quarta-feira, 31 de março de 2021
Enel regulariza ocupações de postes por operadoras de telecom
Oi conclui venda da unidade de torres para a Highline
Cade instaura análise concorrencial da compra da Oi Móvel por Claro, TIM e Vivo
A Superintendência-Geral (SG) do Cade publicou nesta terça-feira, 30, o Edital que instaura a análise do Ato de Concentração da compra da Oi Móvel pelas operadoras Claro, TIM e Vivo. O órgão agora analisará se a compra da fatia móvel da Oi pelas três grandes operadoras brasileiras representa um problema concorrencial para o mercado de telecomunicações.
Segundo apurou o TELETIME, em até 15 dias terceiros podem apresentar intervenções no processo. Após este prazo, a SG deve oficiar diversos players de mercado para colher informações sobre o processo em análise.
terça-feira, 30 de março de 2021
InfraCo já funciona como estrutura separada da Oi e com dois acordos de rede neutra
Oi encerra 2020 com receita em queda e aumento de prejuízo
Telefonia fixa ainda deve perder 25% das receitas até o final do contrato, aponta laudo da Oi
Agora é Lei: Fust será usado para conectar escolas públicas até 2024
Nova Oi surgirá com margem EBITDA de até 25% após alienações, diz Abreu
InfraCo aposta em economias, mas ainda consumirá caixa da Oi antes da venda
Em São Paulo, Oi quer aposta em fibra onde concorrência ainda só tem cabo ou cobre
Oi vai votar incorporação e extinção da Telemar em abril
HBO Max estará disponível a assinantes da Sky e Oi
Anatel abre consulta sobre taxas e contribuições para subsidiar análise de impacto
sexta-feira, 26 de março de 2021
Anatel aprova novo regulamento de continuidade do STFC
Solução para antenas em São Paulo pode ocorrer via decreto, entende Telcomp
Renovação de espectro para TVA será estudada pela área técnica da Anatel
São Paulo recorre novamente de decisão do STF contra lei das antenas municipal
ANPD alerta sobre golpe que usa email institucional falso da entidade
quinta-feira, 25 de março de 2021
Governo brasileiro tem discutido Open RAN com outros países
A iniciativa do grupo de tabalho sobre a Open RAN ainda está para ser montada na Anatel, mas o governo está interessado em avançar as discussões. O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Vitor Menezes, afirma que a recente viagem da comitiva brasileira aos países de grandes fornecedores de telecomunicações mostrou que o Brasil estaria no radar de empresas que investem na tecnologia de rede de acesso móvel aberta.
"Temos falado muito com outros países", afirma Menezes durante participação em evento online da Brasscom nesta quarta-feira, 24. Citando a viagem, capitaneada pelo ministro Fábio Faria e com participação também de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), o secretário-executivo do MCom disse que aconteceram sondagens. "Fizemos muitos contatos, tem muitos países com interesse."
A viagem ocorreu em fevereiro. A comitiva brasileira visitou Suécia (Ericsson), Finlândia (Nokia), Japão (NEC, Fujitsu) e China (Huawei). Havia a intenção de também fazer uma parada na Coreia do Sul para conhecer a Samsung, mas um caso de covid-19 no piloto da aeronave com a delegação brasileira acabou por impedir essa perna da viagem.
Determinação
Menezes defendeu a tecnologia, lembrando que a portaria que estabelece política pública para o setor descreve o Open RAN como princípio no Art. 2, inciso 10. Segundo o texto, a Anatel deve considerar nas licitações um incentivo de uso de rede de acesso aberta e ter interoperabilidade. "É a tradução de Open RAN. É um princípio do nosso ministério, e é alvo de aplicação da Anatel, que já está preparando um grupo, falando com fabricantes, indústria e academia", declarou.
No mesmo evento, o presidente da Anatel, Leonardo Euler, afirmou que considera o Open RAN como uma "boa alternativa", mas lembra que a interoperabilidade precisa ser melhor resolvida. "É como montar um com carro com partes diferentes", afirmou. O regulador colocou determinação no edital do leilão de 5G para que a área técnica monte o GT para realizar estudos sobre o assunto para que o a agência possa "inclusive adotar medidas regulatórias para catalisar isso".
Fonte: Teletime News de 24 de março de 2021, por Bruno do Amaral.
Comissão aprova PL que prevê contratação avulsa de serviços de telecomunicações
Mudanças propostas no RGC podem prejudicar consumidor, afirma Idec
A minuta do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Telecomunicações (RGC) da Anatel, que está em consulta pública até o dia 1º de abril, permite a criação de ofertas de serviços para os atendimentos realizados exclusivamente por meio digital, resultando em planos de serviços de telecomunicações que poderão ter preços e condições diferenciados dos oferecidos pelos sistemas de atendimento presencial e telemarketing. Porém, para o Idec, a mudança pode criar uma desigualdade de preços e ofertas para diferentes usuários, a depender do canal acessado ao contratar um plano de serviços.
O Instituto de Defesa do Consumidor alega que planos com preços diferenciados para os adquiridos pelos meios digitais, poderiam tornar os planos contratados pelos atendimentos presencial e telefônico mais caros do que os totalmente digitais. "O primeiro problema é permitir a vinculação de ofertas à exclusividade dessa forma de atendimento. Nesse sentido, essa 'inovação' resultará na criação de planos nesse formato com preços diferenciados, tornando os planos com atendimento presencial e telefônico evidentemente mais caros do que os planos com atendimento exclusivamente digital", diz a entidade em nota técnica sobre a consulta pública.
A proposta apresentada pela Anatel, continua a entidade, pode trazer prejuízo aos consumidores que dependem das formas de atendimento não digital, especialmente por telefone. "Ou seja, grupos sociais como idosos e consumidores que possuem barreiras de conhecimento técnico para utilizar ou acessar dispositivos conectados ficarão sujeitos a maior vulnerabilização de seus direitos. Como resultado objetivo, estes consumidores terão duas possibilidades: pagar por planos mais caros para ter atendimento (incluindo o elementar SAC, por telefone, uma conquista histórica dos consumidores) ou pagar por planos mais baratos e ter violados seus direitos básicos, pois não conseguirão atendimento digno e satisfatório pelos meios digitais. A estes grupos, será imposta uma escolha que, no limite, é discriminatória pela natureza essencial dos serviços de telecomunicações", afirma o Idec.
A organização defende a transformação digital por qual passar muitos dos serviços de telecomunicações, e entende que serviços digitais também significam inovações comerciais para as empresas. Mas o problema na proposta apresentada pela Anatel reside na possibilidade de se criar ofertas a preços diferenciados.
Cobrança de SVA
Outro problema apontado pelo Idec na minuta do RGC que está em consulta pública é sobre a cobrança desses serviços ao cidadão. Na avaliação da entidade, as propostas colocadas na minuta são vagas e genéricas. A entidade enxerga na oportunidade de mudanças no RGC uma possibilidade de especificar limitações e regulamentar a contratação e cobrança de SVAs, que, embora não sejam serviços de telecomunicações, são oferecidos de forma agregada e intrinsecamente ligados à oferta de serviços regulados.
Fonte: Teletime News de 24 de março de 2021, por Marcos Urupá.