Após o resultado positivo nem março, a geração de caixa líquida das empresas do Grupo Oi em Recuperação Judicial foi negativa em R$ 1,414 bilhão em abril. Segundo informou a companhia em relatório mensal do administrador judicial, o Escritório de Advocacia Arnoldo Wald, nesta terça-feira, 18, esse resultado (do aumento dos pagamentos e de investimentos em detrimento dos recebimentos) está em linha com o fluxo previsto no Plano da RJ.
Ao final do mês, o saldo final do caixa financeiro das recuperandas foi de R$ 4,614 bilhões, uma redução de R$ 1,396 bilhão comparado ao mês imediatamente anterior. A redução da receita no período, justifica a Oi, é "reflexo da menor taxa de juros da economia brasileira em 2019", e que são esperadas oscilações no caixa ao longo do ano.
A companhia gastou R$ 1,221 bilhão em tributos, especialmente com pagamento da taxa anual do Fistel e do ônus da concessão. Além disso, a empresa aumentou em R$ 1,143 bilhão os pagamentos, atingindo patamar de R$ 2,964 bilhões. Parte desse total também se explica por aumento no pagamento para fornecedores: foram R$ 257 milhões a mais, totalizando R$ 1,496 bilhão.
No período, foram investidos R$ 540 milhões. A companhia informa que o montante está dentro do plano estratégico de aceleração de Capex, principalmente com fibra ótica e ampliação da rede móvel.
A companhia reduziu os recebimentos em R$ 158 milhões (queda de 7%) comparado a março, finalizando abril com R$ 2,090 bilhões. A empresa reduziu em R$ 145 milhões somente as receitas de serviços de uso de rede, que totalizou apenas R$ 6 milhões em abril. Segundo a administração da Oi, esse segmento é "passível de oscilações ao longo dos meses, e deve ser analisada em conjunto com a rubrica de pagamentos de 'serviços de uso de rede'".
Fonte: Teletime News de 18 de junho de 2019, por Bruno do Amaral.
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