O presidente da Anatel, João Rezende, reafirmou a intenção de lançar o edital do leilão de sobras de frequências ainda em novembro. Ele justificou que a movimentação para realizar o certame é necessária para atender regiões com carência de acesso à banda larga móvel. "Temos déficit de pessoas que querem ter a terceira geração (de rede móvel), mas não podem", afirmou em discurso durante evento do Anuário Telesíntese, em São Paulo, na noite da segunda-feira, 5. "Estive em Santa Catarina na semana passada e percebi a ânsia dos pequenos e médios provedores", declarou.
Rezende diz que o leilão vai proporcionar a essas empresas maior oportunidade para o que chama de "avanço de novas alternativas de prestação de serviço". Ele sugere ainda que a oferta de espectro poderá servir como preparação para a chegada da "economia digital", ou seja, empresas over-the-top (OTT), que ele diz estarem questionando paradigmas dos modelos de negócios das teles tradicionais. "A Internet traz contradições para as telecomunicações que só poderão ser superadas com inovação", afirmou o presidente da Anatel.
Em setembro, a agência aceitou retirar a faixa de 3,5 GHz após reclamações de radiodifusores e operadores de DTH por conta de interferência com o serviço de TV por satélite na banda C (RTVO). As demais faixas são sobras das frequências de 1,8 GHz, 1,9 GHz, 2,5 GHz. A proposta do edital entrou em consulta pública em agosto e agora o texto deverá passar pelo Conselho da Anatel antes de ser publicado.
Fonte: Teletime News de 6 de outubro de 2015, por Bruno do Amaral
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