A Europa dá sinais de que a pressão dos Estados Unidos pode ser bem sucedida contra a fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações Huawei. Nesta terça, 17/12, a espanhola Telefónica avisou que vai “reduzir drasticamente” a compra de tecnologia da fornecedora chinesa para o núcleo da rede 5G, segundo informa a agência Reuters citando o diretor global de sistemas e redes, Enrique Blanco.
É certo que o diretor da quarta maior operadora europeia afirmou que a decisão foi “puramente técnica” e visa reduzir a dependência de um único fornecedor. “Quando o núcleo vem de um único fornecedor, há maior probabilidade de que uma falha pontual colapse toda a rede”, afirmou. Para em seguida reconhecer que “nenhum fornecedor, independentemente da nacionalidade, terá toda informação do sistema”.
É uma mudança importante tendo em vista que a Huawei é o único fornecedor da Telefónica em redes 4G na própria Espanha como também na Alemanha. E vem uma semana depois de a Telefónica Deutschland anunciar a fabricante chinesa vai fornecer tecnologia de ‘Radio Access Network’ (RAN) na implantação do 5G naquele país.
Essa decisão pode ser fortemente afetada por uma discussão no Parlamento alemão. Está prevista para esta mesma terça-feira uma votação interna no partido Social Democrata da Alemanha, parte do tripé que sustenta o governo de Angela Merkel, sobre ir adiante com uma mudança legal que na prática pode banir a Huawei do país.
Trata-se de uma mudança na certificação técnica que estipula que fornecedores de países em que “a influência estatal sem supervisão constitucional, manipulação ou espionagem não podem ser descartadas categoricamente estão excluídas da rede, tanto a central quanto a periférica”.
E se a semana não parece das mais animadoras para a fabricante chinesa na Europa, ela vem na sequência de outro anúncio, na sexta, 13/12, da Telenor, de que vai eliminar gradativamente o uso de componentes de rede da Huawei na Noruega ao longo de um período de modernização de quatro a cinco anos.
Fonte: Teletime News de 17 de dezembro de 2019, pela Redação.
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