A AT&T, controladora da Sky no Brasil, ainda não trouxe para os reguladores o debate da fusão com o grupo Time Warner, que pode ter implicações em função da legislação brasileira que restringe a participação cruzada em empresas de conteúdo e distribuição. Mas Michael Hartman, deputy counsel da DirecTV, participou do Seminário Políticas de (Tele)Comunicações realizado pela TELETIME nesta terça, 14, em Brasília, e falou, sem abordar o caso específico da AT&T/TW, sobre esses movimentos de consolidação.
"Uma coisa é a realidade regulatória no Brasil, que toda empresa tem que apoiar e cumprir. Mas outras coisa é o que está acontecendo no mundo e o interesse do consumidor. Uma coisa é TV aberta, a TV fechada e outra coisa é a internet", disse ele, lembrando que as empresas de Internet não têm nenhuma restrição de produção e distribuição de seus conteúdos. "Do ponto de vista do usuário estamos na idade de ouro em termos de produção e consumo audiovisual. Por que? De um lado temos a convergência tecnológica, que de um lado há uma desintermediação do mercado". Para ele, com as inovações nos modelos e nas tecnologias, a distinção entre o mercado de produção de conteúdos e da distribuição passam a não fazer sentido.
Hartman lembrou que a produção de conteúdo se beneficia de escala e que isso é especialmente importante para a produção brasileira. "Quem quer vender conteúdo no Brasil sabe que o conteúdo brasileiro é essencial. Não por nacionalismo, mas sim por uma lógica de mercado. Na hora de aplicar a lei, o que temos que nos perguntar é se o consumidor brasileiro vai se beneficiar dessa interpretação".
Fonte: Teletime News ded 14 de fevereiro de 2017, por Samuel Possebon.
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