sexta-feira, 29 de abril de 2022

Anatel confirma data para voltar a discutir venda do controle da V.tal pela Oi

A venda do controle detido pela Oi na V.tal para fundos geridos pelo BTG Pactual voltará a ser discutida na Anatel na próxima reunião do conselho diretor da agência, dia 5. Após ter sido pauta única de reunião extraordinária noturna, em véspera de feriado, no último dia 14, a matéria entrou na pauta da próxima reunião ordinária do colegiado da Anatel.

Na ocasião da reunião passada, a venda da InfraCo (depois rebatizada para V.tal) foi trazida pelo relator, conselheiro Vicente Aquino, alegando urgência para a apreciação do assunto, uma vez que a conclusão da operação é crucial para o fim do processo de recuperação judicial da Oi. Contudo, o conselheiro Emmanoel Campelo pediu vista da matéria, alegando que precisaria de mais tempo para análise.

Ao TELETIME, Campelo declarou: "Diante da responsabilidade dos meus posicionamentos, preciso me aprofundar, seja para concordar ou discordar do relator. Sempre de forma fundamentada. O pedido de vista serve até para que os demais conselheiros possam refletir a proposta do relator, diante da exiguidade do tempo. Esse é o tipo de decisão que tem efeito social relevante, diante da função social da própria empresa".

A compra do controle havia sido realizada no ano passado, em julho, no bojo do processo de recuperação judicial da Oi, pela quantia de R$ 12,9 bilhões. Uma vez concluída, a Globenet será detentora de aproximadamente 58% das ações da V.tal, e a Oi ficará com o restante do negócio.

O voto de Aquino é favorável à operação, com apenas algumas condições que não interferem significativamente na modelagem proposta pelas empresas.

Fonte: Teletime News de 28 de abril de 2022, por Bruno do Amaral.

Acordo com a Oi marca nova estratégia da Sky

O acordo para a transferência da base de clientes da Oi TV para a Sky marca uma mudança muito significativa na estratégia da Sky, e pode ser a semente de uma parceria maior entre as duas empresas. O detalhe que chama a atenção da operação é que a Sky está levando, no pacote, cerca de 80 mil clientes de IPTV da Oi. É preciso cuidado com a nomenclatura das coisas para não se entender errado o que está acontecendo. O IPTV é, tradicionalmente, o serviço de TV por meio de redes de fibra, mas que funcionam em plataformas dedicadas, com funcionalidades muito parecidas com as operações de TV a cabo convencionais.

A confusão surge porque, atualmente, a sigla IPTV é utilizada para designar as caixinhas que recebem sinais de TV pela Internet, que funcionam em qualquer rede de banda larga. O que a Sky está assumindo é esta base de assinantes de vídeo em uma plataforma dedicada de IPTV que a Oi tem, o que por si só é uma mudança importante, pois até aqui a Sky operava os serviços de TV apenas por meio de satélite, com algum conteúdo não-linear do Sky Play via banda larga nas caixas conectadas.

Outro serviço que a Sky comercializava era banda larga por meio de uma rede TDD-LTE (4G) na faixa de 2,5 GHz, para acesso fixo-móvel (FWA). Porém, este serviço está em processo de desativação por não ser tecnologicamente competitivo com a fibra (as velocidades não superam 10 Mbps) e pelo custo regulatório (a Anatel cobra valores elevadíssimos pelo uso do espectro para uma tecnologia que não é viável economicamente).

Mas a Sky tem planos de ampliar a sua oferta de serviços banda larga e tudo indica que a V.tal e a Oi são suas parceiras preferenciais. Possivelmente estes acordos serão costurados para o fechamento da venda da operação de DTH. A Sky tem um produto bastante maduro de TV paga pela banda larga, o DirecTV Go, e a tendência é que sua oferta de banda larga venha combinada com a oferta do DirecTV Go.

Esta seria uma possibilidade também para a Oi. Sabe-se no mercado de TV paga que a Oi TV vem trabalhando em um serviço de streaming remodelado, tanto que recentemente deixou de comercializar o Oi Play (seu primeiro serviço de streaming). Mas o lançamento deste novo serviço vem sendo adiado, o que coincide com as negociações com a Sky. Fica no ar a possibilidade de que esse produto já surja de maneira combinada com a estratégia da Sky, mas segundo apurou este TELETIME, as conversas ainda não estão fechadas nesse sentido e todas as possibilidades estão abertas.

O resumo da ópera é o seguinte: a Oi se livrou do custo imediato de programação, e a Sky ganhou uma base de assinantes importante e abriu uma nova frente estratégica. Mas no futuro as estratégias podem convergir. Vale lembrar que a Oi e a Sky são, agora, duas operadoras de telecomunicações com ofertas complementares de serviço, mas incompletas individualmente. A Sky tem o foco apenas no serviço de TV, e a Oi tem o foco no serviço de banda larga por fibra. E agora, com a conclusão da venda da Oi Móvel, nenhuma delas tem serviços móveis.

Fonte: Teletime News de 28 de abril de 2022, por Samuel Possebon.

Vivo foi mais conservadora que TIM em cálculo de sinergias da Oi Móvel

Após a conclusão da venda dos ativos da Oi Móvel, a expectativa de sinergias divulgadas por TIM e Vivo se valeram de diferentes metodologias. Enquanto a primeira reportou de R$ 16 bilhões a R$ 19 bilhões, a segunda foi mais conservadora, projetando R$ 5,4 bilhões.

Em relatório divulgado nesta quinta-feira, 28, o banco BTG Pactual pontuou a diferença nas abordagens. "À primeira vista, pode parecer que as sinergias que a TIM reportou no início desta semana são maiores do que as estimadas pela Vivo, mas há uma clara diferença de metodologia. As sinergias divulgadas pela Vivo estão relacionadas exclusivamente a Capex e Opex, enquanto a TIM também estimou algumas sinergias relacionadas à receita, como a redução do churn e a criação de novas oportunidades de receita".

"É claro que a Vivo deve se beneficiar dessas mesmas sinergias, mas a empresa optou por ficar no lado conservador, deixando estes de fora de seu cálculo", completou o BTG. Terceira compradora dos ativos móveis da Oi, a Claro não divulgou estimativas de sinergias, mas espera que 70% a 75% da receita oriunda de clientes da Oi se transforme em Ebitda.

Passivo

Um outro ponto determinante na integração dos ativos é o passivo dos sites móveis adquiridos da Oi. No caso da Vivo, as 2,7 mil torres são acompanhadas por R$ 1,4 bilhão em contratos de leasing, frente R$ 4,1 bilhão dos 7,2 mil sites da TIM.

Seguindo remédios ditados pelo Cade, 50% dos sites novos de cada empresa devem ser colocados à venda nos próximos meses (sendo 40% no caso da Claro). Se as teles não conseguirem transferir os ativos para interessados, elas deverão decidir entre continuar a pagar os arrendamentos com as torreiras ou negociar rescisões antecipadas (provavelmente pagando multas).

Nesse sentido, a TIM já demonstrou ter pressa com um planejamento de desativar 60% dos sites trazidos da Oi (a não ser que surjam interessados para a metade que o Cade exige a venda). A Vivo, por sua vez, estuda se mantém os contratos com as torreiras.

Fonte: Teletime News de 28 de abril de 2022, por Henrique Julião.

