As receitas das operadoras móveis, de 2013 a 2015, apresentaram queda, conforme levantamento da assessoria técnica da Anatel. Segundo o estudo, em valores atualizados, as operadoras faturam menos em 2014 e 2015 do que em 2008/2009, passando de R$ 17 bilhões para R$ 14,2 bilhões. A redução das tarifas de interconexão e a queda do número de linhas ativas podem ter interferido nesse desempenho, avaliam os técnicos. Soma-se a isso, a redução do preço médio do minuto, que oscilou em torno de R$ 0,16 no ano passado. Veja aqui a íntegra do relatório.
De acordo com o relatório, a TIM possui o maior tráfego sainte e o menor preço médio, na casa de R$ 0,125 o minuto. A Vivo, ao longo do período analisado, apresentou o maior preço médio, por volta de R$ 0,20 o minuto. A Oi e a Claro possuem preços médios intermediários. Porém, o preço médio da Oi, no último trimestre de 2013, superou todos os demais, com R$ 0,225.
Em relação ao preço de interconexão, desde o ano de 2011 o valor de referência da VU-M diminuiu, em média, 58%. Até 2019 o valor médio da queda será de mais de 90%, enfatiza o estudo. Outra justificativa para a queda de receita é queda real de 53,9% no ARPU (receita média por usuário) do primeiro trimestre de 2009 ao segundo trimestre de 2015. Uma redução média de 3% por trimestre. Esse fenômeno se deve ao fato de que houve um acentuado crescimento da base de usuários e um aumento pouco significativo da ROL (Receita Operacional Líquida). Considerando preços correntes, essa queda foi de 34,54%, diz a Anatel.
Em relação ao número de linhas ativas, o estudo ressalta que enquanto o ano de 2014 registrou crescimento do número de acessos de 3,55%, em 2015 foi constatada uma contração do número total de acessos de 8,17%. "Isso pode ser evidência de um processo de amadurecimento do SMP no Brasil", avaliam os técnicos.
Essa redução também pode ser explicada por alguns fatores, segundo a Anatel. Entre eles, a redução do valor de uso de rede móvel (VU-M), a interconexão móvel, o que reduz o incentivo a ao usuários ter mais de um chip, bem como o cenário econômico e as alterações do comportamento do uso do usuário, que passa a privilegiar o uso de dados mediante aplicações do tipo over the top (OTT).
Fonte: Teletime News de 9 de agosto de 2016, por Lucia Berbert.
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