A figura de um provedor de infraestrutura ainda é uma novidade no mercado no Brasil. De acordo com Luciene Pandolfo, VP Executiva e general counsel da Pheonix Tower Brasil, mesmo depois de dois anos da criação da unidade de fibra, a Phoenix Fiber, a empresa ainda enfrenta dificuldades regulatórias. Isso porque o conceito de uma empresa de atacado, atuando como rede neutra, ainda é novo e exige adaptações de quem regula e de quem é regulado.
Pandolfo diz que, mesmo que a Anatel tenha uma política pró-compartilhamento, o contexto era somente para prestadoras de serviços de telecomunicações e entes regulados. "Não se enxergava a figura independente de mero investidor de infraestrutura passiva", destacou.
"Encontramos dificuldade na morosidade da aprovação de processos, muito em função do despreparo do mercado para receber essas novas infraestrutura e o conceito de compartilhamento", declarou Pandolfo durante workshop da Anatel nesta quarta-feira, 21. "Muitas vezes ouvi que não conseguia aprovar um projeto porque o poste já tinha mais de cinco pontos de fixação, mesmo que não fossem regulares."
Outra barreira foi quando a companhia precisou obter licença de serviço de comunicação multimídia (SCM), mesmo que não preste esse serviço. Segundo a executiva, isso ocorreu "para viabilizar a contratação junto a detentoras de postes de energia elétrica, para passar cabo aéreo".
InfraestruturaPara Phoenix Tower, compartilhamento de infraestrutura traz benefícios para o mercado
A Phoenix Tower tem por trás a investidora norte-americana Blackstone. O modelo seguido é o da Europa, onde há exemplos como a Deutsche Glasfaser na Alemanha; OpenFiber na Itália; CityFibre no Reino Unido; DSTelecom em Portugal; e Siro, na Irlanda. A demanda
Atualmente, a empresa tem no Brasil 2.330 sites, e recentemente adquiriu a K2 Tower, focada em small cells. Já a unidade Phoenix Fiber já conta com 170 mil homes passed em 11 cidades, com uma rede de 1,6 mil km de fibra.
Fonte: Teletime News de 21 de outubro de 2020, por Bruno do Amaral.
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