Vivo vai avaliar manter acordos da Oi Móvel com torreiras para a chegada do 5G

Assim como a TIM, a Telefônica prevê a venda de sites adquiridos com a compra de parte da Oi Móvel. Porém, segundo explicou o CEO da Vivo, Christian Gebara, a operação trata apenas de venda da parte eletrônica – ou seja, o equipamento de rádio das antenas. A propriedade das estruturas é uma outra questão que envolve ainda as torreiras, e uma possibilidade que a tele continua estudando: a de aproveitar as infraestrutura para o 5G.

Gebara falou a analistas de mercado nesta quinta-feira, 28, que a Vivo deverá se programar para vender nos próximos meses os equipamentos, que incluem muitas estações radiobase em 3G, conforme remédios determinados pelo Cade para a autorização da venda da Oi Móvel. Já os contratos com as torreiras serão objeto de maior análise porque há sobreposição com as antenas da própria Vivo, mas a chegada do 5G deve demandar a instalação de mais ERBs.

"Não temos urgência agora de terminar nenhum dos contratos. O que precisamos é vender os equipamentos eletrônicos", disse Gebara. Existe a possibilidade ainda de que a empresa opte por apenas repassar esses acordos para as empresas que eventualmente quiserem comprar as antenas. "Os contratos são parte de otimização que faremos no futuro."

A questão é que, como afirmou o executivo, ainda é cedo para avaliar. "Se vender os equipamentos e a pessoa que for comprar também quiser ter o site, eu tentaria transferir [o contrato]. Mas não sei se terá e não sei se será possível ou não fazer isso." Ele lembra que a própria Vivo tem outros contatos e que poderá negociar com essa escala. A empresa tentará trabalhar nisso com "diferentes cenários".

Conforme o CFO da Vivo, Davi Melcon, os maiores custos que chegarão com os ativos da Oi serão de interconexão, pagamento de Fistel e a transição de acordos de aluguéis. "Estimamos os custos totais em R$ 147 milhões. Se dividir por 12 [meses], é um custo de mais de R$ 10 milhões ao mês", destacou.

Fonte: Teletime News de 28 de abril de 2022, por Bruno do Amaral.

Especialistas defendem criar agência independente para regular inteligência artificial

Especialistas que participaram do primeiro ciclo de audiências públicas da Comissão de Juristas do Senado Federal, responsável por debater e elaborar marco normativo sobre a aplicação da inteligência artificial (IA), defenderam a necessidade de criação de uma entidade que regule o uso desta tecnologia no Brasil. Os debates aconteceram nesta quinta-feira, 28.

Segundo José Renato, representante do Laboratório de Políticas Públicas e Internet (Lapin), o atual projeto teria falhas que poderiam ser corrigidas com a criação desta agência. "O PL 21/202 não prevê nenhum mecanismo de governança, o que impede o intercâmbio entre diversos reguladores que poderão atuar na regulação de IA no Brasil. É importante que a análise de riscos sempre tenha baliza, como uma forma de garantir direitos previstos em outros diplomas. Um dos pontos que podem ajudar nesse processo de governança é a criação de um órgão central sobre IA no Brasil. E é preciso que o órgão regulador não seja apenas multissetorial, mas também multidisciplinar", explicou o pesquisador na audiência pública.

A pesquisadora Tainá Junquilho, do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), também defendeu a necessidade de criação de um órgão que tenha o olhar sobre IA mais abrangente. "Precisamos pensar para além dos princípios de uso. E isso se faz implementando relatórios de impactos e governança feita por um ambiente experimental regulatório. Por isso, é preciso termos um modelo de governança multissetorial e multidisciplinar", explicou.

Ivar Hartmann, do Instituto Insper, também concordou com a criação da agência reguladora especializada em inteligência artificial, desde que ela seja uma autarquia. "É preciso criar uma agência especializada e independente. A regulação desse campo não deve ser por agência dispersas. Isso porque tal regulação exige um alto nível de especialidade e o tema é complexo", disse. Hartmann também alegou que regulação de IA no Brasil estaria atrasada, considerando que a tecnologia já teria uso cotidiano das pessoas. "Por isso, ela não deve apenas se ater a princípios. Ela deve trazer obrigações", destacou.
Modelos regulatórios

Os especialistas também apontaram alguns modelos que o Brasil pode seguir para regular IA. Luca Belli, professor e pesquisador da FGV/CTS, exibiu como um bom exemplo a governança de IA chinesa. "Ele é um modelo bem coordenado e que precisa ser estudado e compreendido. O modelo chinês é, a meu ver, um dos mais estruturados. É um modelo que tem a coordenação (mono ou multissetorial); planejamento com estudos e consultas que facilitam a implementação", explicou Belli no debate.

Ele citou que na China foi criada uma entidade que coordena o processo de regulação de IA e do ciberespaço e que a intenção do país é de abordar uma regulação de éticas de uso de IA. "Até 2025, a China pretende criar um sistema de regulação de IA. Em 2019, foram elaborados os princípios que se fundamentam no respeito aos direitos fundamentais. Eles entendem que IA deve ser desenvolvida para garantir o bem-estar coletivo", disse Belli.

Já Tainá Junquilho destacou que a União Europeia quer se tornar pioneira na regulação de IA com uma abordagem baseada em riscos. "A OCDE, por exemplo, criou um framework que leva em consideração dos diferentes estágios do ciclo de vida da IA." A pesquisadora do IDP também destacou que o Brasil e todo o Sul global precisa se tornar competitivo na criação nesse campo. "Por isso, é preciso ter mecanismos que incentivem empresas a entrar nesse setor", disse.

Para a advogada Ana Paula Bialer, o modelo regulatório brasileiro deve ser o da regulação responsiva. "Quando discutimos regulação em setor de tecnologia a regulação responsiva se mostra mais adequada. E o marco legal deve ser olhado como um marco legal responsivo. Me parece que construindo em cima do conceito do 'softlaw', conseguimos facilidades para padronizações, de criação de sistema de certificações", disse a advogada. Ela também ressaltou que as medidas de mitigação já criadas pelas empresas também devem ser levadas em consideração na discussão do marco legal.

Fonte: Teletime News de 28 de abril de 2022, por Marcos Urupá.

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Vivo estima R$ 5,4 bilhões em sinergias após compra de ativos da Oi

Uma das compradoras dos ativos móveis da Oi, a Vivo divulgou nesta quarta-feira, 27, a expectativa inicial de R$ 5,4 bilhões em sinergias a serem capturadas pela empresa na esteira da transação.

Conforme fato relevante, a maior parte do montante (R$ 1,8 bilhão em valor presente líquido) está relacionada à redução de custos de operação e manutenção e ao desligamento de parte dos 2,7 mil sites adquiridos da Oi. Já outros R$ 1,7 bilhão viriam de menores despesas com expansão de capacidade a partir dos novos 43 MHz de espectro incorporados com a compra.

Completam a conta cerca de R$ 1 bilhão em sinergias projetadas com a integração de estrutura de vendas, suporte ao cliente e marketing, além de R$ 900 milhões associados ao ágio e alocação do preço de compra dos ativos.

A Vivo também revelou que em março de 2022, os clientes adquiridos da Oi geraram R$ 135 milhões de receita líquida mensal com a antiga dona. Considerando o running-rate das sinergias, a empresa projeta margens Ebitda acima de 70% a partir da nova base (em patamar similar ao anunciado pela dona da Claro nesta quarta-feira).

