O Relatório de Acompanhamento do serviço de banda larga fixa publicado pela Anatel nesta segunda-feira, 25, atualizou para 3.589 o número de municípios brasileiros que contam com a presença de backhaul em fibra ótica. Além de corresponder a 64,4% das cidades do País, a lista concentra 89,4% da população nacional. Os outros 10,6%, por sua vez, estão espalhados nos 1.981 municípios onde a infraestrutura não está disponível.
As situações mais preocupantes estão no Piauí (onde só 17,9% das cidades possuem fibra), no Amazonas (37,1%) e na Paraíba (39,5%). Já Distrito Federal, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina estariam com 100% dos municípios atendidos; em São Paulo, o percentual é de 90,5%. Vale notar que, nacionalmente, o número de cidades que receberam backhaul de fibra ótica desacelerou mais uma vez: a infraestrutura chegou em 138 municípios durante o ano passado. Em 2017, foram 226 as cidades que receberam fibra ótica, frente a 538 adicionadas em 2016.
Entre as prestadoras, a de maior presença nacional segue sendo a Oi, cuja infraestrutura em fibra cobre 2.235 cidades, conforme o relatório da assessoria técnica da agência. Em seguida vem a Vivo, com 1.214, enquanto provedores regionais reunidos na Abrint ou Abramult estariam presentes em 993. Completam a lista Copel (385), Telebras (329), TIM (255), Brisanet (221), Algar (158), Eletronet (123), Rede Telesul (41) e Sercomtel (19).
Tecnologias
No intervalo entre 2007 e 2018, os acessos de banda larga fixa baseados na tecnologia ótica saltaram de apenas 0,5% da base nacional para 18,5% no fim do ano passado, quando 5,74 milhões de contratos foram contabilizados. O crescimento coincide com o que a Anatel chamou de "gradual declínio" das conexões baseadas em cabo metálico: apesar de passarem de 5,9 milhões em 2007 para 13 milhões atuais, os acessos na tecnologia representam 41,9% da base nacional do serviço, contra 71,9% onze anos antes. Já os mais de 9 milhões de contratos habilitados por cabo coaxial são 30,6% da base atual, contra 17% em 2007.
Por outro lado, dados divulgados no relatório da Anatel mostram que a tecnologia ótica não é a maior responsável pelo crescimento dos acessos fixos com velocidade acima de 34 Mbps, já utilizados por 26,1% dos clientes brasileiros. Cerca de 2,57 milhões dos usuários com oferta baseada em fibra contam com tal nível de serviço. No caso do cabo coaxial, o volume é maior: 4,43 milhões. A tecnologia se tornou a maior habilitadora dos acessos mais rápidos no último trimestre de 2016, aumentando a vantagem frente outros tipos de acesso desde então (no caso dos cabos metálicos, 1,07 milhão de contratos entregam mais de 34 Mbps).
A Anatel também divulgou as velocidades entregues em cada estado a partir de todas as tecnologias. O serviço mais rápido está em São Paulo, onde 30,39 Mbps médios são garantidos, seguido do Distrito Federal (27,61 Mbps) e do Ceará (27,23 Mbps). Paradoxalmente, a quarta posição pertence ao Piauí (25,29 Mbps), ou o estado com menor proporção de cidades equipadas com fibra ótica. Já a Internet "mais lenta" do País é a de Roraima, com 7,88 Mbps. A média nacional da velocidade é de 24,62 Mbps.
Fonte: Teletime News de 25 de março de 2019,
por Henrique Julião.
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