segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Novas regras do México definem estratégia da América Móvil

Pressionada no México com a nova regulação promovida pela agência reguladora (Ifetel) e pela chegada da AT&T, a América Móvil (AMX) define sua estratégia para se defender e manter seu mercado doméstico. Durante conferência nesta terça, 20, o CEO do grupo, Daniel Hajj, confirmou o interesse em adquirir uma concessão de TV naquele país e que pensa em repassar base para operadoras virtuais.
Hajj explica que não deverá vender mais ativos, buscando então se adequar às regras de poder de mercado significativo (PMS, ou poder preponderante) de outra forma. "Estamos abertos a vender a base para MVNOs (operadoras móveis virtuais) para termos menos market share", revelou.
O mercado de TV paga também interessa, e a companhia está preparando projetos para apresentar à Ifetel (órgão regulador local) em breve. "Estamos bem, tem competição na TV e queremos a concessão, estamos preparando para apresentar para o regulador", disse ele a analistas. Não será o único assunto a ser tratado com a agência reguladora – a companhia quer falar também da assimetria das regras.
A justificativa é de que a concorrência não é exatamente pequena.  O grupo norte-americano AT&T recentemente entrou no mercado mexicano por meio de compra da Nextel México e da Iusacell, enquanto a Movistar é controlada pela espanhola Telefónica. "No México já há um mercado muito competitivo, e eu acho que a América Móvil está pensando que a regulação é assimétrica, com (obrigações de) interconexão. Não queremos subsidiar a Telefónica ao pagar interconexão para eles", declara Hajj.
Separação
Hajj prometeu ainda que o spinoff de seu negócio de torres no México, a Telesite, deverá acontecer logo. "Já recebemos a autorização (das autoridades); nesta semana vai ter o spinoff e em novembro vamos distribuir as ações", cravou. Por enquanto, essa nova empresa deverá ficar restrita ao mercado mexicano. "Não estamos considerando para a América Latina, não acho que vamos fazer isso. Talvez no futuro", finalizou.

Fonte: Teletime News de 20 de outubro de 2015, por Bruno do Amaral.

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