Migração

Dos 12,5 milhões de clientes da Oi que entram na base da Vivo, 37% são pós-pagos e 63%, pré-pagos. A empresa projeta ganho de cinco pontos percentuais de market share de celular com a operação, atingindo 97 milhões de clientes móveis.

A transição da base deve começar ainda neste segundo trimestre, primeiro com a adoção de modelo "roaming like" (no qual os usuários vão utilizar serviços da Vivo como se fossem usuários de roaming). A etapa deve ser concluída no fim do terceiro trimestre, no mesmo momento em que a operadora espera concluir a limpeza do novo espectro e a adaptação dos sites (que carregam com si passivo de R$ 1,4 bilhão).

Já a migração completa dos novos usuários deve ser encerrada no fim do primeiro trimestre de 2023, assim como as concorrentes Claro e TIM. Pela fatia dos ativos móveis da Oi que cabem à Vivo, a empresa vai pagar R$ 5,3 bilhões, dos quais R$ 4,9 bilhões já foram desembolsados.

Fonte: Teletime News de 27 de abril de 2022, por Henrique Julião.

Abinee pede urgência para redes privativas e 5G à presidência da Anatel

A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) levou uma série de pleitos à Anatel durante encontro da direção da entidade com o recém-empossado presidente da agência, Carlos Baigorri.

Entre os temas em discussão esteve um pedido de urgência para a definição de requisitos técnicos e regulamentação da faixa de 3,7 GHz a 3,8 GHz por estações de serviços terrestres de baixa potência dedicadas à redes privativas – sobretudo para verticais de indústria e infraestrutura.

Para a indústria eletroeletrônica, a regulamentação rápida é necessária para acelerar a adoção do recurso no País. "As redes privadas se apresentam como um recurso operacional habilitador de processos de manufatura eficientes e inteligentes do parque industrial", afirmou a entidade. A regulação também visa a convivência dessa faixa com sistemas de satélite fixo (FSS) e enlaces.

Em paralelo, a Abinee defendeu a necessidade de se avançar no cronograma de implantação do 5G, com a liberação das faixas de espectro licitadas no leilão do ano passado. "[É importante] um horizonte em relação às etapas de implantação das redes 5G em todo o território, incluindo todos os aspectos necessários para assegurar a limpeza e uso do espectro", defendeu a associação.

Completaram a pauta da reunião iniciativas para segurança cibernética e voltadas ao combate do mercado cinza, no qual Abinee e Anatel têm atuado em parceria: além do pleito por ampliação de medidas preventivas e repressivas frente marketplaces que vendem produtos de telecom não homologados, a destinação ambientalmente correta de materiais apreendidos pela Receita Federal também foi discutida.

Fonte: Teletime News de 28 de abril de 2022, por Henrique Julião.

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Anatel não pretende rediscutir espectro para WiFi 6E

A Anatel colocou na geladeira qualquer discussão sobre a revisão da faixa de 6 GHz para uso não licenciado (entenda-se WiFi 6E). Segundo apurou TELETIME, na última reunião do Comitê de Espectro e Órbita da agência, o presidente Carlos Baigorri teria deixado claro que a decisão tomada pela Anatel no começo de 2021 é a que vale e não será rediscutida tão cedo. Esta semana, em uma das reuniões periódicas da Citel (Comissão Interamericana de Telecomunicações), a agência deu a mesma sinalização: não existe previsão de revisão da regulamentação que destinou 1,2 GHz de banda na faixa de 6GHz ao uso não licenciado, nem na agenda regulatória, nem nas revisões de plano de uso do espectro.

A sinalização é importante porque muitos países latino-americanos tendem a seguir opções regulatórias tomadas pelo Brasil. Mas em fevereiro deste ano, durante o Mobile World Congress em Barcelona, a possibilidade de rediscutir o assunto surgiu depois que alguns dirigentes e técnicos da agência passaram ser questionados se a destinação de toda a faixa de 6 GHz para uso não licenciado não teria sido superdimensionada, considerando o ritmo de desenvolvimento do ecossistema WiFi 6E e as necessidades futuras do 5G.

Na ocasião, uma fonte da agência assegurou que "após as reuniões com a GSMA e constatação de ineficiência do uso e baixo portfólio do ecossistema de redes WiFi 6E, bem como a não-padronização do uso integral nas regiões da UIT, o Brasil poderá reavaliar sua decisão". A alternativa seria deixar reservado para o uso não licenciado apenas 500 MHz (três blocos de 160 MHz). Caso fosse necessário, haveria um estudo mais robusto para ratificar a decisão, ampliar para 700 MHz e destinar o restante para o IMT (5G). Seriam estudos de tráfego de dados e casos de uso que se mostrem mais relevantes para as verticais econômicas, segundo a fonte.

Na mesma ocasião, este noticiário falou com outros conselheiros da agência que foram mais cautelosos, dizendo que a decisão sobre a revisão não estaria tomada e uma eventual revisão seria apenas uma ideia preliminar. O que causava desconforto à Anatel era o fato de, depois de um ano e meio da decisão tomada pró WiFi 6E, eram poucos os equipamento sequer homologado com a previsão de uso da faixa de 6 GHz. Em paralelo, a GSMA apresentou mais estudos à Anatel no sentido da necessidade de pelo menos 2 GHz de espectro na faixa sub 6 GHz para o potencial pleno do 5G, principalmente para redes privativas e para aplicações de Web 3.0 (Metaverso, entre elas) em redes com mobilidade.

Mas uma das fontes ouvidas ponderava já naquela ocasião que seria necessário aguardar a conclusão dos processos de padronização da UIT para então se avaliar a questão das homologações da Anatel. "Se daqui a um ano a coisa continuar como está, aí sim a gente poderia reavaliar, mas não é nada para agora", disse um conselheiro da agência na ocasião, ponderando que a agência não costuma rever suas decisões sem muita fundamentação técnica.

TELETIME ouviu, na ocasião, a Qualcomm e a Cisco, duas empresas que defenderam a alocação de todo o espectro de 6 GHz para uso não licenciado. Os argumentos colocados eram os de que a decisão da agência era ainda muito recente para ser revista, coincidiu com a pandemia e com uma grande falta de componentes para produção de novos equipamentos. Ainda assim a Cisco, por exemplo, anunciou que pretende inclusive fabricar equipamentos com WiFi 6E no Brasil.

O Brasil tomou a decisão de destinar toda a faixa de 6 GHz, em linha com os EUA, em uma série de iniciativas regulatórias entre 2019 e 2020, definindo assim o uso não licenciado da faixa de 6 GHz de maneira pioneira na América Latina. A decisão foi aplaudida por empresas como Facebook, Cisco, Qualcomm, CommScope, Microsoft, Oi e outras que se alinharam na defesa desta abordagem, mas deixou insatisfeitas as operadoras de telecomunicações e os fornecedores tradicionais de equipamentos de 5G, como Huawei, Ericsson, Nokia, Claro, TIM e Vivo.

Fonte: Teletime News de 26 de abril de 2022, por Samuel Possebon.

Claro fecha primeiro trimestre com receita de R$ 10 bilhões e alta no celular

A Claro reportou nesta terça-feira, 26, os resultados financeiros da operação no Brasil com receita líquida total de R$ 10,081 bilhões. A alta de 2,6% na comparação com o mesmo período do ano passado foi impulsionada por crescimento de 11% na receita de serviço móvel da operadora.

