Se tornou lugar comum no mundo das telecomunicações a máxima de que o 4G conectou as pessoas e o 5G vai conectar as coisas. Por isso, boa parte da expectativa com a nova geração tecnológica é o que virá de inovação nos serviços corporativos. Mas como isso ainda não aconteceu, vê-se que a aposta inicial será em turbinar o consumo dos clientes tradicionais.
“Vamos lançar uma oferta específica para clientes 5G, com o intuito de estimular o cliente a experimentar. Terá direito a 50 GB adicionais, além de um produto de ‘cloud gaming’, em parceria com um dos principais provedores, teremos títulos relevantes para os consumidores que quiserem. São jogos como Fortnite, RDR2, GTA 5 o Elden Ring”, anunciou o presidente da TIM Brasil, Alberto Griselli, nesta terça, 5/7, em Brasília.
A cidade, primeira do país a receber o 5G na faixa de 3,5 GHz, terá os serviços liberados na quarta, 6/7. A TIM aproveitou o período e juntou na capital 1,2 mil funcionários, parceiros e clientes para a primeira convenção nacional de vendas depois do pior do isolamento provocado pela Covid-19.
Segundo o executivo da TIM, a estratégia da empresa será garantir uma cobertura forte que resulte em qualidade que estimule o consumo. “À medida que tenha uma cobertura relevante, um pacote de serviços adequado, com serviços específicos , queremos estimular um círculo virtuoso que, com cobertura e razão para comprar, o cliente fara upgrade do próprio terminal, onde a utilização do 5G aumenta ao longo do tempo”, apontou Griselli.
Esse, sustenta o presidente da TIM, é um dos caminhos de criar valor no 5G. “No consumidor é o começo da jornada 5G. Estamos lançando um pacotinho no mercado para aprender como os clientes reagem. Na medida que o booster 5G, hoje, gratuito, no futuro pode ser monetizado para quem valoriza esse serviço.”
Outro modo, continua, é o mercado B2B. “No mundo corporativo as possibilidade são bastante diferentes. O tema da latência é mais importante para um conjunto de aplicações do mundo corporativo, e é uma discussão cliente a cliente. Temos pilotos no agronegócio, na logística, temos redes privativas.”
Finalmente, há a exploração da tecnologia para banda larga “fixa”. “Outro é a banda larga. Tem um serviço de FWA, bastante popular em alguns mercados como os Estados Unidos, em tecnologia complementar à fibra em áreas sem disponibilidade de fibra. No Brasil, a potencialidade é pequena, pois o custo do CPE é alto – US$ 250, proibitivo nesse momento. A medida que a escala mundial cresce, o custo da CPE vai baixar, e daqui um par de anos essa possibilidade vai ser um caso de uso que vai incrementar o portfolio”, completou.
Fonte: Convergência Digital de 5 de julho de 2022, por Luis Osvaldo Grossmann.
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