quinta-feira, 13 de julho de 2017

Base de celulares volta a cair em maio; 4G deverá superar 100 mi de acessos em dezembro

Segundo dados divulgados pela Anatel nesta quarta, 12, a base total de telefonia móvel continuou sua tendência de queda em maio, embora tenha sido mais atenuada do que a de abril, reduzindo a base em 0,09% e fechando o mês com 242,118 milhões de acessos. No acumulado de 12 meses, a redução é de 5,14%, ou 13,113 milhões de linhas a menos. Comparado ao mesmo mês de maio de 2015, contudo, a queda é de 14,79%, ou 42,036 milhões de desconexões – número maior do que a base 2G atual. Isso significa que, se mantido o ritmo de queda nessa tecnologia GSM, em pouco mais de dois anos e meio (ou seja, início de 2019) toda a base de segunda geração poderia ser desligada.
Naturalmente, o ritmo de desconexões pode não se manter assim e é provável que usuários com featurephones nesta tecnologia continuem a existir. Contudo, a 2G foi a tecnologia com maior queda líquida em maio: 1,246 milhão de desconexões, ou 2,95% de redução na base e total de 40,996 milhões de acessos. Em 12 meses, foram 18,205 milhões de desconexões, uma redução de 30,75% na base.
A redução da base WCDMA foi menor neste mês, com 1,208 milhão de desligamentos, 1,11% de queda. No total, a tecnologia ainda é dominante no mercado, com 107,344 milhões de acessos, embora mostre queda de 24,24% no comparativo anual (34,337 milhões de linhas a menos).
O LTE, por outro lado, continua mostrando aumento, crescendo 3,07% (2,275 milhões de adições) e totalizando 76,334 milhões de acessos em maio. Em 12 meses, pouco mais que dobrou a base (104,36%). Porém, a tecnologia tem desacelerado no ritmo de crescimento – a média dos últimos 12 meses é de 3,248 milhões de adições líquidas, quase um milhão a menos do registrado em maio. Vale notar, porém, que há erros nos dados da TIM na tabela da Anatel nas tecnologias WCDMA e LTE, o que pode indicar um crescimento abaixo do real neste último mês, o que poderia compensar essa redução.
De qualquer forma, se o ritmo não diminuir, no final do ano a base 4G poderia chegar a cerca de 100 milhões de acessos. A tecnologia deverá ter superado o total de 3G em meados de outubro.
Empresas
A tabela disponibilizada pela Anatel apresenta a mesma quantidade de acessos 3G e 4G da TIM registrada em abril. Desconsiderando isso, a empresa que mostrou maior crescimento no mês em LTE foi novamente a Vivo, com 1,102 milhão de adições líquidas, ou 4,30% de aumento na base e total de 26,765 milhões de acessos. A empresa tem hoje a liderança nesse mercado, com 35,06% de market share. Por outro lado, a Nextel apresentou queda na tecnologia, a terceira seguida: 24,7 mil desconexões (2,26% de redução), total de 1,067 milhão de acessos. Veja no gráfico a participação de cada operadora.
Já em 3G, todas as teles reduziram base menos a Algar (0.11% de aumento), Sercomtel (0,06%) e a Oi (com 0,73% de crescimento). Novamente a Vivo foi a líder, mas desta vez em desconexões: 776,8 mil, uma redução de 2,92% da base. Desta forma, vale notar que é provável que em dois meses (nos dados referentes a julho), a empresa já apresente uma base LTE maior do que a WCDMA, sendo a primeira no mercado brasileiro a registrar essa tendência.

Pré/Pós
Em maio houve uma redução um pouco menor na base pré (0,45%, contra 0,54% em abril), totalizando 160,712 milhões de acessos, queda de 11,15% comparado ao mesmo mês do ano passado. Por outro lado, a base pós-paga cresceu um pouco mais (0,64%, contra 0,52%), totalizando 81,405 milhões de linhas, um crescimento de 9,49% em 12 meses. Agora, a proporção é de, respectivamente, 66,38% e 33,62%. Desde março deste ano essa base representa um terço do total de conexões móveis no País.

Fonte> Teletime News de 12 de julho de 2017, por Bruno do Amaral.

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