Planejando sua própria constelação de satélites para conectividade (o Project Kuiper), a Amazon celebrou acordos com a Arianespace, a Blue Origin e a United Launch Alliance (ULA) para lançamentos de cerca de 3 mil artefatos em um período de cinco anos.
Os contratos preveem até 83 lançamentos para formação da maior parte da frota do Project Kuiper, estimada em 3.236 satélites de baixa órbita (LEO). Mirando nicho já explorado por empresas como OneWeb e Starlink, a nova constelação deve fornecer banda larga em locais sem conectividade à Internet.
Segundo o VP de tecnologia do projeto, Rajeev Badyal, a escolha por múltiplos fornecedores para os lançamentos faz parte do planejamento estratégico da empreitada. "Essa abordagem reduz o risco associado a paralisações de veículos lançadores e oferece suporte a preços competitivos de longo prazo para a Amazon, produzindo economias de custos. Também significa que podemos implantar mais de nossa constelação com menos lançamentos, ajudando a simplificar nosso cronograma e implantação", afirmou Badyal.
Parceiros
Segundo a Amazon, a contratação do trio de lançadoras seria a maior aquisição da história no segmento espacial, devendo envolver fornecedores de 49 estados dos Estados Unidos e de 13 países europeus.
No caso da Arianespace, o contrato para a constelação Kuiper deve envolver inicialmente 18 foguetes da família Ariane 6, em acordo classificado como o maior já firmado pela lançadora europeia. Já a Blue Origin – outra empresa de Jeff Bezos, fundador da Amazon – deve realizar pelo menos 12 lançamentos a partir do foguete New Glenn, com possibilidade de outros 15 envios opcionais.
Por sua vez, o acordo da Amazon junto à ULA tem escopo maior e deve envolver 38 lançamentos a partir do veículo Vulcan Centaur e outros nove utilizando o Atlas V – totalizando assim 47. Dessa forma, a empresa vai colocar em órbita a maior parte da operação do Project Kuiper.
A nova constelação ainda pretende botar em órbita duas missões em forma de protótipos neste ano – desta vez, utilizando foguete da ABL Space Systems. No momento, a Amazon está desenvolvendo todo o sistema do Kuiper internamente a partir de equipe de mais de mil funcionários, além de trabalhar na criação de terminais "pequenos e acessíveis" para clientes. A nova operação ainda deve se apoiar na rede e infraestrutura em cloud da Amazon Web Services (AWS), que também faz parte do grupo.
Fonte: Teletime News de 6 de abril de 2022, por Henrique Julião.
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