A TIM vem trabalhando desde o ano passado em uma estratégia de redes heterogêneas (HetNets) para atender ao crescimento do tráfego, em especial de dados e vídeos, e compensar a limitação de espectro disponível para fazer frente à essa demanda. "Estamos testando o conceito desde o ano passado, com provas de laboratório e de campo, e agora estamos partindo para uma implementação de escala significativa. Não posso abrir números, mas estamos falando de milhares de small cells", conta o diretor de redes móveis da TIM, Marco Di Costanzo.
A estratégia de HetNets da TIM envolve, além das tradicionais macrocélulas, femtocélulas para áreas indoor, microcélulas para áreas abertas e ainda uso de Wi-Fi em lugares públicos, como restaurantes e shopping centers, usando espectro não-licenciado. É um conceito de rede que se aplica tanto a redes 3G quanto 4G, com abordagem multicamada, multitecnologia, multivendor e multibanda (espectro). "Usaremos as femtocells da Alcatel-Lucent essencialmente para endereçar o mercado corporativo, indoor; as microcélulas da Huawei para lugares ao ar livre, de alto carregamento de tráfego; e o Wi-Fi essencialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro", detalha. A Huawei foi apenas o primeiro dos fornecedores de microcélulas com quem a TIM fechou contrato. "Estamos em negociação avançada com outro vendor e em breve anunciaremos um novo contrato", garante Di Costanzo. Ericsson e Nokia (então NSN) realizaram testes de small cells com a TIM no ano passado.
Copa do Mundo
As milhares de small cells, de acordo com Di Costanzo, começarão a ser implantadas inicialmente nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo para conseguir escoar uma maior quantidade da dados com mais otimização de espectro. "É essencial para o volume de dados, para garantir qualidade que os clientes precisam, todos os dispositivos conectados ao mesmo tempo. As cidades da Copa terão (small cells) em pontos de agregação de trafego. O que vai identificar a localização dos demais pontos é a demanda de tráfego", explica o executivo.
Para ele, o maior desafio do projeto é o planejamento da arquitetura. "O planejamento deve ser muito preciso em nível geográfico. É fundamental ter ferramentas para planejamento a nível micro, de alta precisão, e ainda e também fazer a gestão da interferência para que cliente esteja sempre atendido da forma mais eficiente", conta. "A tecnologia é madura, muitas operadoras mundo afora estão embarcando nesse conceito de redes heterogêneas, mas isso está praticamente apenas começando na América Latina, e somos os pioneiros no Brasil", avalia Di Costanzo. Ele cita dados de mercado que estimam em 7,2 milhões a quantidade de small cells instaladas no mundo (incluindo tanto micro quanto femtocélulas), 60% das quais concentradas nos EUA e outros 34% no oeste asiático.
Fonte: Teletime News de 5 de maio de 2014.
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