sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Temer cria Autoridade de Proteção de Dados vinculada à Presidência

O presidente Michel Temer assinou nesta quinta, 27, a Medida Provisória 869/2018, que cria a Autoridade Nacional de Proteção de Dados. A medida era esperada desde que o Planalto decidiu vetar a criação ANPD pela Lei de Proteção de Dados (Lei 13.709/2018), alegando risco de que o órgão fosse contestado por vício de origem, já que a lei, apesar de incorporar várias das propostas feitas em projeto de lei encaminhado pelo Executivo, teve, tecnicamente, origem no Legislativo, que não pode dispor sobre a organização do Estado.

Além da criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, contudo, a Medida Provisória editada por Temer é mais ampla. Ela altera, por exemplo, alguns dos direitos e garantias asseguradas na Lei de Proteção de Dados. Um dos aspectos mais relevantes é a revogação na necessidade titular ser informado das hipóteses em que será admitido o tratamento de seus dados para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador.

Na questão do tratamento dos dados sensíveis de saúde, a troca de informações dos pacientes passa ser assegurada não apenas para fins de portabilidade mas também para "adequada prestação de serviços de saúde suplementar". Ou seja, planos de saúde poderão trocar informações sobre os pacientes. Outra mudança atendeu ao mercado financeiro. A lei dava ao titular dos dados o direito de pedir a revisão por pessoa natural de suas informações geradas por procedimentos automatizados. Na Medida Provisória, foi excluída a expressão "pessoa natural", indicando que a revisão poderá ser feita de maneira automatizada.

Outra mudança é que foi revogado o dispositivo da Lei de Proteção de Dados que impedia que entidades privadas tratassem dados referentes a segurança pública, defesa, segurança ou atividades de investigação e repressão de infrações penais.

Em relação aos dispositivos da Lei de Proteção de Dados, exceto àqueles referentes à criação da Autoridade nacional de Proteção de Dados, o prazo de aplicação da lei passou a ser de 24 meses da data da sanção da Lei 13.709, ou seja, 14 de agosto de 2020.

Autoridade de Proteção de Dados

Em relação à ANDP, ela está sendo criada praticamente em linha com o que havia sido originalmente aprovado pelo Congresso, mas existem algumas mudanças importantes. Não se trata, por exemplo, de uma entidade autônoma, mas sim como um órgão da Presidência da República, que tem apenas "autonomia técnica". A ANPD terá cargos remanejados de outros órgãos da administração e regimento aprovado pela Presidência. Num primeiro momento, contará com apoio técnico e administrativo da Casa Civil. A autoridade terá um colegiado composto por cinco diretores com mandato de quatro anos (os primeiros mandatos são de duração diferente, indo de dois a seis anos).

Pela Medida Provisória, a aplicação das sanções previstas na Lei de Proteção de Dados compete exclusivamente à ANPD, "cujas demais competências prevalecerão, no que se refere à proteção de dados pessoais, sobre as competências correlatas de outras entidades ou órgãos da administração pública". Além disso, "a ANPD articulará sua atuação com o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça e com outros órgãos e entidades com competências sancionatórias e normativas afetas ao tema de proteção de dados pessoais, e será o órgão central de interpretação desta Lei e do estabelecimento de normas e diretrizes para a sua implementação."

Conselho

Além da diretoria, A ANPD contará ainda com um Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e Privacidade composto por 23 membros, sendo seis do Poder Executivo; um do Senado Federal; um da Câmara dos Deputados; um do Conselho Nacional de Justiça; um do Conselho Nacional do Ministério Público; um do Comitê Gestor da Internet no Brasil; quatro de entidades da sociedade civil com atuação comprovada em proteção de dados pessoais; quatro de instituições científicas, tecnológicas e de inovação; e quatro de entidades representativas do setor empresarial relacionado à área de tratamento de dados pessoais. Não será permitida a indicação de integrantes do Comitê Gestor da Internet. Entre as atribuições do Conselho estão propor diretrizes estratégicas e fornecer subsídios para a elaboração da Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade e para a atuação da ANPD; elaborar relatórios anuais de avaliação da execução das ações da Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade; sugerir ações a serem realizadas pela ANPD; elaborar estudos e realizar debates e audiências públicas sobre a proteção de dados pessoais e da privacidade; e disseminar o conhecimento sobre a proteção de dados pessoais e da privacidade à população em geral.

Fonte: Teletime News de 27 de dezembro de 2018, por Samuel Possebon.

Governo edita Política de Segurança da Informação e revoga Decreto 8.135/2013

Em um dos últimos atos de seu governo, o presidente Michel Temer publicou o Decreto 9.637/2018, que institui a Política Nacional de Segurança da Informação. O decreto estabelece as bases do que será a política, coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional, mas entre as mudanças de maior impacto está a revogação integral do Decreto 8.135/2013. Este decreto é que estabelecia as condições de contratação de infraestrutura de comunicação de dados pelo governo, e entre seus dispositivos dava às empresas públicas e sociedades de economia mista (incluindo a Telebrás) a prerrogativa de fornecer estrutura de comunicação ao próprio governo sem a necessidade de licitação. Este mecanismo foi o que assegurou à Telebrás a celebração de uma série de contratos com órgãos públicos.

Política de Segurança

Em relação à Política Nacional de Segurança da Informação (PNSI), ela busca "assegurar a disponibilidade, a integridade, a confidencialidade e a autenticidade da informação a nível nacional" para os órgãos da administração pública federal no que se refere à a segurança cibernética; a defesa cibernética; a segurança física e a proteção de dados organizacionais; e "ações destinadas a assegurar a disponibilidade, a integridade, a confidencialidade e a autenticidade da informação".

Entre os princípios da PNSI estão desde a soberania nacional e o "respeito e promoção dos direitos humanos e das garantias fundamentais, em especial a liberdade de expressão, a proteção de dados pessoais, a proteção da privacidade e o acesso à informação" até o "dever dos órgãos, das entidades e dos agentes públicos de garantir o sigilo das informações imprescindíveis à segurança da sociedade e do Estado e a inviolabilidade da intimidade da vida privada, da honra e da imagem das pessoas". Como princípios, o decreto também estabelece o conceito de "need to know" para o acesso à informação sigilosa, o "consentimento do proprietário da informação sigilosa recebida de outros países, nos casos dos acordos internacionais" entre outros.

Para a execução da política, fica criado um Comitê Gestor de Segurança da Informação, formado por todos os ministérios e secretarias especiais do governo, que na prática apenas assessora o Gabinete de Segurança Institucional a quem cabe, entre outras funções estabelecidas pelo decreto, "estabelecer norma sobre a definição dos requisitos metodológicos para a implementação da gestão de risco dos ativos da informação pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal"; "aprovar diretrizes, estratégias, normas e recomendações"; "elaborar e publicar a Estratégia Nacional de Segurança da Informação, em articulação com o Comitê Interministerial para a Transformação Digital, criado pelo Decreto nº 9.319, de 21 de março de 2018"; "propor a edição dos atos normativos necessários à execução da PNSI" e; "estabelecer os requisitos mínimos de segurança para o uso dos produtos que incorporem recursos de segurança da informação, de modo a assegurar a disponibilidade, a integridade, a confidencialidade e a autenticidade da informação e garantir a interoperabilidade entre os sistemas de segurança da informação, ressalvadas as competências específicas de outros órgãos". A implementação da PSNI caberá a cada órgão da administração, notadamente da Defesa no caso de segurança Nacional.

