Incluída em nova fase da operação Lava Jato, a Oi - por meio de um comunicado ao mercado - rebateu a alegação de que foi favorecida por decisões do ex-presidente Lula, como apontou o Ministério Público Federal ao justificar a busca e apreensão realizada nesta terça, 10/12 – e que também atingiram o grupo Telefônica/Vivo.
Diz o MPF que identificou pagamentos superiores a R$ 132 milhões a empresas do filho do ex-presidente, Fábio Luis da Silva, e alega que eles “foram realizados sem justificativa econômica plausível, ao tempo em que o grupo Oi/Telemar foi beneficiado por diversos atos praticados pelo Governo Federal.” Cita especificamente o Decreto 6654/08, que alterou o Plano Geral de Outorgas, permitindo a compra da Brasil Telecom.
“Sob o ponto de vista da companhia, é importante ressaltar que os episódios até agora mencionados nas investigações não representaram de fato nenhum benefício ou favorecimento a seus negócios. Ao contrário, a companhia, ao protocolar sua petição com pedido de recuperação judicial, elencou alguns desses episódios – a exemplo da fusão com a Brasil Telecom e operações societárias com a Portugal Telecom – como componentes que levaram à crise de liquidez que justificou esse pedido”, diz a Oi.
A operadora informa ainda que “no âmbito de investigações já concluídas ou em curso por diferentes autoridades, a companhia tem participado de forma colaborativa, com o envio de todas as informações solicitadas. A gestão da companhia reitera que não compactua com nenhuma irregularidade e não tem medido esforços para assegurar que quaisquer ações que eventualmente possam ter prejudicado a companhia sejam integralmente apuradas”. “A Oi é a principal interessada no total esclarecimento de eventuais atos praticados que possam lhe ter gerado prejuízo”, conclui.
Fonte: Convergência Digital de 10 de dezembro de 2019, por Luis Osvaldo Grossmann.
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