O segmento gerou R$ 4,630 bilhões nos três primeiros meses do ano, com o crescimento de dois dígitos vinculado a ganho de market share. O saldo líquido de portabilidade de linhas móveis da Claro foi de 325 mil celulares ao longo do trimestre.

Já as ativações de linhas pós-pagas somaram 1,1 milhão no intervalo, para 42,5 milhões de planos ativos; segundo a controladora AMX, a receita no segmento cresceu 10,5%, enquanto a de pré-pago evoluiu 9%. Ao todo, eram 71,8 milhões as linhas móveis da Claro ao fim de março.

Por sua vez, os serviços fixos tiveram queda de 4,1% na receita líquida, para R$ 5,040 bilhões. Os principais efeitos de pressão foram queda de 12,7% no segmento de TV por assinatura e de 14,4% na voz fixa, segundo dados da AMX.

A boa notícia foi o retorno do crescimento na base de clientes da banda larga fixa, com adições líquidas positivas de 14,6 mil no trimestre a partir de "avanços no reposicionamento da base de clientes e carteira premium com planos de ultrabroadband". As receitas cresceram 4,3%.

Também no período, a cobertura de fibra óptica (FTTH) da Claro alcançou 20 novas cidades, totalizando agora 188 municípios e 3,5 milhões de habitantes cobertos com a tecnologia. A cobertura total engloba 392 cidades com 36 milhões de casas passadas.

No trimestre, ainda houve alta nos serviços prestados pela Claro ao mercado corporativo, na receita com aparelhos (de 11%, para R$ 306 milhões) e queda de 17,4% na receita de interconexão (R$ 106 milhões)
Ebitda

Ainda no primeiro trimestre, o Ebitda da Claro cresceu 1,4%, para R$ 4,085 bilhões. A cifra representou margem Ebitda de 40,5%, frente 40% há um ano.

Na semana passada, a empresa também concluiu a compra de fatia da Oi Móvel. Pelos ativos, a empresa pagará R$ 3,57 bilhões, dos quais R$ 3,25 bilhões já foram transferidos. Adicionalmente, o grupo pagou à Oi R$ 187 milhões por serviços de transição e assinou um contrato de capacidade de transmissão no valor de R$ 164 milhões a serem pagos em três anos.

Fonte: Teletime News de 26 de abril de 2022, por Henrique Julião.

Oi adia em uma semana divulgação de balanço financeiro

A Oi adiou novamente a divulgação do balanço financeiro do exercício de 2021. A companhia divulgou na noite desta terça-feira, 26, em fato relevante, que a complexidade de operações, como a conclusão da venda da Oi Móvel para a Claro, TIM e Vivo no último dia 20 de abril, levou à necessidade de mais tempo do que o estavam antecipado para avaliar os impactos.

Desta forma, a divulgação que deveria ocorrer nesta terça, com teleconferência na quarta-feira, 27, foi postergada para o dia 4 de maio próximo – ou seja, já na semana que vem.

A companhia justifica que essa semana adicional permitirá "finalizar o fechamento de suas demonstrações financeiras e obter o parecer dos auditores independentes, de modo a garantir, considerando todos os eventos (…), a divulgação de informações precisas, consistentes e completas aos acionistas e ao mercado".

As razões elencadas são as mesmas do que foi alegado em março, quando anunciou que iria adiar o balanço:
a complexidade dos trabalhos de segregação de ativos nas três SPEs que integram a UPI Ativos Móveis, incluindo a necessidade de elaboração de suas demonstrações financeiras, na data base de fevereiro de 2022;
a necessidade de obtenção de pareceres dos auditores independentes para as demonstrações financeiras das três SPEs que integram a UPI Ativos Móveis; bem como
os impactos da venda da UPI Ativos Móveis e da venda do controle da UPI InfraCo nos trabalhos de elaboração das demonstrações financeiras da Companhia, e, consequentemente, no parecer dos auditores independentes com relação às demonstrações financeiras da Oi.

A companhia reiterou os resultados divulgados anteriormente, com a receita líquida preliminar de R$ 4,525 bilhões no trimestre e R$ 17,717 bilhões no ano.

Fonte: Teletime News de 26 de abril de 2022, por Bruno do Amaral.

Claro utiliza faixa de 26 GHz para transmissão do Carnaval de São Paulo na Globo

A Claro utilizou a faixa de 26 GHz para fornecer capacidade para transmissão da Globo no Carnaval de São Paulo. Em parceria com a fornecedora Ericsson, a operadora usou a rede 5G com as ondas milimétricas (mmWave, na expressão em inglês) na frequência obtida no leilão do ano passado para transmitir as imagens captadas na própria pista do Sambódromo do Anhembi por um cinegrafista da emissora equipado com mochila adaptada com módulo ("mochilink") para permitir maior mobilidade na avenida sem precisar de cabos.

Conforme explicou a operadora nesta terça-feira, 26, o equipamento utilizado permitiu o tráfego de dados de até 2,5 Gbps e com baixas latências. A empresa afirma ser a primeira na utilização das ondas milimétricas no Brasil. No comunicado, o CEO da tele, Paulo César Teixeira, diz que pretende "melhorar a experiência para as programadoras, além de aprimorar a forma como o telespectador se relaciona com as transmissões ao vivo".

A rede da Claro em 26 GHz instalada no Sambódromo foi feita em colaboração com a Ericsson, que forneceu duas antenas: uma para a área de concentração, para ser utilizada pela Globo, e outra no camarote Confraria, para demonstração do 5G. No camarote, o espaço exclusivo da Claro permitia o teste do 5G para convidados fornecendo a conexão via WiFi, mas com uma CPE ligada à rede de ondas milimétricas.

Além das duas parceiras, colaboraram ainda Casa Systems, Intelbras, Motorola e Qualcomm, que forneceram demonstrações com CPEs, pontos de acesso WiFi e smartphones compatíveis (Motorola Edge). Os telefones foram utilizados como modem para receber e transmitir por meio da rede móvel em mmWave as imagens capturadas. O aparelho utiliza o chipset Snapdragon 8 Gen 1, com modem RF Snapdragon X65.

Obtida pela Claro (com capacidade de 400 MHz) no leilão do 5G, a faixa de 26 GHz não tem as mesmas restrições para início de operação da frequência mais tradicional de 3,5 GHz, que ainda precisa de autorização para lançamento com a limpeza da banda C. No entanto, as ondas milimétricas têm alcance mais limitado, o que exige maior densidade de antenas. Além disso, o ecossistema de dispositivos compatíveis ainda é limitado. A operadora já lançou comercialmente o 5G utilizando o espectro de 2,3 GHz.

Fonte: Teletime News de 26 de abril de 2022, por Bruno do Amaral.

Controladora da Claro, América Móvil cresce na receita no trimestre

Junto com a divulgação dos números da operação brasileira da Claro, a controladora América Móvil divulgou balanço financeiro nesta terça-feira, 26. O grupo mexicano registrou no primeiro trimestre uma receita total de 211,225 bilhões de pesos (US$ 10,36 bilhões), um crescimento de 2,4% quando comparado ao mesmo período de 2021. A maior parte veio do segmento de serviços, que totalizou 177,313 bilhões de pesos (US$ 8,69 bilhões), aumento de 3,3%.