Fonte: Teletime News de 27 de dezembro de 2018, por Samuel Possebon.

Vicente de Aquino é nomeado para o conselho da Anatel

Foi publicada nesta quinta, 27, a nomeação do advogado Vicente Bandeira de Aquino Neto para o cargo de conselheiro da Anatel. Ele foi sabatinado e aprovado na semana passada para o cargo pelo Senado, e assume na vaga aberta com a renúncia do conselheiro Otávio Rodrigues no último dia 22. Segundo a assessoria da Anatel, Vicente Bandeira de Aquino ocupava o cargo de assessor especial da Presidência do Banco do Nordeste do Brasil e Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Ceará. Aquino é cearense, graduado em Direito pela Universidade Federal da Paraíba e conta com mestrado em Direito Constitucional, tema no qual é doutorando. Além de ter experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Eleitoral.

Fonte: Teletime News de 27 de dezembro de 2018, por Samuel Possebon.


Mais de 4 mil pedidos de instalação de novas antenas de celular aguardam licenciamento no Brasil

Em todo o País, mais de 4 mil pedidos de instalação de novas antenas de celular e internet móvel aguardam licenciamento pelas prefeituras de grandes cidades brasileiras. O levantamento, considerando os 100 maiores municípios que constam do Ranking das Cidades Amigas da Internet, mostra que os grandes entraves são as legislações municipais defasadas, a burocracia e o longo prazo para a liberação das licenças. A instalação dessas novas antenas, além de melhorar a cobertura e a distribuição do sinal de celular nas cidades, principalmente para a internet móvel, representaria um investimento de R$ 2 bilhões e a geração de mais de 45 mil empregos.

Atualmente, o Brasil tem 92 mil antenas em todos os municípios brasileiros, mas com o uso cada vez maior de vídeos e a crescente demanda por novos serviços, será necessário um número cada vez maior de antenas e a instalação de fibra óptica. As previsões são de que, entre 2016 e 2021, o tráfego de dados móveis em smartphones cresça 12 vezes.

Enquanto o mundo fala em cidades inteligentes, Internet das Coisas e 5G, grandes cidades brasileiras, entre elas algumas capitais, estão presas a legislações antigas, muitas delas de uma época em que a tecnologia ainda era o 2G e pouco se usava a internet móvel. Hoje, todos querem mobilidade e fazem uso intenso do celular para várias atividades. Segundo a pesquisa PNAD, do IBGE, 96% dos internautas brasileiros usam o celular para navegar e consultam seus aparelhos 78 vezes por dia.

Em função da defasagem das leis municipais, o processo de licenciamento de antenas tem levado mais de um ano em média no País, enquanto a Lei Geral das Antenas, aprovada pelo Congresso em 2015, define prazo máximo de 60 dias, o que deveria ser incorporado pelas legislações municipais, promovendo uma atualização nas regras de instalação de infraestrutura.

Esses problemas têm colocado grandes cidades brasileiras entre as últimas posições no Ranking das Cidades Amigas da Internet. De acordo com a edição 2018 do ranking, cidades como Brasília, São Paulo, Fortaleza e Belo Horizonte estão entre as dez piores em condições para a instalação de infraestrutura, dificultando o processo de expansão dos serviços promovido pelas prestadoras.

São Paulo

Em São Paulo, há mais de dois anos não se libera licenças, e o projeto de lei para atualizar o processo está aguardando votação há mais de um ano na Câmara Municipal. As prestadoras estão com 1.200 pedidos de licença de antenas prontos, aguardando a aprovação da lei paulistana, o que pode gerar R$ 600 milhões de investimentos e 13 mil empregos no município.

A implantação de leis mais modernas para a instalação de antenas e infraestrutura é essencial não só para a expansão da cobertura, mas também para a oferta de serviços inteligentes, como Internet das Coisas, que terão papel preponderante nas áreas de segurança, mobilidade urbana, controle de iluminação pública, saúde e educação. Sem a nova lei, a adoção do 5G para os serviços móveis ficará bastante comprometida, já que a nova tecnologia exigirá um número de antenas cinco vezes maior do que o 4G.

Nesse sentido, o SindiTelebrasil reitera a importância e a urgência do envolvimento das autoridades municipais para que as legislações sejam atualizadas, possibilitando a expansão e a melhoria contínua da qualidade dos serviços e o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras. A edição 2019 do Ranking das Cidades Amigas da Internet será apresentada no 63º Painel Telebrasil, que ocorrerá nos dias 21,22 e 23 de maio de 2019, em Brasília.
PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Fonte: Revista TELEBRASIL de 21 de dezembro de 2018

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Relação entre empresas e governo tem muito a melhorar, avalia André Borges

Nos últimos dois anos e meio, a secretaria de telecomunicações, órgão responsável pela formulação de políticas setoriais, ficou sob o comando de André Borges, um advogado com mais de 30 anos de experiência na inciativa privada, a maior parte em empresas de telecomunicações. Nesta entrevista de despedida, ele faz um balanço desta experiência e aponta uma série de entraves e dificuldades que, na sua perspectiva, poderiam ter melhorado a relação entre empresas e governo. Ele também avalia as principais políticas públicas que foram ou tentaram ser implementadas e as amarras do próprio governo.

Teletime – Finalmente, no fim de sua gestão, saiu o decreto de Políticas de Telecomunicações. Como ele dialoga com os diferentes papeis da Anatel e do MCTIC e o que ele deixa para o próximo governo?

André Borges – Da nossa parte, nunca houve nenhum interesse de ter qualquer ingerência sobre a Anatel. Mas o ministério tem que cumprir o seu papel de formulador de políticas públicas, e nesse sentido é preciso, especialmente, dar os direcionamentos do que precisa ser feito na área de telecomunicações. A Anatel não faz isso, ela regulamenta. A agência, até diferente do que alguns conselheiros disseram em alguns votos, tem sim que cumprir o senso de oportunidade do governo. Isso é fazer política pública. Se o governo dá o norte e a Anatel faz quando quer, ou ignora, é o mesmo que desobedecer. O governo eleito sempre vai dar o caminho e a Anatel, como órgão técnico, está lá para fazer as normas e revisá-las.

Você sentiu que a secretaria foi ignorada em algum momento, seja pela agência, seja pelo mercado?

Não entendo, mas estas questões de competência sempre geram atritos, difícil funcionar em perfeita harmonia. As pessoas vão acertando e errando de um lado e de outro, e isso precisa ser permanentemente corrigido. Idem em relação às empresas. Parece que elas não tem muita clareza em relação ao papel de um ou de outro. Um exemplo: logo no início de nossa gestão recebemos uma grande comitiva de empresas e do SindiTelebrasil com uma pauta vastíssima, mas toda ela era da Anatel. Há assuntos específicos que estão no âmbito da regulamentação. O que o governo pode fazer e fez no decreto de políticas é dar o direcionamento, dizer que é preciso desregulamentar, que a onerosidade da regulamentação tem que diminuir com base em estudos de impacto. Quando se estabelece compartilhamento, deve-se seguir determinada regra de remuneração. Ou quando se licita frequências, que isso seja com foco no desenvolvimento dos serviços, e não na arrecadação. Isso está tudo lá nas políticas, e são medidas saudáveis hoje e amanhã.

