Para ajudar na multiplicação de valor, a estratégia da Oi prevê também um aumento da eficiência operacional com a mudança de direcionamento do cobre e do celular para a infraestrutura fixa e atacado. A operadora planeja assim aumentar no ritmo de instalações de fibra, que agora estão ficando mais baratas. Mas isso também inclui redução de quadro de funcionários.
Atualmente, a infraestrutura de fibra até a residência (FTTH) da Oi é de cinco milhões de homes-passed, com previsão de terminar o ano com mais de 2 milhões de casas conectadas. A companhia afirma estar mantendo um ritmo de mais de 100 mil usuários adicionados com conexão ótica por mês, o que significa uma taxa de aquisição de residências passadas "muito próxima de 25%", segundo o presidente Rodrigo Abreu, durante live do site Genial Investimentos na semana passada.
A venda de até 51% do capital da unidade de infraestrutura, a InfraCo, seria justamente para permitir aumentar esse ritmo, chegando a 500 mil casas por mês. Assim, entende ser possível antecipar a meta de 4 milhões de clientes para 2022 ainda em 2021. O executivo diz que isso se trata do "maior projeto de fibra do mundo, com exceção da China".
Contribui para isso a experiência que a Oi já vem obtendo com a expansão agressiva da fibra. "Nossa capacidade de construção tem custo caindo, por escala e por aprendizado. Antes era R$ 300 por casa passada, e mais R$ 900 para conectar. Hoje, tudo já baixou de R$ 1 mil. Estamos conseguindo ficar mais efetivos."
Redução de quadro
Nessa conta de eficiência operacional entra também o programa de demissão voluntária (PDV) para 2 mil funcionários anunciado na semana passada. Segundo Abreu, a própria simplificação estrutural da companhia pediu esse "ajuste de custos", uma vez que haverá diminuição de operação em bases legadas. O executivo diz, contudo, que não há um foco por área, observando naturalmente a condição de nenhum setor ficar sem o número de funcionários suficiente. O programa já está em andamento, e a janela de inscrição se encerra ainda nesta semana.
Fonte: Teletime News de 19 de outubro de 2020, por Bruno do Amaral.
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