[Publicado no Mobile Time] A chegada do 5G vai exigir que as operadoras adotem a computação de borda (edge computing, em inglês) em sua arquitetura de redes. A Dell, tradicional fornecedora de servidores para data centers, aposta nessa tendência e se aliou à AlefEdge e à Tech Mahindra para oferecer essa solução às operadoras móveis brasileiras.
"O Gartner fala que, em 2025, 75% dos dados vão ser processados e criados fora dos data centers ou da nuvem pública, ou seja, na ponta das redes. Isso se deve à necessidade de automação e uso de inteligência artificial em aplicações de baixíssima latência. Será preciso transportar o poder de processamento para onde os dados estão, para onde eles são gerados. É um mundo completamente novo em comparação com o que a gente vive hoje", descreve Raymundo Peixoto, vice-presidente sênior de Data Center da Dell Technologies na América Latina, em conversa com Mobile Time.
Na parceria estratégica com AlefEdge e Tech Mahindra, a divisão é a seguinte: a Alef fornece o software; a Tech Mahindra, o conhecimento e o empacotamento de serviços; e a Dell entra com o hardware e os serviços atrelados às máquinas (suporte, manutenção etc).
"Temos liderança de venda de servidores em data centers no mercado brasileiro há alguns anos. É a nossa fortaleza. Sabemos supervisionar equipamentos de missão crítica. E sabemos gerenciar estoques de peças para esses data centers", afirma Peixoto.
A ideia é oferecer a computação de borda como um serviço para as teles. Ou seja, não haveria capex por parte das operadoras para adotar essa tecnologia: elas pagariam conforme o uso, em contratos de dois a cinco anos de duração. Segundo Peixoto, há várias provas de conceito em andamento com teles brasileiras. E a Dell também conversa com empresas que gerenciam torres.
"Temos conversado com operadoras e empresas de torres. Esse mercado vai explodir a qualquer momento e precisamos estar preparados. Independentemente do 5G, este é o ano de telecom (para a Dell)", diz o executivo.
Fonte: Teletime News de 2 de fevereiro de 2021, por Fernando Paiva.
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