Mas com a demora na publicação do decreto, perdeu-se a chance de cobrar a implementação destas políticas, porque elas saíram nos últimos minutos de governo.

Sim mas, novamente, nunca estivemos preocupados em ter algo alcançável em uma gestão, na nossa gestão. Como não existe recursos por trás da política, não estamos implementando nada mais contundente, mais eficaz.

Sobre este episódio da recuperação da Oi, sua opinião é que ainda há a necessidade de atenção do futuro governo? O problema está resolvido?

Acho que não, mas está melhor encaminhado. Foi um primeiro passo importante e não me parece que seja necessária uma saída de governo, como aliás não aconteceu. Fomos facilitadores, buscamos alternativas, mas nenhuma delas foi concretizada. O governo não interferiu na recuperação. A Oi conseguiu chegar onde chegou pelos seus próprios méritos e pela atuação da Justiça.

E o Plano Geral de Metas de Universalização, que está dois anos atrasado (N.A: o plano foi publicado no dia seguinte à entrevista)?

Ninguém colaborou para que saísse antes, essa é a verdade. Se de um lado é verdade que as empresas criticam, com razão, o gasto desnecessário com a manutenção de metas de TUPs, de outro não colaboraram na definição de metas alternativas. Aí dizem que não haveria a necessidade de metas alternativas. Isso não tem como ser feito. O pressuposto do que veio da Anatel para o ministério é que existe um equilíbrio no contrato e, assim, qualquer coisa que se mude em favor das operadoras precisa ser ajustado. Não haveria razão de conceder este benefício às operadoras a troco de nada, seria fazer uma doação. Talvez as obrigações alternativas não sejam ótimas, mas é difícil achar uma melhor. E esse ajuste tem que ser feito, porque traz uma economia para as empresas que será revertida em benefício do interesse público. Se esperarmos até 2025 para achar o ótimo, o saldo vai ser zero. Mas voltando à demora, num primeiro momento elas impugnaram formalmente o ato e os saldos apontados pela Anatel, não reconheceram qualquer saldo… Se as empresas, que são interessadas, não reconhecem nada, não dá para avançar. Poderíamos até estancar os encargos e aguardar um tempo para o desenho destas metas, mas o ministro não aceitou esta situação, de dar um benefício sem uma contrapartida imediata. E ele tem razão, poderia ficar frouxo. E o que foi construído veio de conversas com o setor.

O deputado Daniel Vilela, autor do PLC 79, criticou o próprio setor em uma falta de proatividade para a aprovação do projeto. Qual a sua avaliação?

Não se pode dizer que o PLC não foi aprovado por causa disso. Fala-se que o projeto não foi aprovado por causa da narrativa, que não foi aprovado pela falta de projetos… Mentira. O PLC 79/2016 não foi aprovado porque ficou preso na mão de uma pessoa com poder político suficiente para poder fazer isso. A crítica ao setor feita pelo deputado é mais em aspectos episódicos e pela falta de planejamento e coordenação, talvez. A desunião do setor sem dúvida enfraquece o processo. Uma das bases do projeto é o financiamento de políticas públicas partir da adaptação das concessões, mas nada do que foi tentado de maneira similar nestes anos deu certo, por resistência das próprias operadoras. Houve brigas públicas sobre os TACs, sobre os saldos do PGMU… Quem é que vai acreditar que com a mudança de concessões para autorizações o setor vai se entender em relação aos investimentos? É difícil de acreditar.

Mas o PLC 79 é mais amplo do que os investimentos que serão feitos com a adaptação das concessões.

Sem dúvida, tem a possibilidade de renovação das concessões e frequências, o mercado secundário, a concessão de posições orbitais sem licitação… É um projeto equilibrado, que favorece a todos na competição, desenvolvimento, investimentos. A adaptação, de fato, é importante, mas eu mesmo tenho dúvidas se gerará os resultados esperados, porque haverá muita confusão na hora de calcular os valores. Vai ser muito difícil chegar a um consenso. Depois vem um regulamento, que eventualmente será impugnado. Supondo que tudo isso seja superado, a operadora, se estiver descontente do valor, não faz a adaptação e não se tem política pública.

Então, sem recursos, não haverá política pública?

Isso se olharmos para o lado da universalização da banda larga é verdade. Existem outras políticas que podem ser implementadas, mas que também precisam de alguma fonte de recursos. Por exemplo, regimes especiais precisam de custeio, como o regime especial de datacenter que a gente desenhou mas não pôde implementar, ou a isenção de IoT, que também não andou. A isenção das VSAT, que vigeu de 2012 a 2018 e nunca beneficiou um centavo, é uma lei cuja regulamentação foi tentada um monte de vezes sem sucesso. Quando entramos já tinha uma proposta na Casa Civil, voltou. Mandamos de novo, mexemos, foi feito um grande trabalho pela aprovação, mas terminava sempre na questão de qual seria a fonte de custeio para bancar a perda de arrecadação.

E o RE-PNBL? Que inclusive está agora sendo cobrado das empresas?

Nós tentamos fazer a regulamentação do RE-PNBL e tentamos fazer um novo RE-PNBL, mas nunca foi adiante pelas mesmas razões: falta de recursos para custeio da desoneração. O questionamento agora tem outro motivo: os modelos de políticas públicas geram problemas porque existe uma burocracia tão pesada que nenhuma grande empresa precisa cumprir. Tem que ter a nota com o carimbo X, controle de que o que foi comprado seja instalado exatamente onde estava previsto no projeto, uma coisa de louco.

Qual o tamanho que fica desse problema? Quanto as empresas vão ter que resolver?

Eu espero que não precisem devolver nada, mas de acordo com a regulamentação estrita a maior parte dos projetos não vai ser aprovada, e isso dá uma fortuna, um número que envolve o grosso dos benefícios auferidos.

E o Internet para Todos?

É uma situação bem diferente e esse é um projeto que está sendo implantado e que vai ser um sucesso, sem soluço. Mesmo a iniciativa privada vai embarcar. Todo mundo acordou para a possibilidade de explorar o segmento de baixa renda em localidade remota, e se possível vincular com alguma outra coisa que a empresa faça no âmbito rural.

Mas e o risco de que lá na frente se questione o benefício da isenção de ICMS?

Entendemos que é mínimo, até porque os Estados estão comprometidos com o Internet para Todos, eles apoiam, assim como todas as prefeituras de todo o país. Politicamente é um programa com muita solidez. Claro que o Confaz pode rever o benefício lá na frente, mas será para o futuro. O Internet para todos está em fase de implantação e vai decolar com certeza, porque se ninguém fizer a Telebrás e a Viasat com certeza irão.

Falando em Telebras, você entende que a determinação do TCU de determinar a revisão do contrato com a Viasat gera alguma incerteza em relação à parceria ou mesmo à estabilidade das regras do país para investidores externos?

É uma revisão mínima mas é uma coisa ruim sim. Não ajuda no investimento externo porque gera incerteza. Qualquer contrato pode ser melhor, mas até que ponto o contrato seria fechado em outras condições? É um ajuste desnecessário porque as duas partes entenderam que estava bom, o resultado era positivo e havia equilíbrio. Se você exagera, lá na frente o contrato dá errado. Vi isso dezenas de vezes na iniciativa privada. Por isso, pessoalmente, discordo da decisão do TCU, porque entendo que o contrato fechado estava perfeito. Se desequilibra, uma das partes pode cair fora. E mais: as economias ou ganhos para a Telebras que serão conseguidos com essa renegociação dificilmente vão pagar o atraso causado pela espera na decisão.

