As operadoras satelitais OneWeb e Iridium assinaram nesta terça-feira, 17, um memorando de entendimento (MoU) para viabilizar uma oferta conjunta de serviços. A ideia é combinar os produtos de banda L da Iridium com os de banda Ku da OneWeb em suas respectivas redes de órbita baixa (LEO) para "tornar mais fácil para os parceiros mútuos" oferecer oportunidades de marketing e do combo de serviços.
O MoU também cria oportunidades para as companhias fabricarem terminais tanto para a OneWeb quanto para Iridium. Com isso, pretendem incluir pacotes adicionais para provedores poderem oferecer um equipamento combinado ou mesmo terminais novos de constelação dupla. Assim, as respectivas capacidades das bandas L e Ku serviriam de forma complementar para operações de missão crítica, como comunicação de chefes de estado, serviços táticos críticos, marítimos e de resposta a desastres.
A complementaridade dos serviços vem com as características físicas de cada espectro. Conforme explicam as companhias, a rede em banda Ku da OneWeb pode entregar conectividade de banda larga com transferência de grandes quantidades de dados, tornando-a ideal para comunicações em aeronaves e para redes de governo e marítimas que requerem uma cobertura global de alta velocidade e baixa latência. Com seis satélites já lançados, a rede da OneWeb demonstrou capacidade de 400 Mbps, com latência média de 32 milissegundos. A partir de dezembro, a operadora começará a efetuar lançamentos mensais de mais de 30 satélites para prover serviço parcial no final de 2020, e cobertura global em 2021.
Já a banda L da Iridium traz a conectividade global resistente a intempéries, levando a aplicações de serviços de segurança para navios, aeronaves, veículos e profissionais de campo, podendo ser uma "capacidade requerida por regulação". A tecnologia da plataforma Certus da Iridium foi lançada em janeiro de 2019, com ofertas flexíveis baseadas nas necessidades do usuário.
Evento
O Congresso Latinoamericano de Satélites, que acontece nos próximos dias 26 e 27 de setembro, no Rio de Janeiro, terá na manhã do primeiro dia o painel "Novas órbitas, novos modelos", que vai procurar responder quais os modelos de negócio das constelações LEO e de que maneira elas devem afetar a indústria de satélites. Além disso, discutirá qual o espaço para as constelações de média órbita (MEO) e quais as lições aprendidas neste modelo. O debate terá participação de representantes da OneWeb, Eutelsat, SES/O3b e Telesat. Mais informações, a programação completa e as condições de inscrição estão disponíveis no site www.satelitesbrasil.com.br.
Fonte: Teletime News de 17 de setembro de 2019, por Bruno do Amaral.
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