Segundo a empresa, não houve diferenças grandes no crescimento das receitas em pesos mexicanos, que se valorizaram frente ao dólar, até pela elevação da taxa de juros nos Estados Unidos. Porém, houve depreciação do peso argentino e, "mais notavelmente", do real brasileiro, que caiu 12,1%. Ainda assim, o País liderou o crescimento das receitas de serviço móvel, com aumento de 10,3%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) do grupo mexicano foi de 81,144 bilhões de pesos (US$ 3,98 bilhões), um crescimento de 4,2%. Aumentou também a margem em relação à receita, subindo de 37,8% no primeiro trimestre de 2021 para 38,4% nos primeiros três meses deste ano.

Diferente do ano passado, a AMX não contabiliza mais a operação descontinuada da TracFone, MVNO especializada em pré-pago com atuação nos Estados Unidos, especialmente na fronteira com o México, e que foi vendida para a Verizon. Com o impacto no EBITDA e a valorização do peso frente ao dólar, o lucro líquido do grupo saltou de 1,810 bilhão de pesos (US$ 89 milhões) para 30,797 bilhões de pesos (US$ 1,51 bilhão) neste primeiro trimestre.

No período, a América Móvil levantou empréstimo de 28,9 bilhões de pesos (US$ 1,42 bilhão) para cobrir um Capex de 28,6 bilhões (US$ 1,40 bilhão). A companhia destaca que o primeiro trimestre sempre é um período de crescimento de investimentos por conta de vencimento de compras de equipamentos de rede e handsets, além de pagamento de impostos no México e no Brasil.

A dívida líquida, por sua vez, aumentou 17,4 bilhões de pesos desde dezembro e agora está em 425 bilhões de pesos (US$ 20,84 bilhões), equivalente a 1,33 vezes o EBITDAal (depois de custos de aluguel, incluindo os referentes a custos de depreciação e juros) dos últimos 12 meses.

Fonte: Teletime News de 26 de abril de 2022, por Bruno do Amaral.

Com migração de clientes da Oi, TIM terá 34% dos celulares no RJ e 25% em SP

Com a recepção de 16,4 milhões de clientes móveis adquiridos da Oi, a TIM deverá ampliar de maneira significativa a participação de mercado em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e na região Centro-Oeste.

A migração da base deve ter início entre maio e junho e durar 12 meses (veja maiores detalhes no decorrer da matéria). Caso garanta a manutenção dos novos usuários (que podem efetuar portabilidade), esse será o market share da TIM em alguns mercados prioritários:

Rio de Janeiro: de atuais 20,8% para 34,7%

São Paulo: de 18,9% para 25,7%

Rio Grande do Sul: de 6% para 18,9%

região Centro-Oeste: de 11,2% para 26,8%

região Norte: de 13,1% para 21,2%.

Em outras praças, o salto na participação de mercado será de menores dimensões. Nacionalmente, a TIM deve avançar de atuais 20% do mercado móvel para 27%.Vale lembrar que os clientes chegam da Oi são 44% pós-pagos e 56%, pré-pagos. Os DDDs que serão migrados para operadora são 11, 16, 19, 21, 22, 24, 32, 51, 53, 54, 55, 61 a 69, 73, 75, 89, 93 a 97 e 99.

Transição

Como apontado por TELETIME em fevereiro, os clientes móveis da Oi serão recebidos pela TIM primeiro como se fossem usuários de roaming. Essa primeira etapa começa dentro de 30 dias (entre maio e junho) e levará três meses. A intenção é possibilitar uma transição o mais imperceptível possível, mas que já demonstre melhorias de cobertura e performance que ajudem a evitar a troca imediata de operadora.

Depois disso, uma segunda etapa com migração de usuários para os sistemas da TIM terá início, com duração prevista de nove meses. Nesta fase, os clientes serão recebidos em "landing plans" com condições comerciais similares às atuais oferecidas pela Oi. Dividida em janelas mensais e semanais, essa segunda etapa começará com os clientes pré-pagos e controle, partindo depois para os pós-pagos; em abril de 2023, a migração de todos os clientes deve estar completa.

Neste momento, uma estratégia de "more for more" deve ser colocada em prática para aumentar a rentabilidade da nova base de clientes. Isso porque a receita média mensal por usuários (ARPU) dos clientes recebidos da Oi é de R$ 14,6, contra quase R$ 26 no caso da compradora – o que deve implicar em redução imediata do ARPU nos primeiros meses após a absorção.

Ainda assim, os novos usuários devem possibilitar cerca de R$ 1,8 bilhão em receitas para a TIM ao longo dos oito meses restantes de 2022. A estimativa é que o as cifras reflitam em R$ 1,1 bilhão em Ebitda.

Fonte: Teletime News de 26 de abril de 2022, por Henrique Julião.

Brasil registra mais de 2 milhões de números portados no primeiro trimestre de 2022

Relatório do primeiro trimestre de 2022 da Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom), Entidade Administradora da Portabilidade Numérica, mostra que 2,06 milhões de trocas de operadoras foram concluídas entre os meses de janeiro, fevereiro e março. Nesses período, 270,44 mil (13%) migrações foram feitas por usuários de terminais fixos e 1,79 milhão (87%) demandadas por titulares de telefones móveis.

Desde setembro de 2008, quando o serviço passou a ser oferecido no País, até o dia 31 de março de 2022, foram efetivadas 19,98 milhões (26%) de migrações por usuários de telefones fixos e 55,59 milhões (74%) a partir de iniciativa de titulares de números de terminais móveis.

A portabilidade numérica começou a ser implantada gradativamente nos 67 DDDs em operação no País a partir de setembro de 2008 e as migrações foram possíveis, em todo o território nacional, em março de 2009.

Como fazer a portabilidade numérica

Para realizar o processo da portabilidade numérica o usuário deve procurar a operadora para onde ele quer migrar e fazer a solicitação. O regulamento da portabilidade numérica determina que, entre os critérios a serem atendidos para efetivar a migração, o solicitante deve:
Informar à operadora de telefonia que recebe o pedido, o nome completo
Comprovar a titularidade da linha telefônica
Informar o número do documento de identidade
Informar o número do registro no cadastro do Ministério da Fazenda, no caso de pessoa jurídica
Informar o endereço completo do assinante do serviço
Informar o código de acesso
Informar o nome da operadora de onde está saindo.

A operadora para a qual o usuário deseja migrar fornecerá um número de protocolo da solicitação a fim de que possa acompanhar o processo de transferência. No Brasil, o modelo de portabilidade numérica determina que migrações devem ser solicitadas dentro do mesmo serviço, de móvel para móvel ou fixo para fixo, e na área de abrangência do mesmo DDD.

O tempo de transferência para efetivação da portabilidade numérica é de três dias úteis ou após esta data, se o usuário desejar agendar. Para desistir da portabilidade numérica, o usuário tem dois dias úteis, após sua solicitação de transferência, para suspender o processo de migração.

O movimento de pedidos e efetivações de transferências da portabilidade numérica conforme o DDD e data de início do serviço, podem ser acompanhados pelo site da ABR Telecom.

Fonte: Teletime News de 26 de abril de 2022, por Marcos Urupá.

terça-feira, 26 de abril de 2022

Com ativos móveis da Oi, TIM espera até R$ 19 bi em sinergias

A absorção pela TIM da maior parte dos ativos móveis vendidos pela Oi poderá gerar sinergias de R$ 16 bilhões até R$ 19 bilhões ao longo dos próximos anos, de acordo com estimativas fornecidas pela operadora nesta segunda-feira, 25.