Mas não foi só o TCU que atrasou, teve questionamento na Justiça…

O atraso se deve muito ao período de análise do TCU. O SindiTelebrasil não conseguiu liminar e nunca terá. A Via Direta teve sucesso por algum tempo mas esse erro foi corrigido pelo Supremo. O episódio como um todo não fortalece a mensagem de segurança e credibilidade que o país quer passar para quem busca investir aqui, em especial considerando que o governo é o parceiro. Mas sabemos que assim é o Brasil. Houve muita precipitação e imaturidade de todos. Mas no fim o importante é que a decisão do TCU é boa, valida o modelo de negociação direta. Temos uma vacina contra problemas futuros.

Como você avalia o papel da Telebrás e o que fica para o governo que está chegando?

No decreto de Políticas não mudamos nem uma vírgula no papel que estava previsto para a estatal quando ela foi recriada, porque os objetivos dela estão corretos. O papel da Telebrás em relação a investimentos em infraestrutura crítica e estratégica foi bom e está ficando cada vez melhor na medida em que se busca sustentabilidade deste investimento. Um país como o Brasil, com a situação de rede e capilaridade, não pode abrir mão desta alternativa, e a banda Ka é uma alternativa de alta capacidade e total abrangência. O que ainda está mal equacionada é a questão do atendimento ao governo e da rede privativa. Em relação ao Decreto 8.135/2013, que trata da segurança da informação e a segurança da informação de governo, é preciso entender melhor se existe a necessidade desta segurança, onde e se ela se aplica. Entendo que isso é algo que precise ser melhor desenvolvido para que as contratações sejam efetivamente rentáveis ao governo. Essa sempre foi a minha posição, mas não necessariamente a do MCTIC, que buscou dar tempo e fôlego para a Telebrás se viabilizasse. Mas em resumo, vejo o papel da Telebras bem desenhado e o modelo do SGDC excelente para o país.

Os recursos investidos no satélite, se tivessem sido colocados em algum outro lugar, teriam gerado resultado melhor?

Entendo que não. A iniciativa privada não compareceu nem nunca quis comparecer para suprir essa lacuna. O governo tem que ocupar um espaço onde a iniciativa privada não vai. O que ele não pode é concorrer com a operadora privada, até porque ele perde a disputa na largada. Mas onde as operadoras não vão ele, governo, tem a obrigação de ir.

Ficou uma área cinza que é a iniciativa de atendimento próprio governo…

Entendo que todas as vítimas de alguma maneira se colocaram nessa situação. Se o relacionamento das operadoras com o governo fosse muito bom, se o contrato fluísse muito bem, sem soluços, sem acusações, ninguém nunca ia pensar em entregar isso para a Telebrás. Teve o episódio do Snowden que teve um peso. Tem o interesse militar e a questão da soberania nacional que não tem o que se questionar. Mas se a iniciativa privada tivesse sido mais parceira desde o começo, dando mais tranquilidade às Forças Armadas e ao governo, não teria acontecido o SGDC.

Faltou parceria?

Talvez, mas quem tem que pensar priorizando o interesse público de fato é o governo. Não participei do começo do projeto SGDC, mas minha impressão é que o governo atirou no que viu e acertou no que não viu, até porque não tinha um plano de negócio muito claro. Muitas destas pessoas que estavam lá na origem do projeto estão ai ainda e são profissionais de grande respeito.

Como você avalia, depois desta sua experiência no serviço público, o time do governo que vem tocando as políticas públicas de telecomunicações praticamente desde o governo Lula?

É um time muito bom, estão alinhados e são bem estruturados. Têm uma visão de futuro bem consolidada e sabem o caminho de implementação de novas políticas. O que falta é um pouco mais de estrutura, é uma equipe enxuta, mínima, que acaba ficando muito dependente da Anatel, quem tem esse papel de instruir o ministério. Um bom exemplo é o decreto de Políticas de Telecomunicações e o Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações. São projetos que nasceram na mesma origem e caminharam paralelamente e que se complementam.

A mim parece que tanto o PERT quanto as políticas endereçam muito mais lacunas do passado do que uma agenda futura…

Discordo. Não tem nada de passado sendo endereçado no decreto de Políticas de Telecomunicações. É uma agenda de futuro para o que precisa ser desenvolvido no médio e longo prazo. Estamos acompanhando o que está sendo feito e o que precisa ser realizado para a chegada do 5G, estamos olhando muito para o cenário de Internet das Coisas, todas as agendas de futuro estão endereçadas. O que precisa acontecer ainda é uma força tarefa para a implementação das normas municipais adequadas para a lei das antenas. Mas são 20 ou 40 municípios críticos em que se resolve mais de 90% do problema. As pequenas cidades vão no embalo. Só existem duas situações: ou o cara tem antena e não quer, ou não tem antena e quer. O que não tem antena está mais consciente do problema. O que já tem infraestrutura goza do serviço, mas precisa entender que a qualidade depende da expansão de capacidade, que sobre esta rede há um mundo de IoT e novos serviços que vão gerar receita.

E a questão tributária? Até hoje o Plano de IoT não saiu por conta disso.

É verdade, mas no que diz respeito ao ministério, nós estamos totalmente alinhados e apoiamos a visão da necessidade de uma desoneração, e isso foi manifestado em notas técnicas e em estudos que nós apresentamos.

A crítica que se faz não é ao MCTIC necessariamente, mas ao governo que não consegue ter essa visão estratégica sobre o papel do setor no desenvolvimento.

De fato, falta essa visão estratégica. Mas é um processo que envolve as operadoras e o ministério. Todo o setor tem que chamar a atenção desta necessidade. A pauta de comunicação não está nem sendo muito falada no novo governo, não aparece nem no nome do ministério. É uma questão de conhecimento. Se a sociedade não olha para isso ou assume isso como dado, não melhora. Cabe ao setor parar de brigar entre si e mostrar que a sociedade tem a ganhar com esta agenda, porque tudo melhora com conectividade, qualquer aspecto da vida.

Mas cabe ao governo também ser um fomentador do uso das TICs…

Isso está no radar, está sendo feito em várias áreas. O que as pessoas muitas vezes não enxergam é que o governo está trabalhando e está fazendo muita coisa nessa área digital, mas não conseguiu ainda fazer com que esta agenda estivesse no centro das atenções, em conjunto com outras coisas importantes. Ainda não estamos no nível adequado de prioridade. A Telefônica, por exemplo, lançou recentemente o manifesto digital, do qual eu assinaria embaixo. Mas tem um mundo de coisas ali que o governo já fez, inclusive com altíssima qualidade. Olhe a Estratégia Digital, o Plano de IOT… Por que o setor não parte destas iniciativas? Não foi por falta de convite. Eu diria que nós mais procuramos o setor do que fomos procurados por ele. As empresas têm muito mais a contribuir e o governo tem muito mais a contribuir, porque há pessoas muito competentes dos dois lados. Mas há muito a melhorar nesse relacionamento, tanto defendendo os interesses da iniciativa privada quanto defendendo o interesse público. Só que as conversas precisam ser de alto nível, com maior integração e melhor coordenação.

