As recentes manifestações do governo sobre a possibilidade de intervenção na Oi e sobre a não-injeção de recursos públicos na empresa têm um objetivo: deixar os atuais acionistas da empresa, sobretudo os acionistas portugueses (Pharol) e a Société Mondiale (Tanure) alertas de que há um limite sobre até que ponto as disputas entre os interesses da empresa e dos sócios serão admitidas. Mas o recado vai além, e visa atingir também os diferentes grupos que se articulam para entrar na operadora, seja na forma de aporte de capital em troca de equity, seja comprando a dívida. O governo não quer que ninguém entre esperando um socorro público. Pelo menos esse é o discurso até o momento.
Fontes próximas à operadora explicam que as recentes movimentações dos fundos Elliott e do investidor egípcio Naguib Sawiris, controlador da tele Orascom, que estabeleceu nesta terça-feira, 11, um acordo de colaboração mútua com alguns bondholders para desenvolver um plano alternativo de recuperação judicial da companhia, não estão sendo coordenados pela empresa. Segundo essas fontes, essas negociações paralelas são normais dentro de processos como o da Oi, mas ao mesmo tempo a companhia vem trabalhando junto aos credores na negociação dos termos já propostas para a recuperação. No caso específico de Sawiris, segundo apurou este noticiário, o management da companhia não teve sequer contato.
Fonte: Teletime News de 11 de outubro de 2016, por Samuel Possebon.
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