalhando diretamente em produtos IoT. Grandes nomes como Samsung, LG, Apple, Google, Lowe e Philips estão todos trabalhando em dispositivos conectados, diferentemente de muitas empresas e startups menores que já desenvolvem dispositivos com o conceito e padronizações IoT. O grupo de pesquisa Gartner prevê que 4,9 bilhões de dispositivos conectados estarão em uso este ano, e o número chegará a 25 bilhões até 2020.
Então, podem todos os dispositivos da Internet das coisas poderão falar uns com os outros?
Este é o lugar onde as coisas ficam um pouco mais complicadas. Com tantas empresas trabalhando em diferentes produtos, tecnologias e plataformas, tornando todos esses dispositivos interconectados e se comunicando uns com os outros não é pouca coisa - a compatibilidade global provavelmente não irá acontecer com facilidade.
Vários grupos estão trabalhando para criar um padrão aberto que permita a interoperabilidade entre os vários produtos. Entre eles estão o AllSeen Alliance, cujos membros incluem Qualcomm, LG, Microsoft, Panasonic e Sony; e o Consórcio Interconnect Open, que tem o apoio da Intel, Cisco, GE, Samsung e HP.
Embora seus objetivos finais sejam o mesmo, existem algumas diferenças a serem superados. Por exemplo, a OIC (Open Interconnection Consortium) diz que o AllSeen Aliança não está fazendo o suficiente nas áreas de segurança e de proteção da propriedade intelectual. O AllSeen Alliance diz que estas questões não têm sido um problema para os seus mais de 110 membros.
Ainda não está claro como os acordos e normas vão evoluir, porém, como já aconteceu em situações tecnológicas anteriores, alguma coisa sempre se joga fora e vamos acabar com 3-4 padrões diferentes, em vez de um único vencedor (considerando sempre os atuais iOS e Android).
Nesse meio tempo, uma maneira de permitir que consumidores contornem o problema pode ser pela obtenção de um hub que suporta múltiplas tecnologias sem fio, como a oferecida pelo SmartThings.
Estes produtos e seus dispositivos sempre coletam uma grande quantidade de dados. Como tratar os aspectos ligados a segurança e privacidade?
As várias quantidades de dados coletados por dispositivos domésticos inteligentes, carros e wearables conectados têm por consequência o risco potencial que dados pessoais caiam nas mãos erradas. O aumento do número de pontos de acesso também representa um risco de segurança.
A Comissão Federal de Comércio - FTC expressou preocupações, e recomendou que as empresas tomarem várias precauções para proteger seus clientes. A FTC, no entanto, não tem a autoridade para fazer cumprir regulamentos sobre dispositivos da Internet das coisas, por isso ainda não está claro como muitas empresas vão acatar o seu parecer.
Finalmente, a idéia de IoT tem sido discutida por todos a alguns anos, mas podemos considerar que está apenas começando a entrar no ambiente do consumidor, e ainda tem muito que amadurecer. Já existem bons produtos, mas se quisermos nos adiantar e passarmos a utilizá-los agora, como com qualquer outra tecnologia, é recomendável pesquisar muito, adquirir o produto de uma empresa confiável, e certificar-se que a solução está realmente resolvendo o seu problema. Afinal de contas, certificar-se que os filhos estão seguros no caminho da escola para casa é uma coisa, e cozinhar uma carne assada através do controle a distância da panela elétrica é outra.
Material publicado por Re/Code News de 15 de janeiro de 2015, escrita por Bonnie Cha.
Texto adaptado por: FRANCISCO CARLOS DE ARAUJO
http://recode.net/2015/01/15/a-beginners-guide-to-understanding-the-internet-of-things/