E em relação ao seu futuro?

Eu deixo o governo dia 31 de dezembro. Estou ainda em alguns conselhos: Telebrás, Funttel, CPqD e Conselho Consultivo da Anatel. Telebrás e Funttel eu quero sair o quanto antes, e é natural que essa troca aconteça logo. O Conselho Consultivo da Anatel está parado, mas eu gostaria de continuar para ajudar a reativá-lo, levando discussões saudáveis e relevantes para lá. De qualquer maneira, esta experiência no governo foi muito rica e me permitiu entender coisas que em anos de iniciativa privada eu sempre tive dificuldade de compreender sobre o funcionamento do Estado.

Fonte: Teletime News de 21 de dezembro de 2018, por André Borges.

ISPs passam Oi e se tornam terceiro maior grupo de banda larga fixa em novembro

A banda larga fixa voltou a crescer em novembro, conforme balanço divulgado pela Anatel no final da tarde desta sexta-feira, 21. Foram 107,4 mil adições líquidas no mês (aumento de 0,35%) e de 2,481 milhões em 12 meses (avanço de 8,68%), totalizando 31,058 milhões de conexões no País. Mais uma vez, o destaque é do grupo dos pequenos provedores regionais (ISPs), que voltou a apresentar o maior crescimento mensal, com 104,3 mil adições líquidas (avanço de 1,72%), totalizando 6,186 milhões de acessos. Com isso, pela primeira vez, os ISPs passaram a Oi oficialmente, tornando-se o terceiro maior grupo do País.

Vale lembrar, contudo, que a estimativa dos próprios provedores regionais baseada na pesquisa TIC Domicílios 2017 é que havia ao menos 11 milhões de acessos ao todo, tornando-os líder no mercado brasileiro de banda larga. A diferença se daria por uma grande quantidade de contratos não contabilizados por não terem sido informados pelos próprios ISPs.

Pelo balanço de novembro da Anatel, a Oi reduziu a base em 21,5 mil acessos no mês (redução de 0,35%) e ficou com 6,073 milhões de conexões. A líder do mercado, segundo a agência, ainda é a América Móvil (Claro, Embratel e Net), com 9,350 milhões de acessos após um aumento mensal de 29,4 mil novos contratos (0,32% de crescimento). A Vivo vem logo após, com 7,594 milhões de acessos (após redução de 5,5 mil conexões no mês).

Tecnologia e velocidade

A fibra continuou sendo a tecnologia que mais cresce no mês. De outubro para novembro, foram 138,9 mil acessos a mais (aumento de 2,64%), totalizando 5,394 milhões de acessos. O cabo também avançou: 27,8 mil adições líquidas (0,30%), total de 9,428 milhões de contratos. Por outro lado, a base de xDSL voltou a cair: 78,6 mil desconexões (redução de 0,63%), embora ainda seja a maior tecnologia no País, com 12,376 milhões de linhas.

Em termos de velocidade, a faixa que mais avançou no mês foi a de conexões acima de 34 Mbps, com 318,7 mil adições líquidas (aumento de 4,32%), totalizando 7,704 milhões de contratos. Vale ressaltar que em 12 meses, essas velocidades aumentaram quase 88% (3,606 milhões de adições líquidas). Em seguida, vem a faixa de 12 Mbps a 34 Mbps (prestes a ser suplantada pelas velocidades acima de 34 Mbps, como se pode ver no gráfico acima), que adicionou quase 53 mil acessos (0,66%), somando 8,055 milhões de conexões. A mais usada no País, entre 2 Mbps a 12 Mbps, caiu 1,64% no mês (167,1 mil desligamentos), totalizando 10,018 milhões de contratos.

Fonte: Teletime News de 20 de dezembro de 2018, por Bruno do Amaral.

Governo publica PGMU com metas de 4G

No apagar das luzes, o governo publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 21, o Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) referente ao período 2016-2020. O decreto confirma a inclusão das metas de 4G nos projetos de investimento com os saldos da flexibilização das metas de universalização, conforme antecipado na minuta. Segundo o decreto, "a Anatel deverá apurar a disponibilidade de saldo decorrente das alterações das metas de TUP (orelhões) promovidas por este Plano, que será utilizado em favor de metas de acesso fixo sem fio para a prestação do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC)".

Conforme o PGMU, o atendimento com banda larga deverá ocorrer por meio da implantação de uma estação rádio base em cada localidade, de forma escalonada, definida da seguinte forma: no mínimo, 10% das localidades deverão ser cobertas ainda em 2019, 25% em 2020, 45% em 2021,70% em 2022 e 100% em 2023.

O decreto também estabelece que "a Anatel deverá, no prazo de até três meses, contado da data de publicação deste Plano, confirmar a inexistência de atendimento com tecnologia de quarta geração – 4G ou superior – nas localidades indicadas no plano. Verificada a existência de localidade com atendimento de tecnologia de quarta geração – 4G ou superior, a Anatel deverá substituí-las por localidades sem atendimento com essa tecnologia." O PGMU determina que a obrigação prevista no plano "poderá ser cumprida por meio de tecnologia de terceira geração – 3G quando o grupo econômico da concessionária não dispuser de ofertas comerciais baseadas em tecnologia de quarta geração ou superior".

A Anatel deverá elaborar e apresentar ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações um plano de utilização dos saldos, por meio de regulamentação – a qual a agência terá 12 meses para elaborar. Enquanto isso, se aplicam, no que couber, as disposições do atual PGMU.

O Plano Geral também estabelece exigência de nas localidades com mais de 300 habitantes, as concessionárias devem implantar o STFC com acessos individuais nas classes residencial, não residencial e tronco, no prazo de até 120 dias, contado da data de solicitação. Também estabelece que as solicitações devem ser atendidas em um prazo máximo de sete dias. No entanto, flexibiliza esse vencimento, determinando que "em nenhuma hipótese, a instalação de acessos individuais poderá ocorrer em prazo superior a vinte e cinco dias".

Em relação às áreas rurais, o decreto determina que "as concessionárias do STFC na modalidade local devem ofertar o acesso individual na área rural, por meio de plano alternativo de oferta obrigatória de serviço, definido em regulamentação específica, que estabelecerá os prazos e as metas de cobertura, a abrangência e as demais condições que assegurem a viabilidade técnica e econômica da oferta". A regulamentação deverá prever o atendimento progressivo, além de outras condições que assegurem o atendimento às solicitações de instalação de acesso individual. "A meta será exigível a partir da cobertura pela prestadora detentora da outorga de autorização de uso de radiofrequências da área rural a ser atendida por sistema de radiocomunicação que opere nas subfaixas de radiofrequências de 451 MHz a 458 MHz e de 461 MHz a 468 MHz ou em outra subfaixa de radiofrequência utilizada por ela para o cumprimento da obrigação de cobertura".

Em relação aos TUPs, o PGMU excluiu as metas de densidade, por município, de distância e de instalação obrigatória em toda localidade com mais de 100 habitantes, preservando-se necessariamente os TUPs já instalados em localidades com até 300 habitantes.

Fonte: Teletime News de 20 de dezembro de 2018, pela Redação.

