Dados das empresas de telefonia mostram que no Rio de Janeiro existem cerca de 26 antenas de celular e 110 equipamentos usados para fornecer serviços por rede fixa que estão "sequestradas" por grupos criminosos. As facções criminosas impedem as operadoras de terem acesso aos equipamentos para manutenção e execução de demais serviços.
O problema, apontou a Conexis Brasil nesta sexta-feira, 7, chegou a afetar cerca de 158 mil clientes. Até o momento, as operadoras ainda seguem sem acesso a parte dessas infraestruturas. Além disso, existem recorrentes furtos de cabos, vandalismo e imposição de serviços piratas.
Os danos não são somente financeiros, uma vez que essas ações prejudicam a prestação de serviços essenciais como Internet, ligações fixas e móveis. Apenas para reposição de equipamentos, o prejuízo para as operadoras supera R$ 116 milhões por ano, afirma a entidade que reúne as grandes operadoras do Brasil.
"A pandemia mostrou a importância dos serviços de telecomunicações no trabalho, na saúde, na educação. Quando a população fica sem acesso a esses serviços, ela é muito prejudicada. As empresas estão empenhadas em prestar o melhor serviço, mas nesses casos somos impedidos de fazer o trabalho", afirma o presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari.
Perigo para os trabalhadores
No estado do Rio de Janeiro, o problema afeta principalmente 72 bairros, em quatro cidades: Rio de Janeiro, Itaboraí, Niterói e São Gonçalo. Além de colocar os colaboradores das operadoras em perigo, as ações comprometem serviços de utilidade pública como polícia, bombeiros e emergências médicas.
Por conta desses números, a entidade setorial defende que as autoridades de segurança pública endureçam a repressão deste tipo de crime, para que haja a devida punição aos que prejudicam a sociedade com tais delitos. Outra medida realizada pela entidade foi a apresentação ao Ministério Público dos municípios de uma notícia crime pedindo instauração de Procedimento Investigatório Criminal para apuração e adoção das medidas cabíveis que permitam o restabelecimento dos serviços e a contenção das atividades criminosas.
Fonte: Teletime News de 7 de maio de 2021, por Marcos Urupá.
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