Grande parte dos benefícios são projetados para longo prazo, visto que apenas 45% das sinergias devem ser capturadas antes de 2030. Entre as principais frentes para criação de valor estão as relacionadas com infraestrutura (R$ 12-13 bilhões em valor presente líquido) e à abordagem comercial (R$ 4-5 bilhões).

Neste último caso, as sinergias podem ser imediatas e associadas ao aumento da escala da operadora, redução do churn e criação de novas receitas. No que tange à infraestrutura, são projetadas economias com investimentos e custos operacionais vindas da disponibilidade adicional de espectro e do desativação de sites adquiridos da Oi (com extra de R$ 300 milhões caso o plano de desativação acelerada dos sites logre êxito).

Como um todo, a perspectiva da operadora é que, após a integração da infraestrutura da Oi, a relação do capex (investimentos) sobre receita da TIM reduza de 2 a 3 pontos percentuais. Dessa forma, o indicador de investimentos passaria de 20% atuais para um patamar "mid-teens" no jargão da empresa, ou seja, em torno de 15%.

Além disso, a operadora acredita que R$ 700 milhões em efeitos tributários possam ser capturados no bojo da operação, completando assim o teto de R$ 19 bilhões em sinergias divulgado. Veja maiores detalhes no quadro abaixo (clique para ampliar).

Vale lembrar que a TIM está desembolsando R$ 7 bilhões pela maior fatia dos ativos móveis da Oi. Para a empresa, a operação inclui 16,2 milhões de clientes, 49 MHz de espectro e 7,9 mil sites para cobertura móvel.
Alavancagem

A TIM usou posição de caixa de R$ 9,8 bilhões ao fim de 2021 para financiar a aquisição dos novos ativos e a compra de espectro no leilão de 5G (R$ 2,4 bilhões neste ano, entre licenças e obrigações).

Ao fim de 2022, a empresa projeta alavancagem de 2,0x dívida líquida/Ebitda (e 0,6x se desconsiderado efeitos do leasing associado aos sites absorvidos da Oi). O patamar foi classificado como "saudável" pela própria TIM, que prometeu desalavancagem rápida para 1,6x dívida líquida/Ebitda em 2024 e (0,3x fora efeitos do leasing).

Fonte: Teletime News de 25 de abril de 2022 por Henrique Julião.

Movimento Antene-se contatou mais de 400 prefeituras para atualizar leis de antenas

Com um ano de atividades, o Movimento Antene-se, criado para dialogar com governos e prefeituras sobre a importância de mudar a legislação de antenas, contabiliza 78 cidades que já atualizaram suas legislações que facilitam a instalação de infraestrutura de telecomunicações. Isso representa 1% dos municípios brasileiros. Ao todo, foram contatados mais de 400 representantes de municípios brasileiros.

Segundo Luciano Stutz, porta-voz do Movimento, apesar do número parecer pequeno em relação ao universo de 5.570 cidades brasileiras, esses 78 municípios contam com grandes densidades populacionais. "Nós começamos pelos municípios maiores. Cidades como Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre, e metrópoles regionais", explicou em entrevista ao TELETIME.

Stutz, que também é presidente da Abrintel, ressaltou que neste primeiro ano de atividades, o Movimento Antene-se conversou com representantes de mais de 400 municípios. "Isso envolve ou uma reunião ou contato. Desses 400, cem estão com projetos de lei em tramitação. O PL que iniciou as discussões nessas cidades foi o da [minuta da] Anatel", explicou o executivo.

"O texto aprovado sempre parte do projeto de lei da Anatel. Ele é o documento que mandamos para a prefeitura fazer a discussão. Ali nos debates nas casas legislativas, eles sofrem algumas modificações, mas a base fica como este da Anatel", prosseguiu Stutz.

Gargalos

Na avaliação de Luciano Stutz, Goiânia e Belo Horizonte são os municípios que mais apresentam problemas. "São dois municípios grandes, e críticos para nós. Hoje, temos todos os pedidos recusados nessas cidades porque não têm uma legislação válida e não têm horizonte de uma nova legislação", disse Stutz.

Mesmo com essas condições, Stutz acredita que a meta do 5G, de chegar em todas as capitais, até julho de 2022, está assegurada nessas duas cidades porque a quinta geração de telefonia móvel nesse primeiro momento usará infraestrutura legada de torres e antenas 4G e 3G para funcionamento inicial.

O presidente da Abrintel também teceu críticas ao texto aprovado em São Paulo. Apesar de reconhecer os avanços que a nova legislação de antenas da maior cidade do país trouxe, ela por ter partido de um texto próprio, diferente do proposto pela Anatel, tem alguns problemas para o setor de infraestrutura. "O texto foi aprovado sem uma discussão com o setor de infraestrutura. Nisso, o seu detalhamento de licenciamento ficou com problemas, já que ele se mostra dificultador para o setor de infraestutura. Atualmente, isso está em debate. Na época de aprovação da legislação, colocamos alguns problemas no texto. Foi uma lei discutida há 13 anos", disse Stutz.

Postes multifuncionais

Luciano Stutz disse a este noticiário que, apesar de a Conexis Brasil Digital ter saído do Movimento Antene-se, eles continuaram a defender a mudança nas legislações. "Tivemos uma divergência sobre o uso dos postes multifuncionais. Acreditamos que um poste de 25 metros deve ter licença para ser instalada na cidade. Eles entendem que não, pois acreditam que eles se enquadram nas estruturas de pequeno porte", explicou Stutz.

"Uma estrutura de 25 metros não passa imperceptível aos municípios. E se colocarmos isso sem autorização, isso pode ser passivo de questionamento. Não queremos que esses postes de 25 metros sejam colocados sem autorização dos municípios. Somos a favor dos postes multifuncionais, desde que autorizados pela municipalidade. A Anatel tem esse mesmo entendimento. Essa infraestrutura serve, inclusive, para a iluminação pública", esclareceu o representante do Movimento Antene-se.

O Futuro

Luciano Stutz afirma que agora em maio promoverá evento online no qual será discutido a conectividade e educação. "A questão a ser debatida será: que bens você pode trazer para a conectividade na educação. Iniciamos com uma abordagem em cidades com mais de 500 mil habitantes. Agora, vamos atingir cidade com 100 mil habitantes. Iremos conscientizar esses gestores desses municípios pequenos que serão agraciados com compromissos de 4G", explicou. "A ideia é chegar ao máximo de cidades possível", afirmou.

Uma outra ação que está nos planos futuros do Movimento Antene-se é uma parceria com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), para chegar com essa agenda em localidades com até 50 mil habitantes.

Fonte: Teletime News de 25 de abril de 2022, por Marcos Urupá.

Anatel credencia IQA para atuar na certificação de equipamentos para veículos

Com a chegada do 5G, a Anatel vai preparando terreno para as futuras aplicações com tecnologia móvel, incluindo a comunicação para veículos. A agência designou o Instituto de Qualidade Automotiva (IQA) como um "organismo de certificação designado" (OCD) para atuar na certificação obrigatória de produtos destinados ao setor automobilístico.

De acordo com o IQA nesta segunda-feira, 25, a entidade agora pode atender fabricantes e importadores de produtos que necessitem a homologação para "mais de 40 produtos" de telecomunicações voltados ao setor automobilístico. Esses equipamentos incluem acumuladores de energia (baterias); carregadores para celular e baterias de lítio; equipamentos de radiofrequência (antenas), exceto os de radiodifusão; e equipamentos terminais IP (com ou sem fio).