Claro unifica unidades de negócio sob duas áreas

O grupo Claro Brasil deve passar por uma reestruturação interna. Segundo apurou este noticiário, foi anunciada internamente a unificação de duas unidades de negócio. Agora, os diferentes produtos da empresa ficam organizados sob duas únicas unidades, contra quatro anteriormente: uma unidade de serviços pessoais, residenciais e pequenas e médias empresas, sob o comando de Paulo César Teixeira, e que terá sob si a responsabilidade pelos serviços massivos móveis e fixos (incluindo banda larga fixa, telefonia fixa e TV por assinatura); a outra unidade, de serviços corporativos e empresariais, permanece sob o comando de José Formoso.

Na área residencial, Daniel Barros, que ocupava o comando dos serviços residenciais na estrutura anterior, passa a se reportar como diretor de operações a Paulo César Teixeira, assim como Agrício Neto, que cuidava da unidade de DTH. Na área corporativa não deve haver maiores mudanças.

A simplificação da estrutura pode levar também a uma aceleração do processo de unificação de marcas (prevalecendo a marca Claro, que substituiria a marca Net nos serviços residenciais), mas ainda estão sendo feitos estudos sobre este tema. Já a estrutura "holding" da Claro Brasil, que hoje cuida de todas as áreas-meio do grupo (tecnologia, financeiro, planejamento, jurídico-regulatório etc), permanecem como estão, sob a liderança de José Félix.

Fonte: Teletime News de 20 de dezembro de 2018, por Samuel Possebon.

Temer assina PGMU, que deve sair publicado nesta sexta, 21

O Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) referente ao período de 2016-2020 foi finalmente assinado pelo presidente Temer nesta quinta, 20, e deve ser publicado nos próximos dias, apurou este noticiário. A informação é de que, mesmo com o protesto das operadoras Claro e TIM, que contestaram aspectos da inclusão das metas de 4G nos projetos de investimento com os saldos da flexibilização das metas de universalização, o texto deve sair como estava, sem alterações significativas. Os detalhes sobre o PGMU foram antecipados por este noticiário nesta reportagem.

A informação coincide com a informação dada pelo ministro Gilberto Kassab durante a posse do novo conselheiro da Anatel, Moisés Moreira, de que estava mantida a expectativa de aprovação do decreto do PGMU, ainda neste governo. Kassab manifestou mais otimismo também em relação à possibilidade de aprovação do decreto do Plano de IoT, que há uma semana ele considerava m ais difícil de ser aprovado ainda no governo Temer. Ele informou ainda que fará uma transição simbólica de cargo ao novo ministro Marcos Pontes no próximo dia 28, às 17:00, já que dia 2 estará em São Paulo para assumir as suas novas responsabilidades na Casa Civil do governo de São Paulo.

Fonte: Teletime News de 20 de dezembro de 2018, por Samuel Possebon.

Sem votação em plenário, PLC 79/2016 volta para comissão em 2019

Não basta não ter sido aprovado pelo Senado em 2018, o PLC 79/2016, que estabelece o novo marco das telecomunicações, iniciará o ano de 2019 com mais uma etapa de tramitação a ser cumprida no Senado. Com o fim das atividades do Congresso neste ano, o projeto, que estava parado aguardando votação no plenário do Senado, retornou automaticamente para a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática. Nesta comissão o projeto receberá um novo relator para que sejam feitas as análises apenas da emendas apresentadas (num total de 16), já que o senador Eunício Oliveira (MDB/CE) não fez a leitura de nenhum dos dois requerimentos com pedidos de urgência para que a discussão e votação se desse em Plenário. A composição das comissões costuma levar algumas semanas depois do início do ano legislativo, em fevereiro.

Fonte: Teletime News de 20 de dezembro de 2018, por Samuel Possebon.

Orçamento 2019: MCTIC terá R$ 15,3 bilhões

Na definição do orçamento da União para 2019, a pasta de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações ficou com R$ 15,3 bilhões, divididos da seguinte forma: Pessoal e Encargos Sociais, R$ 4,41 bilhões (28,86%); Outras Despesas Correntes, R$ 3,66 bilhões (23,98%); Investimentos R$ 654,44 milhões (4,28%); Inversões Financeiras R$ 1,35 (8,83%); e Reserva de Contingência, R$ 5,20 bilhões.

O quinhão do setor de TICs foi aprovado juntamente com as demais definições de receitas e despesas da União em sessão realizada pelo Congresso Nacional nesta quarta-feira, 19. No total, o orçamento para o próximo ano tem receita estimada de R$ 3,38 trilhões, com as despesas estabelecidas no mesmo valor. A meta de déficit fiscal foi mantida em R$ 139 bilhões, como estimado pela equipe econômica.

Ao final da sessão, o presidente do Congresso, Eunício Oliveira, lembrou que somente com a aprovação do orçamento, o próximo governo poderá editar Projetos de Lei do Congresso (PLNs) que possibilitam a sua modificação. "Se não aprovássemos o orçamento, o futuro governo não poderia governar, pois estaria preso a gastar apenas os duodécimos [parcelas de um doze avos do Orçamento anterior, que podem ser utilizadas pelo governo, com a correção da inflação, enquanto não é aprovado o Orçamento do ano]. Ao contrário do que se declarou, não deixamos nenhuma bomba-relógio ou pauta-bomba. Estamos permitindo que o próximo governo possa funcionar", afirmou.

(Com Agência Senado)

Fonte: Teletime News dde 20 de dezembro de 2018, pela Redação.

Posse na Anatel é marcada por defesa da desregulamentação e de um novo modelo

Em uma solenidade prestigiada por mais de uma dezena de parlamentares, incluindo o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM/RJ), e o senador Jorge Viana (PT/AC), a Anatel realizou nesta quinta, 20, a solenidade de posse do novo conselheiro Moisés Moreira e, com algum atraso, a posse formal do presidente Leonardo Euler de Morais, que já está em pleno exercício das funções desde novembro mas ainda sem a solenidade pública.

O ato acabou sendo uma defesa de uma reforma do modelo de telecomunicações e de um processo de desregulamentação. Moreira foi o mais enfático nesta linha. Em seu discurso, ressaltou que a Anatel tem um excelente corpo técnico mas as "amarras" colocadas por uma regulamentação que cobre "todos os aspectos" da atividade de telecomunicações impedem que a agência possa acompanhar as mudanças pelas quais o setor tem passado. "É preciso tirar o orelhão do centro das políticas e colocar a banda larga", disse Moreira. "Entre os nossos desafios está a inclusão social e e promover a oferta de serviços. Telecom tem hoje o status de água, luz e esgoto" disse, ressaltando que o uso dos fundos setoriais é fundamental e defendendo mudanças colocadas no Congresso sobre aplicação de Fust e Fistel. "Precisamos de políticas públicas adequadas e uma Anatel evolutiva que se adapte as novos tempos, com uma abordagem aberta às inovações tecnológicas, com revisão e simplificação regulatória. O tempo da agência pautado pela punição ficará no passado, com maior incentivos aos investimentos", disse. Ele destacou a carga de 449 normas. "Onde há competição intensa (o mercado) deve ser desregulado. Isso seria mais efetivo".

