Ao comentar as cobranças e manifestações do TCU sobre a Anatel, o novo presidente da agência, Juarez Quadros, disse em entrevista a jornalistas após a sua sabatina que a Anatel não tem se antecipado aos fatos, e isso faz com que outros órgãos "levem a reboque o que a agência deveria fazer." Sobre o mais recente acórdão do TCU, em relação à qualidade dos serviços móveis, "muitas coisas ali procedem e devem ser levadas em conta e devemos dar atenção a elas". Segundo Quadros, "há uma quantidade enorme de indicadores para fazer esse acompanhamento, mas o que se diz é que eles precisam estar afetos à qualidade percebida pelos usuários, e eu concordo com isso. A equipe técnica da Anatel é capaz de refazer isso".
Orçamento insuficiente
A Anatel recente teve muitas dificuldades em relação aos órgãos de controle e com o Congresso, e o novo presidente da agência atribui esse fato às dificuldades orçamentárias da agência. "A gestão anterior teve virtudes, como a abertura da agência e as sessões públicas, mas a Anatel viveu uma limitação de orçamento e recursos. Espero que eu não tenha esse mesmo problema, pois é preciso dar prioridade para outras coisas, como o relacionamento com os órgãos de controle e o papel regulador e fiscalizador da agência. O orçamento, do jeito que está, é insuficiente com a realização dos trabalhos e espero poder trabalhar isso".
Reestruturação da agência
Quadros elenca como prioridade uma reorganização interna da estrutura da agência, com a redefinição de funções das superintendências. "Há um trabalho contratado de uma consultoria e espero ter acesso a isso para que possamos contribuir a reordenar a estrutura e as funções dentro das superintendências. O quadro de pessoal é muito capaz mas precisa de orientação". Ele ressalva que não serão alteradas as "caixinhas" da superintendências, mas elas precisam se intercomunicar e precisam de suporte de TI e orçamento, que tem sido insuficiente e espero que ser corrigido.
Fonte: Teletime News de 4 de outubro de 2016, por Samuel Possebon.
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