Pelo comunicado, a especialista em inovação do Instituto, Débora Bueno, mencionou que há uma maior quantidade de conexões dos carros com a cidade, uma tendência que só deve aumentar com as novas tecnologias como o 5G. "Nosso objetivo é certificar todos os produtos automotivos, chaves de carro, sistemas ligados aos veículos autônomos", declara.

Confira a lista de equipamentos que deverão passar pelo processo de homologação no IQA:

Acumuladores De Energia (Bateria): Acumulador de Energia Alcalino de Níquel-Cádmio Estacionário, Acumulador de Energia Chumbo-Ácido Estacionário Ventilado, Acumulador de Energia Chumbo-Ácido Estacionário Regulado por Válvula, Acumuladores Chumbo-Ácido Estacionários Ventilados para Aplicações Específicas, Acumuladores Chumbo-Ácido estacionários Regulados por Válvula para Aplicações Específicas, Acumuladores Chumbo-Ácido Estacionários Ventilados para Aplicação em Sistemas Fotovoltaicos de Baixa Potência;
Carregadores Para Telefone Móvel Celular E Baterias De Lítio: Acessório para telefone móvel celular do tipo bateria auxiliar, Bateria de Lítio utilizada em Telefone Celular, Carregador Indutivo para Telefone Celular, Carregador para Telefone Celular;
Equipamentos De Rf (Exceto Radiodifusão): Amplificador de Potência de RF, Equipamento BPL, Equipamento de Ondas Portadoras (OPLAT), Estação Terminal de Acesso – ETA, Femtocélula, Femtocélula Residencial, Modem para Transceptor Digital, Radar, Reforçador de Sinais Interno, Repetidor de Radiofrequências, Telefone Móvel celular, Telefone Móvel por Satélite, Terminal de Uso Coletivo para o SMP, Todos os equipamentos abrangidos pelo Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação Restrita (exceto Transceptor de radiação restrita), Transceptor de Radiação Restrita, Transceptor Analógico Troncalizado – Base, Transceptor Analógico Troncalizado (móvel e portátil), Transmissor e Transceptor Digital, Transceptor Digital Troncalizado – Base, Transceptor Digital Troncalizado (móvel e portátil), Transceptor Fixo Assinante Rural, Transceptor Fixo Base Rural, Transmissor e Transceptor (fixo, móvel e portátil), Transceptor para Estação Rádio Base, Transceptor para o Serviço Auxiliar de Radiodifusão Sonora, Transceptor PLC – Faixa Estreita, Transmissor de Radiochamada, Transmissor de Supervisão e Controle, Transmissor para o Serviço Auxiliar de Radiodifusão Sonora, Transmissor para o Serviço Auxiliar de Radiodifusão TV, Transmissor para o Serviço Avançado de Mensagens
Equipamentos Terminais Ip (Com Fio E Sem Fio): ATA – Adaptador para Telefone Analógico (com e sem fio), Equipamento para Telecomunicações com Interface USB, Telefone IP / Telefone Ethernet.

Fonte: Teletime News de 25 de abril de 2022, por Bruno do Amaral.

Empresas brasileiras projetam adoção do 5G no médio prazo, aponta Logicalis

Uma pesquisa realizada pela empresa de soluções e serviços Logicalis apontou que a maior parte das empresas brasileiras (e latino-americanas) vislumbra a adoção do 5G nas operações apenas no médio prazo – ou em um intervalo de três a cinco anos.

O levantamento ouviu 255 executivos da região; no Brasil, 76% reportaram o intervalo de pelo menos 36 meses como horizonte para adoção, contra 69% nos demais países da América Latina. Ao mesmo tempo, somente 40% dos brasileiros reportaram expectativa de adoção imediata da nova geração nos negócios.

Já entre as características lembradas como as mais atrativas do 5G estariam a maior velocidade, de acordo com 79% dos executivos brasileiros ouvidos pela Logicalis. Os entrevistados hispano-americanos, por sua vez, colocaram como aspecto principal a maior capacidade de conexões simultâneas (destacada por 74% dos respondentes)

No Brasil, outros pontos citados pelos tomadores de decisão foram menor latência, melhor controle online de operações (ambos com 75%) e também a maior capacidade de conexões simultâneas (71%). Com atuação no segmento de Internet das Coisas (IoT), Logicalis também vislumbra explorar os mercados de redes privativas e abertas com a chegada do 5G.

Fonte: Teletime News de 25 de abril de 2022, por Henrique Julião.

segunda-feira, 25 de abril de 2022

TIM vai se desfazer de 60% das estações compradas da Oi

Após finalizar a aquisição da maior parte dos ativos móveis da Oi, a TIM planeja descomissionar até 60% das 7,2 mil torres compradas durante a operação, sinalizou a empresa nesta segunda-feira, 25.

"Vamos desativar as torres por duas razões. Primeiro, porque teremos mais espectro, o que em geral exige menos torres para o mesmo nível de serviço. E segundo, na comparação das torres da Oi com o atual footprint da TIM, há uma sobreposição. No fim do dia, não precisamos de 60% delas", afirmou o CEO da operadora, Alberto Griselli, durante conferência sobre a transação.

Com a estratégia, apenas 2,8 mil sites comprados da Oi seguem nos planos da empresa. No momento, a TIM trabalha com um cronograma de desativação das cerca de 4,4 mil torres restantes até 2030, mas já apresentou proposta de plano acelerado no qual o processo seria encerrado em 2024.

Antes disso, porém, a TIM deverá oferecer ao mercado cerca de 3,5 mil sites como forma de atender as exigências do Cade para aprovação do negócio. Caso não haja interessados após um período de seis a oito meses, tais estações poderão ser incluídas no plano de desativação.

"Há uma parte das torres que podemos começar a descomissionar desde o primeiro dia e outra parte, que temos que esperar esse período que o Cade pediu. Depois disso, se não houver interesse do mercado, podemos incluir essas torres para descomissionamento", resumiu o CTIO da TIM, Leonardo Capdeville, também durante call nesta segunda-feira.

Economias

Junto com os 7,2 mil sites adquiridos da Oi, a TIM também reconhecerá R$ 4,1 bilhões em contratos de lease que serão identificados como dívida em balanço. Com o descomissionamento de parte dos ativos, a economia dos aluguéis e de custos operacionais devem entrar na conta de sinergias projetadas pela empresa (ainda que desativações possam significar desembolsos maiores por conta da rescisão antecipada dos contratos com as torreiras).

Pela maior parte dos ativos móveis da Oi, a TIM está pagando R$ 6,98 bilhões, mais contrato de transição no valor de R$ 251 milhões e de fornecimento de capacidade estimado em R$ 476 milhões em dez anos. A aquisição inclui não apenas as torres, mas também 16,4 milhões de clientes e 49 MHz de espectro.

Fonte: Teletime News de 25 de abril de 2022, por Henrique Julião.

