Como já era esperado, as operadoras Claro, Vivo e TIM arremataram um bloco nacional cada na frequência de 3,5 GHz – considerada a mais importante do leilão de 5G. Ao fim do certame, cada empresa saiu com 100 MHz na faixa.
Pelos lotes nacionais de 80 MHz, a Claro propôs R$ 338 milhões (ágio de 5,1% frente ao preço mínimo definido); a Vivo, R$ 420 milhões (ágio de 30,6%); e a TIM, R$ 351 milhões (ágio de 9,2%).
A razão do ágio de 30% da Vivo no lote vencido pela empresa (o B2) foi uma vantagem técnica: por ser a faixa do meio entre as leiloadas, é teoricamente mais fácil fazer RAN sharing com as faixas vizinhas.
Já um quarto lote também de 80 MHz não teve interessados. Isso habilitou a abertura dos blocos D33 a D36, que são lotes menores (20 MHz) na faixa de 3,5 GHz, também em caráter nacional.
O primeiro deles foi arrematado pela Claro por R$ 80,338 milhões. Em seguida, TIM e Vivo também garantiram os 20 MHz adicionais, cada uma pelo preço mínimo de R$ 80,337 milhões cada.
Dessa forma, as três grandes operadoras móveis asseguraram 100 MHz em 3,5 GHz cada uma. A largura é a defendida pela indústria como a ideal para operação do 5G na faixa.
Por sua vez, o quarto bloco remanescente de 20 MHz (D36) não despertou interesse. Dessa forma, sobra capacidade para um futuro leilão de espectro em 3,5 GHz.
Obrigações
Para as empresas sagradas vencedoras do 3,5 GHz nacional, o espectro é acompanhado por obrigação de instalação do 5G em cidades com mais de 30 mil habitantes (começando pelas capitais já no ano que vem) e de backhaul de fibra óptica em municípios.
Além disso, as proponentes também deverão custear a migração dos sistemas de TVRO da banda C satelital para a banda Ku, a desocupação da faixa de 3,625-3,7 GHz e a implementação de redes públicas na Amazônia e para uso privativo do governo federal.
Fonte: Teletime News de 4 de novembro de 2021, por Henrique Julião.
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