Leonardo Euler de Morais, presidente da agência, reiterou o papel que as telecomunicações têm para a sociedade em todos os campos e ;lembrou que a conectividade é hoje um insumo indispensável. Ele destacou o PLC 79 como "a principal reforma microeconômica desde a privatização" e relembrou que o projeto, em tramitação no Senado, retira "os principais entraves para a dinamização do setor". Ele comemorou avanços promovidos pela agência, como o Plano Geral de Metas de Competição, e destacou o papel das pequenas operadoras na universalização da banda larga, e fez críticas à carga tributária setorial, "desproporcional"e discrepante do papel estratégico", das telecomunicações. 

A solenidade também marcou a despedida do conselheiro Otávio Rodrigues, que renunciou ao cargo depois de ter seu nome indicado para o Conselho Nacional do Ministério Público. O conselheiro Emmanoel Campelo se encarregou da homenagem a Rodrigues, destacando o papel do conselheiro no critério técnico e capacidade de análise das questões. O novo conselheiro indicado e sabatinado, Vicente Aquino, não tem ainda data de posse marcada, o que depende de publicação de sua nomeação pelo presidente da República. Segundo o ministro Gilberto Kassab, existe a possibilidade de que ele venha a assumir apenas em janeiro.

Fonte: Teletime News de 20 de dezembro de 2018, por Samuel Possebon.

Pesquisa do IBGE aponta crescimento no uso do celular

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do IBGE, divulgada nesta quinta-feira, 20, na população de 10 anos ou mais, a parcela que tinha celular para uso pessoal passou de 77,1% (2016) para 78,2% (2017). Em 2017, na área urbana, esse percentual era de 81,9%, e, em área rural, 55,8%.

O percentual de pessoas com celular era menor entre as do grupo com 10 a 13 anos de idade (41,8%) e alcançou as maiores participações nos grupos etários de 25 a 29 anos (88,8%) e de 30 a 34 anos (88,9%), passando a cair gradualmente até os 63,5% entre os idosos (60 anos ou mais). Esse indicador foi de 41,8% entre as pessoas sem instrução e de 97,5% entre os que tinham superior completo.

Entre as 39,4 milhões de pessoas que não tinham celular, 25,7% alegaram não ter o aparelho porque era caro; 23,2%, que costumavam usar o celular de outra pessoa; 21,3%; que tinham falta de interesse em ter um e 19,4%, alegaram que não sabiam usar o celular. O percentual de pessoas que indicaram que o serviço móvel não estava disponível nos locais que costumavam frequentar foi de 8,2%, em área rural e somente de 0,4%, em área urbana.

Presença nos domicílios

A pesquisa também aponta que o celular foi o equipamento mais utilizado para acessar a Internet no domicílio (98,7% dos domicílios em que havia utilização da Internet). Em 2016, este percentual estava em 97,2%. O percentual dos domicílios que utilizaram somente telefone móvel celular para acessar esta rede também aumentou, passando de 38,6% (2016) para 43,3% (2017).

Por outro lado, de 2016 para 2017, o levantamento indica que diminuiu o percentual de domicílios com computador (de 45,3% para 43,4%) e com tablet (de 15,1% para 13,7%). Em 2017, em 5,1% dos domicílios não havia telefone e, em 2016, esse percentual era de 5,4%. O percentual de domicílios com telefone fixo caiu de 33,6% para 31,5% e os com celular subiu de 92,6% para 93,2%. A parcela dos domicílios em que existia somente telefone fixo passou de 2,0% (2016) para 1,7% (2017).

O percentual de domicílios com acesso à Internet através de computador caiu de 57,8% em 2016 para 52,3% em 2017. Também diminuiu o percentual dos domicílios em que o PC era o único meio de acesso à Internet: de 2,3% (2016) para 0,9% (2017). O percentual de domicílios que utilizavam a internet e acessavam através da televisão subiu de 11,7% para 16,1%. Já o acesso via tablet estava presente em 15,5% dos domicílios em onde havia utilização desta rede em 2017 e, no ano anterior, em 17,8%.

Fonte: Teletime News de 20 de dezembro de 2018, pela Redação.
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Anatel colocará renovação de contrato de concessão e novo PGMU em consulta

O Conselho Diretor da Anatel aprovou em reunião extraordinária nesta quarta-feira, 19, a Consulta Pública para o Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) para o período entre 2021 e 2025, além de tomada de subsídios para revisão dos Contratos de Concessãopara a prestação do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) nas modalidades de serviço Local, Longa Distância Nacional (LDN) e Longa Distância Internacional (LDI). O foco é tentar chegar a um consenso com as prestadoras em relação aos valores que terão de ser reinvestidos em novas metas. Para isso, a proposta aprovada prevê a discussão sobre valores que constam na cláusula 8.5 dos contratos de concessão, que se referem à redução de metas de TUPs (orelhões), instalação de infraestrutura de rede de suporte do STFC para conexão em banda larga (backhaul), interligando as redes de acesso ao backbone da operadora e à instalação de Postos de Serviço Multifacilidades (PSM).

Na proposta, a Anatel sugere que caso ocorra impasse, seja criada uma comissão de arbitragem, composta por cinco membros: dois da Anatel, outros dois indicados pelas operadoras e um consultor aprovado pelos dois lados.

O conselheiro relator, Aníbal Diniz, comentou que o PGMU anterior relativo 2017 -2020 foi encaminhado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), porém até hoje não foi aprovado pelo governo. Ele informou que, na nova revisão, as metas estabelecidas visam resolver o impasse com as concessionárias, que foram convocadas a assinar a renovação, mas se negaram, por discordar dos valores apontados pela agência para o saldo do PGMU anterior ao que ainda não foi aprovado pelo governo. O valor encontrado pela agência foi de R$ 3,3 bilhões. "As concessionárias somente tiverem acesso aos valores, em reunião realizada pela agência. Ocasião em que não tiveram oportunidade de se posicionar", comentou Diniz.

O novo PGMU estabelece quantidade de TUPs somente nas áreas rurais e também estabelece dois capítulos sobre banda larga fixa. Em linhas gerais, como o PLC 79/2016, ainda não foi aprovado no Senado, a proposta do plano é manter a determinação do Decreto nº 7.512/ 2011, que determina a instalação de banda larga nas escolas, além de estabelecer que o backhaul para atendimento dos compromissos de universalização qualifica-se, destacadamente, dentre os bens de infraestrutura e equipamentos de comutação e transmissão reversíveis à União e deve integrar a relação de bens reversíveis.

Fonte: Teletime News de 19 de dezembro de 2018, pela Redação.

PL das agências: CCJ do Senado rejeita alterações feitas na Câmara

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado rejeitou nesta quarta-feira, 19, as alterações feitas pela Câmara dos Deputados ao projeto de lei das agências reguladoras (SCD 10/2018). As mudanças da Câmara incluiriam o Inmetro entre as agências reguladoras e permitiriam a indicação de políticos e parentes para as diretorias de agências e estatais. Por recomendação do relator, senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), essas alterações foram rejeitadas.

"As finalidades da lei que debatemos foi estabelecer critérios mais rígidos na nomeação dos dirigentes, em busca de maior impessoalidade, eficiência e transparência nas atividades destas empresas", afirmou o relator. Os demais dispositivos foram aprovados.

O projeto original é de autoria do senador Eunício Oliveira (PLS 52/2013). A proposta segue para a análise da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) e, posteriormente, para o plenário.

Fonte: Teletime News de 19 de dezembro de 2018, pela Redação.

