quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Vivo vê alta na portabilidade em meio ao trânsito de clientes da Oi

Além dos 12,6 milhões de clientes herdados da Oi como parte dos ativos móveis comprados da empresa, a Vivo também percebeu uma alta nos assinantes recebidos a partir da portabilidade numérica durante o segundo trimestre.

Durante call sobre os resultados do período nesta quarta-feira, 27, a empresa apontou que 31% das adições líquidas do móvel no trimestre foram oriundas da portabilidade – ou quase 400 mil de um total de 1,3 milhão. Um ano antes, o indicador de números migrados das rivais representava 16% das adições líquidas.

CEO da Vivo, Christian Gebara reconheceu que parte da alta pode estar relacionada com clientes da Oi herdados pelas concorrentes, mas que efetuaram a portabilidade. "Mas não é só isso. Nossa forte performance comercial também contribuiu", apontou o executivo.

No segmento móvel, a empresa teria alta de 9,4% na receita de serviços sem os efeitos da aquisição da base da Oi. Com os novos usuários, o salto ficou em 15,1%. Por outro lado, a chegada também teve efeito negativo sobre a receita média dos usuários (ARPU) pós-pago e pré-pago, visto a diferença de perfil das bases. A expectativa é mudar a tendência nos próximos trimestres.

"Estamos avaliando a base que recebemos e alguns clientes não são ativos da forma que consideramos, especialmente no pré-pago. É cedo para dizer sinergias sobre receitas, mas há espaço para [os novos clientes] expandirem o consumo", apontou Gebara. Em março de 2022, os ativos da Oi adquiridos pela Vivo haviam gerado uma cifra preliminar de R$ 135 milhões em receita líquida mensal.

Roaming

A disputa judicial sobre as ofertas de roaming que compõem os remédios para aprovação da compra da Oi móvel também foi abordada por Gebara – que reiterou a discordância das teles com o modelo de cálculo realizado pela Anatel.

"Concordamos com Cade e Anatel em apresentar as ofertas, mas elas devem seguir o modelo previsto no PGMC e baseado nele que apresentamos nossa primeira oferta. Estamos discutindo como devemos calcular, e não o remédio em si. Há uma nova proposta [a aprovada pela Anatel] baseada em modelo diferente de cálculo que não está na regulação e isso que está em debate no momento. Espero que possamos chegar a um acordo", afirmou o CEO da Vivo.

Fonte: Teletime News de 27 de julho de 2022, por Henrique Julião.

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