Além dos resultados operacionais do terceiro trimestre, a Vivo apresentou nesta segunda-feira, 4, dois modelos alternativos para a expansão da cobertura de fibra ótica até a residência (FTTH) com menor necessidade de capex e tempo de lançamento reduzido. A estratégia envolve uma parceria com a gestora de infraestrutura American Tower e também um modelo de franquias sob a marca Terra, voltado para provedores regionais.
"Sempre mencionamos que estudávamos modelos alternativos para a expansão da cobertura de fibra, e esses são dois exemplos concretos", afirmou o presidente da Vivo, Christian Gebara, durante teleconferência com investidores realizada. "Seremos capazes de fazer o deployment de fibra com menos impacto no capex e menor time to market", completou.
No caso da American Tower, é ela quem será responsável pelo investimento, assumindo a construção e a operação da infraestrutura de homes passed (HP) com fibra. Já à Vivo caberá a oferta comercial através da marca Vivo Fibra e o investimento nos equipamentos alocados na casa do cliente. Durante os próximos três anos, a previsão é que a parceria gere aproximadamente 800 mil HPs em cerca de 40 cidades de Minas Gerais; vale lembrar que a American Tower adquiriu ativos da Cemig Telecom na região no ano passado.
"Haverá um custo variável associado à conexão de cada um dos consumidores, que nós pagaremos para a American Tower, e isso é tudo que podemos compartilhar no momento", afirmou Gebara. Segundo a Vivo, o plano ainda fornecerá uma "proteção de nossa forte posição móvel em Minas Gerais através da convergência"; no estado, a empresa reporta mais de 50% de market share no segmento pós-pago.
Já no modelo de franquias, caberá ao franqueado construir e operar a rede, sendo responsável pelo capex da HP e da home connected (HC), além de gerenciar o relacionamento com o cliente e a venda através da marca Terra. A Vivo, por sua vez, proverá "know-how, marca, backbone, call center e escala com fornecedores", entre outros aspectos adicionais. O modelo financeiro será baseado em uma taxa de royalties a ser paga para a empresa sobre a receita bruta apurada.
"Há muitas empresas pequenas no Brasil e queremos abrir nossa expertise, escala e marca para ajudá-las a fazer o deployment em cidades que elas não alcançaram", pontuou Gebara. Segundo a companhia, os primeiros contratos com parceiros já foram vendidos, com entregas previstas ainda para 2019. O foco da estratégia serão bairros e cidades que não contam com os serviços de ultra banda larga da Vivo atualmente. De acordo com a empresa, o modelo não trará impactos no capex da operadora.
Vale lembrar que a estratégia de parceria com ISPs em um modelo de franquia também está sendo adotada pela Oi em seu plano de investimentos.
Fonte: Teletime News de 5 de novembro de 2019, por Henrique Julião
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