Anatel publica Consulta Pública sobre Regulamento de Receitas Tributárias

Foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira, 19, Consulta Pública que trata do Regulamento de Arrecadação de Receitas Tributárias da Anatel. De acordo com o texto, o regulamento aplica-se aos prestadores que são sujeitos a contribuir para a Taxa de Fiscalização de Instalação (TFI) e da Taxa de Fiscalização de Funcionamento (TFF). Também regulamenta a Contribuição para o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Cide-Fust) e para Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública (CFRP). As contribuições serão recebidas em um prazo de 60 dias.

Segundo a minuta do regulamento, configura novo fato gerador da TFI, a incidir sobre estações previamente licenciadas: a alteração de natureza técnica que implique modificação do seu funcionamento, de acordo com a regulamentação; a alteração que implique enquadramento da estação em nova faixa de tributação, nos termos do Anexo I da Lei nº 5.070, de 7 de julho de 1966, situação na qual o valor do tributo corresponderá à diferença positiva entre o valor devido pelo licenciamento referente à nova faixa e o valor cobrado pelo licenciamento anterior e renovação da validade da licença, que acarrete na expedição de nova licença.

A proposta da Anatel também considera que o fato gerador da TFF é o exercício do poder de polícia no que tange ao funcionamento de estações utilizadas para prestação de serviços de telecomunicações, previamente licenciadas ou não, e do uso de radiofrequência. A minuta também estabelece que se considera ocorrido o fato gerador da TFF no dia 1º de janeiro de cada ano.

"A expedição de nova licença para funcionamento de estação, em substituição à licença anterior, após a ocorrência do fato gerador da TFF, não desonerará a responsável de seu pagamento, mesmo que a substituição gere nova incidência da TFI", diz o texto. "A TFF somente deixará de incidir sobre a estação licenciada a partir do exercício subsequente àquele em que: o sujeito passivo venha a protocolizar, perante a Anatel, pedido de cancelamento da licença; for publicado o ato que determinar o cancelamento da licença em função da extinção da concessão, permissão ou autorização de serviço de telecomunicações, do direito de uso de radiofrequências ou do direito de exploração de satélite". A minuta também estabelece que "no caso de Licença para Funcionamento em Bloco de Estações, emitida de acordo com as normas que regem o licenciamento de estações na Anatel, a TFF terá como base de cálculo o número de estações em funcionamento cuja licença tenha sido emitida até o vigésimo dia útil do mês de janeiro do ano corrente, acrescido do crédito de blocos de estações acumulado pela prestadora até essa data".

No que se refere ao Fust, a minuta de regulamento estabelece que não constituem serviços de telecomunicações, para efeitos de incidência da Contribuição para Financiamento do fundo: "o provimento de capacidade de satélite; a atividade de habilitação ou cadastro de usuário e de equipamento para acesso a serviços de telecomunicações e os serviços de valor adicionado".

Em relação à base de cálculo de CFRP, o documento estabelece que corresponde ao número de estações licenciadas ou não, na data de ocorrência do fato gerador, à qual será aplicada alíquota específica. "No caso de Licença para Funcionamento em Bloco de Estações, emitida de acordo com as normas que regem o licenciamento de estações na Anatel, a CFRP terá como base de cálculo o número de estações em funcionamento cuja licença tenha sido emitida até o vigésimo dia útil do mês de janeiro do ano corrente, acrescido do crédito de blocos de estações acumulado pela prestadora até esta data."

Fonte: Teletime News de 19 de dezembro de 2018, pela Redação

Publicados valores de referência para EILD e VU-M para a partir de 2020

A Anatel publicou dois atos no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 19. No primeiro, o órgão regulador estabelece os valores de referência de circuito completo de EILD Padrão para Grupo de prestadoras detentoras de Poder de Mercado Significativo na oferta de EILD nas três regiões como base os resultados dos modelos de custos, para o ano de 2020.

No segundo ato, a agência configura os valores de referência da VU-M a serem praticados pelas prestadoras com Poder de Mercado Significativo (PMS) nos anos de 2020 a 2023. Os valores foram calculados com base no modelo de custos e balizarão o mercado de oferta de interconexão em redes móveis. Confira os novos valores de referência de circuito completo de EILD padrão e VU-M que passam a valer a partir de 24 de fevereiro de 2020, líquidos de contribuições sociais:
EILD PADRÃO- REGIÃO I
D0D1D2D3D4D5D6D7D8
Até 64 kbps147,99155,10157,35160,66165,90168,38169,12170,34170,95
Entre 128-512 kbps312,18324,80330,42337,81344,50349,11352,82355,77358,74
Entre 768k – 1Mbps320,00345,82356,37369,22382,34392,64404,96412,18422,23
EILD 2 Mbps327,49364,67376,76391,42410,33429,34451,27462,62480,37
EILD 8 Mbps345,74414,59437,26464,48499,30533,83575,33596,59630,26
EILD 16 Mbps409,53505,56536,86574,54623,20671,97729,68759,28806,06
EILD 34 Mbps437,60584,07631,71689,49763,99838,87925,29970,011.039,95

 EILD PADRÃO- REGIÃO II
D0D1D2D3D4D5D6D7D8
Até 64 kbps132,99138,37140,08142,59146,56148,44149,00149,92150,38
Entre 128-512 kbps281,72291,28295,54301,14306,20309,70312,51314,74317,00
Entre 768k – 1Mbps287,64307,21315,20324,93334,87342,68352,01357,48365,09
EILD 2 Mbps293,32321,48330,65341,75356,08370,48387,09395,69409,14
EILD 8 Mbps307,15359,31376,48397,11423,48449,65481,08497,19522,70
EILD 16 Mbps359,93432,68456,39484,94521,81558,75602,48624,90660,34
EILD 34 Mbps381,19492,16528,25572,02628,47685,20750,67784,55837,54

EILD PADRÃO– REGIÃO III
D0D1D2D3D4D5D6D7D8
Até 64 kbps151,84153,16153,58154,20155,18155,64155,78156,01156,12
Entre 128-512 kbps318,34320,69321,74323,12324,37325,23325,92326,47327,03
Entre 768k – 1Mbps319,80324,62326,58328,98331,43333,35335,65337,00338,88
EILD 2 Mbps321,20328,13330,39333,13336,65340,20344,29346,41349,73
EILD 8 Mbps324,60337,45341,68346,76353,26359,70367,45371,41377,70
EILD 16 Mbps378,54396,46402,30409,34418,42427,52438,29443,81452,54
EILD 34 Mbps383,78411,11420,00430,79444,69458,67474,79483,14496,19
VU-M (RVU-M) no mercado de oferta de interconexão em redes móveis
2020202120222023
REGIÃO DO PGARVU-MRVU-MRVU-MRVU-M
REGIÃO I0,018630,019370,020140,02096

VU-M (RVU-M) no mercado de oferta de interconexão em redes móveis
2020202120222023
REGIÃO DO PGARVU-MRVU-MRVU-MRVU-M
REGIÃO II0,021280,021910,022550,02327

VU-M (RVU-M) no mercado de oferta de interconexão em redes móveis
2020202120222023
REGIÃO DO PGARVU-MRVU-MRVU-MRVU-M
REGIÃO III0,043420,045950,048640,05140


Fonte: Teletime News de 19 de dezembro de 2018, pela Redação