Em nota divulgada na última sexta-feira, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou que está analisando o mais recente grande vazamento de dados pessoais, acontecido na semana passada. Desta vez foram de 12 milhões de brasileiros.
Dentre os dados vazados estão nome, email, telefone, CPF, senhas de acesso e números de cartões de crédito. Na nota, a ANPD informou que todo o procedimento de apuração respeitará os ditames da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Segundo apuração do IG e do jornal Estadão, os dados estão à venda na deep web pelo hacker que o acessou por US$ 50 mil. As informações foram coletadas em fevereiro de 2021. Esses dados teriam "rasuras digitais" e, por isso, não seria possível saber se estão incompletos ou se o mecanismo foi usado apenas para hackers manterem exclusividade sobre a base de dados.
Incidentes aumentam
Nos últimos dois meses, tem-se observado um número relativamente grande de vazamento de dados pessoais. O que chama a atenção nos incidentes é a quantidade de informações que foram acessadas pelos hackers.
A ANPD já estava apurando dois grandes vazamentos de dados ocorridos recentemente: o que disponibilizou dados pessoais de 200 milhões de brasileiros, dentre os dados vazados consta o número de CPF das pessoas; e o vazamento de dados telefônicos de mais de 100 milhões de usuários dos serviços de telecomunicações. Além de número de telefone, foram vazadas informações como o tempo de duração de ligações e outras informações pessoais.
No primeiro incidente, a entidade informou que está tomando providências desde que tomou conhecimento do episódio e que já recebeu as informações do Serasa. Afirmou ainda que, na busca de mais esclarecimentos, oficiou outros órgãos para investigar e auxiliar na apuração e adoção de medidas de contenção e mitigação de riscos, como a Polícia Federal, a empresa PSafe, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
No incidente dos dados telefônicos, a Autoridade disse que oficiou órgãos como a Polícia Federal, a empresa que noticiou o fato e as empresas envolvidas, para a investigação. Segundo o presidente da ANPD, Waldemar Ortunho, as investigações sobre os recentes megavazamentos contam com ajuda de outros órgãos porque a Autoridade não teria poder de polícia.
Fonte: Teletime News de 1 de março de 2021, por Marcos Urupá.
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