Assim como a TIM, a Telefônica prevê a venda de sites adquiridos com a compra de parte da Oi Móvel. Porém, segundo explicou o CEO da Vivo, Christian Gebara, a operação trata apenas de venda da parte eletrônica – ou seja, o equipamento de rádio das antenas. A propriedade das estruturas é uma outra questão que envolve ainda as torreiras, e uma possibilidade que a tele continua estudando: a de aproveitar as infraestrutura para o 5G.
Gebara falou a analistas de mercado nesta quinta-feira, 28, que a Vivo deverá se programar para vender nos próximos meses os equipamentos, que incluem muitas estações radiobase em 3G, conforme remédios determinados pelo Cade para a autorização da venda da Oi Móvel. Já os contratos com as torreiras serão objeto de maior análise porque há sobreposição com as antenas da própria Vivo, mas a chegada do 5G deve demandar a instalação de mais ERBs.
"Não temos urgência agora de terminar nenhum dos contratos. O que precisamos é vender os equipamentos eletrônicos", disse Gebara. Existe a possibilidade ainda de que a empresa opte por apenas repassar esses acordos para as empresas que eventualmente quiserem comprar as antenas. "Os contratos são parte de otimização que faremos no futuro."
A questão é que, como afirmou o executivo, ainda é cedo para avaliar. "Se vender os equipamentos e a pessoa que for comprar também quiser ter o site, eu tentaria transferir [o contrato]. Mas não sei se terá e não sei se será possível ou não fazer isso." Ele lembra que a própria Vivo tem outros contatos e que poderá negociar com essa escala. A empresa tentará trabalhar nisso com "diferentes cenários".
Conforme o CFO da Vivo, Davi Melcon, os maiores custos que chegarão com os ativos da Oi serão de interconexão, pagamento de Fistel e a transição de acordos de aluguéis. "Estimamos os custos totais em R$ 147 milhões. Se dividir por 12 [meses], é um custo de mais de R$ 10 milhões ao mês", destacou.
Fonte: Teletime News de 28 de abril de 2022, por Bruno do Amaral.
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