sexta-feira, 16 de julho de 2021

Claro ainda não fala em migrar base de Internet de cabo para fibra

Os serviços fixos da Claro apresentaram no segundo trimestre queda nas receitas, mas o CEO da controladora América Móvil, Daniel Hajj, continua apostando na infraestrutura atual para atender as demandas do mercado brasileiro. Durante a teleconferência dos resultados financeiros do grupo mexicano nesta quarta-feira, 14, o executivo deu a entender que a estratégia na fibra continua sendo apenas para novos mercados, e não para migrar a base legada.

Isso significa que Claro ainda tem fôlego na rede de cabo – algo que a empresa reitera há anos. Especialmente com a evolução tecnológica do DOCSIS 3.1, que permite maiores velocidades na banda larga utilizando a última milha no coaxial. "Quando se veem as novas vendas, 50% é de acima de 240 Mbps. Acreditamos que vamos proteger a rede legada e, ao final do ano, vamos estar com upgrade em 70% da rede para entregar as velocidades que o mercado demanda", declarou Hajj.

Nos novos mercados onde está entrando agora, a fibra é a escolha. O executivo aponta que já há três milhões de casas passadas (HPs) com FTTH em 110 novas cidades. Até o final do ano, a expectativa é de atingir 5 milhões de HPs com a tecnologia.

A América Móvil entende que importa também o contexto. O executivo afirma que a Claro é líder na chamada "ultra banda larga", ou seja, velocidades acima de 34 Mbps. E também evitou falar em guerra por velocidade, alegando que "entrega o que o mercado precisa", e que o foco é na venda de combos com TV (por assinatura tradicional ou mesmo com o Claro TV Box) e de celular.
Competição

Segundo dados da Anatel de maio deste ano, a Claro tem uma posição significativa na ultra banda larga, com 30,04% (ou 8,08 milhões de contratos) do mercado total de velocidade acima de 34 Mbps. Porém, considerando os provedores regionais como um grupo só, a liderança desse mercado é deles, com 41,66% (11,21 milhões de acessos) do total.

Porém Daniel Hajj não vê problemas na concorrência com as prestadoras de pequeno porte. "Os ISPs estão crescendo muito, mas em regiões onde não temos rede", alega. "Se ver o mercado onde temos market share, estamos crescendo um pouco."

Fonte: Teletime News de 14 de julho de 2021, por Bruno do Amaral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário