A TIM já não observa o compartilhamento dinâmico de espectro (DSS) no 5G da mesma forma. Apesar de ainda ter planos de lançamento com a tecnologia (embora já adiados), o CEO da operadora, Pietro Labriola, classificou nesta quinta-feira, 8, durante coletiva de imprensa online, esse tipo de pré-disponibilização como "5G do marketing", e disse que a tecnologia só chegará de verdade após o leilão da Anatel.
Perguntado quando seria lançada a quinta geração da TIM, Labriola respondeu com ironia: "O 5G de verdade, depois do leilão. O 5G do marketing, muito cedo. Eu prefiro o 5G de verdade". Contudo, o executivo não mencionou quando as três cidades inicialmente planejadas para setembro – Bento Gonçalves (RS), Itajubá (MG) e Três Lagoas (MS) – devem ter o lançamento do 5G DSS da operadora.
Segundo Labriola, a estratégia com novas lojas que deverão ser inauguradas ao longo do ano e em 2021 também virá no sentido de esclarecer a diferença do 5G DSS para a tecnologia com espectro novo, que virá após. "Preferimos ser o mais assertivos possível, explicando as vantagens verdadeiras da oferta", destacou ele.
Rede neutra
Outra estratégia da companhia, o spin-off da rede neutra ainda está em fase de negociações. Pietro Labriola lembrou que já foram assinados mais de 20 acordos de não-divulgação (NDA, na sigla em inglês). "Daqui a pouco vamos fazer uma shortlist de players e parceiros para até o final do ano escolher", disse. O executivo confirmou que há diversos tipos de empresas, incluindo parceiros "puramente financeiro" e "industrial". A previsão em julho era de receber propostas vinculantes ainda em setembro.
"Estamos verificando em linha com a nossa estratégia para o que faz mais sentido para a evolução da empresa. Estou muito otimista porque até hoje está havendo muito interesse. Claramente é um negócio muito importante", destaca. A discussão do alcance dessa rede neutra em novas cidades também está em discussão atualmente. "A cobertura vai depender da tipologia de parceiro que vamos escolher."
A partir da rede neutra, a TIM planeja avançar com a infraestrutura de fibra até a residência (FTTH) no TIM Live. No entanto, Labriola afirma que, além da fibra, a expansão da banda larga de alta velocidade no País também se dará por acesso fixo-móvel (FWA) com o 5G. "Não temos legado de rede fixa que não nos permite acelerar esse tipo de investimento", compara.
Fonte: Teletime News de 8 de outubro de 2020, por Bruno do Amaral.
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