EAF inicia trabalhos com foco nos serviços corporativos de satélite e TVRO; "O prazo é factível", diz Leandro Guerra

A Entidade Administradora da Faixa (EAF), empresa responsável pela implementação dos compromissos da faixa de 3,5 GHz, está confiante de que é possível cumprir os primeiros prazos do edital, que preveem a liberação das capitais até o dia 30 de junho para o início das transmissões do 5G na faixa. Segundo Leandro Guerra, CEO da empresa, O desafio é grande, mas o trabalho foi dividido em etapas para permitir o cumprimento dos prazos nas capitais. Comandando uma equipe de cerca de 20 pessoas e assessorado nessa primeira fase pela KPMG, Guerra aposta que o modelo de terceirização de boa parte das atividades dará agilidade para a EAF e pretende manter um modelo enxuto de operação, mesmo com um orçamento de mais de R$ 6 bilhões.

A expectativa é de que no começo de maio fiquem mais claros os cenários em relação aos prazos. É quando devem ser entregues as propostas das primeiras RFPs (Request for Proposal) abertas esta semana pela EAF ao mercado para o fornecimento de equipamentos e serviços essenciais ao cumprimento das primeiras metas. Os desafios mais urgentes são a migração dos serviços de satélite corporativos (FSS) que estão na banda C estendida (3,625 GHz a 3,700 GHz), a implementação dos filtros para os serviços corporativos de satélites (FSS) que operam nas faixas acima de 3,7GHz e a instalação dos kits de recepção de TV via satélite para os beneficiários do Bolsa Família.

O trabalho começa pelas capitais, explica Leandro Guerra, o que diminui bastante o tamanho do problema para estes primeiros meses de operação da EAF. No caso dos serviços fixos de satélite que precisarão ser migrados para outras frequência, a EAF identificou 212 estações das quais 174 ainda precisam ser migradas. Já aquelas que precisarão de filtros são cerca de 1200.

No caso dos usuários de TVRO que estejam no Bolsa Família, a expectativa da EAF, cruzando dados do IBGE de 2019 com os dados do Cadastro Único é de um universo de cerca de 257 mil kits que precisarão ser distribuídos nas capitais, o que representa apenas entre 2% e 3% do total de kits que precisarão ser distribuídos. "As capitais serão o nosso laboratório, porque o desafio maior vem depois, para as datas a partir de 2023".

Já existem 2 RFPs na praça e uma para sair na próxima semana: 1) Para a aquisição dos filtros de mitigação dos serviços profissionais de satélite (FSS) sai nesta semana do dia 24 ; 2) para as empresas de engenharia que darão o suporte na instalação destes filtros (desde o dia 18); e 3) para os kits de recepção de banda Ku, incluindo set-top box, antena e LNB, que serão instalados para os beneficiários do Cadastro Único (também já publicada). Também está sendo contratada uma agência de publicidade para dar suporte à comunicação da EAF. Os prazos de resposta das RFPs é 2 de maio, mas existe sempre a possibilidade de prazo adicional se necessário. "Vamos ter que esperar a resposta do mercado para ter certeza desses prazos", diz Guerra.

No caso das estações FSS, serão cruzados os polígonos de ativação das operadoras de telecomunicações, para que possam ser priorizadas as áreas em que efetivamente estão previstas estações transmissoras de 5G em 3,5 GHz em cada capital. As operadoras já apresentaram estes polígonos, diz Guerra.

Uma novidade é que a EAF está prevendo a possibilidade de que as próprias operadoras de satélite sejam responsáveis pelo trabalho de mitigação. Vale lembrar que no edital não ficou previsto nenhum tipo de compensação das operadoras de satélite, mas o entendimento é o de que sem elas será muito mais complexo interagir com os usuários dos serviços FSS, até porque parte do trabalho, relacionados às frequências e transponderes a serem utilizados, passa por uma coordenação com as operadoras de satélite. "Elas poderão se apresentar para a RFP de maneira individual ou combinada com parceiros, e estamos prevendo a contratação de mais de uma empresa", disse Guerra.

Outro dificultador para a EAF é que nos serviços FSS há situações de maior complexidade, como teleportos, que exigirão uma solução mais customizada em relação aos filtros e processo de instalação. A partir da entrega das propostas à RFP ficarão definidos os cronogramas, mas a ideia é na segunda quinzena de maio começar a instalar os filtros e realizar os canais que ainda estiverem na banda C estendida.
Pré-cadastro para TVRO

Já os usuários de sistemas de parabólica para TV aberta (TVRO) passarão antes por um processo de cadastramento. Segundo Leandro Guerra, a ideia não é concluir a instalação de todos os kits até 30 de junho, mas sim ter o cadastramento feito e garantir o suporte para a instalação dos kits. Nesse sentido, pesa a favor da EAF o fato de que o edital não estabeleceu nenhum percentual de domicílios aptos a priori para a ativação dos sinais de 5G na faixa de 3,5 GHz. "Precisamos assegurar que os kits possam ser instalados, mas como é um universo de pessoas que não sabemos exatamente quem são, só será possível dimensionar depois do cadastramento", diz Guerra.

Ele diz que a EAF não está planejando nenhuma pesquisa antes para verificar quantos são esses usuários do Cadastro Único nem onde eles estão. "O importante é que depois que o 5G estiver ativado vamos ter em todas as capitais o atendimento emergencial para os casos que não estivesses previstos e que venham a ter problema com interferência.

O processo de comunicação para os usuários de TVRO está previsto para meados de maio, e fica mais assertivo no começo de junho, juntamente com o único do cadastramento de usuários.
Coordenação

Para Leandro Guerra, nesse primeiro momento será muito importante que o setor de radiodifusão, o setor de satélites e EAF estejam bem alinhadas para que as ações aconteçam nos prazos imaginados. " A gente acredita muito que o Gaispi (grupo gestor da Anatel que coordena as ações da EAF) terá esse papel fundamental, e muitas das questões que estamos levantando já estão sendo endereçadas pelos grupos técnicos)", diz o CEO da EAF.

Fonte: Teletime News de 22 de abril de 2022, por Samuel Possebon.

Nasa escolhe seis operadoras de satélite para projeto de comunicação no espaço

 Agência espacial norte-americana, a Nasa selecionou seis operadoras de satélite para contratos de US$ 278,5 milhões voltados ao desenvolvimento de sistemas de comunicação para missões espaciais. O grupo inclui empresas tradicionais e as entrantes do segmento de baixa órbita SpaceX e Project Kuiper.

Enquanto a empresa de Elon Musk terá US$ 70 milhões para atuação na iniciativa, a empreitada liderada pela Amazon garantiu US$ 67 milhões. As quatro demais operadoras escolhidas pela Nasa são Viasat (US$ 53,3 milhões), Telesat (US$ 30,6 milhões), SES Inmarsat (ambas com US$ 28 milhões).

"Há mais de um ano, a agência vinha avaliando a viabilidade de empregar redes de comunicação por satélite comerciais para operações próximas à Terra, enquanto trabalha para descomissionar sua própria frota de satélites. Essa abordagem permitiria que a Nasa concentrasse mais tempo e recursos em suas missões científicas e de exploração do espaço profundo", apontou o órgão, em comunicado.

A agência espacial dos Estados Unidos espera que cada empresa exceda até 2025 as contribuições financeiras recebidas para o projeto, somando assim um possível investimento conjunto de US$ 1,5 bilhão em pesquisa e desenvolvimento. Cada operadora propôs uma abordagem técnica para reduzir custos, aumentar a flexibilidade e melhorar o desempenho de uma ampla gama de comunicações no espaço.

Fonte: Teletime News de 22 de abril de 2022, por Henrique Julião.