As operadoras dos serviços de telefonia móvel vão iniciar os testes do sistema de bloqueio dos celulares irregulares pelo Estado de Goiás e no Distrito Federal. De acordo com o SindiTelebrasil (entidade que representa as operadoras), nessa primeira fase, que ocorrerá a partir do dia 22 de fevereiro, será avaliada a eficácia do sistema. Além dessa iniciativa, o setor defende que sejam adotadas outras medidas para o combate ao mercado irregular de telefone celular, reforçando a segurança dos aparelhos, no processo de fabricação, para evitar que sejam adulterados ou tenham o seu código de identificação (IMEI) modificado ou clonado.
Para o SindiTelebrasil, os aparelhos não homologados devem ser retirados progressivamente do mercado, contribuindo para uma melhoria de qualidade no uso das redes e para o usuário final. No caso de celulares sem certificação, muitas vezes são aparelhos de baixa qualidade, que não foram submetidos a testes.
Existe também um mercado paralelo de aparelhos celulares, que têm origem de roubo ou furto. Muitos desses aparelhos estão em operação porque passaram por um processo de fraude, tendo o IMEI adulterado ou clonado de um celular regular. Hoje, o aparelho roubado ou furtado somente possui valor no mercado paralelo porque a clonagem do IMEI é fácil. A entidade diz que a manutenção dessas vulnerabilidades somente incentiva esse tipo de ação clandestina.
Desde o ano 2000, as operadoras mantêm em funcionamento o Cadastro de Estações Móveis Impedidas (Cemi), banco de dados que registra o número de IMEI do celular bloqueado por furto, roubo e extravio, impedindo que ele seja usado por outra pessoa. Mas, a fragilidade técnica acaba permitindo que o bloqueio seja burlado ao alterar o IMEI do aparelho para um número válido. O sindicato afirma que esta é uma falha que só pode ser corrigida na origem, na fabricação dos equipamentos, implantando mecanismos de segurança que impeçam a adulteração.
Fonte: Teletime News de 16 de fevereiro de 2018, por Bruno do Amaral.
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