Três dias depois da homologação do aditamento do plano de recuperação judicial, a Oi anunciou nesta sexta-feira, 9, um plano de demissão voluntária (PDV) para reduzir cerca de 2 mil postos de trabalho, ou 15% do seu quadro funcional. O "Plano de Incentivo de Saída" da companhia foi informado em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo a operadora, os funcionários que aderirem terão "direito a condições diferenciadas que incluem parcela de natureza indenizatória em função do tempo de empresa e extensão de benefícios como plano de saúde, plano odontológico e seguro de vida, entre outras concessões".
A Oi diz que o PDV é decorrente da reestruturação promovida com a implantação do plano estratégico de transformação e da "necessidade natural de readequação de estruturas organizacionais, em linha com o aditamento ao plano de recuperação judicial", que foi homologado nesta semana pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
Desde 2016 o quadro de funcionários da Oi estaria "praticamente inalterado", segundo a própria empresa, "apesar de todas as adversidades" da implantação da RJ. A empresa coloca ainda que os ajustes promovidos nesta sexta-feira são "decorrentes de diversas ações de simplificação e eficiência das operações, buscam a sustentabilidade do negócio, com uma empresa mais leve e com mais flexibilidade para seguir atendendo, cada vez melhor às atuais demandas por conexão, comunicação,, informação e serviços digitais pela sociedade."
Estratégia
A empresa destaca que o plano estratégico inclui foco na fibra ótica, e que pressupõe, "entre outras iniciativas, uma transformação no perfil de gestão e operacional". As mudanças visam buscam, segundo a OI:
Buscar a sustentabilidade do negócio;
Garantir maior aderência da estrutura da companhia às diretrizes do plano estratégico;
Acelerar o desenvolvimento e investimentos na sua infraestrutura de fibra, refletindo as atuais demandas da sociedade por conexão, comunicação, informação e serviços digitais;
Simplificar e otimizar processos de gestão, com maior controle e eficiência de resultados;
Reduzir níveis hierárquicos visando maior produtividade e agilidade na tomada de decisões;
Capturar ganhos decorrentes da automação de processos, digitalização e evolução tecnológica;
Seguir uma tendência de modelos transversais, multidisciplinares, utilizando-se de metodologia ágil e estruturas mais horizontalizadas.
Fonte: Teletime News de 9 de outubro de 2020, por Bruno do Amaral.
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