A Telefônica oficializou a sua saída da associação Telcomp, que representa as operadoras competitivas de telecomunicações. A entidade congrega cerca de 70 associados, a maior parte provedores de infraestrutura de rede e serviços de telecomunicações. A Telefônica já vinha desconfortável com uma série de posicionamentos da Telcomp em relação a temas como o PGMC, com os quais a empresa não se sentia representada. Mas o que de fato precipitou a saída foi o posicionamento da associação no final do ano passado, quando a Telcomp se colocou publicamente de maneira contrária à possibilidade de celebração de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) que permitissem a entrada de operadoras com redes FTTH em mercados já competitivos utilizando recursos oriundos dos TACs. A nota em nenhum momento citou o TAC da Telefônica especificamente, mas era evidente que esse era o objetivo da manifestação da associação, em um momento em que Claro e TIM (ambas associadas à Telcomp também) e Abrint questionavam junto à Anatel os termos do TAC da Telefônica. A Telcomp tem um modelo de governança que prevê a cada associado um voto, independente do seu tamanho econômico, e a entidade segue uma série de princípios norteadores sobre os quais pode se manifestar sem a necessidade de consulta prévia aos associados. A Telefônica tem defendido a sua proposta de TAC alegando que nas cidades em que pretende levar fibra atenderá áreas onde não há concorrentes ou onde o serviço oferecido é ruim. Trata-se de um acordo de R$ 5 bilhões com a Anatel, dos quais mais da metade corresponde a investimentos da operadora e a outra parte é em multas que seriam evitadas.
Fonte: Teletime News de 21 de fevereiro de 2018, por Samuel Possebon.
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